sábado, 3 de agosto de 2013

Fileira do tomate consegue seguro específico para proteção de culturas

por Ana Rita Costa2 de Agosto - 2013

A fileira do tomate já pode agora acionar um seguro de colheita
específico para esta produção. O setor volta, assim, a ter a
possibilidade de ter prazos e coberturas alargados que permitam fazer
face a riscos.

A Associação dos Industriais do Tomate diz em comunicado que foram
"coroados de êxito os esforços conjuntos de produtores e industriais,
no sentido de realizar um objetivo de extrema importância para o
setor. As negociações que decorreram com as seguradoras chegaram a
acordo para as condições em que passa a ser possível alargar a duração
da campanha pelo menos até 15 de outubro e que inclua a cobertura de
riscos específicos e mais relevantes nesta cultura."

Miguel Cambezes, secretário-geral da Associação dos Industriais de
Tomate, diz ainda que "nos últimos 20 anos o setor do tomate tem vindo
a crescer entre três a cinco por cento e neste momento já tem um
volume de negócios de 250 milhões de euros. No entanto, ainda temos
potencial de crescimento, sendo que para isso, entre outras coisas,
era importante alargar a duração da campanha e fazer com que os
seguros acompanhassem esse movimento".


http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7506&bl=1

Despiste de trator mata agricultor de 58 anos

Homem ficou preso debaixo do trator, que caiu de uma altura de «dois a
três metros»

Por: tvi24 / MM | 2013-07-18 12:27

Um homem de 58 anos morreu esta quinta-feira, em Valença, na sequência
do despiste do trator com que trabalhava um terreno agrícola, disse à
agência Lusa fonte dos bombeiros locais.

O acidente deu-se no lugar de Picões, freguesia de Gandra, e o alerta
aos bombeiros aconteceu cerca das 08:50, indicou a mesma fonte.

«Foi o despiste de um trator num terreno agrícola de difícil acesso. O
condutor ficou por baixo do trator, após uma queda de dois a três
metros, num valado», acrescentaram os bombeiros.

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/trator-agricultor-despiste-acidente-tvi24/1471471-4071.html

Mensagem Cristas agradece apoio a portugueses no Facebook

A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, agradeceu hoje
na sua conta oficial do Facebook o apoio dados pelos portugueses pelo
nascimento de Maria da Luz, assegurando que este foi um "motivo de
enorme alegria".
DR
PAÍS
20:14 - 02 de Agosto de 2013 | Por Notícias Ao Minuto


Assunção Cristas foi mãe de Maria da Luz no passado domingo, tendo
recebido várias mensagens de apoio no Facebook.

A ministra da Agricultura e do Mar agradeceu o apoio dado pelos
portugueses, através de uma mensagem que deixou naquela rede social.

"Gostaria de agradecer a todos os que, aqui pelo Facebook, ou por
outras vias, me fizeram chegar mensagens de felicitações pelo
nascimento da Maria da Luz", escreveu Cristas, explicando que a bebé
"nasceu no passado domingo, ao final da tarde, com 3300 kg e tanto eu
como ela estamos muito bem".

"O alargamento da família, com o nascimento do nosso quarto filho,
foi, para mim, para o meu marido e toda a família, motivo de enorme
alegria", acrescentou Assunção Cristas, desejando boas férias "a todos
os que agora iniciam um período de descanso".

http://www.noticiasaominuto.com/pais/95645/cristas-agradece-apoio-a-portugueses-no-facebook

Agricultores alentejanos apostam no milho

________________________________

De acordo com a Associação Nacional de Produtores de Milho e Sorgo
(Anpromis), a área cultivada com milho em Portugal passou de 94.784
hectares em 2012 para 101.766 hectares em 2013, o que representa cerca
de 40% do total da área cultivada de cereais. O Alentejo foi a região
onde se verificou maior aumento (4.541 hectares), sobretudo no
Alqueva, seguindo-se a região de Lisboa e Vale do Tejo (3.311
hectares). Em comunicado, a ANPROMIS salienta "o significativo esforço
de investimento efetuado pelos produtores nacionais" que permitiu
aumentar a área nacional em 9.307 hectares em três campanhas
agrícolas, apesar do "ambiente de elevadas restrições financeiras".
Numa área cultivada total de cereais de 359.670 hectares, o milho
representa a cultura com maior expressão, seguindo-se a aveia (68.679
hectares), os trigos (43.833), o triticale (30.931) e o arroz
(30.112).

http://www.radioplanicie.com/gestao/noticias/index_noticias.php?noticia=8371

Lucro da Jerónimo Martins cresce 9% no primeiro semestre

As vendas do grupo aumentaram 12,6%, para os 5,6 mil milhões de euros
e os lucros atingiram 165 milhões de euros



Mercados de Portugal e Polónia sólidos
D.R.
31/07/2013 | 08:52 | Dinheiro Vivo

O lucro da Jerónimo Martins, dona dos supermercados Pingo Doce,
aumentou 9% no primeiro semestre deste ano, atingindo os 165 milhões
de euros, graças à solidez dos mercados português e polaco, anunciou
hoje a empresa.

Em comunicado hoje divulgado na Comissão do Mercado de Valores
Mobiliários (CMVM), o grupo refere que todas as áreas de negócio
cresceram e consolidaram "as suas posições de liderança", mesmo "num
ambiente económico desfavorável".

De acordo com a Jerónimo Martins, as vendas consolidadas do grupo
aumentaram 12,6% nos primeiros seis meses deste ano, face ao período
homólogo do ano passado, atingindo os 5,6 mil milhões de euros.

"O crescimento de 9% do resultado líquido do grupo, num ambiente
macroeconómico desfavorável, reflete a forte execução da nossa
estratégia e a força competitiva dos nossos modelos de negócio",
afirmou o presidente executivo da Jerónimo Martins no comunicado.

Segundo Pedro Soares dos Santos, a Biedronka [marca adotada na
Polónia] confirmou a força da sua liderança com um desempenho muito
positivo no período", enquanto o Pingo Doce, em Portugal, "levou as
vendas no semestre a crescer quatro por cento".

Garantindo estar confiante na manutenção da liderança na Polónia e na
"robusta recuperação" do Pingo Doce, o presidente adianta ter razões
"para confirmar as perspetivas positivas no que respeita ao
crescimento de vendas e resultados para o grupo em 2013".

De acordo com o documento, os custos operacionais do primeiro semestre
aumentaram 10%, para 857 milhões de euros, tendo o resultado
operacional crescido 11,6%, para 228 milhões de euros.

http://www.dinheirovivo.pt/Mercados/Artigo/CIECO219597.html

10 rotas para conhecer o vinho português

Rotas de Vinhos da Península de Setúbal, Bairrada, Ribatejo, Verdes,
Porto, Oeste, Dão, Cister Beira Interior ou Alvarinho são as propostas



Douro é uma das para de vinho português
D.R.
30/07/2013 | 12:32 | Dinheiro Vivo

O vinho é um dos produtos que os portugueses mais acarinham. Apesar da
queda no seu consumo, cerca de 5% em 2012, muito são os portugueses
que procuram saber mais sobre as diversas regiões vinícolas que
constituem o país.

E uma dessas formas é seguir as dez rotas de vinhos em Portugal,
segundo o site Prove Portugal, onde existem muitas propostas de
enoturísmo:

1. Rota de Vinhos da Península de Setúbal. Região onde a elevada
qualidade dos vinhos de Indicação Geográfica Península de Setúbal, DO
Palmela e DO Setúbal é também comprovada através dos prémios obtidos
em concursos nacionais e internacionais. Ver aqui alguns dos
produtores.

2. Rota da Bairrada.É uma região de cultura vitivinícola, gastronómica
e de outras características, situada entre dois importantes centros
urbanos e universitários, Aveiro e Coimbra. Cabe à Associação Rota da
Bairrada, iniciativa público-privada, o papel na promoção do
destino/território, organizando e estruturando a oferta, fomentando a
lógica de trabalho em rede/parceria . Ver aqui algumas sugestões.

3. Rota da Vinha e do Vinho do Ribatejo. Esta rota oferece que como o
nome indica toda a riqueza do Ribatejo, a possibilidade de conhecer e
visitar as adegas do Ribatejo, provar os seus vinhos e apreciar a
história da região. Ver mais aqui.

4. Rota dos Vinhos Verdes. Segundo o site Prove Portugal, são três os
percursos sugeridos: "Três Cidades de Encanto", Guimarães, Braga e
Amarante; "Do Cávado ao Lima", visitando Barcelos, Viana do Castelo e
Ponte de Lima; "Da Costa à Serra", descobrindo Caminha, V. N. de
Cerveira e Monção. Veja aqui com mais detalhe.

5. Rota do Vinho do Porto. Esta é uma associação de carácter
Enoturístico com os associados dispersos por toda a Região Demarcada
do Douro. Possui uma grande abrangência territorial e faz da promoção
da Região a sua grade bandeira. Ver aqui mais informação.

6. Rota dos Vinhos do Oeste. Região destaca-se pelos vinhos encorpados
aromáticos e de precioso valor alcoólico. A sul, produzem-se tintos
vivos enquanto novos, intensos, equilibrados e com um raro aroma após
envelhecidos; a norte, predominam os vinhos brancos, deliciosamente
frutados. Ver aqui.

7. Rota do Vinho do Dão.Descobrir este vinho, tinto ou branco, é
descobrir também o queijo Serra da Estrela, a maçã Bravo de Esmolfe, o
cabrito, a doçaria ou enchidos. Veja aqui que mais...

8. Rota das Vinhas de Cister. A rota das Vinhas de Cister faz-se numa
das mais recentes regiões vitivinícolas portuguesas, a de
Távora-Varosa.Aqui, mais informação.

9. Rota dos Vinhos da Beira Interior. Região onde se inclui, entre
outras, as zonas de Castelo Rodrigo e Pinhel, com o verde das videiras
a contrastar com o granito dos castelos. Aqui mais informações.

10. Rota do Alvarinho. Consiste numa rede diversificada e integrada de
aderentes, com o objectivo de promover Melgaço enquanto destino
enoturístico de excelência. Já o Vinho Alvarinho, nascido num terroir
único no mundo, é proveniente de uma casta singular que só cresce na
Península Ibérica.Ver aqui.

http://www.dinheirovivo.pt/Faz/Artigo/CIECO217015.html?page=0

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Camião despista-se e provoca incêndio florestal

«O camião despistou-se no IC1 e incendiou-se, tendo as chamas
propagado ao mato circundante e depois o fogo cresceu». O IC esteve
cortado

Por: tvi24 | 2013-07-31 12:00

A GNR fez saber que o incêndio que na terça-feira destruiu um montado
perto de Ourique terá tido origem num camião que se incendiou, após
despiste, tendo as chamas atingido o mato circundante.

«O camião despistou-se no IC1 e incendiou-se, tendo as chamas
propagado ao mato circundante e depois o fogo cresceu», explicou à
agência Lusa o tenente-coronel José Manuel Rosa, oficial de relações
públicas do Comando Territorial de Beja da GNR.

O incêndio, que destruiu uma área ainda por calcular de montado,
obrigou ao corte do Itinerário Complementar (IC) 1 em Portela do Lobo
durante algumas horas, tendo o trânsito sido desviado para a A2, que
faz a ligação ao Algarve.

