sábado, 10 de maio de 2014

Alentejo produziu 71% do azeite português na última campanha


O Alentejo tem um peso determinante na produção de azeite em Portugal", sendo "a região mais importante em termos de volume"
O Alentejo tem um peso "determinante" na produção de azeite em Portugal e foi a região responsável pela maior parte (71%) das 90 mil toneladas produzidas no país na campanha olivícola de 2013/2014, foi hoje anunciado.

Na última campanha, "o Alentejo produziu 64 mil toneladas de azeite, o que representa 71% do volume de 90 mil toneladas produzido em Portugal", disse hoje à agência Lusa Henrique Herculano, do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL).

Tendo em conta que uma tonelada de azeite virgem extra indiferenciado pode valer cerca de dois mil euros, as 64 mil toneladas produzidas no Alentejo poderão ter rendido "um volume de negócios estimado em 128 milhões de euros, considerando apenas a venda de azeite a granel e excluindo o valor acrescentado pelo embalamento e pela marca e toda a economia adjacente ligada a fatores de produção e serviços", admitiu.

Atualmente, "o Alentejo tem um peso determinante na produção de azeite em Portugal", sendo "a região mais importante em termos de volume", porque "é a que mais azeite produz, a que tem a maior área de olival plantado e a que tem o olival mais moderno e a maior proporção de olival intensivo e superintensivo, o que leva a maiores produções", disse.

Por outro lado, "o Alentejo, em termos de qualidade, assume uma importância capital no setor a nível nacional", frisou, lembrando que o Governo já reconheceu o "Azeite do Alentejo" como Indicação Geográfica (IG), a qual certifica "a origem e a qualidade" e é "determinante para a valorização e o reconhecimento no mercado da superior qualidade" dos azeites oriundos da região.

Henrique Herculano falava à Lusa a propósito do primeiro Congresso Nacional do Azeite - Azeite do Alentejo, que vai decorrer na sexta-feira, em Moura, integrado no programa da 13.ª OlivoMoura - Feira Nacional de Olivicultura.

O congresso, organizado pelo CEPAAL e pela Câmara de Moura, vai reunir agentes e profissionais ligados ao azeite para promover o estudo e o debate em torno do setor oleícola e pretende ser "o ponto de encontro da olivicultura em Portugal", explicou.

O primeiro congresso, que vai decorrer a partir das 09:30, no Cineteatro Caridade, inclui três painéis temáticos especializados e dedicados às políticas de qualidade, económicas e comerciais do setor.

A 13.ª OlivoMoura, que pretende promover o azeite, "um dos produtos de excelência" do concelho, integra-se no programa da tradicional Feira de Maio de Moura, a qual vai decorrer entre quinta-feira e domingo no Parque e Feiras e Exposições da cidade e inclui também o 3.º Salão de Caça de Pesca.

Na quinta-feira, às 20:30, no âmbito da OlivoMoura, o CEPAAL vai lançar a "Carta de Azeites do Alentejo", a qual "gostaria que fosse, a curto prazo, usual" no setor de hotelaria e restauração em Portugal, explicou Henrique Herculano.

A carta, constituída por seis azeites do Alentejo, "pretende criar o bom hábito de os restaurantes, tal como acontece com os vinhos, darem a escolher aos consumidores diferentes azeites do Alentejo para temperarem a comida que vão consumir", explicou.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa

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