sábado, 7 de setembro de 2013

Americano cria labirintos em plantações com trator e gps

Timothy Day desenha os labirintos nas plantações para atrair turistas.
Usa apenas um tractor e um computador com gps. VEJA AS FOTOS

17:56 Sábado, 7 de Setembro de 2013 |


O norte-americano Timothy Day, do estado de Virginia, ocupa os verões
e outonos nos EUA a desenhar labirintos atractivos nas plantações de
todo o país.

O objectivo é aliciar os turistas - que passam pela América do Norte
durante essas épocas - com labirintos temáticos e desenhos
específicos, que cria através do uso de um simples tractor e de um
computador com gps.

Um dos labirintos muito conhecidos é o "egípcio": trata-se de um
labirinto num campo de milho da fazenda de uma família - Naylor - na
Carolina do Norte, nomeadamente em Fuquay-Varina.

Em Troy, no estado de Ohio, por exemplo, os turistas entram num
labirinto que tem desenhada uma girafa e, no estado de Michigan, em
Sparta, os desenhos assemelham-se a um tricerátops (dinossauro
herbívoro).


http://visao.sapo.pt/americano-cria-labirintos-em-plantacoes-com-trator-e-gps=f748168

Governo não mandou reclusos para as florestas por causa dos custos

LUSA e PÚBLICO

05/09/2013 - 20:01

Ministério da Agricultura fez as contas e concluiu que esta não seria
a melhor forma de prevenir incêndios.

ADRIANO MIRANDA/ARQUIVO



O Ministério da Agricultura e do Mar (MAM) justificou nesta
quinta-feira que a colaboração prevista de reclusos na prevenção de
incêndios florestais não se concretizou, porque isso obrigaria à
adopção de "medidas de segurança excepcionais", com "custos
associados".

O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) para
2013 previa a participação de cerca de 900 reclusos em acções de
prevenção e vigilância dos fogos florestais, após a frequência de uma
formação na Escola Nacional de Bombeiros (ENB).

Na quarta-feira à noite, em entrevista à TVI 24, a ministra da
Justiça, Paula Teixeira da Cruz, revelou que "razões burocráticas"
impediram 900 reclusos de participarem na limpeza de matas, inseridos
numa estratégia de prevenção dos incêndios florestais.

Contactada nesta quinta-feira pela agência Lusa para explicar "as
razões burocráticas", o Ministério da Justiça limitou-se a informar
que enviou uma proposta para o Ministério da Agricultura, no sentido
de colocar 900 reclusos a limpar as matas.

Em resposta enviada à Lusa, o Ministério da Agricultura diz que "os
trabalhos de prevenção estrutural na floresta são trabalhos
qualificados que envolvem especialização e têm riscos associados", e
que uma "eventual colaboração de reclusos obrigaria sempre a formação
específica, quer em operações de silvicultura preventiva, quer em
segurança, higiene e saúde no trabalho".

"Tratando-se de trabalho, como não poderia deixar de ser, este teria
de ser pago. Para mais, a colaboração de reclusos obrigaria à adopção
de medidas de segurança excepcionais, com custos associados", alega o
ministério dirigido por Assunção Cristas.

Assim, depois de "quantificados os custos e meios adicionais para que
os trabalhos de prevenção estrutural pudessem ser assegurados com a
colaboração de reclusos", o ministério concluiu "não ser esta a melhor
forma de executar as acções de prevenção estrutural na floresta sob
gestão do Estado".

"Falha terá responsáveis"
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Jaime Marta
Soares, reconheceu que houve uma "falha" na aplicação do DECIF, tendo
em conta que a colaboração dos reclusos na prevenção e vigilância das
matas estava prevista no programa. "Isso é uma falha que terá
responsáveis", disse Jaime Marta Soares, adiantando que é difícil
avaliar quais os resultados que esta medida teria na prevenção de
incêndios.

Os incêndios florestais que assolaram o país desde Agosto já causaram
a morte a sete bombeiros, contando com o bombeiro de Valença que
morreu nesta quinta-feira. O último relatório provisório sobre os
incêndios florestais indica que o mês de Agosto registou valores
superiores às médias dos últimos dez anos, quer no número de
ocorrências, quer da correspondente área ardida mensal.

Só em Agosto arderam 72.284 hectares de floresta e mato, uma área mais
de três vezes superior à que ardeu nos restantes meses do ano. As
últimas duas semanas foram as mais negras: de 16 a 31 de Agosto
arderam cerca de 63 mil hectares, mais do dobro do que tinha ardido
até dia 15 - 31 mil hectares.

O relatório do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas
(ICNF) revela que, desde o início do ano até 31 de Agosto, arderam
94.155 hectares, mais 25% do que em igual período de 2012. Ainda
assim, os valores totais (de Janeiro a 31 de Agosto) estão abaixo da
média da década: menos 15% de ocorrências e menos 20% do que o valor
médio de área ardida nos últimos dez anos.

Acompanhe o trabalho especial do PÚBLICO sobre incêndios e florestas e
consulte as previsões do site de meteorologia do PÚBLICO.

http://www.publico.pt/politica/noticia/governo-nao-mandou-reclusos-para-as-florestas-devido-aos-custos-associados-1605031

Defender a floresta dos incêndios exige a valorização dos activos florestais, adopção de medidas oficiais de prevenção, políticas mais assertivas de combate e uma maior vontade politica dos governos

São sobejamente conhecidas as razões que estão na origem dos
incêndios. Não precisamos mais de diagnóstico de mais planeamento de
mais nomenclatura precisa-se sim, de políticas públicas e comunitárias
que invertam hemorragia demográfica que levaram à exaustão à rotura as
aldeias da região. Precisa-se, que este e os próximos Governos tomem
medidas efectivas de valorização dos recursos intrínsecos da floresta
na área económica social cultural e ambiental. Os factores
tradicionais que estão na origem dos incêndios à muito que se
encontram identificados, mas não resolvidos, como sendo: certos
interesses económicos instalados nesta área; a condescendência do
actual regime jurídico no tratamento dado aos pirómanos; a falta de
comportamento cívico e a negligência humana; a inexistência de fogos
controlados para a renovação de pastagens para os animais; a ausência
de campanhas de sensibilização junto das comunidades; a falta de
investimento na prevenção em área privada, baldios e pública; o
afastamento dos técnicos florestais de áreas de responsabilidade e de
comando em muitas instituições; o insuficiente número de equipas de
sapadores florestais; as questões fito sanitárias no coberto
florestal; a gestão da caça; a conflitualidade territorial; o
afastamento das populações e outros agentes económicos do mundo rural
em todo o dispositivo de combate existente; a depreciação económica da
madeira de pinho e o ambiente de crise da economia portuguesa são
factores não despiciendos na abordagem da problemática dos incêndios.

Adensar ainda mais estes problemas o Governo extingue serviços
públicos, faz reformas contra a opinião das populações afastando-as
cada vez mais do poder de decisão, insiste em ofensivas contra a
propriedade dos compartes tentando privatizar os baldios para
ulteriormente os entregar aos interesses da indústria de celulose e
multinacionais do sector.

Problemas fitossanitários das nossas florestas e a crise financeira do
país põem em causa este importante sector da economia

A diminuição de actividade no sector da construção civil associado à
crise da indústria da madeira e as novas exigências nacionais e
comunitárias relativas ao aparecimento do Nemátodo e outros agentes
biótipos, o corte, manifesto e transporte e comercialização da madeira
de pinho com a obrigatoriedade de destroçar e queimar os sobrantes,
submeter a madeira a tratamento térmico; são factores condicionantes e
um sério desafio à manutenção, desenvolvimento dos povoamentos do
pinheiro bravo na região e no País. Veja-se as dificuldades de
comercialização da madeira das astas públicas promovidas recentemente
um pouco em toda a região. Não se pode aceitar a ideia de que a
floresta se resume apenas à produção de eucalipto para pasta de papel,
sobreiro para cortiça, ou à produção do pinheiro manso para a produção
de pinha. Em todo o caso nunca podemos dissociar o interesse da
floresta de outras funções igualmente importantes para todas as
espécies florestais e que estão relacionadas com a protecção do solo,
a regulação do ciclo da água ou o sequestro de carbono para já não
falar na cinegética ou na paisagem que são elementos de grande
interesse para a economia regional e Nacional.

Existem estudos suficientes que dão respostas à forma de proteger a
floresta com equipas especializadas em fogo, as Universidades produzem
investigação de topo, reconhecida internacionalmente, acerca do
comportamento do fogo e da sua relação com os diferentes tipos de
vegetação.

O Governo precisa de aquilatar melhor a afectação de meios financeiros
entre a prevenção e o combate. Precisa-se de mais equipes de sapadores
florestais a inclusão destas, nas brigadas GAUF integrando
organizações locais cujo dispositivo de proximidade e conhecimento de
terreno, em colaboração com os bombeiros seria uma mais-valia para um
efectivo combate aos incêndios florestais.

A título de exemplo, é justo realçar os dados relativos aos incêndios
florestais dos anos de 2007 e 2008 com uma taxa de incêndios
relativamente reduzida que poderá ter ocorrido por várias razões mas
que aconteceu precisamente nos anos em que houve maior envolvimento
das associações de produtores florestais e baldios na sensibilização
das populações é justo concluir que tal impacto positivo estará também
associado ao trabalho de sensibilização junto das populações.

PELA BOCA MORRE O PEIXE

Quando temos um secretário de Estado que perante o Estado de
calamidade dos incêndios afirma que não arde mais nas áreas de
responsabilidade de gestão do Estado, é pertinente perguntar qual a
área total ardida nas áreas submetidas a Regime Florestal desde, pelo
menos, 1990 (data a partir da qual são disponibilizados dados
cartográficos pelo ICNF).

