quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Guerras comerciais União Europeia – países terceiros

Janeiro 21
18:49
2014

Quando se entra numa guerra comercial entre países, tudo é utilizado sem qualquer descriminação. Vejamos alguns casos recentes.

No ano passado, a União Europeia tentou impor taxas à importação de painéis solares chineses, argumentando que estavam a ser vendidos na Europa abaixo do valor de custo, provocando uma concorrência desleal com os fabricantes europeus e levando-os à falência.

A China respondeu imediatamente, impondo tarifas elevadas à importação de vinhos europeus. Ambas as partes chegaram a um compromisso em Dezembro, tendo a União Europeia levantado as taxas, com a promessa dos chineses de praticarem um preço mínimo para os painéis solares e reverem as taxas sobre o vinho (situação que ainda está a ser discutida).

A União Europeia impôs, há cerca de 20 anos, um bloqueio à importação de carne de vaca do Canadá e dos Estados Unidos contendo hormona e estes países responderam com restrições à importação de queijos, mostarda e chocolate em 1999. Este diferendo só teve fim em 2012, quando a União Europeia aceitou um plano para importação de carne de vaca livre de hormonas em troca do levantamento das sanções por parte dos Estados Unidos e Canadá.

A União Europeia levantou as taxas alfandegárias à importação de bananas dos países que foram antigas colónias europeias em África, Caraíbas e Pacífico, o que provocou um prejuízo para as exportações da América do Sul. Como a maior parte das companhias exportadoras de bananas oriundas da América do Sul são controladas por empresas norte americanas, esse país usou todo o seu peso político na Organização Mundial do Comércio (OCM), o qual obrigou a União Europeia a reduzir as taxas de importação, facilitando assim a entrada de bananas da América do Sul.

Em Outubro de 2013 a Rússia utilizou a pressão comercial para desmotivar países como a Moldávia e a Ucrânia de assinarem acordos com a União Europeia e se juntarem à união aduaneira russa. Assim, foram proibidas a importação de vinhos moldavos e, para fazer pressão sobre a Presidência da União Europeia, que  na altura pertencia à Lituânia, a Rússia proibiu a importação de produtos lácteos daquele país.

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