sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Bruxelas renuncia a seguir o rasto de animais clonados para não aborrecer os EUA

AFP

18/12/2013 - 17:05

Os descendentes de animais clonados para fins alimentares humanos são
uma realidade, em particular nos Estados Unidos, na Argentina, no
Brasil e no Uruguai.

De que animais vem exactamente a carne que comemos é a grande questão
FERNANDO VELUDO/NFACTOS

A Comissão Europeia propôs nesta quarta-feira a proibição da clonagem
animal para fins alimentares, mas renunciou a banir a venda de carne e
de leite de descendentes de animais clonados para não indispor os seus
parceiros comerciais, nomeadamente os Estados Unidos.

"A Comissão propõe interditar a técnica da clonagem em animais de
pecuária e a importação de animais clonados para a União Europeia",
anunciou o comissário europeu da Saúde, Tonio Borg, durante uma
conferência de imprensa. "Propomos interditar a técnica da clonagem
para fins alimentares e a importação de animais clonados", insistiu.

"Mas não propusemos a etiquetagem" para a carne fresca de bovinos
descendentes de animais clonados, acrescentou Tonio Borg, dizendo que
o assunto foi falado durante a reunião da Comissão Europeia.
"Discutimos todas as possibilidades, incluindo a etiquetagem da carne
fresca de bovinos descendentes de animais clonados, e considerámos que
é preciso proceder a uma análise profundada."

"Compete agora ao Conselho [de ministros da União Europeia] e ao
Parlamento Europeu discutirem e lançarem o debate", concluiu Tonio
Borg. "O Parlamento Europeu vai-nos saltar em cima", antecipa a
Comissão Europeia, uma vez que a França e a Alemanha, defensores
declarados do seguimento do rasto histórico dos produtos clonados,
deverão passar ao contra-ataque.

"Os nossos pratos não devem tornar-se uma lixeira"
"Esta proposta é um insulto ao Parlamento Europeu e aos cidadãos que
representa", insurgiu-se, num comunicado, a eurodeputada ecologista
francesa Sandrine Bélier, do grupo dos Verdes.

"A prontidão dos negociadores americanos e europeus em ver concluído o
novo acordo transatlântico de livre comércio coloca em cima da mesa
uma proposta que o Parlamento Europeu tinha claramente rejeitado. As
negociações comerciais não devem ser um cavalo de Tróia para medidas
não democráticas e contrárias aos valores da União Europeia",
acrescentou a eurodeputada ecologista.

"Os nossos pratos não devem tornar-se uma lixeira. Não abramos a caixa
de Pandora da manipulação dos animais vivos", advertiu, por sua vez, o
eurodeputado ecologista francês José Bové, também do grupo dos Verdes.
Este grupo decidiu batalhar no Parlamento Europeu contra esta proposta
da Comissão Europeia.

Na União Europeia, a clonagem animal para fins alimentares só se
pratica na Dinamarca. A carne dos clones não é comida, devido ao preço
muito elevado dos exemplares. Mas os seus embriões e sémen são
comercializados e exportados e os seus descendentes são criados, em
particular, nos Estados Unidos, na Argentina, no Brasil e no Uruguai.

Todos os anos, a União Europeia importa entre 300.000 a 500.000
toneladas de carne de bovino dos Estados Unidos e da Argentina, países
que autorizaram a clonagem para fins comerciais mas sem nenhum sistema
que permita seguir o rasto dos animais.

A Comissão Europeia, o Parlamento Europeu e os governos falharam em
entender-se, uma primeira vez, em 2011 sobre um enquadramento da
questão. Após três anos de negociações infrutíferas, os
Estados-membros consideraram exageradas as exigências dos
eurodeputados relativas a um sistema de rastreabilidade.

O Parlamento Europeu exigia um sistema de rastreabilidade bastante
avançado, para informar os consumidores de toda a carne oriunda de
animais clonados remontando a várias gerações. Isto iria impor aos
Estados Unidos e à Argentina controlos que eles não querem fazer, e a
União Europeia seria obrigada a bloquear as importações, arriscando-se
a uma nova guerra comercial semelhante à provocada pela proibição da
carne com hormonas dos Estados Unidos. A União Europeia está a
negociar com os Estados Unidos um acordo de livre comércio.

http://www.publico.pt/ciencia/noticia/bruxelas-renuncia-a-seguir-o-rasto-de-animais-clonados-para-nao-aborrecer-os-eua-1616797

CNA prepara protesto em Janeiro contra regras fiscais impostas aos agricultores

A Confederação Nacional de Agricultura (CNA) lamentou esta
quinta-feira que a única medida do Governo destinada aos pequenos e
médios agricultores tivesse sido a imposição de novas regras fiscais
destinadas a aumentar a fiscalização e a tributação.

"Se estas regras forem para a frente vão causar a ruína de dezenas de
milhar de pequenos e médios agricultores", salientou o dirigente
nacional João Dinis, em conferência de imprensa realizada esta tarde,
em Coimbra, na sede da CNA.

Na conferência, destinada a efectuar o primeiro balanço do ano
agrícola de 2013, João Dinis anunciou uma manifestação para Janeiro
contra as recentes imposições fiscais do Governo sobre os
agricultores.

"Está previsto, antes de 31 de Janeiro, irmos a Lisboa com delegações
de dirigentes associativos e agricultores protestar junto do
ministérios das Finanças e Agricultura ou, tendo em conta que em Março
ou Abril lá estaremos numa iniciativa nacional, descentralizar a
iniciativa e realizarmos protestos locais e regionais", disse o
dirigente.

Salientando que este é o problema que mais "continua a bater e a tirar
o sono a muitos e muitos agricultores", João Dinis adiantou que a
decisão sobre o figurino do protesto será tomada no início de Janeiro.

O dirigente da CNA acusou ainda o Governo de incentivar opções
nacionais que "prejudicam a agricultura familiar e os pequenos e
médios agricultores", no âmbito da preparação do novo Programa de
Desenvolvimento Rural, que se baseia na reforma da Política Agrícola
Comum (PAC).

"Não querem aplicar em Portugal subprogramas específicos para apoio à
pequena agricultura e aos circuitos curtos de comercialização e não
são criadas medidas `especiais` para o desenvolvimento da pequena
agricultura", denunciou.

João Dinis lamentou também que o Governo tenha acabado com a medida de
apoio normal ao investimento das pequenas e médias explorações.

"Para tapar o sol com a peneira pretendem criar uma medida para
pequenos investimentos, mas no âmbito da chamada `abordagem Leader`,
que se destina, principalmente, a investimentos relacionados com a
segurança de qualquer actividade ou exploração agroalimentar", referiu
o responsável da CNA.

O dirigente nacional revelou ainda que o Governo não pagou aos
agricultores pecuários a comparticipação pública para os custos da
sanidade animal relativa a 2012 e 2013, que, no total, perfaz uma
dívida na ordem dos 20 milhões de euros, situação que constitui um
"atentado à sobrevivência das pequenas e médias explorações
agropecuárias".

Fonte: Lusa

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/12/20.htm

Publicação sueca classifica Douro/Duero como “O melhor rio vinícola do mundo”

Världens Viner foi nomeada em 2010 a melhor revista de vinhos do mundo



"Melhor rio vinícola do mundo – uma viagem ao longo do Douro" é o tema
de capa do mais recente número da revista sueca Världens Viner (Vinhos
do Mundo) dedicado à Região Demarcada do Douro. Os diferentes tipos e
estilos de vinho do Porto, a história do vinho do Porto, as castas, a
imagem do Douro moderno e alguns produtores da região são abordados em
diferentes artigos.

O presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP),
Manuel de Novaes Cabral, considera que a "atratividade da Região
Demarcada do Douro tem vindo crescer e que a presença de destaque
nesta publicação sueca mostra bem o caráter e projeção internacional
da região. É mais um resultado do papel de disseminação pelo mundo que
os vinhos do Porto e do Douro sempre assumiram", conclui.

Editada quatro vezes por ano, a Världens Viner nomeada em 2010 a
melhor revista de vinhos do mundo, nos Gourmand World Cookbook Awards,
em Paris, explora em cada número, dedicado a um determinado o país ou
região, a história, estilos de vinho, diversidade das castas, as
tendências, o perfil de alguns produtores e gastronomia, dando ainda
dicas sobre como viajar e onde ficar.

A edição sobre o Douro acontece após a distinção do Porto e Douro como
"Wine Village of the Year" 2013 pelo Munskänkarna, o maior clube de
vinhos do mundo.

fonte: mediana

As empresas europeias do vinho saúdam a aprovação final da reforma da CAP

COMUNICADO DE IMPRENSA

Bruxelas, 17 Dezembro 2013 - As empresas europeias de vinho saúdam a
aprovação, em Conselho de Ministros da Agricultura, da Reforma da CAP,
que confirma e reforça as orientações e ferramentas da Reforma do
Vinho 2008, com o objectivo de melhorar a competitividade e acesso aos
mercados do sector do vinho.

O CEEV saúda a criação de um novo enquadramento temporário para as
plantações de vinha que irá substituir o actual sistema de direitos de
plantação, terminando com a antiga abordagem proibicionista,
confirmando que a liberdade de plantio permanece como o princípio
previsto na OCM. O novo enquadramento visa permitir um crescimento
ordenado das vinhas na UE de forma a acompanhar a dinâmica da evolução
de mercado e pede aos Estados Membros para terem em consideração as
recomendações dos profissionais do sector. Este novo enquadramento irá
substituir, em 2016, o sistema existente de direitos de plantação por
autorizações individuais não transferíveis para novas plantações nos
Estados Membros de acordo com um critério que deverá ser objectivo e
não discriminatório.

"Lamentamos a falta de ambição pelos vinhos europeus demonstrada pelos
Estados Membros durante os debates, uma vez que o limite de
crescimento anual fixado em 1% a nível europeu não será suficiente
para compensar a tendência "natural" da redução de vinhas (sem
subsídio ao arranque), considerando que a estrutura e a demografia do
sector do vinho irão acelerar esta tendência; A UE não pode deixar o
mercado para os nossos concorrentes e limitar-se a gerir a decadência
da liderança da UE no mercado global do vinho" – declarou Jean-Marie
Barillère, Presidente do CEEV. "Por isso exortámos a Comissão e os
Estados Membros a assegurarem a implementação desta regras numa óptica
flexível e de mercado, de acordo com verdadeiros critérios económicos,
considerando as perspectivas das organizações reconhecidas e
representativas do sector, uma vez que reúnem os produtores e
comerciantes de vinhos – aqueles que melhor conhecem o mercado
diariamente".

O CEEV também saúda a inclusão de novas medidas dinâmicas elegíveis
nos programas nacionais de apoio com o objectivo de melhorar aspectos
chave para a competitividade das empresas europeias de vinho –
inovação, sustentabilidade ambiental e promoção no mercado interno de
padrões de consumo moderado e responsável. A reforma confirma,
igualmente, as orientações e disposições acordadas na Reforma do Vinho
2008, nomeadamente ao nível da rotulagem e práticas de vinificação.