Depois de terem dominado o incêndio, às 20:50 de terça-feira, os
bombeiros continuaram no local durante a noite em operações de
rescaldo e vigilância, indicou à Lusa fonte do Comando Distrital de
Operações de Socorro (CDOS) de Beja.

O fogo, que chegou a lavrar com três frentes, destruiu mato e,
essencialmente, uma zona de montado em Portela do Lobo, na freguesia
de Santana da Serra, concelho de Ourique, no distrito de Beja, não
havendo registo de danos pessoais.

O combate às chamas mobilizou 143 operacionais, apoiados por 46
viaturas, tendo também participado nas operações dois helicópteros
bombardeiros.

Além dos dois meios aéreos, foram também mobilizados para o combate às
chamas os grupos de reforço para combate a incêndios florestais de
Évora e de Setúbal.

A Proteção Civil acionou também uma equipa de reconhecimento e
avaliação da situação da Força Especial de Bombeiros (FEB).

O alerta para o incêndio foi dado às 14:42 de terça-feira.

http://www.tvi24.iol.pt/503/sociedade/incendio-ourique-camiao-despiste-bombeiros-tvi24/1475610-4071.html

Floresta, a mina de diamantes de Portugal

Poucas coisas têm tanto valor em tão diversas frentes. A floresta tudo
dá – gera riqueza, pincela paisagens únicas, alberga um sem-número de
vidas, limpa os ares, purifica águas, protege o solo, dá emprego,
deslumbra turistas e ainda enriquece a gastronomia. Dá resposta a cada
um dos três pilares do desenvolvimento - economia, sociedade e
ambiente. A sua evolução entrelaça-se com a de Portugal, nas suas
estórias e na sua História. Como o faz no presente e promete no
futuro.

Portugal tem mais de um terço do seu território coberto com florestas
e bosques. Este é um dos maiores e mais importantes recursos naturais
do país e tem dado provas disso. Desde sempre. Do fogo, abrigo e
alimentação com que protegia as gentes de outrora, à pasta de papel ou
à cortiça que hoje alimentam uma fatia importante da economia
nacional, a floresta deu o material que levou os portugueses a outras
paragens ou que permitiu que a ferrovia assentasse carris pelo país
fora.

Peso das exportações das principais fileiras florestais nas
exportações nacionais, em % das exportações nacionais

FONTE: Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento
do Território

Em tempos remotos, eram os Quercus que imperavam. De seu nome comum,
os carvalhos, os sobreiros e as azinheiras. Ancestrais são também os
castanheiros, as cerejeiras-brava, os loureiros, os teixos, as
bétulas, os salgueiros, os amieiros ou os freixos, entre muitos
outros.

A necessidade de terras aráveis e pastos deu a primeira machadada
nessas florestas. Ao longo da História do país, a paisagem sofreu
tremendas mudanças, ora porque se abriam clareiras para agricultura e
pastagens, ora porque os recursos florestais eram necessários, como
foi o caso da navegação ou das traves para os caminhos-de-ferro. No
início do século XIX, a floresta já cobria apenas 10% do país.

Nesse meio tempo, a floresta alimentou, tanto com as espécies que
acolhia como com os seus frutos e bagas, iluminou, aqueceu, abrigou e
deu rendimento às famílias.

Hoje continua a fazê-lo, embora as protagonistas sejam outras. Uma há
que resiste há séculos: o sobreiro, uma espécie de extraordinária
generosidade. Nela assenta uma das mais importantes indústrias
nacionais, a Amorim, mas o montado é muito mais que cortiça. É
paisagem, é biodiversidade, é protecção do solo, é sumidouro de
carbono, e mais, muito mais.

Como contribuintes para um sector que representa quase 10% das
exportações do país e que dá emprego a 1,8% da população activa,
outras espécies recém-chegadas ao país alimentam duas das indústrias
mais importantes no tecido empresarial português.

A mais antiga destas novatas – que pode até nem ser desconhecida no
país como referem alguns estudos arqueológicos – é o pinheiro-bravo,
campeão das campanhas de florestação do século passado. No Norte e
Centro do país acabou por dominar boa parte da paisagem, alimentando
serrações, oferecendo a resina cujo uso acabou por cair em desuso e
potenciando o aparecimento de uma empresa que hoje é das mais
importantes do país – a Sonae Indústria (empresa do grupo que detém o
PÚBLICO).

Durante anos, liderou a tabela das espécies predominantes no país. Mas
é uma espécie hoje em declínio, sobretudo devido aos incêndios que
encontram na sua resina um combustível de excelência e na continuidade
das plantações o pasto ideal para ganhar velocidade e força.

Acabadinho de chegar ao primeiro lugar das árvores com maior presença
em Portugal está o tão mal-afamado eucalipto, estrangeiro dos quatro
costados e que ainda hoje é visto como uma maldição. Acusado de mil e
uma tropelias, o seu maior defeito é o que os homens fazem dele. Ou
mais concretamente, onde e como o plantam. Manchas contínuas em locais
inapropriados é receita certa para o disparate. Tal como o foi no caso
do pinheiro-bravo.

Indiferente à terrível fama que carrega, o eucalipto é a base da
empresa de capitais portugueses que mais exporta, a Portucel, que só
por si assegura cerca de 3% do total de bens exportados e representa
perto de 1% do PIB nacional.

Silvicultura e indústrias florestais, em % do PIB Março 2012

FONTE: Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento
do Território

Mas se a floresta é de facto fundamental para três das maiores
empresas nacionais, assim como outras nos mesmos sectores, a
mais-valia económica da floresta não se reduz à equação
papel-cortiça-madeira.

Há todo um mundo diversificado que tem, como principal vantagem, a
oferta de respostas para muitas comunidades que ainda persistem nos
meios rurais. Alguns exemplos: o tão suculento porco preto depende da
bolota da azinheira, o pinhão está em crescimento, a castanha também
assim como o medronho. O mel, os cogumelos ou a caça são outras das
oferendas das florestas nacionais.

A floresta é também o território de excelência para o turismo, outra
das mais produtivas indústrias nacionais. Das paisagens que mudam a
cada curva nas serranias do Gerês ou de Montesinho à deslumbrante
simplicidade do montado.

A riqueza não se esgota aqui, nos empregos, nas exportações, nas
vendas, no lazer. Aliás, só agora começa. Não é por acaso que Portugal
tem uma das maiores percentagens de território classificado como
excepcional a nível europeu. A biodiversidade que a Rede Natura
encerra, grande parte inscrita em zonas florestais, é reconhecida como
única.

Peso da fileira florestal no emprego em percentagem, Março 2012

FONTE: Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento
do Território

São aves, são plantas, são zonas excepcionais que transformam Portugal
num país riquíssimo.

A acrescer a já tão grande espólio, acresce o sequestro de carbono, a
protecção do solo, a regulação da qualidade da água e do ciclo
hídrico.

Estamos longe de uma floresta dominada por Quercus, como era no
passado. Já passámos pela quase desolação, assistimos às monoculturas
e hoje vemos muitas das espécies ancestrais a recuperar terreno.
Sofremos com a factura de decisões erradas, como atestam os fogos,
naturais no nosso clima, mas agora mais atiçados pelo desordenamento.

Já muito se errou, já muito se corrigiu e há ainda muito a aprender.
Falamos de um terço do território de Portugal. Da nossa mina de
diamantes.

http://publico.pt/floresta-em-perigo/floresta

Reforço da cooperação UE-China no domínio da agricultura

02-08-2013





O Comissário Europeu para a Agricultura, Dacian Ciolos, viajou até à
China para reforçar a cooperação União Europeia-China nas áreas de
agricultura e desenvolvimento rural.

Os principais tópicos abordados durante a visita foram a segurança
alimentar e pesquisa agrícola, com vista a aumentar a produtividade
agrícola e gestão sustentável dos recursos naturais.

A cooperação na luta contra a falsificação do sector dos vinhos e
bebidas espirituosas foi também reforçada, tendo sido assinada, em
Pequim, uma carta de intenções com o objectivo de combater a
falsificação no comércio de bebidas alcoólicas.

O documento afirma que ambas as partes reconhecem a importância
crescente do comércio bilateral de bebidas alcoólicas, compreendem a
importância da identificação de origem e reforça a necessidade de
cooperarem estreitamente no combate à contrafacção neste sector.

A visita também teve como objectivo estimular o diálogo sobre os
aspectos comerciais referentes aos produtos agrícolas, negociar as
equivalências para produtos biológicos entre a União Europeia e a
China, bem como delinear um acordo sobre a qualidade dos produtos
alimentares.

Fonte: CONFAGRI

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia46972.aspx

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

REN: junção de Energia e Ambiente pode ser boa

Duas áreas têm muitas interceções, diz presidente da empresa

Por: tvi24 | 2013-08-01 19:01

O presidente da REN, Rui Cartaxo, diz que junção da Energia, o
Ambiente e o Ordenamento do Território num ministério «tem potencial
para ser um desenvolvimento positivo».

«Não sou especialista em orgânica do Governo, mas a Energia e o
Ambiente têm muitas interceções e, se isso significar uma melhor e
mais rápida coordenação entre os temas ligados com as infraestruturas
de energia e os temas ambientais e de ordenamento do território, pode
ser uma coisa positiva», afirmou Rui Cartaxo, citado pela Lusa, quando
questionado sobre a nova orgânica governamental.

Na conferência de imprensa de divulgação dos resultados do primeiro
semestre, o presidente da REN admitiu que «se significar uma mais
rápida coordenação, pode ser [uma decisão positiva]».

«Tem potencial para ser um desenvolvimento positivo», acrescentou.

Na sétima remodelação do Governo, o chefe do executivo retirou Álvaro
Santos Pereira de ministro da Economia, substituindo-o pelo dirigente
centrista António Pires de Lima, e colocou o atual coordenador da
direção nacional do PSD, Jorge Moreira da Silva, à frente de uma nova
pasta do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia.

http://www.tvi24.iol.pt/economia---negocios/ren-ambiente-energia--rui-cartaxo/1476151-6379.html

Martifer já só tem 10% da sua “sub-holding” de biocumbustíveis

01 Agosto 2013, 19:28 por Diogo Cavaleiro | diogocavaleiro@negocios.pt

A Martifer desinveste na Prio Energy mas os irmãos Martins continuam a
controlar esta empresa de produção de biocombustíveis e distribuição
de combustíveis. O objectivo da operação é o da redução da dívida do
grupo, na ordem dos 31,2 milhões de euros.

A Martifer reduziu a sua participação na "sub-holding" de
biocombustíveis Prio para 10%. A venda insere-se no esforço para a
redução da dívida do grupo.



"A Martifer SGPS, S.A. procedeu à alienação de parte da sua
participação na subsidiária Prio Energy SGPS, S.A. à companhia
OxyCapital – sociedade de capital de risco, reduzindo a sua
participação de 49% para 10%", assinalou a empresa de Oliveira de
Frades em comunicado emitido pela Comissão do Mercado de Valores
Mobiliários (CMVM).



A Prio Energy, constituída em 2006, é produtora de biocombustíveis e
está também na área de distribuição de combustíveis com uma rede de
postos de abastecimento. Era, até à data, detida a 49% pela Martifer
sendo que os restantes 51% estavam nas mãos da I'M, detida pelos
irmãos Carlos e Jorge Martins, de acordo com o foi confirmado pela
Martifer ao Negócios. O conselho de administração da Martifer é
presidido por Carlos Martins sendo que Jorge Martins é o
vice-presidente.



