quinta-feira, 7 de novembro de 2013

PS acusa ministra da Agricultura de ser despesista

O PS acusou, esta quarta-feira, a ministra da Agricultura, Assunção
Cristas, de não dar o exemplo de "contenção" que pretende aplicar no
seu ministério, aumentando a despesa com o seu gabinete em 12%.


foto STEVEN GOVERNO / GLOBAL IMAGENS
Assunção Cristas


No debate do Orçamento do Estado na especialidade, o deputado
socialista Miguel Freitas, começou por criticar o "fracasso do MAMAOT"
(o ministério anteriormente liderado por Cristas e que foi partido em
dois) e das "promessas logradas do primeiro-ministro de ter um governo
historicamente pequeno", sublinhando que a contenção dos gabinetes não
acompanha os cortes noutras áreas.

Miguel Freitas afirmou que o gabinete do MAMAOT aumentou em 12
elementos de 2012 para 2013, passando o número de membros dos
gabinetes da ministra e dos quatro secretários de Estado de 75 para
89.

"Comparado com a despesa feita em 2011 (último governo socialista), o
gabinete gasta mais 500 mil euros, um aumento de 12%", assinalou,
criticando a ministra por não dar "o exemplo de contenção", o que
contrasta com os "cortes profundíssimos" em organismos como o
Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e da
Direção-Geral de Veterinária e Alimentação (DGVA).

A ministra contestou os números, dizendo que o número de pessoas
afetas aos gabinetes decresceu de 53, em 2010, para 24 "neste
momento", lembrando que "há mais um membro do governo" (o secretário
de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar) devido à
importância que o Governo atribui a estas áreas.

A bancada do PS e as do PSD/CDS-PP trocaram também acusações sobre a
execução do Programa de Desenvolvimento Regional, com os deputados da
maioria a lembrarem que o PRODER esteve completamente parado no tempo
do ministro da Agricultura socialista, Jaime Silva, que foi apelidado
de "praga" por Nuno Magalhães (CDS-PP).

Segundo Assunção Cristas, a taxa de execução do PRODER ronda os 72%,
dois pontos percentuais acima da média da União Europeia.

A governante acrescentou que há ainda projetos em carteira (cerca de
4000 candidaturas) que "devem ser pagos com o novo dinheiro" do
próximo programa de apoio ao desenvolvimento rural.

"Estou confiante que vamos ter um regulamento de transição que
permitirá absorver [os projetos] em 'overbooking'", sublinhou.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=3517480&page=-1

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