"Iremos seguir cuidadosamente a definição das regras de implementação
para estas novas possibilidades de forma a assegurar que elas alcançam
os objectivos de melhorar a competitividade e acesso aos mercados do
sector do vinho da UE" – afirmou José Ramón Fernandez,
Secretário-geral do CEEV. "Neste sentido, esperamos que as sinergias
resultantes da reforma do regime de promoção horizontal permita à UE
dedicar mais esforços à prevenção do surgimento de barreiras de acesso
ao mercado para as exportações de vinho europeias e facilitar a
abertura sustentável de novos mercados a nível mundial para os vinhos
da UE".

Fonte: ACIBEV

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Universidade de Coimbra quer reforçar contributos para a segurança alimentar

16-12-2013


A Universidade de Coimbra (UC) quer colocar uma tónica forte na
segurança alimentar e na caracterização e certificação da actividade
frutícola em Portugal, de forma a ajudar ao cumprimento daquilo que
são as novas directivas da União Europeia.

A UC e o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária
(INIAV) assinam na terça-feira um protocolo de colaboração que, de
acordo com nota da universidade, tem como objectivo estreitar as
relações de cooperação e intercâmbio com o instituto conhecido por ser
o laboratório de Estado do ministério da Agricultura e do Mar que
desenvolve actividades de investigação nas áreas agronómica e
veterinária.

Em declarações à agência Lusa, o vice-reitor da UC para a
investigação, Amílcar Falcão, explicou que este protocolo será o
início de uma relação de cooperação mais alargada, que pretende
abordar, para já, três áreas fundamentais.

Em primeiro lugar, recordou, no apoio ao projecto já em curso, no polo
II da UC, com a instalação de viveiros e produção e certificação de
árvores de fruto. Por outro lado, a UC e a INIAV vão igualmente
colaborar, com a Câmara de Alcobaça, na criação de um laboratório vivo
e frutícola, naquela região. A UC e a INIAV vão igualmente colocar uma
tónica forte na segurança alimentar.

A Universidade de Coimbra, recordou Amílcar Falcão, tem já peritos
neste sector e quer continuar a contribuir com tecnologia de ponta e
conhecimento para cumprir os requisitos da União Europeia, sobretudo
naquilo que diz respeito aos quadros comunitários de 2014-2020, nos
quais a segurança alimentar assume grande preponderância.

As regras comunitárias, sublinhou o vice-reitor, estão cada vez mais
apertadas naquilo que são os objectivos da segurança alimentar, sendo
por isso necessária uma certificação cada vez mais exigente dos
produtos.

Por isso, defendeu ainda, os produtores portugueses devem estar
atentos à qualidade dos seus produtos, de forma a certificarem aquilo
que é genuinamente português, nomeadamente a fruta.

O protocolo entre as duas entidades será assinado às 15:00 horas, na
sala do Senado da UC. A cerimónia conta com a presença do secretário
de Estado da Alimentação e da Investigação Alimentar, Nuno Vieira e
Brito.

Fonte: Lusa

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia48226.aspx

Exploração média na UE é de 14,3 hectares

18-12-2013

A Comissão Europeia publicou uma informação sobre medidas de
desenvolvimento rural que mostra uma redução de 12 por cento do número
de explorações, entre 2007 e 2010.

O tamanho médio das explorações aumentou cerca de 14,3 hectares (ha),
contra 12,7 ha em 2007, e cerca de 70 por cento de todas as
explorações da União Europeia têm menos de cinco hectares de terras
agrícolas.

O emprego a tempo inteiro na agricultura diminuiu cerca de 16,5 por
cento entre 2008 e 2010, registando-se ainda um aumento da superfície
de agricultura biológica, de 6,9 por cento ao ano entre 2006 e 2011, e
em área der floresta protegida.

Os números revelam também uma melhoria contínua das emissões de gases
com efeito de estuda, mas a um ritmo mais lento nos últimos cinco
anos, e uma quebra dos excedentes de nitrogénio e fósforo e na
concentração de nitratos nas águas de superfície.

O documento da Comissão recolhe mais informação estatística sobre a
situação sócio-económica, agrícola e ambiental das zonas rurais e
inclui um capítulo específico sobre a implementação de programas de
desenvolvimento rural.

Fonte: Agrodigital

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia48236.aspx

IPMA coloca 14 distritos sob aviso amarelo devido a mau tempo

18-12-2013





Catorze distritos de Portugal continental vão estar esta quinta-feira
sob aviso amarelo devido à previsão de chuva forte, passando a
aguaceiros, vento e agitação marítima.

De acordo com o IPMA, os distritos do Porto, Viana do Castelo, Lisboa,
Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga vão estar sob aviso amarelo, o segundo
menos grave de uma escala de quatro, entre as 00:00 e as 29:59 horas
de quinta-feira, devido à previsão de períodos de chuva forte,
passando a aguaceiros por vezes forte, vento com rajadas até 75
quilómetros/hora e agitação marítima com ondas de 3,5 a 4,5 metros.

O IPMA colocou também sob aviso amarelo na quinta-feira os distritos
de Faro, Setúbal e Beja por causa da previsão de chuva e vento forte.
Também os distritos de Viseu, Vila Real, Évora e Santarém vão estar
quinta-feira sob aviso amarelo devido à precipitação.

O IPMA prevê para esta quinta-feira o continente céu geralmente muito
nublado, períodos de chuva a partir do início da manhã no Minho e
Douro litoral, estendendo-se gradualmente, de norte para sul, às
restantes regiões a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela,
que será, por vezes, forte a partir do final da tarde, em especial nas
regiões do litoral norte e possibilidade de queda de neve acima de
1.500 metros.

A previsão aponta ainda para vento fraco, tornando-se moderado do
quadrante sul a partir da tarde nas regiões do litoral norte e centro
e moderado a forte nas terras altas, neblina ou nevoeiro matinal em
alguns locais e pequena descida de temperatura mínima nas regiões do
litoral centro e na região sul.

Nos Açores, prevê-se céu muito nublado, com abertas a partir da manhã,
períodos de chuva fraca, passando a aguaceiros fracos e vento sudoeste
muito fresco com rajadas té 65 km/h, rodando para noroeste e
tornando-se moderado.

Para a Madeira, prevêem-se períodos de céu muito nublado,
possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos até ao início da
manhã nas vertentes norte e vento em geral fraco do quadrante norte,
soprando moderado nas zonas montanhosas.

Quanto às temperaturas, em Lisboa prevê-se uma máxima de 14 graus
Celsius, no Porto 12, em Faro 17, Castelo Branco e Portalegre nove,
Évora e Beja 13, Bragança seis, Guarda cinco, Vila Real e Viseu sete,
Funchal 21 e Angra do Heroísmo, Ponta Delgada e Santa Cruz das Flores
19.

Fonte: Dáriodigital

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia48233.aspx

John Deere e BASF querem aumentar produtividade das colheitas

por Ana Rita Costa18 de Dezembro - 2013

A John Deere e a BASF anunciaram uma parceria para o desenvolvimento
de soluções integradas de agricultura de precisão e de gestão
agronómica com o objetivo de aumentar a produtividade das colheitas.

"A BASF e a John Deere são os principais fornecedores no setor de
negócios agrícolas e têm muitos anos de experiência na gestão de
dados", refere Markus Heldt, presidente da divisão de Proteção de
Cultivos da BASF. "O valor real reside em ajudar os produtores a
interpretar estes dados para que possam tomar decisões mais precisas e
eficazes sobre as suas operações", conclui.

Como parte do acordo, a John Deere vai desenvolver uma nova aplicação
para a configuração dos seus pulverizadores e vai proceder à
integração dos dados recolhidos em campo através do portal
"MyJohnDeere.com.

O objetivo é pôr em marcha as primeiras ferramentas integradas no final de 2014.

http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7800&bl=1

Malagueta é negócio

por Isabel Martins18 de Dezembro - 2013

Um produtor algarvio já está a produzir mais de 30 variedades de
piripiris e tem planos para chegar às 180 em 2014, com produção em
estufa e ao ar livre. Romeu dos Santos fundou a Piri-Piri & Co e vende
em fresco, seco e em condimento.

Tudo começou com um presente de um amigo que lhe ofereceu um vaso com
piri-piri. Romeu dos Santos começou a experimentar amadoramente
algumas variedades em casa até decidir iniciar uma exploração
profissional, hoje já com mais de 30 variedades e planos para chegar
às 180 durante 2014. Cultiva em 3000m2, 800 dos quais com estufas. E
tem planos para alargar a área de plantação ao ar livre para o 1,5 ha.

A malagueta precisa de algum calor, dado ser uma planta tropical,
"para correr mesmo bem são precisos 27ºC", revela este produtor. No
inverno, as necessidades hídricas são de cerca de um litro por planta
de três em três dias, mas no verão é preciso duplicar esta quantidade.

Com o problema dos excedentes das malaguetas frescas criou uma
oportunidade e entrou no negócio dos produtos alimentares temperados,
com molhos, pickles, conservas, em seco, em pó e até doce.

http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7807&bl=1

Santini cria gelados com ananás dos Açores

por Ana Rita Costa

17 de Dezembro - 2013

A Profrutos – Cooperativa de Ananás dos Açores associou-se à Santini
para criar dois gelados cujo ingrediente principal é o ananás dos
Açores.

O sorbet de ananás dos Açores e o gelado de crumble de ananás dos
Açores passam agora a estar disponíveis no Santini Cascais, no Santini
Chiado e no Santini Carcavelos.

A Profrutos conta com 186 produtores associados e produz cerca de 700
toneladas de ananás dos Açores por ano.

http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7799&bl=1

Ovibeja 2014 lança 4º Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra

A 31ª edição da Ovibeja, que se realiza entre 30 de Abril e 4 de Maio
de 2014, já abriu as inscrições para o 4º Concurso Internacional de
Azeite Virgem Extra – Prémio Ovibeja.

O concurso, o único de âmbito internacional realizado em Portugal, é
organizado pela ACOS – Agricultores do Sul – entidade organizadora da
Ovibeja e conta com o apoio da Casa do Azeite – Associação do Azeite
de Portugal e da Divisão da Competitividade e dos Mercados Agrícolas
do Gabinete de Planeamento e Políticas do Ministério da Agricultura.

O Concurso Prémio Ovibeja visa promover a qualidade do azeite
português e também o seu reconhecimento além-fronteiras.

Os interessados em participar no Concurso Internacional de Azeite
Virgem Extra – Prémio Ovibeja deverão fazer a sua inscrição junto da
Casa do Azeite.

De referir que, de ano para ano, tem vindo a aumentar a participação
neste concurso. O ano passado a organização recebeu 73 azeites de
diferentes partes do globo, com destaque para a participação de
azeites de Espanha, Itália – que participou este ano pela primeira vez
– Grécia, mas também azeites de outros destinos mais distantes, como o
Chile.

Fonte: ACOS

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/12/19.htm

UE: Comissão publica relatório com três possíveis alternativas para a rotulagem da origem da carne utilizada como ingrediente

A Comissão acaba de publicar um relatório sobre a possibilidade de
ampliar a rotulagem de origem obrigatória para toda a carne utilizada
como ingrediente.

O dito relatório fundamenta-se num estudo externo, terminado em Julho
de 2013, e avalia três cenários:

1) Manter a rotulagem de origem de forma voluntaria (que mantém o status quo),

2) A introdução da rotulagem obrigatória indicando:

a) da UE / não UE, ou
b) da UE / país terceiro específico (por exemplo: Brasil)

3) Introduzir a rotulagem obrigatória que indique o Estado-membro da
UE específico ou o país terceiro específico.
Os principais resultados do relatório revelam que:

- O interesse do consumidor na rotulagem de origem para a carne
utilizada como ingrediente parece ser consideravelmente elevado (90%
dos consumidores).

