sábado, 26 de abril de 2014

Monsanto tenta mudar a sua imagem junto da opinião pública

Abril 14
13:12
2014

A Monsanto decidiu lançar uma grande campanha junto dos consumidores, de modo a tentar mudar a imagem que tem como o maior produtor mundial de sementes OGM.

Até aqui e nos últimos 20 anos, a Monsanto concentrou a sua atenção nos agricultores, investindo em grandes campanhas de promoção para os motivar a comprar sementes OGM, com grande sucesso, pois no continente americano mais de 80% das sementes de milho e soja são OGM's.

No entanto, tem vindo a crescer na opinião pública uma onda de dúvida sobre os efeitos a longo prazo destes produtos, que pode vir a pôr em causa o futuro dos mesmos, pelo que a Monsanto resolveu investir em campanhas junto do consumidor final.

A Monsanto é considerada, numa pesquisa online, como a empresa "mais malvada" do mundo e a rejeição das pessoas foi provada pela manifestação organizada no mesmo dia em 436 cidades de 52 países, cuja iniciativa partiu de uma pessoa no Facebook.

Neste momento, está lançada uma campanha nos meios sociais, em que esta multinacional tenta explicar aos consumidores que não há nenhuma prova de que os seus produtos tenham efeitos nocivos a longo prazo e que todos eles foram cientificamente estudados e autorizados pelas autoridades competentes.

Outro ponto importante é o investimento feito em lobby, que ultrapassou os 20 milhões de dólares, para que não seja obrigatória a rotulagem nos Estados Unidos, dos produtos que contêm OGM's, pois, segundo a Monsanto, podem confundir o consumidor com as indicações de açúcar e gordura dos alimentos, pelo que defende a rotulagem facultativa, para ser usada pelas empresas, quando acharem que é útil do ponto de vista promocional.

Os opositores aos OGM's contestam esta posição, chegando mesmo a afirmar que a Monsanto tem elementos seus na Food and Drug Administration (FDA), para conseguirem as suas aprovações, apontando mesmo o nome de Michael Taylor, que trabalhou na FDA, tendo saído para ocupar o lugar de Vice-presidente da Monsanto, tendo agora voltado à FDA.

A Europa tem sido pouco receptiva a esta tecnologia e só uma variedade de milho é actualmente semeada em alguns países, tendo agora sido aprovada a segunda variedade, neste caso, da Pioneer.

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