sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Ministra brasileira alarmada com destruição da Amazónia convoca reunião de emergência

RTP15 Nov, 2013, 16:28

Roberto Jayme, Reuters

A ministra Izabella Teixeira convocou os secretários regionais do
Ambiente para tomar medidas contra a desflorestação da floresta
amazónica - o "pulmão do planeta". Teixeira regressava de uma cimeira
ambiental da ONU em Varsóvia, onde foi denunciado um agravamento de 28
por cento da desflorestação no ano passado. Mas os activistas da
Greepeace questionam a surpresa do Governo e responsabilizam-no pela
catástrofe.

A ministra brasileira do Ambiente, Izabella Teixeira, citou ontem
estatísticas provisórias entre Agosto de de 2012 e Julho de 2013, para
confirmar "um aumento de 28 por cento no ritmo da desflorestação,
atingindo 5.843 quilómetros quadrados".

Segundo a ministra, os principais motivos para o agravamento da
situação resultam da prática da agricultura extensiva e da produção
industrial de soja no Estado nordestino de Pará e no Estado
centro-ocidental de Mato Grosso. Ambos teriam registado agravamentos
superiores à média, respectivamente de 37 e 52 por cento.

A ministra, que regressava de uma cimeira ambiental da ONU em
Varsóvia, afirmou que iria reunir-se com os secretários regionais do
Ambiente, para lhes pedir explicações pela aceleração das actividades
destrutivas da maior mancha verde da Terra. E afirmou: "O Governo
brasileiro não tolera e não aceita nenhum aumento de desflorestação
ilegal".

No entanto, a Greenpeace sustenta que o Governo de Brasília não
precisa de pedir explicações a terceiros, visto que a explicação
fundamental do alarmante agravamento se encontra na sua própria
política.

O coordenador da Greenpeace para a campanha pela Amazónia, Paulo
Adário, afirmou que "o Governo não pode estar surpreendido por este
incremento da desflorestação, visto que está a promovê-lo com a sua
própria acção". E explicou: "A alteração do Código Florestal e a
amnistia daí resultante para aqueles que abateram ilegalmente a
floresta enviou a mensagem de que esses crimes não têm consequências".

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=696113&tm=7&layout=121&visual=49

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