- Existe uma diferencia considerável entre os diferentes
Estados-membros da UE quanto às preferências de indicação da origem,
bem como diferentes níveis de motivação e vários motivos porque
desejam ter essa informação.

- O interesse do consumidor para a rotulagem de origem está atrás do
preço e da qualidade na ordem de factores importantes que influenciam
na eleição do consumidor.

- O grande interesse dos consumidores na rotulagem de origem não se
reflecte na disposição do consumidor em pagar o custo adicional que
esta pode implicar. Se o preço aumentar em 10%, o interesse do
consumidor na rotulagem de origem poderá reduzir-se em 60-80%.

Depois de ouvir as opiniões das partes interessadas, a Comissão pode
decidir outras medidas a tomar.

Fonte: Agrodigital

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/12/18k.htm

Géneros alimentícios: Comissão apresenta propostas sobre a clonagem de animais e novos alimentos

A Comissão Europeia adoptou hoje três projectos legislativos sobre a
clonagem animal e sobre novos alimentos, que trarão certeza jurídica a
este domínio. Duas das propostas irão proibir a utilização da técnica
da clonagem na UE aplicável aos animais de exploração1 e as
importações dos animais clonados. A comercialização de alimentos
provenientes de clones animais será igualmente proibida. Estas
propostas pretendem abordar o bem-estar animal e outras preocupações
éticas relacionadas com a utilização da técnica. O projecto
legislativo relativo a novos alimentos revê o actual regulamento
relativo a novos alimentos, com vista a melhorar o acesso de produtos
alimentares novos e inovadores ao mercado da UE, mantendo
simultaneamente um elevado nível de protecção do consumidor.

Tonio Borg, Comissário da UE responsável pela Saúde, afirmou: «As
iniciativas lançadas hoje sobre a clonagem de animais respondem às
preocupações em matéria de bem-estar animal, bem como à percepção dos
consumidores em matéria de alimentos provenientes de clones animais de
uma maneira realista e viável. As alterações sobre os novos alimentos
criarão um sistema mais eficaz. Proporcionarão aos consumidores da UE
o benefício de uma ampla escolha de géneros alimentícios e um ambiente
favorável para a indústria alimentar europeia.»

Elementos fundamentais sobre a clonagem

A clonagem para fins de exploração agroalimentar não será realizada na
UE e este tipo de clones não será importado, dado subsistirem
preocupações em matéria de bem-estar animal.

Está prevista, no primeiro projecto de directiva, uma proibição
temporária de utilização da técnica de clonagem em animais de
exploração, bem como sobre a colocação no mercado de animais vivos
clonados e de clones sob a forma de embrião. O segundo projecto de
directiva garante que os géneros alimentícios, como, por exemplo, a
carne ou o leite, provenientes de clones animais, não sejam colocados
no mercado da UE.

A clonagem não é, todavia, proibida para fins como a investigação, a
conservação de raças raras e de espécies ameaçadas ou a utilização de
animais para a produção de produtos farmacêuticos e de dispositivos
médicos, nos casos em que o recurso a esta técnica possa ser
justificado.

Elementos fundamentais sobre os novos alimentos

Nos termos do projecto de regulamento, os novos alimentos seriam
sujeitos a um procedimento de autorização mais simples, mais claro e
mais eficiente, centralizado a nível da UE, que deverá permitir que os
alimentos inovadores e seguros alcancem o mercado da UE de forma mais
rápida.

Por «novos alimentos» referimo-nos geralmente a alimentos que não eram
consumidos na UE numa medida significativa antes de Maio de 1997, ou
seja, antes da entrada em vigor do regulamento presentemente referido
e, em especial, aos alimentos produzidos por novas técnicas e
tecnologias, tais como os nanomateriais.

Foram igualmente introduzidas disposições especiais para os alimentos
que não tenham sido comercializados na UE mas que tenham um historial
de utilização segura em países terceiros, o que cria um sistema mais
equilibrado e um ambiente favorável ao comércio.

Proteger a inovação é também uma característica do projecto
legislativo. Ao abrigo do novo sistema, em caso de inovação apoiada
por novos desenvolvimentos científicos, à empresa do sector alimentar
que apresentou o pedido deverá ser concedida a autorização de
colocação no mercado do alimento em causa por cinco anos, antes que
este possa ser produzido por outrem.

Próximas etapas

Determinadas instituições da UE, incluindo o Parlamento Europeu e o
Conselho, examinarão o projecto legislativo proposto pela Comissão e
adoptarão as suas posições em devido tempo. Nesta fase, estima-se que
o projecto de legislação entrará em vigor em 2016, na melhor das
hipóteses.

Contexto

A clonagem de animais é uma técnica relativamente nova para reproduzir
animais. A clonagem não implica qualquer modificação genética. Um
clone não é um OGM. A técnica de clonagem animal não melhora o
desempenho do animal. No entanto, os criadores podem considerar a
clonagem para aumentar a quantidade do material de reprodução (sémen
ou embriões) de um animal particularmente valioso.

Hoje em dia, a clonagem não é utilizada para a produção de alimentos.
Actualmente, na UE, a comercialização de alimentos provenientes de
clones exigiria uma autorização de pré-comercialização, por força do
regulamento relativo a novos alimentos, com base num parecer
científico relativo à segurança dos alimentos emitido pela Autoridade
Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA). Até à data, nenhum
operador europeu ou estrangeiro de uma empresa do sector alimentar
requereu uma autorização de colocação no mercado relativa a géneros
alimentícios produzidos através da técnica de clonagem.

A AESA realizou, em 2008, uma avaliação científica de risco sobre a
clonagem e concluiu que não existia nenhuma indicação de eventuais
divergências em matéria de segurança dos alimentos entre a carne e o
leite de clones e respectiva progenitura em comparação com os de
animais criados convencionalmente. Este parecer foi confirmado em
2009, 2010 e 2012.

Os investigadores utilizam a clonagem para determinadas investigações.
Os materiais de reprodução (sémen e embriões) e os alimentos (carne,
leite) com origem nestes clones não são colocados no mercado.

1 - Das espécies bovina, suína, ovina, caprina e equina.

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/12/18j.htm

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Novembro é o quarto mais seco em 83 anos

Portugal está sob efeito da seca.

17 de Dezembro 2013, 21h13

Por:João Saramago

Novembro foi classificado como extremamente seco pelo Instituto
Português do Mar e da Atmosfera, sendo que 77% do território esteve
sob efeito de seca meteorológica, com o Algarve a apresentar os piores
valores.

Este é o quarto novembro mais seco nos últimos 83 anos.

Os efeitos da seca poderão ser minimizados perante a precipitação que
ocorre desde esta terça-feira. Recorde-se que os distritos de Viana do
Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Vila Real e Viseu estão sob aviso
amarelo perante a possibilidade de ocorrência de chuva forte. Em
alerta amarelo devido à agitação marítima estão todos os distritos do
Litoral a norte de Lisboa.

Além destes, o vento coloca também em alerta amarelo os distritos de
Setúbal, Beja e Faro.

Por exemplo, as cidades de Viseu e Vila Real estiveram 32 dias
consecutivos sem chuva, até ao dia 13 de dezembro.

O mês ficou também marcado por baixas temperaturas. Em Lisboa, a 8 de
dezembro a temperatura mínima foi de 2,6 graus. Um valor próximo do
mínimo histórico neste mês que é de 2,1.

Em Bragança estiveram 32 dias com temperaturas mínimas inferiores a
cinco graus. Dos quais 14 dias abaixo de zero e 3 dias com
temperaturas inferiores a cinco graus negativos.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/novembro-e-o-quarto-mais-seco-em-83-anos

Investigação tenta diminuir efeitos de intoxicações provocadas por cogumelos

17 de Dezembro, 2013
Um projecto para atenuar os problemas associados a intoxicações por
consumo de cogumelos silvestres está a ser desenvolvido, em Oliveira
do Hospital, pela Plataforma de Desenvolvimento BLC3 e por uma
microempresa.

Visando criar "um sistema seguro e dinâmico para diminuir os problemas
associados a intoxicações por consumo de cogumelos silvestres", o
projecto está a ser desenvolvido pela Plataforma para o
Desenvolvimento da Região Interior Centro (BLC3), sediada em Oliveira
do Hospital, e pela microempresa iFungHealth, instalada na incubadora
da BLC3, em parceria com outras entidades.

Envolvendo um investimento global da ordem dos 452 mil euros, esta
investigação na área da toxicologia de fungos disporá de
comparticipação de fundos europeus no âmbito do QREN (Quadro de
Referência Estratégico Nacional), anunciou a BLC3.

"Trata-se do primeiro projecto de investigação aprovado em que a
Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital
(ESTGOH) é um parceiro activo no seu desenvolvimento e que se envolve
simultaneamente com o tecido empresarial e tecnológico", sublinha uma
nota do gabinete de comunicação da Plataforma.

Resultado de "um conhecimento científico que tem vindo a ser
desenvolvido pela iFungHealth na temática de toxicidade de cogumelos",
a investigação também é "o primeiro fruto da unidade de investigação
de bioinformática", criado pela ESTGOH e pela BLC3 em Outubro de 2012.

Além daquela escola integrada no Instituto Politécnico de Coimbra,
também é parceira da BLC3 e da iFungHealth neste estudo a Universidade
de Coimbra.

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Vida/Interior.aspx?content_id=95018

Reforma da PAC: Após a aprovação formal pelo Conselho prevê-se a publicação dos 4 regulamentos no final da semana

Ontem, o Conselho de Ministros da Agricultura da UE adoptou
formalmente os regulamentos da reforma da PAC, culminando assim a
última etapa do processo. Um mês antes, o Plenário do Parlamento
Europeu já tinha feito a sua aprovação. A adopção de ontem foi feita
sem debate e por maioria qualificada.

Está previsto que os 4 regulamentos da reforma sejam publicados no
próximo dia 21 de Dezembro.

Os Ministros também aprovaram o regulamento das medidas transitórias
para 2014, que provavelmente será publicado no dia 27 de Dezembro.

O Comissário da Agricultura, Dacian Ciolos, que se mostrou-se muito
satisfeito com a aprovação da reforma, anunciou que em Março a
Comissão apresentará os actos delegados necessários à implementação da
reforma.

Fonte: Agrodigital

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/12/17e.htm

UE alerta para dois inseticidas que podem ameaçar saúde humana

Lusa17 Dez, 2013, 14:11

A União Europeia alertou hoje que dois inseticidas amplamente
utilizados, um dos quais já implicado no declínio da população de
abelhas, podem ser uma ameaça para a saúde humana.

Os inseticidas acetamipride e imidaclopride, da classe dos
neonicotinoides, "podem afetar o desenvolvimento do sistema nervoso
humano", anunciou a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar,
naquela que é a primeira vez que é feita esta ligação.

Em resultado desta descoberta, os especialistas propõem que "algumas
recomendações quanto aos níveis de exposição aceitáveis sejam
reduzidas enquanto são realizadas mais investigações para garantir
informações mais fidedignas".

