quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Quercus denuncia arranque da maior mancha de sobreiros do concelho de Tomar

Ação viola legislação de proteção ao sobreiro

Sobreiros são uma espécie protegida

Na véspera do Dia da Floresta Autóctone, que se assinala este
sábado, 23 de novembro, a Quercus vem denunciar mais um abate de
sobreiros em violação da legislação, desta vez num sobreiral denso em
mais de uma dezena de hectares na Quinta de Cima, freguesia da
Beselga, no concelho de Tomar.

Após denúncia, elementos da Quercus deslocaram-se ao local para
confirmar o abate de sobreiros verificando-se o corte e arranque de
mais de uma centena de sobreiros verdes adultos em povoamento, mas
também de azinheiras e carvalhos-portugueses num sobreiral muito
importante em termos ecológicos, dada a diversidade de espécies da
flora e fauna presentes e por estar entre um eucaliptal e áreas
agrícolas e constituir a maior mancha de sobreiros existente no
concelho de Tomar.

Dada a gravidade da situação, a Quercus remeteu a denúncia para o
SOS Ambiente e Território, solicitando a intervenção e esclarecimentos
ao Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente da GNR e ao Instituto
da Conservação da Natureza e das Florestas.

A Quercus é da opinião que o corte e arranque das árvores está a
ser efetuado em violação do disposto no DL 169/2001 o qual regulamenta
a proteção do sobreiro e azinheira, dado que num povoamento com as
árvores verdes, onde quase não existem árvores decrépitas, nunca o
mesmo poderia ser autorizado pelos serviços do Ministério da
Agricultura e do Mar sem que estivesse em causa a implantação de um
projeto de imprescindível utilidade pública ou de um empreendimento
agrícola com relevante e sustentável interesse para a economia local,
reconhecido através de despacho do Governo, o que não parece ser o
caso.

Quercus exige que a ministra da Agricultura apure responsabilidades

Para salvaguardar o que resta do povoamento de sobreiros existente
no local, a Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de
Conservação da Natureza e a Direção do Núcleo Regional do Ribatejo e
Estremadura da Quercus exigem que a ministra da Agricultura e do Mar
suspenda ou revogue eventual autorização até verificação do
cumprimento integral da legislação e averigue se existe alguma
responsabilidade imputável aos serviços do Instituto da Conservação da
Natureza e das Florestas.
23-11-2013

http://www.tintafresca.net/News/newsdetail.aspx?news=36be5ae6-5b5e-4def-9fbd-936d1bc1c964

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