Peguemos como exemplo, o concelho de Mondim de Basto área onde o
SBTMAD tem feito e desenvolvido trabalho junto das comunidades baldias
através do Grupo de Baldios recentemente constituído. Utilizando dados
cartográficos publicados pelo ICNF revelam que cerca de 85% da área
ardida acumulada desde 1990 ocorreu em área baldia submetida a regime
florestal e em regime de co-gestão com o Estado e apenas 15% em área
particular. Isto é, dentro da área do Perímetro Florestal de Mondim de
Basto, com uma área total de 11.046,5 ha, arderam cumulativamente
11.481 ha desde 1990. A esta haverá ainda somar a área ardida anterior
a 1990, para a qual não existem dados publicados. Com este exemplo
apenas se pretende realçar e chamar a atenção do Secretário de Estado
para os resultados desta gestão e a pouca seriedade das suas
afirmações " ao afirmar que lhe apontem a má gestão das áreas baldias
mal geridas". É caso para dizer " não consegue ver o argueiro no seu
próprio olho.

Só nos dois maiores incêndios que ocorreram no mês de Agosto neste
Concelho em 2013, que abrangeram sobretudo a Freguesia de Ermelo e
Atei estima-se uma área total ardida de cerca de 3.200 ha dos quais
pelo menos 2.600 são área florestal baldia, onde o Estado é o
co-gestor. A análise previsional dos prejuízos provocados por este
incêndio leva-nos para valores de aproximadamente 11 milhões de euros,
entre valores de substituição da floresta, depreciação de material
lenhoso (prejuízo imediato), valores de perda/expectativa não cumprida
(prejuízo futuro em 25 anos) e valor de destruição de activos como a
resina. Junte-se a estes prejuízos a componente social ao colocar em
causa um conjunto de empregos rurais directamente relacionados com a
floresta, como resineiros e madeireiros agravando fortemente a
sustentabilidade social destas áreas e agravando a desertificação.

Peguemos nestes dados e extrapolemos para o distrito de Vila Real e
Bragança onde cumulativamente apenas neste ano de 2013 arderam 36 482
ha e tenhamos consciência de que os incêndios e a falta de políticas
adequadas para que estes não tomem as proporções que têm tido, são uma
das maiores condicionantes à sustentabilidade das zonas rurais.
O que se precisa na verdade é de menos retórica, mais e melhor
trabalho e politicas que se adeqúe ao nosso mundo rural.

Vila Real, 5 de Setembro de 2013

A Direcção do SBTMAD

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/09/06g.htm

Universidade de Aveiro garante que fumo dos incêndios tem partículas cancerígenas

Estudo do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar


O fumo proveniente dos incêndios florestais é altamente perigoso para
a saúde pública. O alerta do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar
(CESAM) da Universidade de Aveiro (UA) aponta para os malefícios da
mistura de gases e partículas emitida pelos incêndios. Estas últimas,
de natureza ultrafina, têm grande capacidade de penetração nas vias
respiratórias transportando até aos alvéolos compostos cancerígenos
como os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos. O estudo, conduzido
pela investigadora Célia Alves no meio das equipas de combate aos
fogos florestais, garante também que, para além dos prejuízos para a
saúde, o fumo contribui em muito para alterar o clima.

"Verificámos que 80 a 90 por cento da massa das partículas emitidas
pelos incêndios é de natureza carbonosa, englobando centenas de
compostos orgânicos distintos", aponta Célia Alves. Entre os compostos
detectados nas partículas pelo CESAM encontram-se os hidrocarbonetos
aromáticos policíclicos, "de elevado potencial cancerígenos", e vários
compostos fenólicos que "têm sido associados a stress oxidativo das
células". A investigadora explica que "quando ocorre stress oxidativo
os mecanismos celulares de remoção de oxidantes fica desequilibrado e
a desintoxicação através de sistemas biológicos que removem estas
substâncias ou reparam os danos por elas causados fica comprometida".

Suspensas na atmosfera e espalhadas pelo vento por vastas áreas, o
tamanho das partículas garante-lhes uma entrada fácil nas vias
respiratórias. "As partículas emitidas apresentam diâmetros da ordem
dos nanómetros ou poucos micrómetros [um nanómetro é mil milhões de
vezes inferior a um metro e um micrómetro é um milhão de vezes
inferior ao metro]", explica Célia Alves cuja equipa chegou a
detectar, nas proximidades dos incêndios, concentrações de 50 mil
microgramas de partículas por metro cúbico de ar quando a legislação
para a qualidade do ar estipula um teto de segurança de 50 microgramas
por metro cúbico.

Para além das partículas, também os gases emitidos pelo fumo
proveniente dos incêndios florestais constituem um perigo para a
saúde, entre os quais, e "em quantidades apreciáveis", o monóxido de
carbono "conhecido pela sua elevada toxicidade". É também de referir
que os óxidos de azotos e os compostos voláteis, depois de emitidos,
reagem entre eles na atmosfera e formam um novo poluente perigoso: o
ozono, "um oxidante muito forte que ataca as vias respiratórias e
provoca danos nas culturas agrícolas".

Célia Alves adianta ainda que "o principal gás emitido pelos incêndios
é o dióxido de carbono, o qual é um dos principais gases com efeito de
estufa". As conclusões do estudo da UA apontam que grande parte da
massa das partículas é de natureza carbonosa, ou seja são constituídas
por carbono orgânico e por carbono negro. Enquanto o carbono orgânico
dispersa a radiação, o carbono negro absorve-a. Portanto, diz Célia
Alves, "estas partículas interferem com o balanço radiactivo da
atmosfera". Por outro lado, explica, "por serem tão finas, actuam na
atmosfera como núcleos de condensação de nuvens, alterando os padrões
de precipitação".

Fonte: UA

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/09/06e.htm

AGIM inaugura Campo Experimental de Pequenos Frutos

Com vista a aumentar o conhecimento técnico-científico na fileira dos
pequenos frutos, a AGIM está a construir um Campo Experimental onde
serão plantados mirtilo, groselha, amora, framboesa e morango.

A AGIM - Associação para a Gestão, Inovação e Modernização do Centro
Urbano de Sever do Vouga está a construir um Campo Experimental de
Pequenos Frutos com a finalidade de aumentar o conhecimento
técnico-científico de toda a fileira dos pequenos frutos, com
particular destaque para a cultura do mirtilo.

Localizado na vila de Sever do Vouga, o Campo Experimental de Pequenos
Frutos, que vai ser inaugurado no próximo dia 13 de Setembro,
sexta-feira, pelas 14 horas, é composto por uma área de cerca de seis
mil metros quadrados. Para já, no Campo Experimental estão plantados
mirtilos e groselha em vaso, mas em breve este espaço irá acolher
também variedades de groselha, amora, framboesa e morango em cultura
protegida.

O Campo Experimental de Pequenos Frutos resulta da aposta que a AGIM
se encontra a efectuar no incremento do conhecimento técnico e de
inovação para a fileira dos pequenos frutos em Portugal e cujo
investimento roda os 68 mil euros, financiados em 40% pelo ProDeR -
Programa de Desenvolvimento Rural. Os restantes 60% são da
responsabilidade da AGIM, sendo que os terrenos onde este projecto
está instalado são cedidos em regime de comodato pela Câmara Municipal
de Sever do Vouga, que os adquiriu por 84 mil euros. O Campo
Experimental conta com a parceria do Instituto Nacional de
Investigação Agrária e Veterinária (INIAV) e de várias empresas do
sector.

Os objectivos gerais deste Campo Experimental passam por contribuir
para o aumento da produtividade e da qualidade dos pequenos frutos a
nível nacional. Desta forma, serão realizados ensaios experimentais
nas seguintes matérias: controlo de variedades (estados fenológicos,
produção, época de colheita, campanhas, etc.), fertilização, rega,
produção ao ar livre e sob coberto, produção em solo e em vaso e
controlo das pragas e doenças.

Além de ser um instrumento de investigação e desenvolvimento da
fileira dos pequenos frutos em Portugal, a AGIM entende que o Campo
Experimental de Pequenos Frutos será fundamental para a produção de
conhecimento nesta área, com particular destaque para o mirtilo, e irá
permitir que a AGIM se posicione como instituição de referência a
nível nacional na fileira dos pequenos frutos.

Com a entrada em funcionamento deste Campo Experimental, a AGIM dá
mais um passo para se afirmar como entidade que pretende abranger e
defender os interesses socioprofissionais de todos os intervenientes
da fileira dos pequenos frutos em Portugal, sejam eles produtores,
técnicos ou organizações de comercialização.

Fonte: aGim

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http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/09/06f.htm

Governo faz levantamento das situações mais graves causadas pelos incêndios

Publicado em 2013-09-03



foto LISA SOARES/GLOBAL IMAGENS

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O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, afirmou esta
terça-feira que está a ser feito um levantamento das situações mais
graves causadas pelos incêndios para que possa ser dada a resposta
adequada, com "grande eficiência e prontidão".

"O que está previsto é a continuação do dispositivo da comissão
interministerial que no ano passado funcionou, aquando do incêndio do
Algarve, e que teve boa capacidade de resposta. As câmaras estão a
proceder aos levantamentos das situações mais complicadas e serão
comunicadas a essa comissão, coordenada pelo secretário de Estado da
Administração Local, para que possa haver a resposta adequada",
afirmou.

O ministro, que esteve presente na inauguração da nova esquadra da PSP
de Corroios, no concelho do Seixal, explicou que existem patamares
distintos de intervenção e que o levantamento rigoroso das situações é
essencial.

"Existem patamares diferentes, por isso o levantamento é necessário
nos locais onde as situações foram mais graves ao nível dos incêndios.
A ideia é que a resposta aconteça como no ano passado, com grande
eficiência e prontidão às situações mais graves", salientou.

Durante a cerimónia de inauguração da nova esquadra, o presidente da
Câmara do Seixal, Alfredo Monteiro, homenageou as corporações do
concelho que têm combatido os incêndios no país, estendendo essa
homenagem a todos os soldados da paz.

Miguel Macedo lembrou que na segunda-feira ocorreram mais de 300
ignições no país, algumas em locais de difícil acesso, e elogiou o
esforço dos bombeiros na defesa dos bens e das pessoas.

"Nas últimas duas semanas ocorreram tragédias que vitimaram cinco
bombeiros e deixaram outros em estado grave. Tenho acompanhado a
situação ao minuto e sou uma dolorosa testemunha desta realidade",
afirmou, explicando que no dia de hoje as situações mais complicadas
ocorrem em Caminha e Vale de Cambra.

