sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Eurodeputados exigem redução de 40 por cento das emissões de CO2 para 2030

 06-02-2014 
 
O Parlamento Europeu (PE) adoptou uma resolução na qual pede uma redução de 40 por cento nas emissões de dióxido de carbono (CO2), 30 por cento de energias renováveis e cerca de 40 por cento de melhoria da eficiência energética para 2030.
 
Os eurodeputados consideram que estes objectivos devia ser vinculados através de outros nacionais individuais em função da situação de cada Estado-membro e o seu potencial. Por outro lado, criticam algumas das recentes propostas climáticas da Comissão, ao considerar que carecem de amplitude de visão e ambição.
 
O documento aprovado pelo parlamento pede ao Executivo comunitário e aos Estados-membros que estabeleçam objectivos concretos para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em pelo menos 40 por cento em relação aos níveis de 1990. O PE também aposta numa melhoria de eficiência de 40 por cento, em conformidade com a investigação sobre economia energética. Finalmente, os eurodeputados pedem um compromisso para produzir em 30 por cento o consumo energético a partir de fontes renováveis.
 
«O preço da energia afecta gravemente as empresas, a indústria e, mais concretamente, os cidadãos europeus. Se queremos reduzir as nossas importações e energias devemos produzir mais na Europa, através de uma melhor e mais eficiente uso dos recursos», assegurou a eurodeputado Anne Delvaux, da Comissão do Ambiente. «Uma ampla variedade energética e maior eficiência será a melhor opção para reduzir as emissões de gases com efeito de estuda, impulsionar as novas tecnologias e inovação, criar emprego e economias mais “verdes”».
 
«Este resultado não é satisfatório. Prometemos nós mesmos, aos europeus e indústria europeia que esta nova política climática será realista, flexível e rentável. Trata-se de uma boa disposição. Assim, não é realista que dobremos os objectivos de emissões após 2020. Isto representa uma via para reduzir a competitividade da indústria europeia», afirmou o também eurodeputado polaco, Konrad Szymanski, da Comissão da Indústria.
 
Konrad acrescentou que «a adopção destes objectivos antes das negociações de Paris de 2015 é um erro. Não devemos lançar cartas antes dos nossos parceiros dizerem o que realmente pensam. Os objectivos a vincular sobre renováveis e eficiência energética não são uma solução flexível e sabemos bem que os Estados-membros e os sectores individuais têm capacidades distintas».
 
A resolução chega após a publicação em Março de um libro verde da Comissão sobre as políticas climáticas e energéticas para 2030, que vinham substituir o actual quadro. O Executivo apresentou as suas propostas a 22 de janeiro, cujas metas menos ambiciosas contaram com o ceticismo dos eurodeputados que expressaram a sua preocupação sobre as mesmas.
 
Fonte: Agrodigital


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