Com o negócio anunciado esta quinta-feira, a estrutura accionista da
Prio Energy diversifica-se, com os 51% da I'M, os 39% da OxyCapital e
10% da Martifer.



Diminuição de 31,2 milhões de euros da dívida



O encaixe da operação, que está ainda sujeita à aprovação da
Autoridade da Concorrência, vai permitir ao Grupo, de acordo com o
comunicado, uma redução de 31,2 milhões de euros da dívida. No
primeiro trimestre de 2013, a dívida líquida da Martifer ascendia a
385 milhões de euros, uma subida de 2% em relação ao final do ano
passado.



No documento da divulgação de resultados trimestrais, o grupo reiterou
a intenção de reduzir o nível de endividamento para 230 e 250 milhões
de euros até ao final de 2014. Para isso, seriam vendidos activos que
não são centrais para o negócio da Martifer, "especialmente parques
eólicos, projectos solares e, residualmente, pela venda de projectos
imobiliários".



A Prio Energy era considerada um activo "não core" para o grupo desde
Março de 2010. Foi nessa altura que a Martifer reduziu a sua
participação de 60% para 49%, falando na "redução do interesse
económico no negócio da Agricultura e Biocombustíveis. A posição é
agora cortada para 10%



A Martifer é uma empresa da área de construções, alumínios e energia
solar com a I'M como principal accionista, com uma participação de
42,64%. A Mota-Engil é a segunda maior accionista com 37,50%. Juntas,
e no seio de um acordo parassocial, ambas têm uma posição de 80% na
empresa nacional. O restante capital, 19,86%, encontra-se disperso em
bolsa.



A Martifer subiu 2,04% para fechar nos 0,50 euros. A empresa entrou em
bolsa em 2007 depois de as acções terem sido vendidas a 8 euros. No
primeiro dia, negociou a 12 euros mas a cotação tem vindo a cair desde
aí.

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/martifer_ja_so_tem_10_da_sua_sub_holding_de_biocumbustiveis.html

Jovem agricultor premiado em Santarém

Mogadouro



Pedro Patrão é um jovem empreendedor que decidiu apostar no sector
agrícola no concelho de Mogadouro.
Aos 25 anos, é o rosto de uma exploração que inclui um dos maiores
olivais super intensivos da região e uma área de produção de cereal.
Tem, ainda, uma empresa de prestação de serviços na área agrícola, com
técnicas inovadores na área da plantação de olival e vinha, e, este
ano, lançou uma marca própria de azeite, que quer comercializar no
mercado externo.
O jovem empreendedor foi premido recentemente na Feira de Agricultura
de Santarém, onde viu o seu trabalho reconhecido. "Dá-me força para
continuar a trabalhar. Entre 76 candidaturas a nível nacional, fomos
distinguidos seis jovens agricultores", confessa.
Pedro Patrão decidiu apostar no sector agrícola aos 21 anos, quando
ainda estava na faculdade. "A minha área de formação era Economia e
Empreendedorismo e então fui tendo sempre formação na área da gestão
de empresas. O meu avô já era agricultor. E eu pensei que como a
população mundial aumenta de dia para dia e se há uma coisa que as
pessoas têm necessidade é de comer, então o sector agrícola será o que
sustenta o mundo. Então vi que o sector primário seria aquele que
teria mais oportunidades de negócio", garante o jovem empresário.
Na óptica de Pedro Patrão, o grande problema da agricultura
transmontana é estrutural, mas lembra que a qualidade dos produtos é
uma mais valia. "O nosso problema será conseguir comercializá-los no
exterior. Conseguindo comercializá-los e diferenciá-los no exterior, a
nossa agricultura é extremamente sustentável e lucrativa", realça o
empreendedor.
Ainda assim, o jovem reconhece que entrar no mercado externo não é
tarefa fácil para agricultores com mais idade. "Não acho que seja uma
coisa tão difícil quanto isso, mas isso é para mim, agora para um
agricultor já com alguma idade talvez haja poucos apoios", admite.

http://www.jornalnordeste.com/noticia.asp?idEdicao=482&id=19058&idSeccao=4303&Action=noticia

Chuva e subida de temperatura até meados de agosto

METEOROLOGIA


por LusaHoje1 comentário

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê para as duas
primeiras semanas de agosto alguma nebulosidade, subida de temperatura
e precipitação, em especial nas regiões do norte.

"A previsão para o início de agosto aponta para alguma nebulosidade e
precipitação, em especial a norte do Cabo Raso, ou seja, o litoral
norte e centro. Hoje, vamos começar com céu pouco nublado ou limpo,
mas com a aproximação de uma superfície frontal fria a partir da tarde
de hoje e amanhã [sexta-feira] prevê-se alguma chuva", disse a
meteorologista Angela Lourenço..

A meteorologista Ângela Lourenço sublinhou que depois do fim de semana
prevê-se uma subida da temperatura e alguma nebulosidade de variação
diurna na faixa costeira ocidental.

"No meio da próxima semana deverá aparecer uma nova superfície frontal
fria que poderá dar origem a alguma precipitação nas regiões do
norte", disse, acrescentando que esta será a tendência até meados do
mês de agosto.

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3353039

Incêndios florestais consumiram menos 57% de área ardida este ano

LUSA

31/07/2013 - 13:01

Chuva e a primavera "mais fria desde 1993" têm ajudado, indica
relatório do Instituto da Conservação da Natureza.

O maior incêndio do ano até agora ocorreu no concelho de Alfândega da
Fé ADRIANO MIRANDA


Incêndios florestais

Os incêndios florestais consumiram este ano uma área de 15.957
hectares, menos 57% do que em igual período de 2012, segundo o
Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

O maior incêndio do ano, registado até à data, começou a 9 de Julho no
concelho de Alfândega da Fé (Bragança) e estima-se que terá consumido
uma área aproximada de 13.176 hectares, dos quais cerca de 8936 são
espaços florestais, indica o último relatório provisório de incêndios
florestais do ICNF.

Segundo o documento, entre 1 de Janeiro e 15 de Julho registaram-se
5489 ocorrências de fogo, metade do que no mesmo período de 2012,
quando já tinham deflagrado 11.167.

Os 5489 incêndios provocaram 15.957 hectares de área ardida, menos
13.179 hectares do que em 2012 (menos 57%). O documento indica também
que o maior número de ocorrências se verificou no distrito do Porto
(1610), seguido de Braga (529) e Aveiro (490), sendo a maioria
fogachos, ou seja, incêndios que não ultrapassaram um hectare de área
ardida.

O distrito de Bragança é o que apresenta maior valor de área ardida,
da qual 97% resulta do grande incêndio de Alfândega da Fé, seguindo-se
Aveiro, com 1252 hectares.

O relatório provisório destaca igualmente que mensalmente até Junho os
valores, quer do número de ocorrências quer da área ardida, foram
"substancialmente inferiores" às médias mensais dos últimos dez anos
devido à chuva e à primavera "mais fria desde 1993". Porém, os
primeiros 15 dias de Julho contrariam essa tendência, com valores
superiores à média.

Segundo o ICNF, o mês de Julho foi o que registou o maior número de
ocorrências (1940) e de área ardida (11.846 hectares) este ano.

Além do incêndio do distrito de Bragança, este ano registaram-se ainda
11 grandes incêndios, que consumiram mais de 100 hectares.

A época mais crítica em incêndios florestais começou há um mês e este
ano o dispositivo tem dez grupos de reforço de ataque ampliado e a
participação de cerca de mil reclusos em acções de prevenção e
vigilância.

Durante a fase Charlie de combate a incêndios florestais, que se
prolonga até 30 de Setembro, estão operacionais 2172 equipas de
diferentes forças, 1976 viaturas e 9337 elementos, além dos 237 postos
de vigia da responsabilidade da GNR, segundo o Dispositivo Especial de
Combate a Incêndios Florestais (DECIF).

Até ao final de Setembro estão também disponíveis 45 meios aéreos, aos
quais se juntam o helicóptero Allouete III e o avião C-295M da Força
Aérea Portuguesa, cooperação que este ano vai estar no terreno pela
primeira vez. O DECIF custa este ano 78,5 milhões de euros, o que
reflecte um aumento de quase 5% em relação a 2012.

Esta semana, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo,
afirmou que o dispositivo de combate a incêndios está a responder "de
forma excelente" e mostrou-se optimista no balanço da época de fogos.
"Até ao momento, o dispositivo desta fase mais crítica de combate a
incêndios florestais tem dado boa conta do recado", disse.

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/incendios-florestais-consumiram-menos-57-de-area-ardida-este-ano-1601839

Marcas que contam. Se 89% desaparecessem portugueses não sentiam falta

Apenas 5% das marcas são vistas como essenciais para os consumidores é
a conclusão do estudo da Havas Media Group Meaningful Brands



Consumo corrente explica melhoria
Rodrigo Cabrita
29/06/2013 | 00:00 | Dinheiro Vivo

Os portugueses e as marcas estão de costas voltadas. Se 89% das marcas
desaparecessem os portugueses não iriam sentir nenhuma diferença na
sua vida, segundo o estudo Meaningful Brands.

"É um sintoma da desconexão entre consumidores e marcas", diz Rui
Almeida, diretor de research do Havas Media Group, grupo que produziu
o estudo em 23 países, entre os quais Portugal.

"Perante uma das maiores transformações dos valores e experiências dos
consumidores, resultante da crise, as marcas não estão a conseguir
acompanhar", propõe Rui Almeida.

Mas isso é apenas uma parte da equação. Os consumidores querem mais
das marcas. "Que tenham um outro papel, e não apenas objetivos
comerciais, na suas vidas", continua o investigador. E esse papel não
passa necessariamente pela oferta de descontos ou promoções. "Não toca
as alma dos consumidores", diz.

Apenas 5% das marcas é percecionada pelas pessoas como tendo um
contributo decisivo na sua vida. Mimosa, Google, Compal, Continente e
Olá são as cinco marcas que em Portugal conseguiram fazer essa ponte.

Das 76 marcas - analisadas junto a uma amostra de 7500 indíviduos,
representativos da população portuguesa -, as que emergiram no Top 12
do Meaningful Brands são as que "estão a ter a capacidade de integrar
as mudanças na filosofia de vida dos consumidores na execução da sua
estratégia, visível tanto na sua comunicação, como no produto", diz
Rui Almeida. São marcas que, no atual clima, respondem às necessidades
dos consumidores, indo até além do seu negócio core. Exemplo? Uma
marca de distribuição como o Continente oferece aos seus clientes a
possibilidade de tirar férias.

Marca tem de responder às necessidades do País

Mas não é só o que uma marca pode fazer pelo consumidor que é
valorizado. O seu contributo para o País é uma tendência que está a
emergir. "Em comparação com o ano passado, é um dos aspetos que mais
aumentou de importância. E é algo transversal a todos os sectores de
atividade, da banca às telecomunicações", garante Rui Almeida. "Os
consumidores valorizam cada vez mais o contributo de uma marca pela
economia do País e pela dinamização do emprego", sintetiza. E em
Portugal esse equílibrio entre o benefício na vida pessoal e no País é
particularmente vincado. Ou seja, para um consumidor, "está em pé de
igualdade o aspeto pessoal e o coletivo". Já em Espanha pesa mais o
pessoal do que o coletivo, revela o investigador.