Aquele organismo da União Europeia indicou que a sua opinião se baseia
em pesquisas recentes e em informações existentes sobre o potencial
destes inseticidas para "danificar o sistema nervoso humano em
desenvolvimento, em particular o cérebro".

Os estudos sugeriram que estes produtos "podem afetar negativamente o
desenvolvimento de neurónios e de estruturas cerebrais com funções
como a aprendizagem e a memória", declara a autoridade em comunicado.

Já este ano, a União Europeia restringiu o uso de uma série de
inseticidas produzidos pela suíça Syngenta e pela alemã Bayer, face a
preocupações de que eram responsáveis por um declínio catastrófico na
população de abelhas.

As produtoras destes químicos insistem que os seus produtos não são
responsáveis e anunciaram a intenção de processar Bruxelas.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=703788&tm=7&layout=121&visual=49

Produtores de arroz prometem ações de luta se preços na produção não aumentarem

Lusa17 Dez, 2013, 14:02

A Associação Portuguesa dos Orizicultores (APOR) admitiu hoje, em
Coimbra, avançar para ações de luta caso o Ministério da Agricultura,
em conjunto com a indústria e grandes superfícies, não reveja o preço
de produção do arroz.

"Não se pede que os produtores de arroz sejam ricos mas que possam
viver com dignidade", defendeu Isménio Oliveira, coordenador da APOR,
considerando que a produção de arroz é insustentável, caso o preço na
produção não aumente, "no mínimo, para 30 cêntimos por quilo", numa
altura em que os preços rondam os 25 e os 28 cêntimos.

Em 2013, o produtor de arroz teve custos de cerca de 2000 euros por
hectare, apresentando apenas 1500 euros de receitas, sem contar com o
subsídio do Regime de Pagamento Único (RPU), explicou o dirigente,
durante a conferência de imprensa realizada hoje de manhã, em Coimbra.

Segundo números da APOR, as despesas totais dos produtores de arroz
situaram-se nos 1,9 milhões de euros, apresentando receitas de 1,5
milhões de euros.

Isménio Oliveira referiu que a resolução da situação "é uma questão de
vontade política" por parte do Ministério da Agricultura, que "tem
sido muito apático", em relação aos preços na produção de arroz.

Caso o preço não aumente "até 15 de janeiro", a APOR está "disponível
para lutar por um preço justo", avançando com a possibilidade de uma
ida a Lisboa e de ações de luta nas regiões de produção de arroz.

Isménio Oliveira defendeu também que devem ser desbloqueadas verbas
para a "finalização das obras hidroagrícolas do Baixo Mondego",
informando a comunicação social de que o Ministério da Agricultura
considera essa mesmas obras "prioritárias" no próximo Quadro de
Referência Estratégica Nacional para 2014/2020.

A APOR exigiu que o "escoamento" do stock de arroz nacional deve ser
feito em primeiro lugar, e "só depois importar", existindo, de
momento, "30 mil toneladas de arroz carolino em stock".

Para além do baixo preço de produção, o dirigente da APOR sublinhou
que os custos com a produção aumentaram "muito" em dez anos,
nomeadamente os do gasóleo e dos químicos adquiridos para a produção
de arroz.

"Estamos a perder dinheiro. Se calhar é melhor estar sossegado e
receber o subsídio por hectare", criticou José Santos, também da
direção da APOR, considerando que a atual situação potencia a
utilização dos subsídios para não se produzir.

Os industriais e a distribuição "estão a levar todo o lucro",
observou, defendendo "um equilíbrio".

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=703782&tm=6&layout=121&visual=49

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Vinhos Muxagat: a modernidade com um toque do antigamente

Mateus Nicolau de Almeida é filho de João Nicolau de Almeida, enólogo
que há muitos anos desenha os perfis dos melhores vinhos na Ramos
Pinto e neto de Fernando Nicolau de Almeida, o criador do Barca Velha.

Mateus quis ganhar mundo e depois de ter estudado e trabalhado em
Bordéus lançou em 2003 um projecto próprio, a empresa Muxagat Vinhos.
Vive em Vila Nova de Foz Côa. Afirma que os seus vinhos são um reflexo
de si mesmo e do contexto onde está inserido, são uma interpretação da
realidade.

As uvas dos seus vinhos são oriundas maioritariamente da Quinta do
Monte Xisto, propriedade da família e da Quinta de Vale Cesteiros, na
Mêda, propriedade do seu sócio Eduardo Lopes. A agricultura é feita em
modo biológico, aplicando-se alguns conceitos da agricultura
biodinâmica. A adega agora utilizada é na Mêda e a política seguida é
a de interferir o menos possível na vinificação permitindo que as
características do solo de cada vinho possam desenvolver-se e
mostrar-se no vinho, com um acompanhamento constante e próximo dos
trabalhos na vinha e adega. Depois há a separação máxima das parcelas
vinificadas e a não utilização de leveduras externas, deixando que só
as leveduras indígenas façam o seu trabalho, evitando ao máximo
trasfegas, colagens e filtrações de forma a respeitar o carácter do
vinho. A apresentação das suas mais recentes colheitas foi feita num
almoço no Spazio Buondi, em Lisboa, onde a chefe Justa Nobre
apresentou quatro pratos de bacalhau.

MUXAGAT ROSÉ 2011 (13€) Prensagem suave em prensa vertical de uvas
tinto cão e tinta barroca. Um belo rosé, com aroma perfumado, complexo
e intenso, com notas de morango mas também de especiarias e um ligeiro
apontamento floral. Elegante e sedutor, com alguma gordura da madeira
usada onde estagiou 8 meses. Na boca é persistente e muito fresco.

MUX BRANCO 2011 (14€) Feito com 80% de uvas rabigato e 20% de uvas de
vinhas velhas. Bom de nariz, boa acidez, é um vinho muito fresco e
nada cansativo, excelente para acompanhar pratos de bacalhau.

MUXAGAT OS XISTOS ALTOS BRANCO 2010 (28€) É um 100% rabigato, mas
mostra que esta casta acusada de ter demasiada acidez também dá vinhos
muito equilibrados. Este tem mineralidade, concentração e uma bela
acidez, tudo na dose certa, com elevado equilíbrio.

MUX TINTO 2010 (16€) As uvas são pisadas a pé em lagares de granito, e
em seguida o

vinho estagia 12 meses em barricas de carvalho francês (80%) e o resto
em cubas de

cimento revestidas a epoxy. Presença de fruta madura e notas de
canela. Bom equilíbrio, com frescura e taninos bem marcados. Um vinho
que pede comida e que pode ser um bacalhau bem temperado.

MUXAGAT TINTA BARROCA 2011 (13€) Pretende ser um vinho à moda antiga
este extreme de tinta barroca, que é vinificado em cubas de cimento.
De facto, quer nos aromas, quer na boca lembra os vinhos que se faziam
há 30 ou 40 anos. Tem alguma adstringência mas os taninos são suaves.
Vinho muito giro, sem dúvida.

http://www.ionline.pt/artigos/mais-igastronomia/vinhos-muxagat-modernidade-toque-antigamente/pag/-1

Exportações de vinho continuaram a crescer em 2013

por Ana Rita Costa16 de Dezembro - 2013

As exportações de vinho cresceram 4,5%, superando os 500 milhões de
euros até setembro deste ano. De acordo com os dados divulgados pelo
Instituto da Vinha e do Vinho, o terceiro trimestre de 2013 foi o mais
favorável do ano, com um crescimento de 7,4% impulsionado pelas
exportações extra comunitárias que aumentaram 15,2%, representando 49%
do valor total exportado no trimestre.

Com esta evolução, a exportação de vinhos durante os primeiros nove
meses de 2013 manteve uma subida relação ao período homólogo de 4,5%
em valor e 11,1% em preço médio.

Registou-se ainda uma tendência de convergência no preço médio
praticado nas exportações intra e extra comunitárias, mantendo-se a
União Europeia como destino principal, com um peso de 55% do valor e
do volume. O preço médio entre estes dois blocos de países tem vindo a
aproximar-se, observando-se que a diferença em 2012 era de 0,18
euros/litro e até setembro 2013 reduziu-se para 0,05 euros/litro.

As exportações para países extracomunitários são 45% do valor, com os
destinos Angola, EUA, Canadá, Brasil e Suíça a figurarem no topo do
grupo dos 10 principais mercados de exportação dos vinhos nacionais.

Para Frederico Falcão, presidente do IVV, "estes dados indicam o
contributo muito positivo que o sector do vinho está a dar para as
exportações portuguesas. O vinho tem um ciclo anual de exportações que
não é constante em todos trimestres e desde 2010 nunca tínhamos tido
um terceiro trimestre tão bom. Se considerarmos as vendas para o
exterior nos últimos doze meses e compararmos com o ano móvel anterior
(out/11 a set/12) penso que podemos apontar para um ano de 2013 em que
é possível ultrapassar, mais uma vez, e pelo segundo ano, a barreira
dos 700 milhões euros".

http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7795&bl=1

Comissão recupera dos Estados-Membros 335 milhões de despesas da PAC

por Ana Rita Costa16 de Dezembro - 2013

No âmbito do procedimento de apuramento das contas, a Comissão
Europeia recuperou um total de 335 milhões de euros de fundos da
política agrícola da União Europeia que foram indevidamente gastos
pelos Estados-Membros.

Este montante vai reintegrar o orçamento da União Europeia em
consequência do incumprimento das regras da União Europeia ou da
aplicação de procedimentos inadequados de controlo de despesas
agrícolas. No quadro da Política Agrícola Comum (PAC), os
Estados-Membros são responsáveis pelos pagamentos e pela verificação
das despesas, cabendo à Comissão assegurar a correta utilização dos
fundos.

Serão recuperados fundos da Áustria, Bélgica, República Checa,
Alemanha, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda,
Luxemburgo, Letónia, Países Baixos, Roménia e Suécia.

http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7794&bl=1

Opinião: A redescoberta das ZIF, dois anos e meio passados

por Acréscimo - Associação de Promoção ao Investimento Florestal16 de
Dezembro - 2013

Depois de uns passeios pelo voluntarismo e após a insistência no
protecionismo costumeiro, assumindo fraturas, a ministra Assunção
Cristas redescobriu as Zonas de Intervenção Florestal (ZIF).

Isto acontece após dois anos e meio de mandato. Pretende agora a
ministra dar operacionalidade ao que está previsto desde meados de
2011 no programa do Governo? Bom, mais vale tarde do que nunca, dirão
alguns.

A ministra assume agora publicamente a aposta neste modelo de gestão
da floresta cultivada privada. Aposta até num reforço das competências
das entidades gestoras das ZIF. Fazendo bem feito, nada contra, muito
pelo contrário, como aliás tenho defendido nestes dois anos e meio de
ZIFamnésia ministerial.

Fazer bem feito entenda-se, produzir alterações que não venham a
causar um acréscimo de recurso aos tribunais, para a resolução de
conflitos de propriedade.

Mas, vamos ao essencial.

Como pretende a ministra que o modelo das ZIF seja financiado?

- Terá na base modelos de negócios rentáveis, suportados na produção
de bens e na prestação de serviços decorrentes de relações vantajosas
para as partes intervenientes, incluindo os contribuintes? Atuará
sobre os mercados em concorrência imperfeita, acompanhando-os?
Apostará no reforço do apoio técnico à produção e na ligação desta com
a investigação? Imporá garantias para a sustentabilidade dos recursos
naturais e o bem estar das populações rurais?