Os incêndios florestais consumiram até ao final de agosto uma área de
94.155 hectares, mais 25% do que em igual período de 2012, segundo o
Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

O último relatório provisório sobre os incêndios florestais adiante
que entre 01 de janeiro e 31 de agosto foram registadas 14.143
ocorrências de fogo, menos 1.690 do que no mesmo período de 2012.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=3401271&page=-1

PCP quer grupo de trabalho sobre incêndios no Parlamento

LUSA

03/09/2013 - 16:30

PCP quer incêndios em debate na AR ENRIC VIVES-RUBIO



O PCP propôs nesta terça-feira na Comissão Parlamentar de Agricultura
e Mar a criação de um grupo de trabalho para os incêndios florestais e
a realização de visitas às áreas ardidas mais afectadas.

"Dada a complexidade e dimensão que [os incêndios] tiveram este ano,
com as perdas de vida humanas que foram verificadas, decidimos propor
a constituição de um grupo de trabalho e propomos que se visitem as
áreas afectadas ou aquelas em que a extensão e os danos foram
maiores", disse o deputado João Ramos, do PCP.

A comissão não votou nesta terça-feira a proposta do PCP, tendo a sua
votação sido adiada para a próxima reunião.
O deputado adiantou ainda que o Partido Comunista vai propor na
quarta-feira que sejam ouvidos na comissão os ministros "da área" dos
incêndios.

No requerimento que apresentou, o PCP frisa que a "grave situação, em
área ardida, em perdas materiais, em vítimas humanas, acentua a
demonstração de que a eventual melhoria e a maior aposta no
dispositivo de combate a incêndios […] não resolvem o problema de
fundo".

"Infelizmente, nem as propostas de profunda alteração legislativa da
política florestal nacional apontam soluções para este grave problema.
Pelo contrário, apresentam soluções que poderão tender a agravá-los",
lê-se no documento.

O deputado do PSD Pedro Lynce demonstrou na comissão a "preocupação do
partido em relação aos fogos que ocorreram e em relação aos mortos" e
realçou a "generosidade que os bombeiros têm para ultrapassar esta
situação".

Pedro Lynce defendeu ainda que se deve "estudar com profundidade" o
que se poderá fazer para ultrapassar esta situação".
Do lado do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares disse que este foi
um ano "extremamente atípico, não só na área ardida como nos
resultados fatais".

"Quero deixar uma palavra de solidariedade para com voluntários que
levam à letra que se deve dar tudo em prol das populações", disse o
deputado, mostrando ainda "preocupação na necessidade de perceber o
que se passou".
O deputado Miguel Freitas, do PS, admitiu ter sido um "choque"
perceber que já arderam 94 mil hectares.

"Em 15 dias arderam 50 mil hectares, o que deve merecer atenção muito
especial por parte da Assembleia da República", afirmou.

Miguel Freitas deixou ainda uma "palavra às famílias dos bombeiros
falecidos e uma palavra a todo o trabalho feito pelos bombeiros".

Pelo CDS-PP, Manuel Isaac criticou a falta de prevenção, de que todos
os anos se fala, frisando que "alguma coisa terá de ser feita e a
prevenção tem de ser feita".

No final, o presidente da comissão, o deputado Vasco Cunha, do PSD,
propôs a apresentação de um voto de pesar ao plenário para ser
aprovado por unanimidade.

http://www.publico.pt/local/noticia/pcp-quer-grupo-de-trabalho-sobre-incendios-no-parlamento-1604769

Culpa do fogos é do governo, acusam agricultores

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE AGRICULTURA



por Lusa, texto publicado por Sofia Fonseca03 setembro 201336 comentários

Fotografia © Lisa Soares/Global Imagens

O dirigente da Confederação Nacional de Agricultura (CNA) defendeu
hoje que os cortes "brutais" do Governo na prevenção dos incêndios e a
falta de ordenamento florestal são as principais causas da extensão e
violência dos fogos florestais.

Para João Dinis, a "paranoia do fogo posto" serve apenas para desviar
atenções e para "esconder o essencial da questão" que são as
"políticas incendiárias promovidas ao longo dos anos".

"Este Governo cortou milhões de euros na prevenção no Orçamento do
Estado. A falta de prevenção, a falta de ordenamento florestal, o
êxodo das populações são as causas da extensão dos incêndios", afirmou
na Comissão Parlamentar da Agricultura e Mar.

"A nossa experiência diz-nos que a extensão e a violência são ajudadas
pelas condições climáticas, mas são determinadas pela ausência de
políticas públicas e más políticas", acrescentou o responsável
referindo-se às "manchas contínuas de eucalipto e pinheiro" e ao
abandono da agricultura familiar.

Segundo Pedro Santos, também dirigente da CNA, desde janeiro 2012 já
foram cortados 162 milhões de euros às medidas florestais.

"Representa um corte de 37% que deixa de estar disponível em termos de
floresta. Se continuarmos com este tipo de políticas nunca vamos
ultrapassar isto", afirmou.

De acordo com o dirigente da CNA, só o item "Minimização dos Riscos"
teve um corte de 60%.

Criticando as "celuloses que decretaram guerra aos baldios" e a
"política florestal fomentada no eucalipto", João Dinis explicou que o
eucalipto explode com temperaturas altas, sendo o causador da
deflagração de incêndios a poucos metros de distância.

"Os cortes orçamentais nos últimos dois anos brutais no Proder
[instrumento estratégico e financeiro de apoio ao desenvolvimento
rural], nas florestas, na prevenção, no desmantelamento dos serviços
florestais públicos, de gente que conhecia a floresta e apoiava as
populações, e os baixos preços da madeira, que provocam desmotivação
económica pela floresta, estão na base da violência dos fogos",
afirmou.

"Há manipulação do drama e da tragédia, o desvio das atenções e dos
sentimentos para o fogo posto, para as detenções e para as penas",
lamentou.

Afirmando que é necessário "inverter políticas e investir na
floresta", João Dinis defendeu ainda que o "Estado tem obrigação de
indemnizar [as vítimas dos incêndios], porque também indemnizam os
banqueiros pelas trafulhices que fazem".

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=3401771&page=-1

Incêndios: Motosserrista de 41 anos suspeito de vários fogos em Arganil

Lusa
15:39 Terça feira, 3 de setembro de 2013


Arganil, 03 set (Lusa) -- Um motosserrista de 41 anos, especialista no
abate de árvores, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) pela
presumível prática de vários crimes de incêndio florestal no concelho
de Arganil, disse hoje uma fonte policial à agência Lusa.

Divorciado e com problemas de alcoolismo, o presumível incendiário foi
detido por elementos da Diretoria do Centro da PJ, com a colaboração
da GNR de Arganil, pela alegada autoria de dois crimes de incêndio, um
registado em maio e outro no domingo.

No entanto, segundo a PJ, ele já tinha sido detido, em meados de
agosto, por alegadamente ser responsável "por múltiplos focos de
incêndio" florestal na zona de Alagoas, naquele concelho.

http://expresso.sapo.pt/incendios-motosserrista-de-41-anos-suspeito-de-varios-fogos-em-arganil=f828798

Jornalistas ingleses no Douro para promover o vinho e o território

De 10 a 13 de setembro



Vêm conhecer o melhor que a Região Demarcada do Douro tem para
oferecer para o divulgar por algumas das mais conceituadas publicações
inglesas. É este o grande intuito da visita de seis jornalistas de
meios ligados ao setor vitivinícola, sociedade e lyfestyle
provenientes do Reino Unido, o 5º mercado que mais consome vinho do
Porto. Visitam as caves, as quintas e os restaurantes para conhecerem
todos os recantos da Região: o vinho, a história e a cultura. O ponto
obrigatório de passagem é o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto
(IVDP), promotor destas visitas, onde os jornalistas travam contacto
com os processos de prova e certificação dos vinhos da região e onde
bebem a informação científica fundamental para conhecer melhor um dos
vinhos mais conceituados do mundo.



Duas comitivas de jornalistas provenientes do Reino Unido estão de
visita marcada ao Douro para conhecer as quintas, as adegas e o
processo de produção e certificação dos vinhos do Douro e do Porto. O
objetivo é descrever, aos leitores de algumas das mais conceituadas
revistas e blogues ingleses, o melhor da região, promovendo o aumento
do turismo e do consumo dos vinhos aqui produzidos. Esta visita
realiza-se no âmbito do programa Discover The Origin, financiado pela
União Europeia, no qual os Vinhos do Douro e Porto (através do IVDP)
se juntam ao Presunto de Parma, ao Queijo Parmigiano Regianno e aos
Vinhos da Borgonha, na defesa das denominações de origem europeias. A
primeira comitiva, cuja visita se realizou de 3 a 6 de setembro, já
regressou ao Reino Unido. A segunda chega ao Douro dia 10, e prolonga
a visita até dia 13.



No dia 10, terça-feira, o percurso começa com uma visita aos
laboratórios e à Câmara de Provadores do Instituto dos Vinhos do Douro
e do Porto (IVDP). Aqui, os jornalistas ingleses vão poder conhecer,
in loco, o trabalho desenvolvido pelo IVDP no âmbito da prova e
certificação de vinhos, contactar com os profissionais do Instituto
responsáveis por este processo e provar alguns vinhos selecionados da
Região. Da parte da tarde, a comitiva parte para o Douro onde passa os
restantes dois dias em visita a quintas, adegas e vinhas da Região num
trabalho que visa dar a conhecer, ao Reino Unido e ao mundo, o melhor
do Douro.

fonte: mediana

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Um morto numa queimada na ilha de São Miguel

5 de Setembro, 2013
Um homem morreu hoje carbonizado na encosta da Lagoa do Fogo, na ilha
de São Miguel, num local onde estava a ser realizada uma queimada
"controlada" e "autorizada", segundo a Protecção Civil dos Açores.

Carlos Enes, do Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos
Açores, disse à Lusa que o homem era funcionário de uma empresa que
estava a fazer uma queimada em terrenos rurais, de forma controlada e
com a respectiva autorização.

Os bombeiros desconhecem as circunstâncias e as causas da morte do
homem, que foi encontrado carbonizado depois de os colegas de trabalho
terem dado pela sua falta.

