domingo, 8 de junho de 2014

Assunção Cristas defende mecanismos de regulação para prevenir problemas no sector leiteiro

 06-06-2014 
 

A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, defendeu a criação de mecanismos de regulação para minimizar o fim das quotas leiteiras na União Europeia, que permitam reagir nomeadamente às variações de preços.
 
Falando na Conferência "Dynamics in fully liberated UE-US Dairy market", que decorre em Lisboa, Assunção Cristas referiu que têm de «existir mecanismo de regulação para antecipar e prevenir problemas», nomeadamente as variações de preços e o aumento de produção de alguns países da União Europeia.
 
«Um aumento de um por cento na Dinamarca ou na Holanda, que é o que Portugal produz na totalidade, é um risco para o sector dos lacticínios, daí que estejamos atentos», salientou.
 
O eurodeputado Vital Moreira, presidente da Comissão de Comércio Internacional do Parlamento Europeu e relator desta Comissão para a Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP), participa também no encontro promovido pela Eucolait, a Associação Europeia do Comércio de Lacticínios, que debate o impacto do Tratado de Comércio e Investimento em negociação entre a União Europeia e os Estados Unidos da América no sector.
 
Assunção Cristas realçou a «incontornável relevância» do sector leiteiro em Portugal por representar 11 por cento do valor da produção agrícola, ter sete mil produtores e as explorações terem aumentado em área e em número de efectivos, com a produtividade anual média, por vaca, a situar-se actualmente acima da média europeia.
 
«O sector leiteiro em Portugal tem mais de 100 por cento em termos do grau de aprovisionamento de leite líquido, embora o país não seja auto-suficiente, nomeadamente nos queijos e iogurtes», salientou.
 
A ministra garantiu que o sector leiteiro tem mecanismos para prevenir o impacto do fim do regime de quotas leiteiras, chamou a atenção para necessidade de haver «um equilíbrio ao nível da cadeia de produção» e disse que o Governo pode ajudar através dos fundos de desenvolvimento da agricultura para que haja mais «inovação e desenvolvimento e internacionalização».
 
Nesta última vertente, chamou a atenção para o acordo ao nível do sector dos lacticínios e da agro-indústria fechado com a China. «Nós últimos 20 anos o sector leiteiro reconverteu-se e aumentou a dimensão das suas explorações, agora é preciso aproveitar os mercados internacionais, pois somos um país com produtos de qualidade e que garante a segurança alimentar», concluiu.
 
Fonte: Lusa

Sem comentários:

Enviar um comentário