sábado, 22 de março de 2014

Bons vinhos europeus não estão a beneficiar do apetite do consumidor chinês

Março 17
14:49
2014

O inquérito que o governo chinês resolveu lançar sobre a possibilidade de dumping por parte da União Europeia (UE), devido a hipotéticas subvenções ao vinho, tem vindo a reduzir as exportações de vinho de qualidade para a China, numa altura em que o consumidor daquele país se sente cada vez mais atraído pelo produto.

Este inquérito vem na sequência da disputa sobre os painéis solares, assunto que já está resolvido, pelo que se pensa que o problema do vinho também seja resolvido a curto tempo.

A UE, em 2012, exportou 257 milhões de litros de vinho para a China, não contando com Hong Kong, sendo que dois terços dessa quantidade vieram de França.

O vinho é o segundo produto excedentário na balança comercial com a China (mais 9,5 mil milhões de euros), sendo somente ultrapassado pela indústria aeronáutica (mais 22 mil milhões) e à frente da indústria de cosméticos (mais 9,4 mil milhões). Só a título de exemplo, nos últimos dez anos, as exportações anuais de vinho equivalem a 140 Airbus. O problema é que a China, que é o maior produtor mundial de vinho, está a aumentar a produção e esse aumento deverá ser de 33% entre 2013 e 2017, o que pode colmatar o aumento do consumo interno.

Para os chineses, beber vinho é consumir luxo, pelo que contribui para a sua promoção social.

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