A mesma fonte sublinhou, pouco depois das 15:00 locais (16:00 em
Lisboa) que o fogo ainda não foi extinto, já que "pequenos focos" da
queimada se propagaram, e que se trata de um "incêndio rural", já que
por causa dos níveis altos de humidade, não há incêndios florestais
nos Açores.

Estão no terreno seis viaturas e 21 homens, disse.

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=83869

Confederação da Agricultura reclama indemnização para danos dos fogos

Precisa-se de nova floresta


2013-09-02
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) defende que são
necessárias novas políticas agro-florestais para prevenir os fogos na
floresta e reclama que as populações sejam indemnizadas pelos
prejuízos provocados pelos incêndios.

Em comunicado, a direcção da CNA constata que, "assim que se conjugam
condições climáticas mais propícias, aí temos os incêndios florestais
com o seu cortejo de destruição e tragédias." As chamas destroem os
haveres e provocam o desespero das populações, enquanto os "bombeiros
andam exaustos e, lamentavelmente, alguns perdem a vida." As
corporações de bombeiros perdem equipamentos e ficam sem recursos
financeiros e as televisões mostram, em directo e em diferido,
reportagens alucinantes do "espectáculo".

"Os governantes falam, falam e, para desviar as atenções do essencial,
centram-se nas detenções dos suspeitos de fogo posto", descreve a CNA.
O mau estado geral da floresta portuguesa, acrescenta o comunicado,
leva a que qualquer acidente ou imprudência tenham "a 'potência de uma
bomba de napalm". As causas para este quadro residem, segundo a CNA,em
"políticas agrícolas e florestais verdadeiramente ´pirómanas´"; em
"más políticas agro-florestais aplicadas por sucessivos governos ao
longo de muitos anos; na ruína da agricultura familiar e no êxodo das
populações rurais.

A falta de prevenção de incêndios florestais de forma sistemática e
organizada; a ausência de ordenamento florestal, de que apenas tira
proveito a floresta industrial (monocultura) de espécies de
crescimento rápido, são outros motivos apontados pela CNA para a
actual situação de risco da floresta portuguesa. Continua-se a gastar
no combate aos fogos quase quatro vezes do que é previsto para a
prevenção e,salienta o comunicado, "às más políticas agro-florestais,
o Governo junta imposições fiscais sobre a lavoura, que vão provocar
ainda mais abandono da actividade agrícola."

A CNA reclama do Governo "o levantamento criterioso dos prejuízos
(culturas, gado, alfaias, equipamento, habitações, entre outros) que
atingem severamente os agricultores, os produtores florestais e a
população em geral para atribuir indemnizações a serem pagas com a
maior urgência. A direcção nacional da CNA remata, no comunicado: "São
necessárias outras e melhores políticas agro-florestais", a par de
"outro Governo capaz de as definir e aplicar."

http://www.ambienteonline.pt/noticias/detalhes.php?id=13875

Incêndios: Federação dos Baldios exige levantamento imediato dos prejuízos

03-09-2013 às 11:44


A Federação Nacional dos Baldios (Baladi), com sede em Vila Real,
reclamou hoje ao Ministério da Agricultura um «imediato levantamento»
dos prejuízos causados pelos incêndios aos produtores florestais e
agricultores.

Numa altura em que o norte e centro do país estão a ser atingidos por
uma vaga de incêndios, a Baladi exigiu, em comunicado, «indemnizações»
para os produtores afetados por esta «tragédia».

Por isso mesmo, reclamou um levantamento dos prejuízos causados pelas
chamas e acusou o Governo de «sacudir a água do capote» nesta questão.

Diário Digital / Lusa

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=654182

COMUNICADO: Isto cansa…

Para quem viu, mas ainda não esqueceu, 2003 e 2005 e 2007 e tudo o que
aconteceu antes… o que já se disse e discutiu e as barbaridades que se
vão ouvindo… vindas de gente que pelo menos devia ter memória e
espírito crítico.

Clique para aumentar


Os fogos que importa discutir são os grandes… o que importa saber é
porque arde tanto e tão depressa. Mas é muito mais fácil para todos,
discutir "como começou o fogo", pois interessa a todos culpar esses
malandros dos Incendiários… Que apesar de serem muito menos
importantes do que se diz, ainda são demasiados. E assim não se fala
da negligência nem na responsabilidade de todos nós.

Portugal já tem reservados os fogos todos necessários para as próximas
décadas, pois nem este dispositivo nem nenhum (que possamos pagar)
será capaz de controlar a situação catastrófica em que se encontra a
paisagem que cobre grande parte do nosso território e as alterações
que se impõem são morosas, a área é tanta, que ainda que trabalhemos
muito e depressa vai demorar muito tempo até conseguir resultados
efectivos e todos os próximos anos vão ter um Verão… e em todos os
Verões costuma fazer calor e depois vem o Vento Leste e a baixa
Humidade e se vierem também as Alterações Climáticas… Uui…

Continuamos a discutir os sintomas da doença, em lugar de procurar a
causa e os remédios que a tratem.
Chega a ser doloroso ouvir as notícias, comentários e propostas que
vão surgindo…

As transformações socioeconómico que aconteceram ao mundo rural são de
uma enorme magnitude, no entanto, como aconteceram lentamente, são
hoje negadas de forma veemente como se tivéssemos tido sempre esta
insustentável paisagem carregada de combustível.

Para o futuro sobram dois caminhos:

Ou abandonar definitivamente estes territórios que serão cada vez mais
percorridos regularmente por fogos, nos quais pela recorrência tenderá
a apenas sobreviver uma vegetação sem qualquer interesse económico –
Esta solução permitira, poupar recursos no combate mas significaria
desistir de uma enorme parcela do território nacional.

Ou então procurar atenuar efectivamente o impacto dos fogos e reduzir
significativamente (não a área ardida) mas os seus custos económicos e
ambientais.

A solução para um problema da dimensão e complexidade dos fogos em
Portugal não é, nem poderia, ser única ou simples.

Importa perceber que são necessárias muitas e concertadas alterações,
em muitas áreas, de que se destaca, em especial a questão da posse e
gestão da terra pela posição basilar que ocupa.

Sim é fundamental parar de falar e fazer leis para um mundo rural
moribundo como se este estivesse como era há 50 anos atrás. Hoje na
esmagadora maioria dos territórios mais atingidos pelos incêndios vive
apenas uma população fortemente envelhecida que é proprietária de
apenas uma parte (muitas vezes pequena) desses territórios.

Os proprietários de grande parte das áreas que vemos arder já não
vivem sequer no mundo rural, saíram… estão na Vila, na Cidade, na
Capital, estão espalhados pelo Mundo! São médicos, professores, caixas
de hipermercado, deputados, motoristas, pedreiros…. Mas continuam a
ser proprietários e legitimamente muitos deles esperam inclusivamente
vir a ter como no passado rendimento destas propriedades (sim porque
como é bem sabido… A floresta dá rendimento sem trabalho!)

Não interessa ao mundo rural, de forma alguma, perder o enorme
potencial que representam as ligações emocionais e afectivas destes
milhões de proprietários ausentes apesar de a esmagadora maioria nunca
mais voltar em definitivo. Temos que ter a inteligência de saber fazer
com que continuem proprietários, mas encontrar formas de os substituir
quando é necessário fazer alguma coisa nas suas propriedades.

Sim é possível! Da mesma maneira que é possível fazer Bancos ou
Empresas com o dinheiro dos outros, com sociedades anónimas, com
acções e títulos de participação e fundos imobiliários. Mas é
necessária muita organização e transparecia para cativar e manter a
confiança das pessoas. È possível separar a questão da posse da terra
da sua gestão, desde que se criem mecanismos aceitáveis e aliciantes.
Desde que respeitem os direitos inequívocos dos proprietários.

Porque a floresta como cultura extensiva pode beneficiar muito dos
ganhos de escala, temos de, com carinho e muita paciência, explicar a
toda a gente que as parcelas de terreno pequeninas em que se encontra
organizada a nossa floresta inviabilizam o ordenamento e
impossibilitam ganhos que só uma maior escala pode trazer. Mas que é
possível continuar proprietário da terra e receber a sua produção
apesar estar ausente e o trabalho ser feito por outros. E por isso não
podemos deixar morrer as ZIF.

È fundamental, ajudar também os proprietários que têm condições para
gerir as suas propriedades a obter ajuda técnica e financeira, para
melhorar a produtividade e rentabilidade das suas parcelas.

Temos de interiorizar que a aldeia já não tem força por si, para
modelar a paisagem à sua volta. Pelo contrário, em grande parte delas,
a floresta esta a entrar pelos quintais das casas a dentro.

É importante dizer devagarinho, a quase toda a gente, que a floresta
não é como se fosse um "pipi" quem tem que estar limpinho… e ao qual
se faz uma limpeza diária….

Mas ao pé das casas… sim, aí sim, tem que estar tudo limpinho e arrumado.

A floresta apenas poderá suportar uma limpeza localizada, nos sítios
estratégicos de modo a criar descontinuidade, porque a sua
rentabilidade é baixa. E se a floresta não tiver rentabilidade… também
não vai ter sustentabilidade…

Temos de gritar bem alto que NÃO É POSSIVEL TER FLORESTA, em áreas tão
extensas sem descontinuidade num clima como o nosso, que tem que
existir compartimentação e gestão da paisagem.
Temos de utilizar zonas com outras actividades, nomeadamente
agricultura e pastorícia e tudo o que for viável, para criar
descontinuidade, para baixar o risco e viabilizar a floresta e com
isso criar sustentabilidade no território.

Temos que explicar de mansinho, às nossas criancinhas, que na maior
parte do nosso País não devemos plantar mais árvores … pois já temos
arvores a mais, que a seguir aos fogos nascem milhões de sementes, e
que é necessário e urgente retirar as plantas em excesso. Porque senão
nunca iremos ter uma floresta viável.

Temos de aproveitar todas as oportunidades para dizer que existirem
apoios para florestação de terras agrícolas é importante em alguns
locais do nosso País, mas é quase criminoso em grande parte do
território promover essa situação.

