domingo, 30 de março de 2014

Comércio China e Europa fazem tréguas no vinho

Paulo Zacarias Gomes   
21/03/14 18:48

Disputa que durava desde o ano passado tem um ponto final nas vésperas da visita do presidente chinês à Europa. Portugal também beneficia.

 

Em vésperas da visita de dez dias do presidente chinês Xi Jinping à Europa, a segunda maior economia mundial pôs um ponto final na disputa com os países do velho continente nas acusações de concorrência desleal no comércio de vinho.

A Comissão Europeia anunciou hoje que Pequim desistiu da disputa iniciada no ano passado com a União Europeia, que acusava de apoiar ilegalmente os produtores de vinho através de apoios públicos e de, assim, fazerem 'dumping' ao injectar vinho barato no mercado chinês.

A medida foi vista na altura como uma retaliação das autoridades chinesas às tarifas de importação impostas pela UE aos painéis solares produzidos na China, disputa que entretanto tinha sido resolvida.

O comissário europeu para a Agricultura, Dacian Ciolos, esclareceu que o acordo foi conseguido com a participação de produtores de vinho chineses e europeus e o apoio de Bruxelas e Pequim. Os europeus comprometem-se a ajudar a desenvolver o sector vinícola da China cujos vendedores, em contrapartida, aumentarão a promoção dos vinhos da Europa.

As exportações de vinho da Europa para a China totalizaram em 2012 os 257 milhões de litros e perto de 725 milhões de euros, mais de metade com origem em França. No mesmo ano, Portugal exportou para a China 6 milhões de litros de vinho, correspondente a 12 milhões de euros.

Em 2013, somando Macau e Hong Kong, as exportações de vinhos portugueses para toda a República Popular da China somaram cerca de 19,5 milhões de euros, segundo a ViniPortugal. O que faz da China o quinto maior mercado dos vinhos nacionais fora do espaço europeu.

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