sexta-feira, 13 de junho de 2014

Mais de 840 milhões de pessoas são afetadas pela subnutrição


Publicado ontem às 23:44
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) advertiu hoje para o progresso insuficiente na luta contra a subnutrição, que afeta aproximadamente 842 milhões de pessoas.
O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Graziano da Silva, fez estas declarações durante a apresentação da II Conferência Internacional sobre a Nutrição (CIN-2), que acontecerá em Roma, entre 19 e 21 de novembro.
Oresponsável lamentou que os avanços obtidos desde a última conferência, em 1992, «tenham sido insuficientes e desiguais».
O brasileiro sublinhou que a subnutrição causa uma perda económica considerável, que ficaria perto dos cinco por cento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, reconhecendo que «não temos prestado atenção à nutrição durante anos, só nos temos preocupado com a alimentação».
Acrescentou que os problemas de nutrição são «um assunto público e não privado. As sociedades, não só os indivíduos, tem de abordá-los».
A CIN-2 é uma continuação da conferência de 1992 e seus coorganizadores - a FAO e a Organização Mundial da Saúde (OMS) - pretendem com ela alcançar uma «declaração política», com o compromisso de aprovar ações «efetivas e coordenadas para melhorar a nutrição».
Além disso, o objetivo declarado é estabelecer um «quadro de ação», com a orientação técnica para a implementação dessas ações, de modo que as diferentes estratégias nacionais sejam coerentes.
Segundo os dados da FAO distribuídos hoje em Roma, aproximadamente 45% das 6,9 milhões de mortes de crianças que se registam anualmente estão vinculadas à subnutrição e um total de 162 milhões de menores de idade são afetados pela subnutrição crónica.
Dois milhões de pessoas são afetadas por problemas de deficiências de micronutrientes e 500 milhões de pessoas sofrem de obesidade, segundo a FAO.


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