Ou,

- Terá por base o tradicional recurso aos contribuintes, que
generosamente e sem retorno económico têm pago parte significativa das
florestações e da gestão das florestas no último quarto de século, bem
como assumido os prejuízos decorrentes dos incêndios florestais? Ou
seja, continuará a apostar no status quo de favorecimento de
interesses financeiros de certas empresas da praça?

Esta última opção tem produzido os resultados conhecidos.

Por último, a ministra deveria ter vergonha, não é por insistir na
mentira que ela se torna verdade. O setor florestal não representa
hoje 3% do Produto Interno Bruto (PIB), isso ocorreu no ano 2000, de
lá para cá esse valor percentual decresceu cerca de 40% (sendo que o
próprio PIB também contraiu). Mais do que a insistência no número 3,
será preciso um esforço maior, senhora ministra, para reverter este
declínio e a senhora já perdeu dois anos e meio.



Paulo Pimenta de Castro

Engenheiro Florestal

Presidente da Direção da Acréscimo – Associação de Promoção ao
Investimento Florestal

http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=7793&bl=1

Oenobrands lança aplicação gratuita para iPad

por Ana Rita Costa10 de Dezembro - 2013

A Oenobrands lançou uma aplicação gratuita para iPad em parceria com a
Nyseos e a Olivier Zebic, a Oenotools BLENDS.

Pensada para enólogos e produtores de vinho, esta aplicação pretende
facilitar os processos de produção de vinho e permite calcular volumes
de vinho disponíveis nas adegas.

Esta aplicação está disponível na App Store em inglês, espanhol,
francês, italiano e alemão.

http://www.enovitis.com/news.aspx?menuid=8&eid=5865&bl=1

Oliveira de Monsaraz datada com 2.450 anos

Investigadores da Universidade de Trás-os-Montes

Esta é a segunda árvore certificada mais antiga de Portugal.

16 de Dezembro 2013, 19h10

Investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD)
dataram com 2.450 anos uma oliveira situada na localidade alentejana
de Monsaraz, através de um método científico inovador desenvolvido na
academia sediada em Vila Real.

Esta é, segundo anunciou hoje a UTAD, em comunicado, a segunda árvore
certificada mais antiga de Portugal. A mais antiga árvore portuguesa
conhecida é uma oliveira com 2.850 anos e foi também certificada pela
UTAD há dois anos, em Santa Iria de Azóia.

A oliveira de Monsaraz, cujo tronco precisa de sete homens para o
abraçar, vai receber a "certidão de idade" num ato público que irá
decorrer na quarta-feira, na aldeia típica, localizada no concelho de
Reguengos de Monsaraz.

O método de datação foi desenvolvido pela Universidade de
Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em parceria com a empresa
"Oliveiras Milenares, e tem como mentores os investigadores do
departamento de Ciências Florestais e Arquitetura Paisagista José Luís
Louzada e Pacheco Marques.

Esta metodologia consiste num cálculo, que é feito através de um
modelo matemático que relaciona a idade com uma característica
dendrométrica do tronco, como seja o raio, diâmetro ou perímetro do
tronco.

Recorre-se ainda o estudo de outras árvores, com características
idênticas, para depois, de forma comparativa, se ir preenchendo a
parte interior como se fosse um puzzle.

Este método não provoca a destruição da árvore, pois não obriga ao seu
abate, nem provoca lesões que comprometam a sua sanidade.

Esta fórmula permite estimar a idade de qualquer árvore muito idosa,
podendo ir até aos três mil anos, mesmo que esta se apresente oca no
seu interior.

A oliveira de Monsaraz faz parte de um conjunto de sete, inseridas nos
espaços de uma unidade hoteleira local, que a UTAD acaba de
certificar.

A direção do hotel pretende criar um percurso histórico dentro dos
sete hectares que rodeiam a unidade e associar a idade das oliveiras a
acontecimentos marcantes da história.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/oliveira-de-monsaraz-datada-com-2450-anos

Conselho de Ministros da Agricultura da União Europeia aprova formalmente a Política Agrícola Comum para 2014-2020

MAM

A reforma da Política Agrícola Comum para 2014-2020 é agora,
finalmente e formalmente, aprovada pelo Conselho de Ministros da
Agricultura da União Europeia, ficando assim fechado o ciclo de
negociações.

1. PAC 2014-2020 finalmente aprovada

i. Pagamentos Diretos (1º Pilar)

Portugal consegue pela primeira vez no 1º pilar (pagamentos diretos)
uma aproximação parcial aos restantes Estados Membros, a ajuda média
sobe dos atuais 186 euros/ha para os cerca de 200 euros/ha até 2020.
Nas negociações, Portugal conseguiu um maior equilíbrio na
convergência interna dos apoios aos agricultores, evitando as perdas
temidas inicialmente para alguns sectores, nomeadamente através da
possibilidade de introdução de um mecanismo de travão às perdas de 30%
ao nível de cada agricultor e garantindo que todos os agricultores
recebem um pagamento mínimo indicativo de 60% da média nacional por
hectare.

ii. Desenvolvimento Rural (2º Pilar)

No 2º pilar (Desenvolvimento Rural) Portugal terá em preços correntes
4,057 mil milhões de euros (inclui um envelope de 500 milhões de euros
isento de cofinanciamento). Neste pilar destacamos o apoio ao regadio,
fundamental para Portugal, abrindo a possibilidade de apoio a novos
regadios, a existência clara de incentivos aos investimentos das
Organizações de Produtores no caso de aumento de escala e fusões e a
criação de um sistema de seguros de colheita com financiamento
comunitário, mais universal, mais abrangente e financeiramente
sustentável.

iii. Opções Nacionais (1º e 2º pilar)

No âmbito dos pagamentos diretos (1º pilar), Portugal já está a
trabalhar no que serão as opções nacionais a tomar, tendo já feito no
passado dia 11 de dezembro, uma consulta ao sector. O novo regime de
pagamentos diretos só entrará em vigor a partir de janeiro de 2015.

No que diz respeito ao Desenvolvimento Rural (2º pilar) apresentou já,
no passado dia 30 de outubro, uma versão para consulta do futuro
Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020 às
organizações sectoriais e entidades da administração pública onde
ficaram a conhecer os principais eixos do futuro PDR que se pretende
que seja mais simples que o anterior Programa e que comece mais cedo.
Nesta apresentação foi solicitado ao sector contributos para as
medidas apresentadas, estando agora o Governo a analisar esses
contributos que irão ser refletidos no documento formal a enviar à
Comissão Europeia.

2. Regulamento de Transição também aprovado

O Conselho de Ministros da Agricultura da União Europeia aprovou
também o Regulamento de Transição que vai permitir prolongar as
medidas de investimento, as medidas agroambientais e as medidas de
apoio às zonas desfavorecidas com as regras do programa de
Desenvolvimento Rural atual (PRODER), mas já com orçamento do novo
quadro comunitário. Este regulamento permitirá a Portugal, pela
primeira vez na história, ter uma transição plena, sem hiatos entre
quadros.

Segundo Assunção Cristas, Ministra da Agricultura e do Mar: "Este
Conselho de Ministros da Agricultura da União Europeia é o passo final
desta negociação. Além da aprovação formal dos 4 regulamentos da PAC,
foi também aprovado o regulamento de transição que nos irá permitir,
pela primeira vez na história, começar em 2014 com um novo quadro
comunitário e um novo Programa de Desenvolvimento Rural sem hiatos
entre quadros nas medidas de investimento".

Portugal consegue assim, com a nova Política Agrícola Comum 2014-2020,
assegurar as condições necessárias para a agricultura portuguesa
manter o atual dinamismo e o ritmo de crescimento.

16 de dezembro de 2013

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/12/17c.htm

Vinte e um detidos por tráfico de carne de cavalo em França

16 de Dezembro, 2013

Vinte e uma pessoas foram detidas hoje no sul de França numa grande
operação para desmantelar uma rede de tráfico de carne de cavalo, com
ligações a algumas cidades espanholas, entre elas Girona.

Fontes da investigação citadas por agências internacionais explicaram
que a operação, em que intervieram uma centena de efectivos policiais,
envolveu rusgas em onze distritos das zonas de Languedoc Rosellón,
Provenza Alpes Costa Azul e Midi Pyrénées.

As autoridades realizaram rusgas em particular no matadouro de
Narbonne, mas também em talhos e diversos armazéns, tendo sido alvo de
buscas um matadouro em Girona, na região espanhola da Catalunha.

A maior parte dos detidos são comerciantes de carne mas há também
veterinários que são suspeitos de ter falsificado a documentação dos
animais, que tinham sido utilizados pelo laboratório farmacêutico
Sanofi Pasteur, que os revendia a centros equestres como cavalos de
arreio com a proibição explícita de utilização para alimentação
humana.

A Sanofi Pasteur não estava directamente envolvida na fraude que
permitiu, segundo estima a polícia, a introdução na cadeia alimentar
de cerca de 200 cavalos.

As investigações aos detidos e as rusgas deverão determinar se os
matadouros envolvidos conheciam ou não a origem irregular dos cavalos
que eram usados pela Sanofi Pasteur para produzir soros, graças à sua
capacidade para gerar anticorpos no sangue.

A investigação, dirigida a partir de Montpellier, começou "há vários
meses" com o apoio do Escritório Central de Luta contra os Atentados
ao Ambiente e à Saúde Pública.

Esta suposta fraude chega menos de dez meses depois do escândalo
europeu do uso de carne de cavalo, não adequadamente identificada.

Centenas de toneladas de carne de cavalo foram importadas de países do
leste de Europa por comerciantes que as vendiam depois a fábricas
francesas, onde acabavam por ser integradas em pratos
pré-confeccionados em cujas etiquetas apenas se identificava carne de
vaca.

O ministro francês do Consumo, Benoît Hamon, disse à rádio RTL que, ao
contrário do que ocorreu em Fevereiro, o caso hoje conhecido refere-se
a "um problema sanitário".

Em concreto, trata-se de cavalos não autorizados para a alimentação
que "acabam no talho", indicou Hamon, que recordou que depois do
primeiro escândalo foi decidido vigiar o sector da carne e do peixe
com maior atenção para detectar irregularidades.

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Internacional/Interior.aspx?content_id=94958

FAO alerta que 70% das doenças humanas recentes têm origem animal

Lusa16 Dez, 2013, 16:40 / atualizado em 16 Dez, 2013, 16:40

Setenta por cento das doenças humanas que apareceram nas últimas
décadas são de origem animal e devem-se em parte à procura de
alimentos de proveniência animal, conclui a FAO, que defende uma
abordagem diferente a estas ameaças.

Num relatório hoje publicado, a agência da ONU para a Alimentação e a
Agricultura diz que é necessária uma abordagem mais `holística` para a
gestão das ameaças relacionadas com doenças na ligação entre animais,
humanos e ambiente.

"O aumento da população, a expansão agrícola e a existência de cada
vez mais cadeias de abastecimento alimentar globais alteraram
dramaticamente a forma como as doenças emergem, como passam de uma
espécie para outra e como se espalham", alerta o relatório, intitulado
"World Livestock 2013: Changing Disease Landscapes".

