sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Câmara de Óbitos quer criar grande central de abastecimento para mercado regional

 16-01-2014 
 

 
A Câmara de Óbidos quer concentrar a produção agrícola do concelho numa grande central, que reúna cerca de 200 agricultores para abastecerem directamente o mercado regional a preços mais competitivos e aumentando as margens de lucro dos produtores.

Segundo o presidente da câmara, Humberto Marques, nesta região existem «restaurantes e hotelaria a comprar os produtos caros e agricultores a vendê-los muito baratos» e a autarquia defende que a produção agrícola do concelho seja direccionada para o mercado regional «a preços mais competitivos para quem comprar e mais vantajosos para quem vende, já que não terão que passar por toda a cadeia de intermediários».

O projecto, denominado Grande Central das Várzeas, pretende ainda «dar resposta ao problema das grandes margens de lucro que ficam nos intermediários, enquanto os agricultores recebem apenas cerca de 20 por cento de toda a cadeia de valor e o consumidor continua a pagar os produtos muito caros», explicou.

A ideia é concentrar numa grande central a produção entre 150 a 200 produtores de todo o tipo de culturas para, a partir da concentração da oferta, «valorizar os produtos locais com uma identidade e marca próprias e conseguir responder, além mercado regional, de uma forma mais expedita o mercado nacional e o internacional», disse.

Para isso, a autarquia está a incentivar os agricultores para se organizarem e construírem uma central para acondicionamento, normalização, embalamento e expedição dos produtos agrícolas, que desde logo contribuirá também para a diminuição dos custos do produtor.

«Actualmente temos centrais a trabalhar cinco ou seis meses por ano e, com esta organização, a central poderá ser rentabilizada todo o ano, com culturas diferentes e ter uma estrutura de marketing comum», esclareceu Humberto Marques.

O projecto está inscrito no orçamento da câmara para 2014 e irá ser alvo de uma candidatura a fundos comunitários no âmbito da qual a autarquia prevê obter incentivos de 300 mil euros, repartidos por três anos. A verba está, no entanto, dependente do número de agricultores que aderirem à grande central, os quais «poderão recorrer a outras janelas de financiamento para cobrir na íntegra os custos da estrutura, concluiu o autarca.

Fonte: Lusa

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