O que talvez explique o facto de no Top 12 das Meaningful Brands,
cinco sejam nacionais - Mimosa, Compal, Continente, Worten e Delta -,
disputando a importância junto dos consumidores com marcas
multinacionais como o Google, Olá, Nivea, Samsung, Nike e Danone.

"As marcas nacionais debatem-se em pé de igualdade com as
internacionais no Top 12, mas não é só o factor nacional", considera
Rui Almeida. E exemplifica com o caso da Compal. A marca lançou um
pacote de sumo para consumo familiar, respondendo assim à
necessidadede de poupança nos lares nacionais. "Não é valorizada só
por ser portuguesa, mas por ser uma marca que percebeu o que está a
mudar no ritmo dos portugueses", argumenta.

Ainda assim os níveis de confiança que os portugueses depositam nas
marcas para a resolução das suas necessidades já foi maior. O ano
passado, 79% considerava que as marcas deviam empenhar-se na resolução
de problemas ambientais e sociais. Este ano só 65% pensa assim. E num
ano a percentagem de portugueses que admite procurar regularmente
informação sobre a atuação das marcas subiu de 36% para 44%.

O estudo permite ainda mergulhar no que os portugueses elegem como o
mais importante nas suas vidas. No Top 3: sentirem-se realizados com o
que fazem; ter pessoas à sua volta que realmente se preocupem consigo
e, por último, ter um estilo de vida mais saudável. "Pistas para as
marcas que estão a trabalhar na sua relevância junto dos
consumidores."

http://www.dinheirovivo.pt/Buzz/Artigo/CIECO192006.html?page=0

"Ajuda de emergência" aos fustigados pelo incêndio em Mogadouro

Câmara de Mogadouro ajuda afectados pelo grande incêndio de verão

Isenção do pagamento da conta da água referente a Julho e
disponibilização de alimento para os animais entre as medidas de apoio
previstas.
30-07-2013 14:32 por Olímpia Mairos

A autarquia de Mogadouro vai ajudar as populações mais afectadas pelo
incêndio que lavrou no concelho entre 9 e 12 de Julho e que deixou
atrás de si 14.912 hectares de terra queimada e várias culturas
destruídas.

Trata-se de "uma ajuda de emergência", refere o vereador do pelouro da
Agricultura e Ambiente, António Pimentel. "Já foi deliberado que os
habitantes das aldeias das Quintas das Quebradas e Estevais ficassem
isentos do pagamento da conta da água referente ao mês de Julho, por
se entender que as populações tiveram gastos e consumos acrescidos
devidos ao empenho no combate as chamas", salienta o autarca.

Além desta medida, aos produtores pecuários vai ser disponibilizado
alimento para os animais, uma vez que as chamas devastaram grande
parte dos pastos. "Vamos adquirir 120 toneladas de palha para
distribuir pelos produtores pecuários de Quintas das Quebradas e
Meirinhos. Os primeiros camiões de palha devem chegar na sexta-feira
ou no sábado", acrescenta o vereador.

A autarquia está ainda a equacionar uma segunda fase de intervenção
nas aldeias afectadas pelo fogo e que visa a recuperação de estábulos
e outros imóveis agrícolas.

Segundo o relatório preliminar sobre a destruição causada pelas
chamas, o incêndio que lavrou durante quatro dias no concelhos de
Alfândega da Fé, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Torre de
Moncorvo provocou prejuízos de "três a quatro milhões de euros" no
sector agrícola.

António Pimentel defende que cabe ao Governo ajudar quem "perdeu quase
tudo", recordando que "há programa e verbas para este tipo de
calamidades". Se essas verbas não chegarem atempadamente, os apoios do
município não faltarão e "serão uma linha de retaguarda".

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=116510

Morreu Carlos Laranjeira, figura marcante da agricultura do Baixo Mondego

Carlos Laranjeira, figura que marcou a agricultura do Baixo Mondego
durante as últimas décadas, morreu ontem, com 74 anos, em Espanha,
onde se encontrava de férias.

Natural de Murtede, concelho de Montemor-o-Velho, Carlos Laranjeira
mudou-se cedo para Meãs do Campo, e viveu uma parte de uma vida ligada
à produção, comercialização e promoção do arroz do Baixo Mondego – que
defendia ser dos melhores arrozes do planeta.

Foi, porém, numa propriedade da família, na freguesia de Vila Nova da
Barca, que Carlos Laranjeira ganhou gosto pela actividade do pai,
grande produtor de arroz na zona no Arunca – afluente da margem
esquerda do Mondego.

Como dirigente associativo, presidiu à Associação de Agricultores do
Vale do Mondego, à Associação de Orizicultores Portugueses e, com a
Obra Hidroagrícola do Baixo Mondego, também à respectiva Associação de
Beneficiários. Foi ainda director da CAP – Confederação dos
Agricultores de Portugal e da Unicentro, tendo também presidido ao
Instituto para o Desenvolvimento Agrário da Região Centro (IDARC).

Personalidade forte e algo controversa, Carlos Laranjeira era uma
figura incontornável da agricultura regional e nacional.

Fonte: As Beiras

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/08/01a.htm

China prossegue com as investigações ao vinho europeu

por Ana Rita Costa30 de Julho - 2013

A China vai continuar o procedimento de investigação aos vinhos
europeus. As autoridades chinesas vão realizar uma amostragem do
universo de empresas europeias registadas naquele país e fará
posteriormente um questionário.

As autoridades chinesas abriram recentemente um processo de
investigação anti-dumping e anti-subvenções sobre as importações de
vinhos da União Europeia. Estas investigações poderão conduzir à
aplicação de direitos anti-dumping e direitos compensatórios
(anti-subvenção) sobre as importações de vinhos da União Europeia
durante um período de 5 anos. Em causa encontram-se os vinhos
tranquilos e licorosos acondicionados (acondicionados ou a granel) e
os vinhos espumantes e espumosos.

A Federação Espanhola de Vinho já manifestou a sua repulsa em relação
a esta investigação aos vinhos europeus, que diz ter sido "iniciada
como uma represália comercial ao setor vitivinícola europeu."

http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7491&bl=1&page=1

Nova directora-geral da FAO quer privados a investir na agricultura em Cabo Verde

Lusa
15:48 Quarta feira, 31 de julho de 2013


Cidade da Praia, 30 jul (Lusa) - A nova Diretora-geral Adjunta da
Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO)
instou hoje o setor privado cabo-verdiano a investir na agricultura.

A cabo-verdiana Helena Semedo, que se encontra de visita a Cabo Verde
pela primeira vez desde que foi nomeada para o cargo, encontrou-se com
o primeiro-ministro e no final do encontro elogiou o cominho seguido
pelo Governo no domínio da agricultura, mas considera que "o Estado
não poderá assumir tudo".

O estabelecimento de parcerias público-privadas para a gestão e
valorização das novas infraestruturas foi, de acordo com a
diretora-geral adjunta da FAO, um dos pontos analisados no encontro.

http://expresso.sapo.pt/nova-directora-geral-da-fao-quer-privados-a-investir-na-agricultura-em-cabo-verde=f823891

Universidade de Aveiro estuda nova técnica de combate à erosão após incêndios

Lusa31 Jul, 2013, 17:08

Uma equipa de investigação da Universidade de Aveiro (UA) está a
estudar a aplicação de uma técnica para reduzir a erosão dos solos
florestais onde ocorreram incêndios, anunciou hoje fonte
universitária.

O método inovador, denominando "mulching" consiste na distribuição
pelos solos consumidos pelo fogo de uma camada de restos florestais
triturados, que a equipa científica crê poder reduzir, em mais de 40
por cento, a escorrência de águas nos terrenos ardidos.

"Com a vegetação e a manta morta da superfície dos terrenos
transformados em cinzas o solo fica extremamente vulnerável à ação da
erosão", explica Sérgio Alegre, investigador do Centro de Estudos do
Ambiente e do Mar (CESAM) da UA, dando conta de que "há terrenos que
chegam a perder várias dezenas de toneladas de solo por hectare,
durante o primeiro ano, depois de um incêndio".

As implicações negativas vão desde a perda de fertilidade e
produtividade dos solos até à destruição dos ecossistemas e bens a
jusante das áreas afetadas, como caminhos, pontes, praias fluviais ou
propriedades, e mesmo redução da capacidade das albufeiras das
barragens pela acumulação de sedimentos.

"Após um incêndio é preciso avaliar as zonas onde há risco de erosão",
aponta Sérgio Alegre, explicando que o problema não se coloca em zonas
sem declive ou áreas ardidas com uma baixa intensidade do fogo, onde
as árvores ainda possuem folhas nas copas que, depois de caírem,
fornecem de uma proteção natural ao solo.

O investigador salienta que matérias-primas para triturar e aplicar
não faltam em Portugal, como cascas da madeira utilizada pelas
fábricas de pasta de papel: "é um material muito bom pois tem fibras
longas que se adaptam ao solo formando uma espécie de rede que retém
água e sedimentos"

O "mulching" pode igualmente fazer uso do que sobra das podas e de
restos derivados das limpezas dos matos, dos jardins ou das bermas das
estradas que, na maioria dos casos, são enviados para lixeiras.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=670682&tm=8&layout=121&visual=49

Viticultores do Douro despejam vinho e largam balões em protesto contra Governo

Publicado ontem


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Os viticultores do Douro protestaram, esta quarta-feira, na Régua,
junto ao Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, com uma largada de
balões negros e despejo de vinho, contra as novas medidas do Governo
de aumento do preço do vinho.

A presidente da Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro
(AVIDouro), Berta Santos, afirmou à agência Lusa que hoje foi um dia
de "luta, reivindicação e protesto" contras as novas medidas do
Governo na agricultura, nomeadamente a obrigatoriedade de abrir
atividade nas Finanças e passar fatura por "qualquer" transação.

"Queremos a suspensão ou anulação destas novas regras, porque senão
irão desaparecer milhares de produtores", declarou.

Além das obrigações fiscais, a associação reivindicou o aumento do
preço dos vinhos pagos aos viticultores para os 1.100 euros por pipa
de vinho do Porto e 300 euros para a pipa de vinho de mesa.

No ano passado, de acordo com a mesma responsável, verificou-se um
decréscimo entre os 35 e os 50 euros por pipa de vinho generoso.

Berta Santos classificou ainda de "insuficiente" o aumento do
benefício para as 100.000 pipas.

O conselho interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto
(IVDP) fixou em 100.000 o número de pipas (550 litros cada) a
beneficiar nesta vindima (quantidade de mosto que cada viticultor pode
destinar à produção de vinho do Porto).

Este valor representa mais 3.500 pipas do que em 2012, mas a proposta
da AVIDouro eram as 120.000 pipas de benefício para este ano,
explicou.

Segundo a dirigente associativa, os pequenos e médios viticultores do
Douro nem vão sentir este aumento de produção de vinho do Porto,
porque o benefício a atribuir a cada um se vai "diluir no aumento de
área de vinha" que se tem verificado na região.

Os pequenos e médios produtores, disse, estão numa situação "muito,
muito complicada", explicando que nos últimos dez anos os produtores
durienses perderam 60% dos seus rendimentos.

