sábado, 1 de março de 2014

Copa-Cogeca pede medidas urgentes para travar importações de citrinos da África do Sul

27-02-2014 
Copa-Cogeca pede medidas urgentes para travar importações de citrinos da África do Sul 

O Copa-Cogeca, depois do novo relatório da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (AESA), instou a Comissão Europeia a adoptar medidas urgentes em 2014 para deter as importações de citrinos da África do Sul contaminados com a doença da mancha negra.

O secretário-geral do Copa-Cogeca, Pekka Pesonen, declarou que também se deve redobrar a vigilância, como medida de protecção, das importações procedentes da América do Sul. O regime de sanidade vegetal da União Europeia (UE) deveria, igualmente, ser reforçado

Esta questão tem vindo a ser debatida durante o grupo de trabalho “Frutas e Hortícolas” do Copa-Cogeca e está previsto discutir o assunto com os Estados-membros durante o Comité da União Europeia, a decorrer entre 27 e 28 de Fevereiro.

A Nova informação actualizada da AESA, publicada na sexta-feira, corrobora o alto risco de entrada na UE da doença da mancha negra através de citrinos contaminados provenientes de África do Sul. Actualmente, esta doença não se manifesta na UE, mas pode propagar-se facilmente de um fruto para outro, sem serem necessariamente citrinos.

Em 2013, foram detectados nas fronteiras comunitárias cerca de 38 carregamentos de citrinos sul-africanos contaminados com a doença em questão, o que pode representar um grave risco para os produtores de citrinos comunitários durante mais de um ano. A Comissão apenas suspendeu as importações em 2013, já no final da temporada, sendo que o resultado foi nulo.

Pekka Pesonen assinalou que não «querem passar pela mesma situação este ano», pelo que querem medidas em 2014, ainda antes do mês de Março, quando começam as importações, alertando par ao facto de na última temporada ter-se corrido riscos elevados de contágio, uma situação que não se deve repetir este ano.

O responsável sublinhou ainda que «a vigilância deve ser reforçada para as importações de outros países, como os latino-americanos, nos quais também foi detectada a doença, Contudo, é preciso reforçar o regime europeu de sanidade vegetal para que a UE esteja mais protegida».

Por seu lado, o presidente do Grupo de trabalho, Hans Van Es, reeleito por um mandato de dois anos, disse ser «fundamental proteger os 500 hectares europeus de cultura de citrinos e 10 milhões de toneladas de produto perante um contágio de mancha negra».

Hans Van afirmou que a UE importa 400 mil toneladas de produto sul-africano, o qual não deveria colocar em cheque as 10 milhões de toneladas da UE, para não mencionar os milhares de postos de trabalho gerados fundamentalmente em zonas rurais, pelo que instam a Comissão a levantar o assunto de imediato e a suspender as importações de citrinos procedentes de África do Sul em 2014, para além de reforçar os controlos de sanidade vegetal da UE.

Hans Van Es é do Países Baixos e faz parte da Associação holandesa de cooperativas NCR, enquanto Sergio Tondini, membro da organização italiana Confcooperative, será o vice-presidente do grupo de trabalho durante os dois próximos anos.

Fonte: Copa-Cogeca

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