O diretor-geral adjunto da FAO para a Agricultura e a Proteção do
Consumidor, Ren Wang, escreve no prefácio do documento que a contínua
expansão dos terrenos agrícolas, a par de uma explosão mundial da
produção de gado, significa que "os animais de criação e os animais
selvagens estão cada vez mais em contacto uns com os outros" e os
próprios humanos estão "mais em contacto com animais do que nunca".

"O que isto significa é que não podemos lidar com a saúde humana, a
saúde animal e a saúde dos ecossistemas isoladamente - temos de olhar
para elas juntas, e abordar as causas do aparecimento das doenças, a
sua persistência e a sua expansão, em vez de nos limitarmos a
combatê-las depois de aparecerem", diz.

Segundo o relatório da FAO, a maioria das doenças infeciosas que
apareceram em humanos desde a década de 1940 terão origem em animais
saudáveis.

É provável, exemplifica a organização, que o vírus da Síndroma
Respiratória Aguda Severa (SARS) nos humanos tenha sido inicialmente
transmitido por morcegos a civetas, tendo passado destas para humanos
através de mercados de animais.

Em outros casos, acontece o oposto, e o gado transmite doenças a
animais selvagens, afetando a saúde na natureza.

Por outro, a mobilidade humana é maior do que nunca e o volume de bens
e produtos transacionados a nível internacional atingiu níveis sem
precedentes, o que permite aos agentes patogénicos viajar pelo mundo
com facilidade, recorda a FAO.

O estudo agora publicado foca-se em particular em como as mudanças na
forma de criar e comercializar animais afetou a emergência e
transmissão de doenças.

"Os muitos desafios discutidos nesta publicação requerem uma maior
atenção à prevenção", pode ler-se no relatório. "A atitude de deixar
tudo como está já não é suficiente".

A FAO advoga por isso uma abordagem de "Uma Saúde", que olhe para as
interligações entre fatores ambientais, saúde animal e saúde humana,
juntando profissionais de saúde, veterinários, sociólogos, economistas
e ecologistas para trabalhar estes assuntos.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=703515&tm=7&layout=121&visual=49

PAC é instrumento fundamental para apoiar "reconversão" da agricultura portuguesa - ministra

Lusa
15:14 Segunda feira, 16 de dezembro de 2013


Bruxelas, 16 dez (Lusa) - A ministra da Agricultura, Assunção Cristas,
congratulou-se hoje com a aprovação final da reforma da Política
Agrícola Comum (PAC), um instrumento que considerou
"extraordinariamente importante" para apoiar a "reconversão" deste
setor em Portugal.

"Estamos agora em plenas condições de executar a PAC, que já provou no
passado recente ser extraordinariamente importante e estou convencida
que com os resultados positivos que alcançámos para Portugal vai
continuar a mostrar a sua relevância", afirmou a governante aos
jornalistas em Bruxelas, à margem do Conselho de Agricultura e Pescas.

Assunção Cristas referiu que o setor agrícola em Portugal está a fazer
"um esforço muito grande de investimento e de trabalho contínuo",
sublinhando os dados mais recentes do Eurostat, que mostram que "o
rendimento dos agricultores portugueses cresceu o ano passado 4,5% em
termos líquidos quando na média da União Europeia decresceu 1,3%".


http://expresso.sapo.pt/pac-e-instrumento-fundamental-para-apoiar-reconversao-da-agricultura-portuguesa-ministra=f846501

Ministros da UE dão luz verde definitiva à nova política agrícola comum

LUSA

16/12/2013 - 15:13

A nova PAC, em revisão desde 2009, garante pacote financeiro de cerca
de oito mil milhões de euros a Portugal.

RUI SOARES/ARQUIVO


Os ministros da Agricultura da União Europeia (UE) adoptaram nesta
segunda-feira formalmente a reforma da política agrícola comum (PAC),
pondo fim a um longo processo negocial que envolveu, pela primeira vez
nesta matéria, as três instituições europeias.

Com a luz verde dos 28 estados-membros, a nova PAC irá vigorar entre
2014 e 2020, com um orçamento de 408,31 mil milhões de euros, dos
quais 312,73 mil milhões (76,6%) se destinam ao primeiro pilar
(pagamentos directos e organização do mercado e 95,58 mil milhões ao
segundo pilar (desenvolvimento rural).

Em preparação desde 2009, a reforma da PAC envolveu, pela primeira
vez, o Parlamento Europeu, tendo o eurodeputado socialista Luís
Capoulas Santos sido o responsável pelas negociações dos dois
principais textos legislativos, incluindo o dos pagamentos directos.

O Parlamento Europeu aprovou, em Novembro, a reforma da PAC com novas
regras para o período 2014-2020 e que garante um pacote financeiro de
cerca de oito mil milhões de euros a Portugal, menos cerca de 500
milhões de euros face ao quadro comunitário em vigor até fim do ano.

Ao abrigo das novas regras de convergência, em 2019, nenhum
Estado-membro deverá receber menos de 75% da média europeia e nenhum
agricultor receberá menos de 60% da média nacional.

A nova PAC prevê também um "mecanismo de travão" para assegurar que as
perdas ao nível de cada agricultor não sejam superiores a 30%.

Os pagamentos superiores a 150 mil euros terão uma redução obrigatória
de, pelo menos, 5% e só os agricultores activos receberão ajudas,
ficando excluídas entidades como aeroportos ou campos de golfe.

O orçamento da PAC representa 38% do quadro financeiro da UE.

http://www.publico.pt/economia/noticia/ministros-da-ue-dao-luz-verde-definitiva-a-nova-politica-agricola-comum-1616496

Reações químicas geradas pela dieta mediterrânica podem evitar úlceras -- estudo

Lusa
9:47 Segunda, 16 de Dezembro de 2013

Coimbra, 16 dez (lusa) -- Um estudo internacional, liderado por
investigadores da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra
(FFUC), revelou que as reações químicas no estômago geradas pela dieta
mediterrânica podem evitar úlceras pépticas.

"Até agora, o nitrito era sinónimo de molécula altamente tóxica
associada ao cancro do estômago e os polifenóis símbolo de
antioxidantes", mas a investigação desenvolvida por aqueles
especialistas demonstrou que a reação destes compostos no estômago
"pode evitar o desenvolvimento de úlceras pépticas", anunciou hoje a
Universidade de Coimbra (UC).

A pesquisa revelou que "a dieta mediterrânica contém nitritos em
quantidades elevadíssimas" (existentes nos vegetais verdes), assim
como os polifenóis (presentes nos vegetais, na cebola, no vinho e na
maçã, entre outros produtos), que, "em conjunto, produzem óxido
nítrico (NO), molécula essencial para proteger o estômago de algumas
patologias, através da regulação celular".

http://expresso.sapo.pt/reacoes-quimicas-geradas-pela-dieta-mediterranica-podem-evitar-ulceras-estudo=f846452

Região da Guarda tem “excelentes” condições para produção de mirtilo e groselha

A zona da Guarda tem "condições excelentes" para a produção de frutos
vermelhos, nomeadamente de mirtilo e de groselha, disse à agência Lusa
um elemento de uma nova organização nacional de produtores de pequenos
frutos.

"Estas culturas precisam de muito frio e a região da Guarda tem
condições excelentes, sobretudo para o mirtilo e para a groselha",
reconheceu Fernanda Machado, presidente do conselho de administração
da Bfruit - Organização de Produtores de Pequenos Frutos, à margem de
uma sessão de apresentação daquela entidade, realizada na sede da
Associação de Agricultores para a Produção Integrada de Frutos da
Montanha.

A responsável admitiu que a aposta na produção daqueles frutos
vermelhos "pode ter muito sucesso" na região da Guarda devido às
condições climatéricas, mas alertou para a necessidade de os
produtores se organizarem e de perceberem "como se produz e o que é
que o mercado quer".

"Não será difícil os produtores associarem-se", referiu, indicando que
a entidade que lidera dará assistência técnica para "garantir a
qualidade e a valorização" dos frutos e também assegurará a sua
comercialização.

Segundo Fernanda Machado, a organização que lidera tem objectivos bem
definidos" e "os investimentos acautelados", garantindo a
comercialização dos frutos "de todos os accionistas que são
produtores". Os produtores actuais "vão comercializando com algumas
entidades que já existem, mas sem regras claras", alertou a dirigente,
observando que futuramente é necessário obedecer a determinadas regras
para que os frutos produzidos no território nacional possam entrar "no
mercado europeu".

A nova organização de produtores, que pretende ajudar e apoiar os
criadores de pequenos frutos a comercializarem o seu produto com mais
vantagens, também aponta que no próximo quadro comunitário "podem
beneficiar de apoios" os agricultores que "estiverem integrados numa
organização de produtores".

O presidente da Associação de Agricultores para a Produção Integrada
de Frutos da Montanha, José Assunção, referiu à Lusa que na região da
Guarda "há vários projectos aprovados" no sector da produção de frutos
vermelhos (mirtilo, framboesa, groselha e amora), daí a necessidade de
os agricultores serem esclarecidos "sobre as fraquezas e as forças"
para "saberem onde querem ir".

A sessão realizada na Guarda, que juntou meia centena de interessados,
permitiu dar explicações para que os investidores "o façam de forma
segura", sabendo que no futuro podem ser apoiados "na assistência
técnica e na comercialização dos produtos", disse o dirigente.

Fonte: Lusa

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/12/16b.htm

Jancis Robinson destaca vinhos tintos nacionais com a melhor pontuação

Elogiada qualidade dos tintos nacionais com média de 16,5 pontos, na
escala de 20, atribuída a colheitas entre 1999 e 2012

Os vinhos tintos portugueses lideram a escolha de Jancis Robinson,
obtendo a pontuação média de 16,5 pontos, numa escala de 20. São
vinhos de colheitas entre 1999 e 2012, que posicionam Portugal no
primeiro lugar, à frente dos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia,
França, Espanha e Itália. A pontuação resulta da avaliação efectuada
às colheitas de 1999 até 2012.

Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, afirma que" aquele
resultado vem confirmar a consistência de qualidade dos vinhos
portugueses, demonstrando que hoje Portugal está a consolidar a sua
imagem como país de Grandes Vinhos. Neste sentido o enaltecimento da
Jancis Robison, prestigiada crítica de vinho com reconhecimento
internacional, que avaliou os vinhos portugueses a par com vinhos de
países produtores do novo e do velho mundo vitícola internacional,
constitui um enorme estimulo ao trabalho desenvolvido pelos nossos
enólogos e uma confirmação que estamos no caminho certo."

Esta informação é divulgada no artigo de Jancis Robinson, em
co-autoria com Valentina Romei, publicado no "Financial Times", jornal
económico inglês de referência, no qual Jancis colabora e é colunista.
No painel dos vinhos brancos são enaltecidos outros países produtores
de vinho, nomeadamente Áustria, França, Nova Zelândia e Itália.