Temos de explicar com paciência aos nossos governantes que o
investimento na floresta apesar de ser muito importante para o País, é
efectivamente muito pouco aliciante para os proprietários porque os
riscos são enormes a rentabilidade é baixa e os períodos de retorno
são, no caso das áreas ardidas recentemente, quase sempre para além do
horizonte de vida do proprietário (25/30) anos… Para que eles possam
explicar isto em Bruxelas e as Ajudas para ao sector subam para
valores minimamente aliciantes.

Temos que continuar a fazer muita coisa que estamos a fazer bem, como
envolver os Municípios nesta problemática, pois eles têm competências
e portanto obrigações na gestão e ordenamento do território. Temos que
continuar a formar gente em fogo controlado e fogo táctico, e a
utilizar os bulldozers para apagar fogo e aprender a planear o combate
em função da situação e a construir e utilizar cartografia digital
para isso ser possível.

Temos de dizer a toda a gente que apesar de não ser suficiente… temos
que manter os caminhos e pontos de água, e Sistemas de Vigilância
eficazes e uma capacidade de Primeira Intervenção de excelência e
Bombeiros com bons carros e aviões e helicópteros.
E à medida que formos gerindo melhor o nosso território poderemos
poupar um pouquinho em tudo isso… Mas a floresta mesmo ordenada e
compartimentada, tem sempre tendência para arder num clima como o
nosso.

Temos de acreditar que somos um Pais de gente crescida que sabe
enfrentar os seus problemas com frontalidade coragem e capacidade de
decisão, que sabe tomar medidas difíceis, e que às vezes, até consegue
tomar decisões em benefício das próximas gerações. E portanto tudo
isto se resolverá…

Mas não é fácil…

E cansa… cansa muito!

António Louro
(Presidente da Direcção)

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/09/06c.htm

Guiné-Bissau relança programa agrícola para país dar de comer à população

O Governo de transição da Guiné-Bissau e a Organização das Nações
Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) relançaram hoje o
Programa Nacional de Investimento Agrícola com o qual o país quer dar
de comer a toda a população.



"A Guiné-Bissau pode alimentar todos os guineenses", destacou Rui
Fonseca, um dos representantes da FAO no país, na cerimónia de
relançamento do programa criado em 2010.

O país "tem condições naturais, organizacionais e técnicas" para ser
autossuficiente, desde que se conjuguem "os apoios da comunidade
internacional, uma forte vontade do Governo" e o cumprimento de
recomendações internacionais.

Rui Fonseca aponta como exemplo a necessidade de 10 por cento do
Orçamento Geral do Estado ser reservado para a agricultura para
fomentar a confiança no setor.

"A Guiné-Bissau já exportou arroz", principal alimento dos guineenses,
recorda Rui Fonseca, que acredita ser possível semear prosperidade nos
campos, em vez de se pedir ajuda alimentar internacional, como
atualmente acontece.

O ateliê de relançamento do Programa Nacional de Investimento Agrícola
reuniu hoje em Bissau todas as entidades envolvidas para afinar os
detalhes do guião a seguir em conjunto até 2017.

Rui Duarte Barros, primeiro-ministro de transição da Guiné-Bissau,
disse acreditar que os passos a definir vão servir para resolver os
problemas de "fome, malnutrição e pobreza".

O programa, tal como elaborado em novembro de 2010, tinha um orçamento
de cerca 153 mil milhões de francos CFA (cerca de 233 milhões de
euros).

Diário Digital com Lusa

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=654614

AJAP abre portas em Moçambique

No decorrer da recente Missão Técnica realizada a Moçambique entre os
dias 22 e 31 de Agosto, várias foram as actividades desenvolvidas.
Destacamos a participação como Expositor na 49ª edição da FACIM -
Feira Internacional de Maputo, a realização de uma visita técnica e
reunião com os responsáveis do regadio do Chókwè, importante
infra-estrutura hidroagrícola, composta por solos de excelente
qualidade, num total de 23.000 hectares, sendo que muito em breve esta
área pode aumentar para os 130.000 hectares, quando for anexada a área
do Vale do Rio Limpopo, através da construção da Barragem projectada.

Importa ainda referir a participação em inúmeras reuniões com
organismos do Ministério da Agricultura, Ministério do Ordenamento e
Planeamento e com a FENAGRI - Federação Nacional das Associações
Agrárias de Moçambique, bastante conclusivas no que diz respeito à
identificação das zonas a intervir e investir, bem como
estruturalmente na Cooperação que faz sentido existir com a FENAGRI e
suas associadas, com quem a AJAP possui um Protocolo de Colaboração.

O ponto alto da Missão culminou com a realização de um Seminário no
dia 29 de Agosto subordinado ao tema "Portugal-Moçambique I Sinergias
e Oportunidades", que contou com a presença do Vice-Ministro da
Agricultura de Moçambique, Dr. António Limbau e do Secretário de
Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural de Portugal, Prof. Doutor
Francisco Gomes da Silva, para além de reputados Especialistas e
Técnicos do Governo de Moçambique e empresários portugueses e
moçambicanos.

A AJAP e a FENAGRI assumiram perante os presentes e os representantes
dos Governos de ambos os Países, tudo fazerem por forma a estreitar
relações profissionais e iniciarem um processo de colaboração mais
activo e contínuo, objectivando uma intervenção mais próxima dos
Produtores, Organizações associadas da FENAGRI e junto do Ministério
da Agricultura de Moçambique. De igual forma esta ligação AJAP -
FENAGRI vai tornar-se seguramente importante na identificação de
parcerias entre agricultores moçambicanos e portugueses, bem como no
reconhecimento de oportunidades de investimento, terra e culturas com
potencial agronómico no País.

Ficou agendada, para breve, uma visita de responsáveis moçambicanos ao
nosso País, visando a troca de algumas ideias sobre técnicas,
processos e metodologias produtivas, bem como sobre a organização da
produção, transformação, agroprocessamento, marketing e
comercialização das produções.

Moçambique é um dos Países do mundo que nos últimos anos tem
apresentado uma taxa de crescimento sustentada, acresce o facto de ser
politicamente estável o que tem permitido e continuará a permitir,
atrair inúmeros investimentos estrangeiros, gerar riqueza e melhorar
as condições de vida da sua população.

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/09/06.htm

Detenções de presumíveis incendiários sobem para 58

Publicado ontem

SANDRA FERREIRA*


foto FERNANDO FONTES/GLOBAL IMAGENS
A Polícia Judiciária anunciou esta quinta-feira mais uma detenção em Mangualde


A Polícia Judiciária anunciou esta quinta-feira uma detenção, em
Mangualde, por presumível prática do crime de incêndio florestal,
elevando para 58 o número de pessoas detidas durante este ano por
envolvimento em fogos.

A Polícia Judiciária, diretoria do Centro, em colaboração com a GNR de
Mangualde, deteve um homem de 28 anos, solteiro, suspeito de ter
ateado com um isqueiro, três incêndios florestais, no concelho de
Mangualde, nos passados dias 8, 15 e 31 de Agosto que consumiram
vários hectares de floresta.

Segundo a Polícia Judiciária, o suspeito "agiu num quadro de revolta e
impulsividade", refere em comunicado.

O indivíduo vai ser presente a primeiro interrogatório judicial.

Este ano a Polícia Judiciária já identificou e deteve 58 incendiários.

*com Lusa

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Seguranca/Interior.aspx?content_id=3404883

Incêndios: Custos afastaram 900 reclusos de ações de prevenção

Colaboração exigia adoção de «medidas de segurança excecionais»

Por: tvi24 | 2013-09-05 19:06

O Ministério da Agricultura e do Mar (MAM) justificou hoje que a
colaboração prevista de reclusos na prevenção de incêndios florestais
não se concretizou, porque obrigaria à adoção de «medidas de segurança
excecionais», com «custos associados».

O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) para
2013 previa a participação de cerca de 900 reclusos em ações de
prevenção e vigilância dos fogos florestais, após terem frequentado um
período de formação na Escola Nacional de Bombeiros (ENB).

Quarta-feira à noite, em entrevista à TVI24, a ministra da Justiça
revelou que «razões burocráticas» impediram 900 reclusos de
participarem na limpeza de matas, inseridos numa estratégia de
prevenção dos incêndios florestais.

Contactada hoje pela agência Lusa para explicar «as razões
burocráticas», o Ministério da Justiça limitou-se a informar que
enviou uma proposta para o Ministério da Agricultura, no sentido de
colocar 900 reclusos a limpar as matas.

Em resposta enviada à Lusa, o Ministério da Agricultura diz que «os
trabalhos de prevenção estrutural na floresta são trabalhos
qualificados que envolvem especialização e têm riscos associados», e
que uma «eventual colaboração de reclusos obrigaria sempre a formação
específica, quer em operações de silvicultura preventiva, quer em
segurança, higiene e saúde no trabalho».

«Tratando-se de trabalho, como não poderia deixar de ser, este teria
de ser pago. Para mais, a colaboração de reclusos obrigaria à adoção
de medidas de segurança excecionais, com custos associados», alega o
Ministério dirigido por Assunção Cristas.

Assim - adianta o Ministério da Agricultura - foram «quantificados os
custos e meios adicionais para que os trabalhos de prevenção
estrutural pudessem ser assegurados com a colaboração de reclusos»,
tendo sido decidido «não ser esta a melhor forma de executar as ações
de prevenção estrutural na floresta sob gestão do Estado».

Contactado pela Lusa, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses
(LBP), Jaime Marta Soares, reconheceu que houve uma «falha» na
aplicação do DECIF, tendo em conta que a colaboração dos reclusos na
prevenção e vigilância das matas estava prevista no programa.

«Isso é uma falha que terá responsáveis», disse Jaime Marta Soares,
adiantando que é difícil avaliar quais os resultados que esta medida
teria na prevenção de incêndios.

Os incêndios florestais que assolaram o país desde agosto já causaram
a morte a sete bombeiros.

O último relatório provisório sobre os incêndios florestais indica que
o mês de agosto registou valores superiores às médias dos últimos dez
anos, quer no número de ocorrências, quer da correspondente área
ardida mensal.

Em agosto registaram-se 7.283 ocorrências de fogo, cerca de 52 por
cento do total, que resultaram em 72.284 hectares ardidos,
aproximadamente 77 por cento da área consumida pelas chamas, até à
data.