"O dinheiro que recebem não dá, sequer, para pagar os custos de
produção", afirmou.

Segundo Berta Santos, se o Governo não tomar medidas, daqui a uns
"quatro a cinco anos haverá imensas vinhas abandonadas".

Para ajudar no tratamento das vinhas, nomeadamente no combate às
pragas, a associação pede ainda apoio técnico e financeiro por parte
do Governo.

Pedro Passos Coelho e o Presidente da República são, na opinião da
dirigente da AVIDouro, os "grandes coveiros" da Região Demarcada do
Douro.

A AVIDouro vai continuar a lutar e promete, antes da realização das
vindimas deste ano, novas manifestações e ações de protesto.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=3352513&page=-1

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Declaração de Existência de Suínos

por Ana Rita Costa30 de Julho - 2013

De acordo com o Aviso da DGAV de 19 de julho de 2013, referente ao
Plano de Controlo e Erradicação da Doença de Aujeszky, os
proprietários de todas as explorações suínas são obrigados a declarar
os efetivos que possuam durante o mês de agosto de 2013.

A declaração das existências de suínos é considerada medida sanitária
e tem como objetivo o combate à Doença de Aujeszky, sendo que o seu
não cumprimento acarreta uma penalização.

Esta Declaração de Existências será realizada apenas através do iDigital.

http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7497&bl=1&page=1

Preços dos fertilizantes nitrogenados são influenciados pela procura dos agricultores

por Ana Rita Costa30 de Julho - 2013

O preço dos fertilizantes nitrogenados tem sofrido profundas
oscilações desde 1960. Um estudo francês diz agora que para além do
preço do gás natural, também a procura dos agricultores condiciona o
preço destes fertilizantes.

O estudo realizado pelas Câmaras de Agricultura de França revela que
os preços altos registados no trigo, desde 2008, têm incitado os
agricultores a procurarem mais fertilizantes com o objetivo de
produzirem mais.

De acordo com o estudo a evolução do preço do trigo converteu-se numa
variável significativa para explicar o preço dos fertilizantes.

http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7490&bl=1&page=2

Vitivinicultores voltam a manifestar-se na Régua

ÁudioViticultores do Douro em protesto nas ruas da Régua

O protesto vai decorrer durante todo o dia, com concentração e vigília
junto à sede do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), na
Régua.
31-07-2013 8:18 por Olímpia Mairos
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Fonte
Os vitivinicultores do Douro realizam, esta quarta-feira, no Peso da
Régua, um dia de protesto pelo aumento do preço dos vinhos, o
saneamento financeiro da Casa do Douro (CD) e contra as novas medidas
fiscais.

"A Região Demarcada do Douro continua mergulhada numa profunda crise",
lamenta a dirigente da Associação dos Vitivinicultores Independentes
do Douro (AVIDouro), Berta Santos, salientando que "os pequenos e
médios produtores durienses perderam 60% dos seus rendimentos nos
últimos anos".

No que diz respeito aos preços, os vitivinicultores reclamam 1.100
euros por pipa para o vinho generoso, "em função das letras", e 300
euros para o vinho de mesa.

Outra reivindicação prende-se com a produção de aguardente a partir da
destilação, com prioridade para os vinhos produzidos na Região
Demarcada do Douro. "Reclamamos que o Ministério da Agricultura, o
Governo e a União Europeia tenham em conta as especificidades da
região e estabeleçam apoios para destilação da aguardente", explica
Berta Santos.

Os vitivicultores pedem, ainda, a "suspensão ou mesmo anulação" das
novas regras fiscais, um conjunto de medidas que vai fazer com que
"milhares de pequenos e médios vitivinicultores" desistam da
actividade, o que terá reflexos na desertificação da região e na
economia do país.

Quanto à Casa do Douro, uma associação privada de direito público e de
inscrição obrigatória, que há anos se debate com uma asfixia
financeira, com uma dívida que ultrapassa os 100 milhões de euros, e
salários em atraso, a AVIDouro reivindica um "saneamento justo" da
instituição.

"Querem alterar os estatutos da Casa do Douro e passarem-na a
instituição privada sem inscrição obrigatória. Se já temos um
desequilíbrio muito grande, essa situação vai afectar ainda mais a
produção, uma vez que apenas vai de encontro aos interesses dos cinco
grandes grupos", explica Berta Santos, revelando que, apesar de muitos
vitivinicultores já não terem as suas cotas em dia, essa medida vai
afastá-los ainda mais.


Flavescência dourada já chegou à região
Outro problema que "preocupa bastante" a AVIDouro é a flavescência
dourada, uma praga inicialmente detectada na região do Minho, mas que
já foi encontrada também no Douro.

A flavescência dourada é uma doença que tem como agente um parasita e
é transmitida por um insecto que se alimenta da seiva da videira e
propaga o fitoplasma contaminado. Quando é detectada numa vinha, não
há outra solução se não arrancar as videiras e esperar um período de
cinco anos, antes de voltar a produzir no terreno afectado.

"Não quero alarmar, mas, se não houver precaução, se não forem tomadas
as devidas medidas de prevenção, podemos estar perante uma segunda
filoxera", alerta Berta Santos, defendendo "mais informação, apoio
técnico e financeiro para os tratamentos".

A acção de luta dos vitivinicultores vai decorrer durante todo o dia,
com concentração e vigília junto à sede do Instituto dos Vinhos do
Douro e Porto (IVDP), na Régua.

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=116624

Dispositivo de combate a fogos está a responder 'de forma excelente', diz Miguel Macedo

29 de Julho, 2013
O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, disse hoje que o
dispositivo de combate a incêndios florestais está a responder "de
forma excelente", manifestando optimismo no balanço da época de fogos.

"Até ao momento, o dispositivo desta fase mais crítica de combate a
incêndios florestais tem dado boa conta do recado", afirmou Miguel
Macedo, na cerimónia de assinatura de protocolos para aquisição de
equipamentos de protecção individual para corpos de bombeiros.

Na sua intervenção, o ministro destacou a capacidade operacional do
dispositivo de combate a incêndios que tem estado à prova e que tem
"respondido de forma excelente".

"Encaramos com confiança, sabendo que estamos num ano difícil do ponto
de vista de combate a fogos, o tempo que falta até ao fim desta fase
Charlie" adiantou.

A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP) e 25 comunidades intermunicipais e áreas
metropolitanas assinaram hoje, no Ministério da Administração Interna
(MAI), protocolos para assegurar a execução do projecto "aquisição de
equipamentos de protecção individual para corpos de bombeiros".

Miguel Macedo explicou que vai ser feito "um investimento total de 7,5
milhões de euros, com recursos a fundos comunitários, para aquisição
de forma de descentralizada de equipamento individual de protecção
para os bombeiros".

Segundo o ministro, este investimento vai permitir que metade dos
efectivos que integram as corporações de bombeiros voluntários recebam
equipamentos.

Este projecto financia 92 por cento do total da despesa, ficando o
restante a cargo das câmaras municipais.

Miguel Macedo considerou o investimento importante, tendo em conta que
todos os bombeiros vão passar a estar mais protegidos nas suas
actividades.

Também o presidente da LBP, Jaime Marta Soares, destacou a importância
deste investimento, afirmando que este apoio "é algo que acontece pela
primeira vez".

Jaime Marta Soares explicou que com a extinção dos governos civis, os
corpos dos bombeiros deixaram de ter apoio para os equipamentos
individuais de protecção, tendo o MAI definido a estratégia que hoje
se consolida com a assinatura deste protocolos.

Segundo o presidente da LBP, os 7,5 milhões de euros vão ser
distribuídos pelas associações de bombeiros em Portugal via
comunidades intermunicipais e áreas metropolitanas.

"É uma nova forma de apoiar os bombeiros, o que permite que as câmaras
municipais tenham que disponibilizar só sete por cento para
concretizar este grande objectivo", disse, salientando que o
investimento é "prioritário porque garante mais segurança a todos os
bombeiros que se encontrem nos teatros de operações a combater os
incêndios florestais".

O presidente da LBP afirmou também que o dispositivo de combate a
incêndios florestais está a responder com êxito.

Jaime Marta Soares disse que os bombeiros estão preparados para
responder a uma média de 300 incêndios, mas caso este número seja
ultrapassado, será feito um "esforço suplementar", mas confia que seja
com "êxito".

Porém, alertou para a "necessidade de uma prevenção mais rigorosa",
sustentando que "a floresta portuguesa não está prevenida, planeada e
ordenada".

Jaime Marte Soares defendeu que o Ministério da Agricultura "tem que
preparar estratégias para que efectivamente os fogos se evitem e não
tenham que se combater".

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=80594

O histórico e prognóstico de uma legislatura

________________________________

Paulo Pimenta de Castro

No que à política florestal concerne, a atual legislatura iniciou com
a notícia da agregação das tutelas da Agricultura e do Ambiente e
Ordenamento do Território num único Ministério (MAMAOT), facto que
poderia colmatar muitos dos problemas diagnosticados no passado,
decorrentes da pulverização de centros de decisão por vários
Ministérios no que respeita à Silvicultura. Fora deste novo Ministério
ficavam de fora apenas as decisões decorrentes das áreas da Economia,
embora na componente industrial, da Administração Interna, no que
respeita à área da Proteção Civil, e da Educação, especificamente na
qualificação de quadros. Saber-se-ia mais tarde que esta decisão de
agregação serviria apenas para beneficiar uma fileira industrial
concreta.

Decorrente do PREMAC (Plano de Redução e Melhoria da Administração
Central), aprovado pelo Governo, foi decidida a fusão entre a AFN
(Autoridade Florestal Nacional), o instrumento de política florestal
previsto no Art.º 12.º na Lei n.º 33/96, de 17 de agosto (Lei de Bases
da Política Florestal), e o ICNB (Instituto de Conservação da Natureza
e da Biodiversidade), no atual ICNF (Instituto de Conservação da
Natureza e das Florestas). A respetiva lei orgânica demorou mais de 8
meses a ser aprovada em Conselho de Ministros (a 17 de maio de 2012).

No plano das decisões, a Ministra surpreende o setor com a iniciativa
voluntariosa ou voluntarista "Vamos plantar Portugal", anunciada em
Caldas do Gerês a 14 de dezembro de 2011. A iniciativa visava
salvaguardar a Floresta Portuguesa através da plantação de uma árvore
por cada português. Saber-se-ia mais tarde da apetência da ministra
por uma espécie exótica, o eucalipto.

Em maio de 2012, depois de um anúncio jornalístico do Grupo Portucel
Soporcel, o Ministério surpreende com uma rápida aparição, nesse mesmo
mês (coincidência), de uma proposta de alteração legislativa às ações
de arborização e rearborização com espécies de rápido crescimento, que
mais tarde, quiçá fruto de forte contestação, passou a envolver a
globalidade das espécies florestais. Resumidamente, anunciada como
medida de desburocratização, de simplificação administrativa, o
diploma aprovado, um ano e 15 dias após a publicação da nota da
Portucel (Decreto-lei n.º 96/2013), simplifica o licenciamento das
(re)arborizações com espécies de rápido crescimento e cria carga
administrativa para a (re)florestação com as espécies florestais
autóctones. Enquanto medida de política floresta, o diploma resulta
num ato avulso, extemporâneo, irresponsável, opaco e unidirecional
(diploma AEIOU, até porque em matéria de política florestal estão em
falta as consoantes).