O sector do vinho e o enquadramento mundial é outro tema analisado no
artigo, sendo revelado que nunca se consumiu tanto vinho como agora e
esta tendência é liderada pelos EUA, China e Rússia. Os jovens são os
maiores consumidores entusiastas nos EUA: integram clubes de vinho,
participam em cursos de vinho e procuram o turismo de vinho e wine
bars. O vinho está na moda tanto na China (o 5º maior produtor
internacional e consumidor de vinho) e na Ásia, como na Rússia, e está
associado à sofisticação e a um espírito fortemente moderno e
ocidental.

http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/12/16.htm

domingo, 15 de dezembro de 2013

Investigadores de Vila Real usam caroços de espigas de milho em blocos de betão

09-12-2013 10:15 | Norte
Fonte: Agência Lusa

Vila Real, 09 dez (Lusa) -- Investigadores da Universidade de Vila
Real estão a estudar a utilização de granulado de caroço de espiga de
milho na produção de blocos de betão, uma técnica mais ecológica que
aproveita um resíduo agrícola.

Jorge Tiago Pinto, professor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto
Douro (UTAD), disse hoje à agência Lusa que os investigadores da
Escola de Ciências e Tecnologias estão a estudar aplicações para o
caroço das espigas de milho ao nível da construção civil.

Depois da sua utilização em material de isolamento térmico e acústico
ou betão leve, usado em camadas de regularização de pavimentos,
prossegue-se agora para a produção de blocos de betão.

E os resultados, segundo o responsável, são "muito positivos".
Atualmente, nos blocos leves de betão são usados materiais como
esferovite, argila expandida ou grânulos de cortiça.

O caroço das espigas de milho é considerado um resíduo agrícola, que
normalmente é queimado, sem ter qualquer aplicação.

Como vantagem desta técnica, Jorge Tiago Pinto destaca a sua
"componente ecológica".

Trata-se, segundo acrescentou, de um material de construção "mais
amigo do ambiente do que o bloco de betão tradicional".

Os investigadores salientam ainda como vantagens deste produto "o peso
específico, a durabilidade, a estabilidade dimensional, a capacidade
resistente à compressão e o comportamento ao nível do isolamento
acústico a sons aéreos".

Nesta investigação foi desenvolvido um processo de granular o caroço
sem "danificar a microestrutura", que confere ao produto, por exemplo,
a capacidade de isolamento térmico e acústico.

Foi ainda reduzida a sua capacidade de absorção de água, que pode ser
uma desvantagem neste tipo de material.

Depois, o processo de produção é idêntico ao fabrico dos típicos
blocos de betão. Só que, neste caso, ao cimento, à areia e brita
junta-se o granulado do caroço das espigas de milho, em vez do
atualmente usado agregado leve.

Este estudo tem sido privilegiado pelas parcerias estabelecidas com
empresas locais, o que permitiu que os blocos já possam ser fabricados
em contexto industrial.

Paralelamente foi feito um estudo de viabilidade económica que,
segundo Jorge Tiago Pinto, "também mostrou que esta solução
alternativa pode ser competitiva".

O investigador acredita que a utilização deste resíduo agrícola
poderia até incrementar esta cultura em Portugal ou até se poderia
exportar esta técnica inovadora para países como os Estados Unidos da
América (EUA), onde a produção de milho é "brutal".

PLI // JGJ

Lusa/Fim

http://portocanal.sapo.pt/noticia/12594/

Amarante: Fogo deflagrou em trator agrícola

15-12-2013 - 15:54

Um incêndio que deflagrou, às 12h50 do passado dia 13 de dezembro, num
trator agrícola alarmou a população de Espinheiro, em Candemil,
Amarante.

O fogo foi combatido pelos bombeiros de Amarante, tendo deixado o
veículo com a parte elétrica danificada.

A GNR de Amarante esteve no local.

Não se registaram feridos.

Autor: Ana Reis Almeida

http://www.imprensaregional.com.pt/averdade/index.php?info=YTozOntzOjU6Im9wY2FvIjtzOjExOiJub3RpY2lhX2xlciI7czo5OiJpZF9zZWNjYW8iO3M6MjoiMTkiO3M6MTA6ImlkX25vdGljaWEiO3M6NDoiODAwMiI7fQ==

Lucros do Crédito Agrícola caem 80,5% nos primeiros nove meses (cor.)

09 Dezembro 2013, 12:12 por Jornal de Negócios | jng@negocios.pt

O Crédito Agrícola fechou os primeiros nove meses do ano com um lucro
de 4,5 milhões de euros, o que corresponde a uma quebra de 80,5% face
ao mesmo período do ano passado.

O Crédito Agrícola chegou a Setembro com um lucro de 4,5 milhões de
euros, menos 80,5% quando comparado com o mesmo período do ano
passado, de acordo com o comunicado emitido pela instituição
financeira liderada por Licínio Pina (na foto).

A contribuir para este comportamento esteve a descida de 19,5% para
224 milhões de euros da margem financeira. Já o produto bancário
recuou 6% para 366 milhões de euros.


A instituição financeira salienta que as imparidades e provisões que
foram assumidas neste período também contribuíram para a queda dos
resultados, mas não especifica o valor das mesmas.


Neste período observou-se ainda um aumento dos depósitos em 2% para
10,1 mil milhões de euros, enquanto o crédito diminuiu 2,9% para 8,3
mil milhões.


"O Crédito Agrícola continua a apresentar bons níveis de liquidez e de
solvabilidade, tendo continuado a elevar o seu rácio core tier 1 para
11,97% (em Setembro de 2012 este indicador situava-se nos 11,20%) sem
recurso a qualquer capitalização", salienta a instituição financeira
no comunicado emitido esta segunda-feira, 9 de Dezembro.


(Correcção: Corrige valor dos resultados, da margem financeira e do
produto bancário. São milhões de euros e não mil milhões de euros)

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/lucros_do_credito_agricola_caem_805_nos_primeiros_nove_meses.html

CEO do Crédito Agrícola: "Os agricultores são das pessoas mais cumpridoras para a banca"

O presidente do Crédito Agrícola, em entrevista ao Dinheiro Vivo, fez
o balanço do seu primeiro ano à frente da instituição financeira



Licínio Pina, do Crédito Agrícola
D.R.
09/12/2013 | 14:46 | Dinheiro Vivo

O presidente do Crédito Agrícola, Licínio Pina, acredita que o crédito
malparado poderá ter estabilizado e olha para os sinais económicos de
forma positiva. Em entrevista ao Dinheiro Vivo, o banqueiro fez o
balanço do primeiro ano à frente da instituição financeira e revelou
quais os objetivos para o Crédito Agrícola.


Como define o Crédito Agrícola?
O Crédito Agrícola é um grupo financeiro de índole nacional, de
princípios cooperativos que pratica uma banca de proximidade e de
relação com as pessoas. É constituídos por 83 Caixas e Caixa Central e
um conjunto de empresas associadas como seguradoras e gestoras de
activos e outras empresas relacionadas com a prestação de serviços ao
grupo. Este é o grupo Crédito Agrícola.

O que o difere dos restantes bancos?
São as 83 Caixas que são geridas de forma autónoma mas em regime de
solidariedade em que uma é responsável por todas e todas por uma,
agregadas na Caixa Central e que não têm accionistas, têm associados.
São cooperativas de crédito associadas entre si e valem pelo conjunto.

Os depósitos dos depositantes do Crédito Agrícola estão garantidos por
um fundo diferente. Pode explicar?
Nós não somos associados do Fundo de Garantia de Depósitos. Temos o
nosso próprio fundo de garantia. O Fundo de Crédito Agrícola de
Garantia Mútua que tem desde sempre uma componente de resolução que
foi agora instituída para os outros bancos e da qual também
participamos. Digamos que o Crédito Agrícola contem dois fundos. Tem o
fundo de resolução e tem o seu fundo de garantia, que para além de
garantir os depósitos a clientes, garante também uma componente de
resolução das Caixas Agrícolas.

E a garantia é a mesma?
O nosso fundo de garantia está muito mais capitalizado do que a
restante banca. É em função do activo. A relação do activo versus
componente depositada no fundo, que não sei agora a percentagem mas
que é muito superior à relação activo versus depósito do fundo de
garantia. E garante até 100 mil euros como os outros.

Como correram os nove primeiros meses para o Crédito Agrícola?
O Crédito Agrícola não está sozinho no mercado, não actua isoladamente
e segue as regras que estão instituídas no país quer de mercado quer
de regulação. Com base nessa conjuntura actual as dificuldades que os
outros sentem também são sentidas por nós ao nível de mercado. Estamos
é com uma situação economico-financeira boa, que nos permite encarar o
futuro com mais solidez e com mais esperança. Os nove meses foram
difíceis. Em termos de resultados do grupo foram positivos, ainda que
o valor seja relativamente marginal mas mesmo assim positivo.

Houve necessidade de reforço de imparidades?
Não temos nenhum indício de necessidades de reforço de imparidades
porque já estão constituídas há algum tempo.

Como tem evoluído o crédito malparado?
O crédito malparado atingiu valores elevados tal como a restante
banca, provocados pela conjuntura socio-economica, e tem crescido.

Acha que a tendência será para continuar a subir ou podemos estar a
bater no fundo?
Eu penso que poderemos estar a bater no fundo.Nós temos projectado
para 2014 uma redução do rácio de crédito vencido que é absolutamente
necessário para incorporar valor no grupo.

Estamos a falar de um rácio de crédito vencido de quanto?
De 8%.

Qual o objectivo?
É reduzir 1,5%, ou seja, passar para 6,5%.

Como pretendem fazê-lo?
Nós temos projectado para o próximo exercício vários vectores de
atuação, entre os quais nesta matéria da recuperação de crédito
vencido o vector de minimização de perdas no valor da carteira.
Através de um processo de standardização do processo de concessão de
crédito e acompanhamento das carteiras de pré contencioso. Estamos a
fazer para as Caixas agrícolas a instalação de novas ferramentas
informáticas para controlar o crédtio vencido. Isto é, tem de haver
mais proactividade na recuperação da carteira.

Vão fazê-lo dentro do grupo?
Sim, dentro do grupo. Não temos prevista nenhuma venda de carteira,
nós não fazemos nada dessas coisas. Não fazemos nada que não seja com
os nossos instrumentos internos de modo a recuperarmos por nós
próprios a carteira de crédito vencido. Evidentemente que as
execuções, os acordos com clientes no sentido de encontrar prazo e
condições para conseguir planos de pagamento mais suaves, nós fazemos
tudo isso.

Não sente necessidade de abrir um programa especial, como outros
bancos já fizeram?
Não. No Crédito Agrícola possívelmente teremos alguma vantagem em
relação a outros concorrentes, na medida em que as nossas carteiras de
crédito estão concentradas em particulares e empresários em nome
individual. Nós somos um banco que detém atualmente 22,6% de crédito à
agricultura. Também temos crédito à habitação, sempre o fizemos e
continuaremos a fazer. Os agricultores são das pessoas mais
cumpridoras ao nível da banca. É um segmento de actividade que menos
problemas cria à banca. Embora o Crédito Agrícola não seja um banco
exclusivamente de agricultores tem na sua génese a vertente agrícola,
alguns encontraram agora essa vertente, e começam a fazer grandes
campanhas viradas para o segmento agrícola. Nós já cá estamos há 100
anos. Portanto conseguimos que esses clientes nos sejam fidelizados
tendo numa relação de proximidade.

Além da agricultura, o resto da carteira de crédito está exposto a
mais algum sector em particular?
Está distribuído por vários sectores, onde nunca nos deviamos ter
metido, por exemplo na construção. A maior massa de crédito é
concedida a particulares e empresários em nome individual. Esse é o
nosso core de clientela.

