domingo, 23 de março de 2014

Número de empresas em Portugal caiu 4,4% entre 2011 e 2012

21-03-2014 às 12:56   actualizada às 15:56

Número de empresas em Portugal caiu 4,4% entre 2011 e 2012
 
O número total de empresas em Portugal caiu 4,4% em 2012, face a 2011, para 1.086.452, como resultado de um número de nascimentos inferior ao de mortes de empresas, de acordo com os dados hoje divulgados pelo INE.

Segundo a informação publicada pelo Instituto Nacional de Estatística relativa a "Empresas em Portugal 2012", a taxa de sobrevivência das empresas nascidas um ano antes diminuiu no caso das empresas sob a forma jurídica de sociedade, em que a taxa se fixou em 90,6%, menos 1,1 pontos percentuais face a 2011.
No caso das empresas individuais, a taxa de sobrevivência também caiu de 65% em 2011 para 64% em 2012.
As empresas individuais apresentaram taxas de mortalidade e de natalidade mais elevadas (22,5% e 14,8%, respetivamente), do que as sociedades (9,7% e 7,6%), sendo responsáveis pela maior parte do decréscimo no número total de empresas.
O Valor Acrescentado Bruto (VAB) a preços de mercados gerado pelas empresas do setor não financeiro em 2012 atingiu os 76 mil milhões de euros, o que representa uma quebra de 8% face a 2011.
A contração do VAB nas sociedades foi pouco menos acentuada (-7,3%), com as sociedades exportadoras a registarem um crescimento do VAB de 2,1%.
"Tomando 2008 como ano de referência, em cuja parte final se iniciou a crise financeira internacional, os principais indicadores do setor empresarial português revelaram um acréscimo da atividade económica", destaca o INE.
A contração da atividade económica alargou-se à quase totalidade das empresas não financeiras, excetuando-se os setores da energia, água, agricultura e pescas, os únicos que apresentaram crescimentos do VAB e do volume de negócios, num contexto económico adverso, acrescenta.
Estes setores foram também os que apresentaram taxas de investimento mais elevadas entre todos.
Verificou-se ainda que a quase totalidade (99,9%) das empresas não financeiras eram Pequenas e Médias Empresas (PME), mas uma parte "significativa" do VAB foi gerado por empresas de grande dimensão (40,2%).
Ainda de acordo com o INE, mais de 50% das sociedades apresentaram prejuízos em 2012.
Dinheiro Digital com Lusa

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