segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Procura de energia no mundo está a abrandar

De acordo com a edição deste ano do BP Energy Outlook, até 2035 irá haver uma quebra na procura global, mas também de petróleo

Petróleo
Procura de petróleo deve descer até 2035
D.R.
20/01/2014 | 13:44 | Dinheiro Vivo

A procura mundial de energia está a abrandar, revela a edição deste ano do BP Energy Outlook 2035. De acordo com o documento, publicado na semana passada. o consumo deverá aumentar 41% entre 2012-2035, ou seja, menos que o crescimento de 55% dos últimos 23 anos, e isto contando com o desenvolvimento das economias emergentes que serão responsáveis por 95% desta procura.

Também o consumo de petróleo deverá crescer a um ritmo mais lento - média de 0,8% ao ano - apesar de continuar a ser a principal fonte do mix energético mundial e de se estimar que, em 2035, a procura seja de 19 milhões de barris por dia, ou seja, superior à de 2012. 
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O carvão deverá seguir pelo mesmo caminho, com a procura a crescer em média 1,1% ao ano até 2035, sendo que, a partir de 2020, o crescimento deverá abrandar para 0,6%.
Inversamente, o gás natural será o combustível fóssil a ter o mais rápido crescimento – média de 1,9% ao ano - e as exportações de Gás Natural Liquefeito (GNL) devem mesmo crescer duas vezes mais que o consumo de gás, a uma média de 3,9% ao ano.
E o mesmo se passa com as renováveis que "devem continuar a ser energia que apresenta maior crescimento, com um ganho de quota de mercado crescente de 6,4% ano até 2035" e um aumento do consumo entre 5% e 14% até 2035. Aliás, "é aguardado que em 2025 os biocombustíveis e as energias renováveis tenham uma maior participação nas energias primárias face ao nuclear", diz o Outlook.

Apesar destas expectativas, o Outlook estima que o petróleo continue a dominar o mix de combustíveis usados a nível mundial, juntamente com o gás e o carvão. Os três deverão representar entre 26 e 27% do mix até 2035. Já os combustíveis não-fósseis, nomeadamente o nuclear, as barragens e as renováveis pesarão apenas entre 5 e 7%.

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