Qual é a exposição ao setor da construção?
A exposição não é grande.

A reestruturação do Crédito Agrícola, com a fusão de caixas, pode
implicar fecho de balcões ou redução de trabalhadores?
Não. O Crédito Agrícola não tem nenhum projecto de fecho de balcões.
As nossas caixas agrícolas mantém a sua rede. Aliás recentemente ainda
se abriu mais um balcão de uma determinada caixa e fazem reconversão
de instalações antigas para modernas. O programa que existe de redução
de quadros é um programa de reorganização da Caixa Central e em que
está prevista a redução de algumas pessoas e que já se fez, sem
qualquer perturbação.

Foram quantos?
Quarenta pessoas. Num universo de 4500 não é nada de significativo.

Essas 40 pessoas foram no decorrer deste ano?
Sim, foi desde Junho.

E decorre apenas desta reestruturação?
Sim, desta restruturação e organização interna da Caixa Central,
sempre com negociação para pré-reformas. Não houve nenhuma perturbação
nem necessidade de envolver sindicatos para negociação. As pessoas têm
os seus direitos, a instituição reconhece-os e portanto não há
qualquer perturbação.

Está previsto este número crescer ou haver mais algum reajuste?
Pode haver algum. No ciclo de vida de trabalho de uma pessoa há
determinados momentos em que eles entendem que chegou ao fim o seu
ciclo e aproximam-se da instituição dizendo "estou disponível para
econtrar uma solução", e vamos encontrar uma solução. Nada de
despedimentos porque temos de fazer redução de rede, nada de
despedimentos porque necessitamos de capitalização.

Quantos balcões têm atualmente?
683

Mas até ao final do ano têm previsto ou fecho ou abertura de algum balcão?
Não, nenhuma. Nem até ao final do ano, nem até ao final de dois anos
que é o fim deste mandato. Nós somos um banco de proximidade. Estamos
em muitas localidades sozinhos. São 250 localidades em que o Crédito
Agrícola tem o seu balcão exclusivamente nessa localidade e presta
além do serviço bancário, um serviço social muito importante.

Mas estão previstas fusões de caixas?
Esse é outro programa. As fusões entre caixas, que continuam e que
está prespectivado que a velocidade de fusão entre caixas seja na
ordem de quatro por ano, é fundir caixas, não é eliminar nenhum
balcão. É fundir as instituições em si. De duas nasce uma e mantém-se
os balcões e pessoas reorganizadas numa nova estrutura. Para quê? Nós
temos caixas muito pequenas que não conseguem por si só cumprir com as
obrigações regulamentares, nomeadamente a segregação de funções. Não é
possível numa caixa com oito empregados conseguir fazer uma segregação
de funções de análise de risco de comercial e de decisor. Não sendo
possível num universo tão pequeno temos de lhe criar dimensão.

Qual o objectivo final de fusões de caixas?
Eu acho que era razoavel que o Crédito Agrícola pudesse atingir na
ordem de 60 a 70 caixas.

Como tem corrida a atividade seguradora?
Ao longo desta ano a actividade seguradora, e já nos últimos anos, tem
corrido bem em termos de resultados líquidos. Houve tempos em que
actividade seguradora era um problema para a actividade bancária. Hoje
inverteu-se a situação. Os seguros evoluem com uma fatia importante
nos resultados financeiros que praticam bancassurance, que é o nosso
caso. O resultado das nossas duas companhias contribuíram para o
resultado positivo em setembro que embora marginal, em cerca de 4,8
milhões de euros, as companhias de seguro contribuíram com mais que
esse valor para os resultados.

O crescimento tem se verificado no ramo vida e também no não vida?
Nós temos uma politica de relacionamento com as companhias de
aproveitar o negócio segurador para aumentar a margem complementar das
caixas agrícolas e, consequentemente, do grupo Crédito Agrícola. A
margem complementar vem das comissões, portanto com mais seguros se
venderem mais comissões se recebem. Essas nossas companhias têm
políticas diferentes porque são diferentes, uma é vida e outra não
vida, mas sempre numa perspectiva de beneficiar quem produz. Não o
acionista, mas beneficiar quem trabalha, quem produz: as caixas
agrícola que produzem mais.

Com a privatização da Caixa Seguros e movimentos de interesse no
sector segurador, o Crédito Agrícola tem algum interesse neste
segmento?
Nós não temos nenhuma perspectiva de fazer aquisições exteriores ao
grupo de qualquer companhia de seguros, nem alienações.

Com os bancos a reduzirem custos, rede de balcões, pessoal, há
possibilidades de ocorrerem movimentos de consolidação na banca?
É provável que haja consolidação na banca portuguesa e eu diria
europeia, advinda da insituição da União Bancária. A União bancária
vai ser uma realidade e, portanto, o modo como se faz banca vai
alterar-se porque os concorrentes vão aumentar, a concorrência vai
aumentar e é natural que haja algumas fusões nas instituições de
crédito.

Foi aprovado, recentemente, a criação de um banco de fomento. Qual a
sua posição?
Eu já tinha assumido uma posição. Tudo depende da missão que querem
dar ao banco de fomento, da sua utilidade ou não para actividade.
Parece-me que a ideia é fazer através do banco de fomento canalizar os
fundos estruturais para a economia. Nós já temos um banco público que
podia e devia ter essa missão. A existência de mais um banco de
fomento não vejo que venha substituir aquilo que, na prática, outros
já poderiam fazer. Estou expectante. Não me preocupa absolutamente
nada que seja mais um 'player' no mercado, e que nos faça concorrência
porque nós não temos desses problemas. Vivemos bem com a concorrência,
aliás a concorrência é de salutar e é bom que exista porque faz as
pessoas agirem mais rápido e com mais determinação.

Acha que deveria ser utilizada a Caixa para fazer isso?
Sim, porque não? É um banco público. Em tempos já houve um banco de
fomento. Aliás, acho que licença desse banco de fomento, ou a marca
pelo menos, é de outro banco que entretanto fez uma fusão há muitos
anos. Esse banco de fomento já existiria. Vamos ver quais os
propósitos do governo sobre a criação do banco de fomento.

Mas há uma ideia de que falta financiamento há economia...
Não falta financiamento à economia. Há imensa disponibilidades nos
bancos para financiar a economia. Aliás, o Banco Central Europeu (BCE)
fez injecções massivas de fundos para os bancos, para a economia, até
a taxas muitos baixas. Há muita disponibilidade no mercado.

O problema então não é crédito?
O problema não é crédito. O problema é que as empresas viviam numa
situação de financiamento que agora não existe. A análise de risco, as
condições, a análise de performance de cada uma das empresas não
permite financiamento sem garantias. E neste propósito das garantias
queria dizer o papel fundamental e importantíssimo que tem sido
desempenhado pelas sociedades de garantia mútua que têm contribuido de
facto para o financiamento às Pequenas e Médias Empresas (PME),
aportando para os bancos garantias financeiras que doutro modo as
empresas dificilmente conseguiriam. Este tipo de instrumentos é que é
necessário dotar o país para que eles, de facto, consigam promover o
desenvolvimento económico, não é criar mais um banco ou menos um
banco. Acho que não tem interesse de momento. Interessava criar
instrumentos de financiamento às empresas.

De capitalização?
De capital, e de garantias de crédito.

Acha que Portugal vai precisar de um programa cautelar?
Anda muita gente a falar do programa cautelar e no que vai contecer no
final quando a troika se for embora. O que penso é que no final do
programa da troika as contas públicas ainda não estarão devidamente
equilibradas para deixar o país ser governado exclusivamente pelos
nossos governantes. Para cumprirmos os critérios que estão definidos
nos acordos com a união monetária, o país irá concerteza de algum
apoio e ajuda, uma monotorização, não sei se é cautelar ou não mas irá
precisar concerteza de alguma coisa.

E no regresso aos mercados?
Na questão de regressar aos mercados eu tenho uma perspectiva muito
própria. O regressar aos mercados ou não é pouco relevante. É apenas
relevante por uma questão de preço do financiamento. Mas não deixa de
ser dívida. Ir ao mercado é ir buscar a acrescentar dívida. Eu
preferia que não houvesse mais recurso a dívida e que o país fosse
cumprindo as obrigações que já tem.

Para isso a economia tem de crescer...
Sim. É preciso se criem as tais medidas de apoio à economia efectivas
para que as empresas consigam produzir e competir com as outras
externas.

Acha que os recentes dados económicos podem significar mesmo uma
inversão? São sustentáveis?
O que eu lhe pode referir prentede-se com a experiência no Crédito
Agrícola e o que se está a passar. Isso é um sinal de que a confiança
melhorou. Há alguma procura de crédito, há algum investimento, em
especial no sector primário, na agricultura, nota-se procura de
crédito. Teve aqui um papel importante os serviços que gerem o PRODER,
no sentido de abrirem as linhas do PRODER para que os agricultores
apresentassem as candidaturas e recorressem aos subsídios que estavam
encerrados. Há alguma dinâmica de aquisição do imobiliário. Isto
indicía haver uma inversão na confiança do país.

O que pode ser feito na agricultura para ajudar mais o setor?
Duas coisas fundamentais. Nós temos o país dividido em dois enquanto à
sua estrutura fundiária. Temos uma parte de minifúundio e uma parte de
latifundio. Nós precisavamos com alguma urgência que se decidisse
sobre questões de imparcelamento na pequena propriedade. Só com alguma
dimensão é que as empresas agrícolas se tornam rentáveis. Outra
questão fundamental prentede-se com a titularidade da propriedade. Há
propriedades cujos donos não se sabe quem são, nem os donos conhecem
as próprias propriedades e estão ao abandono. E o que acontece é o
flagelo dos incêndios no verão porque ninguém trata das priopriedades
porque não têm dimensão, porque não sabem quem são. Portanto a
agricultura de minifundio não se consegue praticar. Tem de ter uma
dimensão mínima para ser rentável.

Os CTT foram recentemente privatizados. O que achou desta
privatização? Qual o impacto para o Crédito Agrícola?
A privatização não causou qualquer constrangimento ao Crédito
Agrícola. Trata-se de uma empresa pública que tinha uma missão social
e empresarial, sendo que com a privatização a missão social
esbateu-se, assumindo uma missão empresarial. O Crédito Agrícola
continua a assegurar o serviço bancário e social nas comunidades onde
está inserido, não abandonamos as populações nem fechamos balcões para
continuar a prestar um bom serviço

Qual é o seu projecto para o Crédito Agrícola?
Nós temos como foco, e evidentemente queremos fazer muito, que as
nossas caixas agrícolas sejam o melhor banco nos seus mercados. Para
isso é preciso trabalhar muito. Se é certo onde temos muitas regiões
onde as caixas têm uma forte presença e têm uma quota de mercado de
mais de 30%, há outras localidades onde não estamos. O Crédito
Agrícola quer se afirmar com qualidade junto dos seus mercados para
ser reconhecido pelo mercado e restantes 'players' como o melhor
naquela região.

Qual o balanço que faz do primeiro ano à frente do Crédito Agrícola?
É de muito trabalho. De resolução de muito problemas que obviamente
existem sempre numa instituição com estas características mas com
vontade de atingir os objectivos que nos propusemos.

http://www.dinheirovivo.pt/Mercados/Artigo/CIECO303038.html?page=0