terça-feira, 11 de março de 2014

Eurobarómetro: cidadãos da UE largamente favoráveis às orientações da nova PAC

COMUNICADO DE IMPRENSA


Mais de três quartos (77 %) dos cidadãos da União Europeia consideram que a política agrícola comum (PAC) é vantajosa para todos os cidadãos da UE. Mais de 90 % dos que manifestaram esta opinião apoiam as principais orientações da nova PAC, como as ajudas mais equitativas e mais orientadas (92 %) e o estabelecimento de um nexo entre a ajuda financeira concedida aos agricultores e o respeito, por parte destes, de práticas agrícolas benéficas para o ambiente (91 % a favor da chamada ecologização). Foram estas as principais conclusões da sondagem Eurobarómetro sobre a PAC, hoje publicada pela Comissão.

O Comissário responsável pela Agricultura e pelo Desenvolvimento Rural, Dacian Cioloș, declarou: «Estes resultados confirmam a importância que os cidadãos da UE atribuem ao apoio à agricultura e às zonas rurais. Mostram também a importante simbiose entre as orientações da PAC reformada e as expectativas da sociedade civil. Esta relação essencial e forte entre cidadãos e agricultores sairá reforçada com a nova PAC, que vai tornar palpáveis e intensificar os benefícios sociais, ambientais e económicos que a agricultura da UE traz à sociedade da União Europeia no seu todo e a cada contribuinte da UE no seu quotidiano».

O inquérito revelou igualmente outras tendências:

Os cidadãos da UE atribuem cada vez mais importância à agricultura: juntamente com o desenvolvimento das zonas rurais, consideram-na algo «muito importante» para o futuro (53 %, mais 7 pontos do que em 2009). Mais de 50 % dos cidadãos também consideram importante assegurar a diversidade dos tipos de agricultura e dos produtos alimentares na União Europeia.

Mais de 80 % dos cidadãos da UE apoiam os objectivos fundamentais da PAC, quer se trate de garantir o abastecimento de produtos alimentares, de desenvolver as zonas rurais de modo mais equilibrado ou de apoiar os jovens agricultores.

Este apoio é ainda mais elevado quando se trata das principais orientações da reforma: 91 % dos cidadãos (mais 4 %) vêem com bons olhos a subordinação das ajudas financeiras aos agricultores ao respeito, por parte destes, de práticas agrícolas benéficas para o ambiente («ecologização»); 92 % (mais 4 % do que em 2009) valorizam que a concessão das ajudas aos agricultores seja mais equitativa e mais orientada.

Na sua maioria, os cidadãos da UE concordam com o apoio concedido aos agricultores e com a parcela que este representa no orçamento da União Europeia (45 % dos cidadãos consideram «adequado» o montante das ajudas concedidas aos agricultores, 26 % consideram-no «muito reduzido» e 13 % consideram o apoio «muito elevado»).

91 % dos cidadãos da UE consideram importante apoiar as explorações agrícolas frágeis que se vejam confrontadas com condições climáticas, sanitárias ou económicas adversas; quase um em cada dois (48 %) qualificam mesmo este princípio de «muito importante».

64 % dos cidadãos da União Europeia já ouviram falar do apoio que a UE concede aos agricultores no quadro da PAC; no inquérito anterior, realizado em 2009, apenas 41 % dos cidadãos da UE declararam já terem ouvido falar da PAC em geral1.

Na sua maioria (61 %), os cidadãos da UE estão conscientes de que os rendimentos agrícolas são inferiores aos de outros sectores económicos.

No que respeita à informação dos consumidores, o inquérito mostra que os cidadãos da UE estão muito atentos à qualidade de produtos alimentares como o leite e certos tipos de carne e têm expectativas elevadas no domínio da rastreabilidade. Na sua maioria (53 %), estão mesmo dispostos a pagar um pouco mais para que figurem nos rótulos informações sobre a origem dos produtos.

Contexto

No seguimento da reforma da PAC, a Comissão fez questão de perguntar novamente aos cidadãos da UE o que pensavam da política agrícola comum e que importância atribuíam à agricultura na União Europeia. O inquérito foi realizado segundo a metodologia dos inquéritos Eurobarómetro, entre 23 de Novembro e 2 de Dezembro de 2013, nos 28 Estados-Membros da UE. Participaram 27 919 cidadãos, de categorias sociais e demográficas variadas.

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