O MAMAOT desencadeia igualmente o processo de avaliação da ENF
(Estratégia Nacional para as Florestas). O processo de conceção, como
o de avaliação da ENF produzem longos documentos assentes em várias
resmas de papel, mas sofrem contudo de várias inconsistências graves,
de natureza política, estratégica, estrutural e financeira.

Sendo esta uma breve descrição histórica das concretizações do MAMAOT
ao nível da política florestal (deixamos de lado os discursos com
revelações estatísticas do início da década de 2000), os próximos
tempos da atual legislatura não evidenciam qualquer alteração de rumo
(que não sejam a aposta em estratégias extrativistas, que se pretendem
justificar na necessidade do reforço das exportações – que afinal se
revelam da Petrogal).

Com a recente remodelação governativa e a anunciada cisão do MAMAOT,
especulava-se sobre o futuro do ICNF. Ficaria sob a tutela do
Ambiente, da Agricultura ou ocorreria a sua cisão, voltando à fase
pré-PREMAC, com as Florestas separadas da Conservação da Natureza. A
primeira opção é a vigente no país vizinho, a Espanha, onde a tutela
da atividade florestal está centrada no Ministério do Ambiente, não se
observando contestação significativa da indústria florestal local. A
segunda opção seria em teoria a mais difícil de operar, embora assente
num desafio que, mais tarde ou mais cedo, tenha forçosamente de
ocorrer, a conciliação de interesses entre as atividades rurais e a
conservação da Natureza. A terceira opção seria a menos expectável,
face aos propósitos anunciados com o PREMAC, contudo parece ter sido a
aprovada pelo Governo.

Assim sendo, com a cisão do ICNF, a autoridade florestal do Estado
(seja qual for a designação que venha a ter – Direção Geral dos
Serviços Florestais e Aquícolas, Direção Geral das Florestas,
Instituto Florestal, Direção Geral dos Recursos Florestais ou
Autoridade Florestal Nacional) passará agora mais alguns meses
entretida com a preparação de nova lei orgânica e a nomeação de
chefias. Entretanto, o setor silvícola continuará no seu percurso de
declínio progressivo, muito embora as decisões de fundo já tenham sido
tomadas, aprovadas e publicadas com o Decreto-Lei n.º 96/2013, de 19
de julho.

Paulo Pimenta de Castro
Engenheiro Florestal
Presidente da Acréscimo – Associação de Promoção do Investimento Florestal

Publicado em 30/07/2013

http://www.agroportal.pt/a/2013/pcastro5.htm

Trinta ONG moçambicanas lançam campanha contra "privatização e usurpação da terra"

Trinta organizações não-governamentais moçambicanas anunciaram o
lançamento, em breve, de uma campanha nacional "contra a privatização
da terra, usurpação e saque de todos os recursos naturais" em
Moçambique, que inclui "técnicas de resistência à invasão dos
territórios".

Um comunicado da União Nacional de Camponeses de Moçambique, a que a
Lusa teve acesso, refere que "a campanha vem responder a uma demanda
popular de contestação pela forma como o país está a ser conduzido, da
comunidade ao governo nacional".

"Esta campanha irá traduzir-se em diversas atividades, incluindo
marchas, seminários de educação popular sobre o direito à terra,
caravanas de educação cívica das populações rurais e urbanas sobre
governação, cartas de denúncia", bem como "técnicas de resistência à
invasão dos territórios", lê-se na nota.

A mobilização conjunta da sociedade civil pela defesa dos recursos e
contra a privatização da terra visa o reforço de ações conjuntas e no
ampliar da sua articulação em defesa dos recursos naturais e contra a
privatização da terra, destaca a União moçambicana de camponeses, um
dos promotores da iniciativa.

A decisão foi tomada após uma reflexão de três dias promovida pelos
participantes da oficina da Universidade Popular dos Movimentos
Sociais (UPMS), instituição cofundada pelo sociólogo português
Boaventura de Sousa Santos, que teve lugar, no fim de semana, na zona
de Mumemo, Marracuene, arredores da capital moçambicana, Maputo.

"Na conclusão da UPMS verificou-se que o assunto da terra preocupa
todos os setores da sociedade, exigindo o reforço de ações conjuntas
para defender a lei de terras e rejeitar toda e qualquer tentativa de
privatização da terra", afirma o comunicado.

A organização aponta a extração mineira em Tete, exploração florestal
no norte do país, os programas do agronegócio como o Wambao e o
controverso Prosavana - um programa milionário a ser implementado no
norte de Moçambique - como alguns que foram identificados pela
sociedade civil moçambicana como sendo um "assunto de agenda comum,
reveladores de situações de neocolonialismo que devem ser combatidos".

Exemplificando, a União Nacional de Camponeses de Moçambique estima
que "só o Prosavana vai usurpar terras, expulsar camponeses e
contaminar os solos de cerca de 14 milhões de hectares de terra, ao
longo do chamado corredor de Nacala".

"Os participantes da oficina da UPMS de Mumemo consideram que a forma
como o Governo de Moçambique gere a terra e os recursos naturais está
em contradição com os propósitos pelo qual se conquistou a
independência nacional, de libertar a terra e o homem", assegura a
organização. Os participantes "consideram ainda como desumana a forma
como o Governo trata os seus cidadãos e alertam os moçambicanos para
que se mobilizem contra a atitude do Governo".

A União moçambicana de Camponeses sublinha que "Moçambique é rico em
recursos naturais, mas isto pode significar uma maldição para o povo,
como testemunham" os exemplos da Nigéria, Angola e Guiné Equatorial ou
o México, que "embora ricos em petróleo e outros recursos, não
conseguem ultrapassar a situação de miséria em que o seu povo vive".

"Isto acontece porque os governos que controlam a gestão dos recursos
apropriam-se através da corrupção e de empresas ligadas ao poder
político, o que faz com que os rendimentos que resultam dos recursos
sejam apropriados por um grupo muito pequeno de famílias e empresas
ligadas ao poder", refere a mesma nota.

MMT // VM

Lusa/Fim

http://noticias.sapo.pt/internacional/artigo/trinta-ong-mocambicanas-lancam-campanha-contra-privatizacao-e-usurpacao-da-terra_16470988.html

FAO pede que países em desenvolvimento abandonem pesticidas perigosos

A FAO disse que muitos países não dispõem de recursos para gerir
adequadamente o armazenamento, distribuição, manuseamento e eliminação
de pesticidas e reduzir seus riscos

Reuters, Reuters, 30 de julho de 2013

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Os países em desenvolvimento devem acelerar a retirada de pesticidas
altamente perigosos de seus mercados, após a morte de 23 crianças
devido à ingestão de alimentos contaminados na Índia, disse nesta
terça-feira a Organização das Nações Unidos para a Alimentação e
Agricultura (FAO).

As crianças no Estado indiano de Bihar morreram no início deste mês
depois de comerem uma refeição escolar composta por arroz e batata ao
curry contaminada com monocrotofós, um pesticida considerado altamente
perigosos pela FAO e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

"A experiência em muitos países em desenvolvimento mostra que a
distribuição e uso desses produtos altamente tóxicos muitas vezes
representa um risco grave à saúde humana e ao meio ambiente", disse a
FAO em comunicado.

O monocrotofós está proibido em muitos países, mas um painel de
especialistas do governo indiano foi persuadido pelos fabricantes de
que o produto era mais barato do que as alternativas e mais eficaz no
controle de pragas que atacam a produção agrícola.

Embora o governo da Índia defenda que os benefícios de pesticidas
fortes superam os riscos se forem bem geridos, a tragédia de
intoxicação alimentar ressalta críticas de que tais controles são
praticamente ignorados de fato.

A FAO disse que muitos países não dispõem de recursos para gerir
adequadamente o armazenamento, distribuição, manuseamento e eliminação
de pesticidas e reduzir seus riscos.

"Os produtos altamente perigosos não devem estar disponíveis para os
pequenos agricultores que não têm o conhecimento e os pulverizadores
adequados, equipamentos de proteção e instalações de armazenamento
para gerenciar esses produtos de forma adequada", acrescentou a FAO.

O monocrotofós está atualmente proibido na Austrália, China, União
Europeia e nos Estados Unidos, e em muitos países da África, Ásia e
América Latina, disse a FAO.

(Por Agnieska Flak)

http://www.administradores.com.br/noticias/cotidiano/fao-pede-que-paises-em-desenvolvimento-abandonem-pesticidas-perigosos/78396/

Alimentação é único sector com perspectiva positiva em Portugal, diz CyC

O setor da alimentação é o único em Portugal que evidencia uma
perspetiva positiva nos últimos três meses, enquanto o da construção
segue no extremo oposto, segundo um estudo da seguradora Crédito y
Caución (CyC) hoje divulgado.

Nas previsões que constam do «Quadro 500 das previsões» da seguradora
Crédito y Caución sobre o comportamento de 14 setores em 43 países, em
Portugal, a alimentação é o único setor que apresenta um bom
desempenho nos últimos três meses, ao contrário da construção, aço e
têxtil em que mostraram um desempenho "mau" neste período.

Em Portugal, as previsões do comportamento dos setores mantiveram-se
estáveis e só o setor da alimentação atinge o nível "bom" nas
previsões de comportamento, seguidos dos setores da agricultura,
químico/farmacêutico, consumo sustentado, engenharia e serviços, com
previsões de comportamento "favoráveis".

Os setores automóvel, tecnológico, serviços financeiros, metalúrgico e
do papel têm previsões de comportamento "desfavoráveis".

As previsões apresentadas foram realizadas por analistas de risco que
avaliam diretamente o risco associado às empresas em cada mercado.



Dinheiro Digital com Lusa

http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=202269

Alterações à Lei dos Baldios visam "adaptar" gestão à realidade - Ministério

Lusa - Esta notícia foi escrita nos termos do Acordo Ortográfico
19:28 Terça feira, 30 de Julho de 2013 |

Redação, 30 jul (Lusa) - O Ministério da Agricultura explicou hoje que
as alterações à Lei dos Baldios em preparação visam "adaptar" a gestão
destes terrenos "à realidade económica e social", mas sublinha que
este processo ainda não está fechado.

Contactada pela Lusa, fonte oficial do Ministério da Agricultura e do
Mar (MAM) explicou que a proposta de alteração à Lei dos Baldios, da
autoria do Governo, "tem sido objeto" de uma "alargada consulta a
diversos parceiros" e que "continuará ainda a sê-lo".

A Federação Nacional dos Baldios (Baladi) acusou hoje o Governo de
querer "privatizar" aqueles terrenos com a proposta de alteração da
lei sobre a sua administração, que dizem colocar "em causa" a
propriedade e gestão.



Ler mais: http://visao.sapo.pt/alteracoes-a-lei-dos-baldios-visam-adaptar-gestao-a-realidade-ministerio=f743588

Crise: portugueses cortam no azeite, pão e fruta

Compras de alimentação registam a mesma queda registada na Grécia em 2012

Por: Redacção | 2013-07-18 09:27

As famílias continuam a adaptar-se à crise. No início, compravam mais
marcas da distribuição, trocavam a carne de vaca por frango, e
passavam a cozinhar mais em casa. Agora, estão a tomar medidas mais
drásticas: compram menos, seja do que for.