Os incêndios florestais consumiram, até ao final de agosto, uma área
de 94.155 hectares, mais 25% do que em igual período de 2012, segundo
o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

O mesmo documento adianta ainda que, entre 1 de janeiro e 31 de
agosto, foram registadas 14.143 ocorrências de fogo, menos 1.690 do
que no mesmo período de 2012.

http://www.tvi24.iol.pt/503/sociedade/incendios-custos-reclusos-prevencao-paula-teixeira-cruz-ministerio-da-agricultura-e-mar/1486841-4071.html

Morreu hoje mais um bombeiro

Incêncios (act.)



Económico com Lusa
05/09/13 15:14


Foram já sete os bombeiros portugueses que morreram este ano no
combate aos incêndios.

O bombeiro de 51 anos que pertencia à corporação de Valença e que
estava internado no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra com
19% da superfície corporal queimada morreu hoje, disse à agência Lusa
fonte hospitalar.

O homem, bombeiro voluntário na corporação de Valença desde 1987, foi
atingindo num incêndio a 29 de Agosto, naquele concelho, tendo sido
transferido para Coimbra com queimaduras ao nível da extremidade
cefálica, membros superiores e tronco.

Desta forma, subiu para sete o número de bombeiros que morreram este
ano no combate aos incêndios florestais. Fernando Manuel Reis estava
intubado e ventilado há uma semana e o prognóstico do hospital foi
sempre de "muito reservado", face à extensão dos ferimentos.

"Foi uma notícia recebida com muita consternação e emoção no nosso
quartel, sobretudo porque ainda alimentávamos a expectativa de que
pudesse recuperar, apesar de sabermos da gravidade do seu estado",
disse à Lusa o presidente da direcção da Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Valença, Luís Brandão Coelho.

O bombeiro integrava uma equipa de 16 homens que, ao início da tarde
de 29 de Agosto, combatia as chamas na freguesia de Sanfins, em
Valença, assumindo a função de motorista do Veículo Florestal de
Combate a Incêndios (VFCI), que também foi atingido pelas chamas.

"Ao tentar retirar a viatura foi envolvido nas chamas, numa
reviravolta do fogo provocada pelo vento", explicou, na ocasião, o
presidente da corporação.

http://economico.sapo.pt/noticias/morreu-hoje-mais-um-bombeiro_176568.html

Governo, também na questão dos incêndios, pretende "sacudir a água do capote"

Não nos admiremos do horror a que assistimos depois de anos a fio a
implementar erradas políticas, nacionais e comunitárias, para gaudio
de alguns e benefício de outros. Politicas que premiaram o ostensivo
abandono da agricultura e do mundo rural, pagando inclusivamente aos
agricultores para abandonarem as suas terras e deixarem de produzir.
Admiram-se alguns com a progressão dos incêndios em número e área com
o seu cortejo de consequências, elegendo como bode expiatório a
negligência humana e uns tantos pirómanos espalhados pelo País. Esta é
uma visão redutora de uma leitura indubitavelmente mais profunda e
mais complexa, a desertificação do interior.

Os grandes incêndios nas zonas rurais reflectem inequivocamente o
falhanço das políticas nacionais e comunitárias e o esquecimento a que
foi votada esta extensa área de território. Não é possível implementar
políticas de desenvolvimento sem pessoas. O abandono intencional da
pequena e média agricultura, as políticas de extinção de serviços
públicos no mundo rural e o fim das campanhas de sensibilização junto
das populações prevenindo comportamentos de risco só pode conduzir a
uma selva sem serventia de qualquer tipo, perdendo-se a oportunidade
de obter rendimento desejável a todos os níveis.

Os Governos ao longo dos últimos anos têm gasto" rios de dinheiro" na
área de planeamento florestal. São Planos Nacionais, Planos
Sectoriais, PROFs, PROTs, PDDFCIs, PMDFCIs, PGFs, PUBs, apenas alguns
dos muitos papéis que enfeitam prateleiras. Se toda a gente ficou a
fazer Planos quem ficou no terreno para os implementar e testar?! Quem
os implementa, coordena e fiscaliza na prática? E o papel do Estado?
Antes com uma fortíssima presença personificada pelos Serviços
Florestais! Técnicos, mestres, guardas florestais, operadores e as
suas brigadas próprias de sapadores constituídas muitas vezes por
gentes locais. Hoje reduzidos a nada.

Atribui-se às comunidades baldias a falta de investimento na Floresta.
No entanto o Estado vedou a sua possibilidade ao não aprovar ou
elaborar PGFs e PUBs nas áreas da sua competência mantendo
desactualizados e sem qualquer tipo de utilidade todos aqueles que a
conta gotas foram entretanto aprovados, colocando em risco milhares e
milhares de hectares de floresta.

Foram sempre adiadas as propostas encontradas pelas comunidades
baldias para fazer frente ao sentimento de abandono pelo Estado,
nomeadamente a criação de Grupos de Baldios, associando unidades de
baldios para melhor responder aos emergentes problemas na prevenção,
gestão e comercialização de madeira.

Apesar de ser público o défice de brigadas de sapadores florestais, e
o seu reconhecido valor nas área da prevenção, vigilância e primeira
intervenção, os Governos paradoxalmente não têm aceite as propostas de
dezenas de comunidades baldias que se disponibilizaram para custear a
sua constituição e funcionamento. A integração das brigadas GAUF e dos
Sapadores Florestais, recuperando os postos de vigia e acrescentando
mais alguns meios locais garantiria um dispositivo que traria
certamente vantagens de conhecimento de terreno assaz, importante
para, em colaboração com os bombeiros, trazer mais eficiência ao
combate aos incêndios.

E com que tipo de financiamento tem sido contemplado as nossas
florestas? Concebe-se um PRODER florestal altamente burocratizado e
desadequando às tipologias da floresta Portuguesa, com percentagens de
execução ridículas levando a que verbas alocadas inicialmente acabem
por ser transferidas para outros sectores. Temos ainda o Fundo
Florestal Permanente para o qual descontamos todos os dias quando
abastecemos os nossos veículos e cujos investimentos estão vedados há
pelo menos dois anos.

Desde logo é necessário garantir preços justos para a madeira dos
produtores, que sejam compensadores dos investimentos que são exigidos
e que são a primeira linha da prevenção dos incêndios (desmatações,
abertura de caminhos, etc), sendo também necessário questionar a razão
da importação de milhões de toneladas de madeira, deixando à mercê do
fogo a madeira das nossas florestas.

O mundo rural vive hoje um sentimento de impotência e de raiva. São
homens e mulheres esquecidos pelo poder político a quem o fogo levou
os poucos haveres que restavam de toda uma vida de trabalho e
canseira.

Será que no final de toda esta tragédia nos restarão árvores
suficientes para fazer folhas para tantos Planos de Ordenamento como
os que temos?! Ou para fazer armários onde estes ficam tão bem
armazenados? Ou para fazer as cadeiras onde os governantes
responsáveis assistem sentados?

Não obstante esta negligência grave o Estado prepara-se para mais uma
ofensiva contra a propriedade comunitária e o meio rural, os compartes
e a própria Constituição da República Portuguesa, ao pretender alterar
a actual Lei dos Baldios. A floresta não pode ser como infelizmente
tem sido nas últimas décadas local de incêndios, destruição, mortes,
desassossego e avultados prejuízos.

Adensar a tudo isto criam-se reformas administrativas sem ter em conta
a sensibilidade e o pensamento das populações criando animosidades
territoriais desnecessárias.

Perante o estado de emergência provocado por esta tragédia, a BALADI
reclama do Governo um imediato levantamento por parte do Ministério da
Agricultura dos prejuízos havidos aos produtores florestais e
agricultores para que possam ser atribuídas as respectivas
indemnizações.

A BALADI considera ainda lamentáveis as afirmações que têm vindo a
Publico por parte do senhor Secretário de Estado. Tais declarações são
uma afronta ao desespero vivido pelas populações rurais e baldias ao
manifestar desconhecer onde e quando as florestas da sua
responsabilidade são mal geridas.

As comunidades baldias estão cansadas de serem bode de expiatório
exigindo uma alteração de comportamentos e atitudes por parte do
Governo e um claro apuramento de responsabilidades.

A BALADI aproveita ainda para endossar aos familiares dos bombeiros
falecidos as suas mais sentidas condolências, enaltecendo o seu papel
de sacrifício e abnegação na defesa dos bens e vidas de todos nós.

Vila Real, 2 de Setembro de 2013

A Direcção da BALADI

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/09/04b.htm

PCP questiona Governo sobre «Ausência dos Ministérios da Agricultura e Ambiente de reuniões de alto nível sobre incêndios florestais»

Assembleia da República:


O Grupo Parlamentar do PCP entregou na Assembleia da República uma
Pergunta em que solicita ao Governo que lhe sejam prestados
esclarecimentos sobre a «Ausência dos Ministérios da Agricultura e
Ambiente de reuniões de alto nível sobre incêndios florestais»,
Pergunta que se passa a transcrever.

Destinatários: Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia
Ministra da Agricultura e Mar

PERGUNTA:

Foi largamente noticiada pela Comunicação Social a realização, no
passado dia 23 de Agosto, de uma reunião que teria como objectivo
fazer um ponto de situação do combate e vigilância aos fogos
florestais.

De acordo com os registos prévios e posteriores à dita reunião, terão
participado nela o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, e
a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, para além do presidente
da ANPC (Protecção Civil), o director da Polícia Judiciária, o
comandante geral da GNR e o director nacional da PSP.

Tal reunião, que fará todo o sentido no momento mais agudo do combate
aos incêndios, deixa-nos entretanto perplexos face à sua composição.
Não haver nenhum representante do Ministério da Agricultura e do novo
Ministério do Ambiente nesta reunião, quando o que está a ser ameaçado
e destruído é, por um lado o imenso património florestal, que como se
sabe está debaixo da alçada do Ministério da Agricultura e, por outro
lado, Parques Naturais, que são da responsabilidade do Ministério do
Ambiente não pode deixar de ser considerado estranho. Ainda mais
porque são os dois ministérios que exercem conjuntamente a tutela do
Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P.,
competindo-lhe definir as orientações, estratégias e fixação de
objectivos nas matérias da conservação da natureza, áreas protegidas e
biodiversidade.

