quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Um pacote para uma nova agricultura

20/11/13 00:05 | Económico



Apesar da ligeira redução de 6% do total que Portugal vai receber
entre 2014 e 2020 no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC) e de
algum desinvestimento no desenvolvimento regional, nem tudo são más
notícias.

Primeiro, o corte é inferior ao que outros parceiros da União Europeia
vão sofrer, o que significa que Portugal fica mais próximo da média
comunitária de compensação por hectare plantado.

Segundo, os pagamentos directos aos agricultores portugueses nos
próximos sete anos até sairão reforçados em 1,1%. Terceiro, a nova PAC
vai apoiar e cobrir novos sectores de actividade, o que potencia o
aparecimento de novas empresas e investimentos no país. Concluídas as
negociações europeias com (aparente) sucesso, espera-se que tanto
Governo como empresas e investidores aproveitem as oportunidades que
este novo pacote oferece. A começar pela gestão pública dos fundos de
apoio: é vital que sejam distribuídos com justiça, equidade e que a
carga burocrática seja reduzida ao mínimo. Depois é igualmente
importante que fiscalizem a sua aplicação para evitar que se repitam
erros e abusos do passado. Aos privados, e numa altura em que tanto se
fala do regresso à terra e de investimento nas actividades primárias,
este apoio público deve ser encarado como um incentivo a novos e
melhores negócios, mais sofisticados e mais habilitados a tirar o
melhor partido dos recursos de qualidade que o país já tem. Garantido
o novo pacote, é chegado o tempo de uma nova agricultura.

http://economico.sapo.pt/noticias/um-pacote-para-uma-nova-agricultura_182018.html

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