Um estudo da empresa Kantar Worldpanel, citado pelo «Público» diz
mesmo que no primeiro semestre do ano os portugueses estiveram em
«modo de sobrevivência». No primeiro semestre, volume de compras caiu
3,7%, um nível semelhante ao maior pico registado na Grécia em 2012.

Comprar o essencial passou a significar comprar menos. Não se trata de
deixar de comprar a fruta importada ou o queijo especial. É comprar
menos pacotes de leite, adiar a compra de água, levar menos azeite ou
pão para casa. A amostra de 4.000 lares de Portugal Continental a que
a empresa recorre para medir constantemente as alterações de consumo,
põe em evidência famílias focadas nos gastos com a alimentação, que
procuram o melhor preço para rentabilizar o rendimento e 85% estão
atentas às promoções (69% em 2009).

Na prática, esta tendência reflete-se no número de produtos que
colocam no carrinho do supermercado: o volume reduziu-se 3,7% no
primeiro semestre e por cada ato de compra (ou seja, em cada ida à
loja) as famílias levam menos 4,7% de produtos em comparação com o
primeiro semestre de 2012.

http://www.tvi24.iol.pt/503/economia---economia/compras-consumo-alimentos-alimentacao-crise/1471399-6377.html

Vinho da Quinta de Lemos eleito entre os cinco melhores do mundo

29-07-2013 às 12:50

O IWC Challenge 2013, um dos mais reconhecidos concursos de vinho do
mundo, premiou o vinho Dona Georgina 2005 da Quinta de Lemos
triplamente.

O vinho recebeu o Prémio especial «James RogersTrophy 2013», que
premeia o melhor vinho no primeiro ano de produção de uma adega; foi
eleito o melhor vinho tinto da Região do Dão com uma medalha de ouro e
melhor vinho tinto Português com um troféu.

O vinho em causa foi ainda nomeado como um dos cinco melhores vinhos do mundo.

O ano de 2005 foi o primeiro de produção de vinhos da Quinta de Lemos,
e Dona Georgina em particular, caracteriza-se por ser um «blend» duas
castas: Touriga Nacional e Tinta Roriz.

As notas de prova do IWC descrevem-no como «um vinho muito complexo,
com presença de coro, e saborosas notas misturadas de molho de soja e
casca de laranja com a cereja muito presente, apresenta textura
aveludada e fim de boca persistente».

O envelhecimento é feito em carvalho francês durante 15 meses e
posteriormente é engarrafado fazendo um estágio em garrafa de cerca de
três anos.

Hugo Chavez, enólogo da Quinta de Lemos, comentou com satisfação a
distinção obtida no IWC: «É um enorme orgulho ganhar estes prémios e
distinções com o nosso primeiro vinho. Faz-nos acreditar que temos
potencial para muito mais. A nossa meta é fazermos vinhos de
referência Portugueses e do Dão. Prémios destes motivam-nos a
trabalhar mais e melhor.»

Toda a quinta produz vinho sob produção integrada, um sistema de
controlo de produção equilibrado entre a produção biológica e a
chamada «convencional».

De acrescentar que «Dona Georgina» é alusivo ao nome da mãe do
produtor, sendo uma homenagem à matriarca da família.


Sobre a Quinta de Lemos:
Nasceu em meados dos anos 90 pela mão de Celso de Lemos, com o sonho
de criar vinhos exclusivos. Um vinho dedicado aos seus amigos mais
próximos e à família, que sirva para unir as pessoas em torno de boas
conversas e que reforce a ligação entre as pessoas. A quinta
encontra-se no vale do Dão, escondida numa altitude de 340m, onde se
encontram 25 hectares de vinha e 3000 de oliveiras. Todos os anos a
Quinta de Lemos apresenta dois ou três blends que, em homenagem aos
antepassados familiares, são baptizados com nomes da família; e quatro
vinhos mono-varietais diferentes das castas Jaen, Tinta Roriz, Touriga
Nacional e Alfrocheiro.

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=647360

Assembleia da República: PCP questiona Governo sobre «Acidentes com tractores agrícolas»

O Grupo Parlamentar do PCP entregou na Assembleia da República uma
Pergunta em que solicita ao Governo que lhe sejam prestados
esclarecimentos sobre «Acidentes com tractores agrícolas», Pergunta
que se passa a transcrever.

Destinatários: Ministro da Economia e do Emprego
Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território

PERGUNTA:

Em final de 2010 foi publicada a Resolução da Assembleia da República
nº 139/2010, intitulada "Reduzir a sinistralidade do tractor e reduzir
os acidentes mortais no meio rural" e que teve origem num projecto de
resolução do PCP, aprovado por unanimidade.

Passados mais de dois anos e meio sobre a publicação da resolução os
acidentais mortais envolvendo tractores agrícolas, continuam,
infelizmente, a surgir regularmente na comunicação social. Ainda em
Maio passado se noticiava o aumento do número de mortos na
agricultura, tendo a ACT registado 23 mortos em acidentes de trabalho
na agricultura, no ano de 2012.

Posto isto, e com base nos termos regimentais aplicáveis, vimos por
este meio e com carácter de urgência, perguntar ao Governo, através do
Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do
Território e do Ministério da Economia e do Emprego, o seguinte:

1. Qual o número de acidentes de trabalho na agricultura registados em
2011 e 2012? E de que tipos?

2. Quantos destes acidentes, por ano, envolveram tractores agrícolas?
Em quantos destes houve vítimas mortais? Quantas?

3. Quantos acidentes com tractores agrícolas já ocorrendo este ano? E
quantas vítimas mortais já se verificaram?

4. Qual o ponto da situação relativamente à aplicação das medidas
propostas na Resolução da Assembleia da República nº 139/2010?

Palácio de São Bento, quarta-feira, 10 de Julho de 2013

Deputado(a)s

JOÃO RAMOS (PCP)

Fonte: Grupo Parlamentar do PCP

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/07/30f.htm

Assembleia da República: PCP questiona Governo sobre «Registo de sementes: Posição do governo de Portugal»

O Grupo Parlamentar do PCP entregou na Assembleia da República uma
Pergunta em que solicita ao Governo que lhe sejam prestados
esclarecimentos sobre «Registo de sementes: Posição do governo de
Portugal», Pergunta que se passa a transcrever.

Destinatário: Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do
Ordenamento do Território

PERGUNTA:

Está em discussão nas estruturas europeias um regimento que aplica um
regime de obrigatoriedade de utilização na agricultura de apenas
sementes registadas.

Este assunto foi já trazido ao plenário da Assembleia da República
pelo Grupo Parlamentar do PEV em cuja discussão o PCP teve
oportunidade de manifestar as suas preocupações com este processo, que
terá entre os problemas mais imediatos o aumento dos custos de
produção.

Posto isto, e com base nos termos regimentais aplicáveis, vimos por
este meio e com carácter de urgência, perguntar ao Governo, através do
Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do
Território, o seguinte:

1. Qual a posição do governo sobre esta matéria?

2. Que posições defenderá, na Europa, o governo português?

Palácio de São Bento, quarta-feira, 10 de Julho de 2013

Deputado(a)s

JOÃO RAMOS (PCP)

Fonte: Grupo Parlamentar do PCP

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/07/30e.htm

terça-feira, 30 de julho de 2013

GPP: Anuário Agrícola, Informação de mercados 2012

O Gabinete de Planeamento e Políticas disponibiliza, com regularidade,
através da publicação Anuário Agrícola, informação quer de produções
vegetais quer de produções animais, que possa ser útil a um universo de
utilizadores diversificado, com destaque para os operadores de mercado dos
próprios sectores produtivos.
A informação apresentada elucida acerca dos níveis de produção obtidos em
Portugal, na União Europeia e em termos mundiais para os produtos analisados,
dos preços a que são transacionados, das trocas comerciais com o exterior e
do grau de autoabastecimento do país.
A caracterização do posicionamento de um produto no mercado pode servir
de apoio a decisões relativas à orientação produtiva a assumir pelos
produtores, incluindo as condições do seu enquadramento no mercado
nacional e internacional.
A sistematização da informação sectorial é igualmente útil à gestão da política
no âmbito da Organização Comum de Mercado na União Europeia e à
assunção de orientações no domínio da Política de Desenvolvimento Rural.
A questão da internacionalização da economia nacional, incluindo
necessariamente a produção agrícola, assume um carácter prioritário na atual
conjuntura, tendo nesta edição particular realce.
Esperando que esta edição surta os efeitos pretendidos, ficamos receptivos às
contribuições que nos possam fazer chegar para que a mesma venha a
responder melhor ainda aos seus utilizadores.
O Diretor
Eduardo Diniz

PDF DISPONIVEL AQUI
http://www.gpp.pt/pbl/Monog/anuario2012.pdf

Gestão comunitária motiva projeto de investigação de baldios na serra da Lousã

Lusa
15:38 Sexta feira, 26 de julho de 2013


Lousã, 26 jul (Lusa) -- A gestão comunitária dos baldios motiva uma
investigação que o Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de
Coimbra está a desenvolver em Vilarinho, na Lousã, com o objetivo de
criar "conhecimento novo e relevante" nesta área.

A natureza dessa gestão "foi, sem dúvida, o que aproximou o CES da
comunidade de compartes de Vilarinho", disse hoje à agência Lusa a
investigadora Rita Serra, que coordena o projeto, com base num
protocolo celebrado entre esta instituição científica e o Conselho
Diretivo dos Baldios.

"Encontrámos uma missão comum e princípios éticos e valores comuns na
gestão das florestas, que tem de ter em conta aquilo que as
comunidades querem para o seu futuro", afirmou.


http://expresso.sapo.pt/gestao-comunitaria-motiva-projeto-de-investigacao-de-baldios-na-serra-da-lousa=f823010

Óleo de palma, floresta e conflito em São Tomé

RICARDO GARCIA (TEXTO) DANIEL ROCHA (FOTOS) EM SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

30/07/2013 - 00:00

2 / 11

Num país essencialmente pobre, um grande projecto agro-florestal
começa com atropelos ambientais e sociais, provocando uma onda de
contestação.

São apenas 50 quilómetros entre São Tomé e Ribeira Peixe, mas o
caminho faz-se devagar. A estrada é sinuosa, acomoda-se ao contorno da
costa e vence a orografia em curvas e declives, com o mar à esquerda e
a floresta verdejante à direita.

Alguns minutos além do rio Iô Grande surgem as primeiras palmeiras.
Estão alinhadas em fileiras, entre as quais foi semeada uma leguminosa
para fertilizar o solo. O conjunto estende-se num tapete geométrico
até ao limite onde a floresta foi cortada. Ao fundo, enquadrado por
esta paisagem dual, vê-se o Cão Grande, o curioso dedo vulcânico que
se eleva a 663 metros de altitude.

O cenário é tudo menos um simples cartão postal de São Tomé e
Príncipe. Aquelas palmeiras fazem parte de uma exploração
agro-florestal que é o tema do momento no país. Implica derrubar áreas
de floresta para produzir óleo de palma e está a semear a discórdia
entre cidadãos, organizações não-governamentais, empresas e
administração central.

Não é uma história que se encaixe numa divisão simplista entre
defensores e destruidores da natureza. São Tomé e Príncipe é um país
pobre, com um PIBper capita de 1100 euros por ano, 6% do português. As
roças de cacau e de café que alimentaram a economia colonial estão
quase todas falidas. Nas cidades há poucos empregos.