Estranheza que se estende ao briefing a que o Primeiro Ministro foi
assistir no dia 28 de Agosto na Autoridade Nacional de Protecção
Civil, a que também só assistiu o Ministro da Administração Interna.

Parece aliás haver, ao longo deste mês trágico de destruição da
floresta nacional o completo eclipsar do Ministério da Agricultura,
que não será desligado completo falhanço da sua política para a
Floresta, bem visível na execução a níveis ridículos do PRODER, para o
sector.

Posto isto, e com base nos termos regimentais aplicáveis, vimos por
este meio e com carácter de urgência, perguntar ao Governo, através do
Ministério da Agricultura e Mar e do Ministério do Ambiente,
Ordenamento do Território e Energia, o seguinte:

1. Por que razão não esteve esse ministério representado nestas
reuniões de alto nível?

Palácio de São Bento, segunda-feira, 2 de Setembro de 2013

Deputado(a)s

JOÃO RAMOS (PCP)

Fonte: Grupo Parlamentar do PCP

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/09/04c.htm

Incêndios: Danos na Serra do Caramulo são "muito relevantes" - Leitão Amaro

Lusa
14:08 Quarta feira, 4 de setembro de 2013


Tondela, 04 set (Lusa) - O secretário de Estado da Administração
Local, António Leitão Amaro, disse ter confirmado hoje no terreno que
os danos económicos e sociais dos incêndios que nas últimas semanas
fustigaram a Serra do Caramulo são "muito relevantes".

No final de uma visita a vários pontos da Serra do Caramulo,
acompanhado de autarcas dos concelhos afetados - nomeadamente Tondela,
Oliveira de Frades, Vouzela e Águeda - Leitão Amaro lembrou que o
Governo aprovou uma resolução do Conselho de Ministros que regula as
condições de acompanhamento dos incêndios mais graves.

"Claramente, estamos perante um caso excecional e dramático. Aquilo
que vimos hoje o confirma, não só em área, mas também em danos à
natureza, à floresta, patrimoniais, económicos e até danos às
pessoas", contou Leitão Amaro, que conhece bem o terreno por ser
natural do Caramulo.


http://expresso.sapo.pt/incendios-danos-na-serra-do-caramulo-sao-muito-relevantes-leitao-amaro=f828949

Lusovini investe 1,5 milhões na criação de centro interpretativo do vinho do Dão

Lusa
10:00 Quarta feira, 4 de setembro de 2013

Nelas, 04 set (Lusa) -- A distribuidora de vinhos portugueses Lusovini
vai investir 1,5 milhões de euros para criar o Centro Interpretativo
da Vinha e do Vinho do Dão, na adega de Nelas, no distrito de Viseu.

A primeira pedra do centro interpretativo, que vai chamar-se "Nelas
Wine & Culture -- Lusovini by Pedra Cancela", é lançada na
sexta-feira, no âmbito das Festas do Vinho do Dão, que decorrem até
domingo.

Segundo o presidente do grupo Lusovini, Casimiro Gomes, este centro
"vai ser mais um ativo turístico para a região do Dão".


http://expresso.sapo.pt/lusovini-investe-15-milhoes-na-criacao-de-centro-interpretativo-do-vinho-do-dao=f828903

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Debate: "Defender a soberania alimentar e um mundo rural vivo"

Debate a realizará na Festa do Avante, no dia 7 de Setembro, pelas
15h, subordinado ao tema Agricultura: "Defender a soberania alimentar
e um mundo rural vivo".

Neste debate participam Alfredo Campos, Dirigente da CNA; João Ramos,
Deputado do PCP na Assembleia da República; João Frazão, membro da
Comissão Política do CC do PCP, responsável pela área da Agricultura.

fonte: PCP

CVRVV disponibiliza seguro colectivo de colheitas

Produtores dos Vinhos Verdes atingidos pelos incêndios com ajuda garantida.

Numa altura em que o País se vê assolado por vários incêndios
florestais, com particular incidência na região norte, os produtores
de Vinhos Verdes têm garantida a ajuda necessária para fazer face a
eventuais prejuízos decorrentes dos fogos, de acordo com uma nota de
imprensa difundida hoje pela Comissão de Viticultura da Região dos
Vinhos Verdes (CVRVV).

O apoio aos produtores afectados pelos incêndios é assegurado através
de um seguro anual de colheitas contratado pela CVRVV. Este seguro
permite cobrir os danos provocados nas vinhas, mediante uma
participação atempada do sinistro, na delegação concelhia ou,
directamente, na CVRVV.

Após uma avaliação detalhada dos prejuízos por parte dos peritos da
companhia de seguros, aos viticultores é assegurado o apoio necessário
para compensar a perda de produção consumida pelos incêndios
florestais.

O seguro de colheitas contratado pela Comissão de Viticultura abrange
os 22 mil produtores da Região dos Vinhos Verdes, cobrindo os sete
riscos principais com que as vinhas se defrontam ao longo do ano. Além
do risco de incêndio estão, por exemplo, cobertos os prejuízos
decorrentes da geada e do granizo.

Com um investimento aproximado de 2 milhões de euros, a apólice anual
subscrita e suportada pela CVRVV é co-financiada pela União Europeia,
não sendo imputado qualquer custo directo ao viticultor. O valor
seguro a cada produtor corresponde à média da sua produção nos últimos
seis anos.

Com as últimas semanas a serem sinónimo de um grande número de
incêndios florestais, os produtores da Região Demarcada dos Vinhos
Verdes contam com o apoio da CVRVV para um processo de recuperação
rápido.

Fonte: CVRVV

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/09/02e.htm

A floresta é muito mais do que incêndios e destruição!

Ninguém pode ignorar os cenários dantescos com que nos temos deparado
nos últimos dias.

A floresta, ou o que dela resta, voltou a abrir noticiários e tem
feito as primeiras páginas dos principais jornais nacionais, mas
infelizmente pelas piores razões. Os incêndios têm consumido milhares
de hectares de espaços florestais, destruíram já inúmeras habitações,
e levaram a vida a cinco bombeiros que tudo fizeram para combater este
"mar de chamas".

E infelizmente, para a maioria dos portugueses, a floresta é isto…
incêndios e destruição.

São incidentes como estes que cada vez mais desacreditam o potencial
da nossa floresta. Quem no seu perfeito juízo, e após ver as imagens
com que somos "bombardeados" todos os dias, vais querer investir em
floresta?

Mas importa referir que esta mesma floresta é sinónimo de preservação
do ambiente, de economia nacional e de desenvolvimento rural! Esta
mesma floresta representa o maior recurso natural renovável,
representa 12% das exportações e 3% do PIB, e emprega 260.000 pessoas.
Naturalmente esta "importância" não é suficiente para ser capa de
jornal… e assim que as primeiras chuvas caírem, a floresta volta a
cair no esquecimento.

Quando vamos então dar o devido valor à floresta?

Com um cenário severo de alterações climáticas, pouco resta fazer em
relação às condições meteorológicas que se anunciam. Não podemos
esperar por um Verão menos quente, ou um Inverno menos húmido e
propício ao desenvolvimento de vegetação, é preciso investir na
floresta, na sua manutenção e preservação!

Portugal é até o único país europeu que desenvolveu um Fundo de apoio
à floresta. Aquando dos incêndios de 2003, onde se perdeu quase meio
milhão de hectares de floresta, foi criado o Fundo Florestal
Permanente (FFP), gerado através de um imposto aplicado aos
combustíveis e pago por todos os contribuintes.

Este fundo, que visava relançar o investimento no sector, gera
anualmente entre 20 a 30 milhões de euros, que deveria ajudar a
ultrapassar alguns destes constrangimentos, no entanto, dez anos e
cerca de 250 milhões de euros volvidos, o FFP contribuiu ZERO% para a
sustentabilidade da floresta nacional!

Contas feitas, estes cerca de 250 milhões de euros, dariam para
arborizar mais de 170 mil hectares ou para limpar cerca de 350 mil,
ajudariam na criação de mais de 17 mil postos de trabalho permanentes,
e ao nível de receitas do Estado, representaria cerca de 62 milhões de
euros de contribuição para a Segurança Social.

Acima de tudo, estes 250 milhões de euros, que são por direito da
nossa floresta, ao serem investidos em silvicultura preventiva,
evitariam grande parte dos incêndios e a perda de muitas vidas…
Certamente valerá o esforço!

Vamos olhar para a floresta nacional com a importância que ela merece,
e se o melhor momento para o fazer era há 20 anos atrás… o derradeiro
será AGORA!

A Direcção da ANEFA

Lisboa, 30 de Agosto de 2013

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/09/02f.htm

Crianças suspeitas de atear fogos devem ser avaliadas psicologicamente

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O secretário-geral do Instituto de Apoio à Criança defendeu hoje que
as crianças suspeitas de terem ateado incêndios devem ser avaliadas
psicologicamente, para se perceberem os motivos deste tipo de
comportamento, que "não é comum" em menores.



O Jornal de Notícias avança na edição de hoje que, em quatro dias,
cinco crianças, menores de 16 anos, foram identificadas pela Polícia
Judiciária por suspeita de terem ateado fogos.

Segundo o jornal, três menores foram detidos em S. João da Madeira e
um em Gaia, por suspeita da autoria de incêndios florestais, e um
rapaz de 12 anos, por suspeita de ter incendiado uma zona de mato
próxima da Nave Desportiva de Espinho.

Para o secretário-geral do IAC, o psicólogo Manuel Coutinho, é uma
situação "bastante preocupante".

"Entendo que estas crianças devem ser, numa primeira fase, objeto de
uma avaliação psicológica e psiquiátrica para perceber que tipo de
personalidade é que a está a levar a ter este comportamento, porque
não é comum, nem sequer se pode generalizar que essas situações sejam
uma prática habitual de crianças tão novas", disse à agência Lusa
Manuel Coutinho.

Para o psicólogo clínico, podem tratar-se de crianças que "estão
descompensadas" a nível do humor, que "não conseguem, muitas vezes,
perceber os limites e cometem erros gravíssimos".

"Pode haver alguma alteração do humor, no sentido da depressão ou
mania, eventualmente com distúrbios bipolares, que leva a este
comportamento que causa graves problemas à sociedade".

