sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Viniportugal: Sector está demasiado concentrado em alguns mercados de exportação

28-11-2013





A Viniportugal, encarregue da promoção dos vinhos portugueses, entende
que o sector está demasiado concentrado em determinados destinos de
exportação e deve «desbravar outros mercados» onde pode criar mais
valor através da diferenciação.

Em declarações à agência Lusa à margem do Fórum Vinhos de Portugal,
que decorre na Curia, o presidente da Viniportugal, Jorge Monteiro,
destacou o potencial de mercados como o Japão, Macau, Singapura,
Colômbia, Venezuela, Nigéria, Marrocos, Moçambique e Rússia, para onde
as exportações de vinhos portugueses são ainda residuais.

«Identificámos que, na exportação de vinhos, Portugal se especializou
num relativamente reduzido número de mercados. O que pretendemos é
mostrar que há outros mercados que, embora não tenham grande dimensão,
valorizam bem o vinho e têm uma dimensão compatível com a das nossas
empresas, sendo até, alguns deles, relativamente próximos», afirmou
Jorge Monteiro.

«Portanto, acrescentou, em vez de andarmos todos a trabalhar os mesmos
mercados, competindo muitas vezes por via dos preços, podemos
trabalhá-los por via do argumento da diferenciação e da diversidade».

Salientando que o objectivo é «fazer passar aos agentes económicos que
há muitas outras oportunidades de mercado para além daqueles que se
está a trabalhar», Jorge Monteiro disse estarem já previstas pela
Viniportugal para 2014 «duas pequenas experiências» no Japão e em
Singapura.

«Estamos a falar de um pequeno envelope financeiro, de 100 mil euros
no Japão e um pouco mais em Singapura, onde vamos começar a fazer
alguma aproximação ao mercado, precisamente porque entendemos que têm
potencial», adiantou à Lusa.

Segundo esclareceu, «não serão grandes eventos, mas acções muito
centradas na formação e educação dos profissionais, desde escanções a
jornalistas de vinhos, trabalhando a hotelaria e a restauração».

A opção da Viniportugal por estes dois mercados é justificada por
Jorge Monteiro pelas suas elevadas dimensão e distância face a
Portugal, que justificam «a presença da marca país porque o esforço
financeiro necessário para a promoção é mais elevado».

Já «em mercados de proximidade, mais pequenos e onde a marca Portugal
é mais conhecida», a associação defende que «as marcas privadas podem
ter intervenções mais eficazes e avançar sozinhas, porque as
exigências financeiras são menores».

«Quando falamos em promoção temos que falar, obviamente, na promoção
da marca país, que é o que a Viniportugal faz, e na promoção das
denominações de origem, que as comissões de viticultura regionais
(CVR) e o Instituto do Vinho do Porto fazem, mas, também, da promoção
das marcas privadas. Isto tem que ser um exercício colectivo, em que
há espaço para todos, mas tem que haver coordenação», sustentou o
presidente da direcção da Viniportugal.

No fórum que decorre na Curia estará no centro do debate «a
importância da informação de mercado para as políticas de exportação»
e irão ser apresentados os planos de promoção do sector para 2014.


«O Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e a Viniportugal, conscientes
da importância da informação sobre os mercados, têm vindo a trabalhar
cada vez mais de forma articulada e é o fruto deste trabalho que será
apresentado no fórum. As exportações de vinho português têm evoluído
de forma positiva e constante, mas a concorrência é forte, pelo que
revela-se importante trabalhar e disponibilizar a informação certa aos
intervenientes do sector», sustenta a associação.

Actualmente, os principais mercados de exportação do vinho português
são Angola, França, Reino Unido, Estados Unidos da América, Holanda,
Bélgica, Alemanha, Canadá, Brasil, seguidos da Suíça, Espanha, Suécia,
Polónia, China e Dinamarca.

Fonte: Lusa


http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia48118.aspx

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