O país precisa de investimento. Mas a população não está disposta a
aceitá-lo a qualquer custo. O trinómio idílico do desenvolvimento
sustentável, onde a economia, o ambiente e o bem-estar social andam de
mãos dadas, não está aqui a funcionar.

Produzir óleo de palma não é uma novidade no país. No anos 1980, o
Governo criou a Empresa de Óleos Vegetais (Emolve) e plantou cerca de
600 hectares de palmeira-andim (Elaeis guineensis) no Sul de São Tomé.
O projecto durou pouco e estava moribundo quando, há cinco anos, o
Governo começou a negociar uma parceria para o ressuscitar. Surgiu
então a Agripalma, com 12% de capital do Estado são-tomense e 88% da
STP Invest, uma sociedade belga cujos responsáveis estão ligados a
empresas da área das renováveis.

A ideia é replantar e ampliar os palmares para quase 5000 hectares e
construir uma fábrica. O investimento equivale a 29 milhões de euros e
a produção esperada é de 20 mil toneladas de óleo de palma por ano, em
2017. Parte destina-se ao consumo local e parte será exportada.

Corrida a África
O projecto surge num momento em que muitos investidores estão de olho
na exploração do óleo de palma em África. Actualmente, 85% da produção
mundial vem da Indonésia e da Malásia, com destino sobretudo à China,
Índia e União Europeia. Com a expectativa de duplicação do consumo até
2020 - como óleo comestível e para a produção de biodiesel -, outras
áreas de cultivo estão a ser procuradas nos trópicos.

Num relatório de Dezembro de 2011, o Programa das Nações Unidas para o
Ambiente já alertava para a destruição de florestas tropicais devido
"à rápida expansão da monocultura do óleo de palma". Conflitos
ambientais e sociais, em especial pela posse da terra, têm sido
reportados em países africanos como a Nigéria, Camarões, Gana,
República Democrática do Congo, Costa do Marfim.

Em São Tomé é Príncipe, estão a repetir-se, desde que os contratos com
a Agripalma foram assinados em 2009. "A partir deste momento, as
coisas começaram a correr mal", queixa-se Bastien Loloum, organização
não-governamental Marapa (Mar, Ambiente e Pesca Artesanal). O estudo
de impacto ambiental, diz Loloum, é deficiente, não teve consulta
pública e foi difícil de obter. "Estava na Bélgica, em inglês, e a
tradução é má", afirma.

Em documentos do projecto, há várias referências a compromissos de
responsabilidade ambiental. A própria empresa que executará o projecto
- a Socfinco, detentora de 100 mil hectares de palmares em África - é
fundadora daRoundtable Sustainable Palm Oil, criada pelos produtores
em 2004 para garantir que as explorações seguem os preceitos do
desenvolvimento sustentável.

No terreno, porém, os exemplos contrários multiplicam-se quando se
passa a cidade de Porto Alegre, no extremo sul de São Tomé, e se segue
por uma estrada irregular de terra batida. Depois de um pequeno
percurso a pé, entre fetos e coqueiros, Bastien Loloum mostra uma área
pejada de árvores abatidas. Ali passa um curso de água que mal se
vislumbra. "Deviam ter guardado uma faixa de 40 metros a partir da
ribeira", lamenta Loloum, que coordena projectos da Marapa naquela
região.

Mais à frente, o caminho passa por troços difíceis, com pequenas
pontes periclitantes, até desaguar numa área com amplas faixas de
floresta abertas para as palmeiras. Há ribeiras entulhadas com troncos
e acentuados declives recém-despidos. A vulnerabilidade à erosão é
evidente.

Foi nesta área que a população se rebelou contra o avanço das
máquinas. O projecto previa, na região de Porto Alegre, o envolvimento
dos agricultores locais - num modelo distinto das plantações
industriais em Ribeira Peixe. Mas os moradores dizem que os bulldozers
avançaram sem aviso nem cerimónia. "O problema é a maneira como estão
a agir na comunidade", afirma Fidel Sanches, presidente da Associação
Comunitária de Porto Alegre.

Reforma falhada
Em grande medida, o que foi derrubado correspondia às ruínas de uma
reforma fundiária falhada, que teve início nos anos 1990.
Ex-trabalhadores das roças receberam lotes de terreno do Estado. Mas,
por falta de apoio, de formação ou de iniciativa, muitos nunca
cultivaram a sério os seus talhões. Hoje simplesmente retiram da terra
o que a terra lhes dá - algum cacau ou café remanescente, bananas,
cocos, fruta-pão. Das próprias palmeiras extrai-se a seiva para fazer
o vinho de palma. Grandes árvores transformam-se em madeira, o
material de construção mais popular na ilha. "A terra não era
cultivada, mas havia a nossa madeira que estávamos a proteger",
justifica Fidel Sanches. "Derrubaram e destruíram", acrescenta.

O sangue ferveu numa manhã de Maio passado. De catanas em punho, a
população impediu o avanço das máquinas. A Agripalma suspendeu as
operações e agora vêem-se no local apenas alguns trabalhadores a
seccionarem grandes árvores já abatidas.

Num país onde a falta de emprego é um problema, a perspectiva de
trabalho no projecto Agripalma não entusiasma a todos. "São
trabalhadores extras. Não têm regalias, segurança social, se ficam
doentes ninguém lhes paga", diz Adelino dos Prazeres, outro morador de
Porto Alegre.

O conflito social à volta do projecto não é o único. As plantações
estão a tomar o lugar da floresta, com efeitos ainda mal estudados. O
resumo do estudo de impacte ambiental faz uma descrição muito sumária
da fauna e nula da flora. Os impactos sobre a paisagem e a
biodiversidade estão resumidos em três parágrafos curtos. Um deles
diz: "A biodiversidade será preservada como uma prioridade".

São Tomé e Príncipe tem animais e plantas únicos, que não existem em
mais lugar nenhum. A sua avifauna, por exemplo, inclui espécies
criticamente ameaçadas de extinção, como a galinhola (Bostrychia
bocagei), o picanço (Lanius newtoni) e o anjolô (Neospiza concolor).
"A grande questão é que se desconhecem quais são as áreas vitais para
estas espécies", alerta Nuno Barros, da Sociedade Portuguesa para o
Estudo das Aves (SPEA). "Não havendo estudos, pode-se estar a estragar
coisas que nem sequer conhecemos", diz Barros.

Providência cautelar
Organizações como a SPEA somaram as suas preocupações à dos moradores
e de outros sectores da sociedade. O resultado é um movimento cívico
que tem agora agido em conjunto. Uma petição "contra a desflorestação"
foi lançada na Internet e uma queixa formal levou o Ministério Público
a entrar com uma providência cautelar, no princípio de Julho, para
suspender o projecto.

Parte da luta legal tem sido garantida pelo envolvimento de juristas
são-tomensens, como a bastonária da Ordem dos Advogados, Celiza de
Deus Lima, e o ex-procurador-geral da República, Adelino Pereira. Este
advogado tem uma concessão agrícola na zona do projecto, mas diz que o
que o move não é nenhum interesse pessoal. "Quando vi aquilo, fiquei
chocado", afirma, no seu escritório na cidade de São Tomé.

Adelino Pereira não entende como é que o Estado entrou com os terrenos
todos da Agripalma e só ficou com 12% da empresa. "É óbvio que há uma
desproporção imensa". A Agripalma pagará ao Estado uma renda anual de
sete euros por hectare, o que, para o advogado, "é uma aberração".
Parte dos terrenos, embora públicos, pode ser hipotecada para
empréstimos bancários.

Os contratos prevêem uma concessão de até 75 anos, amplas isenções
fiscais e o monopólio da actividade no país, enquanto estiverem a ser
pagos os empréstimos. "Os contratos estão impregnados de vários
vícios", conclui Adelino Pereira.

"Há muita desinformação e muito aproveitamento político", rebate o
director-geral da Agricultura, Carlos Pascoal. O projecto da Agripalma
insere-se numa tentativa de atrair investidores estrangeiros para
viabilizar áreas agrícolas que não estão a ser cultivadas. "Temos de
reagir a esta economia que não existe e alargar a nossa base produtiva
de exportação", diz Carlos Pascoal.

O director-geral admite que nem tudo tem corrido bem. "Houve alguns
erros, áreas que não deveriam ser derrubadas e foram. Mas não se pode
pôr em causa um projecto por erros que são reversíveis", afirma.Depois
das queixas, o Governo criou uma comissão permanente para fiscalizar
os trabalhos, embora muitos duvidem de que haja recursos para manter
os funcionários no terreno.

Carlos Pascoal - que representa o Estado no conselho de gerência da
Agripalma - diz que as cláusulas do contrato são o resultado de oito
meses de negociações e que a renda paga pelos terrenos está acima dos
quatro euros por hectare previstos na legislação. "Não vejo onde está
o crime disto...", comenta.

Terras a menos
O Governo vê como natural a protecção do negócio por um monopólio
enquanto houver dívidas à banca, bem como a hipoteca de terrenos
públicos - já que o próprio Estado é parte interessada no projecto.
Quanto à não-realização de uma consulta pública para o estudo de
impacto ambiental, prevista na lei, Carlos Pascoal pergunta: "Qual é o
projecto que teve consulta pública?"

Há uma questão ainda delicada por resolver. Dos 4917 hectares
previstos no projecto, 1272 seriam concessionados no Príncipe. Mas o
governo regional daquela ilha chumbou a ideia e será impossível
encontrar, na ilha de São Tomé, mais áreas planas para as palmeiras.
"Não temos", diz Carlos Pascoal. O contrato com a STP Invest tem agora
de ser revisto.

Na sede da Agripalma em São Tomé, a política neste momento é a do
silêncio. Ao PÚBLICO foi apenas entregue um comunicado de 19 de Junho,
assinado pelo director-geral Jan Van Eykeren. No documento, a
Agripalma diz que "desde o início do projecto tem procurado respeitar
a protecção do ambiente" e que está a seguir as recomendações contidas
num estudo complementar que mandou fazer sobre a biodiversidade.

Também afirma que não desflorestou qualquer área dentro do Parque
Natural Obô - criado em 2006 e onde se concentra a vegetação original
da ilha -, e que não está a explorar áreas legalmente classificadas
como floresta, já que as zonas concessionadas ou já eram palmares ou
tinham sido reocupadas por coqueiros e outras árvores, depois de
abertas à agricultura há muito tempo. Segundo a Agripalma, não há aves
endémicas na área concessionada.

A empresa refere que está a empregar 800 trabalhadores, com uma folha
de pagamentos mensal de 1500 milhões de dobras (61.000 euros)."Não
vamos destruir o país para dar emprego a 800 pessoas", contesta o
advogado Adelino Pereira. "Não estamos contra a Agripalma. Queremos é
que as coisas sejam bem feitas", completa, repetindo uma afirmação
comum a todos os envolvidos no movimento cívico ouvidos pelo PÚBLICO.

Os ânimos estão longe de acalmar. Na semana passada, trabalhadores da
Agripalma voltaram a ser interpelados em Porto Alegre. E, se não
houver alterações, o próximo passo da contestação já está agendado,
segundo diz Fidel Sanches: "Estamos à espera da chuva para retomar a
nossa roça".

http://www.publico.pt/africa/jornal/oleo-de-palma-floresta-e-conflito-26892012#/1