Nesse sentido, defendeu o clínico, estes casos devem ser "devidamente
avaliados" e remetidos para a psicopatologia, para que haja "uma boa
avaliação psicopatológica".

"Devemos tratar este assunto com 'pinças e algodão na ponta' e não
generalizar, não tomar a parte pelo todo, e perceber que se trata de
uma situação de exceção, que as crianças não estão bem e tem de ser
avaliadas do ponto de vista pedopsiquiátrico", acrescentou.

Diário Digital com Lusa

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=654226

ViniPortugal e comerciantes lutam para recuperar costume do vinho a copo

Campanha 'A copo' é um projeto educativo a longo prazo que visa "mudar
o consumo de vinho em cinco a dez anos"

Promover o vinho a copo
D.R.
25/08/2013 | 18:03 | Dinheiro Vivo

Recuperar o costume do vinho a copo, às refeições e fora delas,
apostando na qualidade do produto servido, está a revelar-se uma luta
para os agentes vitivinícolas portugueses, que beneficiam agora de uma
campanha da ViniPortugal.

Enquanto no país vizinho, Espanha, sempre foi habitual beber vinho a
copo nos bares de 'tapas', em Portugal esta tradição perdeu-se "de uma
forma muito acentuada", disse à Lusa Jorge Monteiro, presidente da
ViniPortugal, responsável pela campanha 'A Copo'.
Segundo Monteiro, pedir hoje um só copo de vinho "não é muito
apreciado socialmente" em Portugal, fenómeno ainda mais estranhado
fora dos meios urbanos e entre jovens de 20 a 30 anos.

Apesar de "uma perceção de maior adesão ao vinho a copo", a campanha
da ViniPortugal não está a decorrer de acordo com as expectativas de
Jorge Monteiro, sendo que se trata de um projeto "educativo" a longo
prazo que visa "mudar o consumo de vinho a copo de 5 a 10 anos".

A campanha tem como objetivos normalizar o consumo de vinho a copo
"com moderação" fora das refeições e incentivar a ampliação da oferta
destes produtos nos restaurantes, para que o consumidor possa escolher
entre diversas variedades sem ter de comprar a garrafa inteira.

O vinho desvalorizou-se "depois da ditadura", quando Portugal "se
abriu aos produtos estrangeiros como a cerveja e os refrigerantes", e
a recuperação do costume começou apenas "por volta do ano 2004", frisa
Silvia Castro, do grupo César Castro, empresa que comercializa
acessórios que contribuem para a conservação do vinho após abertura da
garrafa.

"Sempre tem havido vinho a copo nas tascas, os 'copos de três', mas
tratava-se de vinhos fracos", expõe Castro, apontando para "o salto
qualitativo" que está a desenvolver-se em Portugal, "porque agora as
pessoas sabem o que bebem, qual a zona do vinho".

Susanna Tocca da empresa DOC DMC, que promove o enoturismo em
Portugal, além de distribuir tecnologia para a conservação do vinho em
restaurantes e 'wine bars', assegura que a evolução das vendas destes
sistemas, nos cinco anos de existência da empresa, tem sido "muito
dura", dado que muitos hoteleiros "não percebem que isto não é um
gasto, mas um investimento".

Além disso, Tocca aponta para a crença "enraizada" de que o vinho a
copo é "de má qualidade", e outros "preconceitos", como de que a
garrafa "seja aberta a frente do cliente".

Susanna Tocca observa que Portugal "não promove bem a qualidade dos
seus vinhos", que acredita melhores que muitas garrafas estrangeiras
de maior fama.

Seguindo o costume do vinho a copo, numa ementa de três pratos podem
ser servidos "até quatro vinhos diferentes". Esta maneira de consumir
vinho, no entanto, "não têm popularidade" em Portugal, pois, lamenta
Tocca, "ainda falta essa visão".

Desde a abertura da loja 'gourmet' e restaurante Delidelux de Lisboa
há oito anos, têm sido utilizados sistemas para a conservação do vinho
depois de aberto, sendo esta uma das maiores preocupações dos
hoteleiros e um dos medos que os impedem de alinhar na tendência do
vinho a copo.

"Porém, os nossos vinhos têm muita rotação", assegura Inês Chai,
responsável do restaurante, que tem notado um crescimento no volume de
pessoas que pedem "mais de um copo por jantar" de diferentes vinhos,
"porque sabem que este sistema existe".

Susanna Tocca saúda a campanha da ViniPortugal, afirmando que "as
coisas começam a mudar devagarinho" através de iniciativas como 'A
Copo'.

Mais cético, Manuel Rocha, diretor da Adega de Borba, acredita que
este tipo de campanhas "não tem a força necessária" por razões "de
orçamento", e acrescenta que tem havido uma redução "importante" do
consumo de vinho em Portugal. "Grande parte do vinho consome-se dentro
de casa", salienta o produtor.

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO250601.html?page=0

Preço mundial dos cereais sobe em agosto

por Ana Rita Costa4 de Setembro - 2013

Em agosto registou-se um aumento do preço dos cereais, especialmente
da soja, refere o Índice de Cereais e Oleaginosas dos Estados Unidos
da América. Nos cereais o aumento foi de 4%, e na soja esse aumento
chegou aos 10%.

Apesar do aumento mundial dos preços, espera-se que a produção supere
em cerca de 8% as colheitas registadas na campanha passada.

As previsões para a produção mundial de trigo em 2013/2014 apontam
para um aumento de 4 milhões de toneladas, com aumentos para o Canadá,
União Europeia, Cazaquistão e Ucrânia. O mercado do trigo tem-se
mostrado estável, com um grau de volatilidade inferior à média.

Também a procura de exportações se tem mantido sólida, especialmente
devido aos problemas de qualidade das colheitas da China.

A produção mundial de soja deverá também registar um aumento anual de
4%, atingindo um recorde em 2013/2014 de 280 milhões de toneladas.

http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7543&bl=1

Portugal Fresh em digressão internacional

por Ana Rita Costa4 de Setembro - 2013

A Portugal Fresh vai estar presente na Four Oaks, em Manchester, e na
Asia Fruit Logistica, de Hong Kong.

A Four Oaks realiza-se nos dias 3 e 4 de setembro e a Portugal Fresh
vai participar em parceria com a Associação Portuguesa de Produtores
de Plantas e Flores Naturais (APPPFN). A edição deste ano da feira,
conta com cerca de 400 expositores numa área de estufas de 17
hectares, e contará com a presença das portuguesas Viveiros do Cávado,
Raiz da Terra, Horto da Praia Grande, Sotiplanta, Mariflores,
Teciplante, Cresciárvore e Jardins Silvestre de Viana.

Por sua vez, a Asia Fruit Logistica, que se realiza de 4 a 6 de
setembro, em Hong Kong, conta este ano com a participação das empresas
portuguesas Luis Vicente e Nutrigreen.

De acordo com a Portugal Fresh, "o mercado asiático tem demonstrado
muito interesse nos produtos nacionais, sobretudo pela qualidade,
sabor, textura e cor que apresentam. É uma oportunidade para novos
mercados para os frescos nacionais onde os laços comerciais do passado
voltam a estar presentes."

http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7542&bl=1

Último esforço até 6 de Setembro, um voto por dia - projecto que envolve agricultores Portugueses em concurso europeu

Projecto que envolve agricultores Portugueses em concurso europeu de
combate às alterações climáticas

Votação até 6 de Setembro é decisiva para a vitória deste projecto de
um milhão de toneladas de carbono

O projecto "Pastagens Semeadas Biodiversas", da PME nacional
Terraprima - Serviços Ambientais (IST Spin-Off), precisa de assegurar,
até 6 de Setembro, uma posição entre os 10 primeiros classificados na
votação pública no concurso europeu "Um Mundo que me agrada – com um
Clima de que gosto".

Os 10 primeiros classificados passarão à fase seguinte do concurso,
sendo o vencedor seleccionado por um júri. Este vencedor será premiado
com uma campanha mediática ao nível europeu, a qual gerará novas
oportunidades para o projecto e para os agricultores envolvidos.

A organização do concurso permite que se vote mais do que uma vez,
desde que seja uma vez por dia. Dado que o concurso termina na
sexta-feira, peço a vossa colaboração, não só no voto diário em
qualquer computador e "browser" (incluindo em "tablets" e
"smartphones"), mas também na divulgação do concurso entre os vossos
contactos. Muito obrigada!

A votação no projecto faz-se em:
https://world-you-like.europa.eu/index.php?id=738&L=0.

Financiado pelo Fundo Português de Carbono, o projecto envolve mais de
1000 agricultores em 50 000 ha no Centro e Sul de Portugal e promove o
sequestro de 1 milhão de toneladas de carbono, o que o torna um dos
projectos a concurso com maior efeito na mitigação das alterações
climáticas.

O vídeo do projecto pode ser visto em http://youtu.be/WR4tINbSXp4.

O essencial e o acessório sobre os incêndios florestais

Tem toda a razão a Senhora Ministra da Justiça nas afirmações
proferidas ontem (02/09) à Comunicação Social: "A minha linha vai
muito mais no sentido da prevenção do que propriamente no aumento das
penas (de prisão), porque estas já foram alteradas e são elevadas"
(transcrito do Jornal de Notícias).

Com efeito, já chega de circo costumeiro do acessório, há que abordar
o problema pelo essencial. E o essencial não é só a limpeza das
florestais, a construção de caminhos, de aceiros ou de pontos de água.
Terá de ir muito, mas muito para além disso.

O essencial está numa estratégia para o Desenvolvimento Rural, para a
fixação e migração de famílias para o interior. Está também na
promoção de negócios viáveis do ponto de vista da sua rentabilidade e
da sua sustentabilidade, pelo fomento de novos negócios
rurais/florestais, por exemplo na prestação de serviços ambientais
remunerados. Está ainda numa justa distribuição da riqueza entre o
interior e o litoral.

A melhor prevenção à propagação dos incêndios é uma presença sólida
das famílias junto das suas florestas, protegendo a sua fonte de
rendimento.

Lisboa, 3 de setembro de 2013

A Direção da Acréscimo

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/09/04f.htm