sexta-feira, 27 de junho de 2014

Técnicos fazem levantamento dos prejuízos causados pelo granizo em Vila Real

Técnicos da Direcção Regional de Agricultura do Norte e Pescas (DRAPN) estão a fazer o levantamento e avaliação dos prejuízos provocados pela queda de granizo em vinhas, olivais e hortas do distrito de Vila Real.

Ao final da tarde de segunda-feira, alguns concelhos do distrito transmontano foram atingidos pelo mau tempo, nomeadamente a queda de granizo.

O director regional de agricultura, Manuel Cardoso, afirmou nesta quarta-feira à agência Lusa que os técnicos da DRAPN já estão no terreno fazer o levantamento dos prejuízos, informação que será depois transmitida à tutela.

O mau tempo provocou estragos em freguesias de Mesão Frio, Valpaços, Vila Pouca de Aguiar e ainda Mirandela, já no distrito de Bragança.

Os serviços estão também a alertar os agricultores para a necessidade de aplicar cálcio e cobre nas videiras, de forma a evitar a morte da mesma e ajudar a cicatrizar.

Era precisamente isso que estava a fazer ao final da manhã o presidente da Junta de Freguesia de Santa Valha, em Valpaços. Nuno Neves disse que aplicou calda de cálcio nas videiras para tentar ajudar a planta já que a produção "parece estar quase destruída".

"Foram 25 minutos de granizo, de grande dimensão, que afectou todo o tipo de culturas aqui na minha freguesia", salientou o autarca.

Esta manhã, segundo Nuno Neves, os técnicos da DRAPN estiveram na sua freguesia a tirar fotografias e a fazer levantamento dos prejuízos, que afectaram principalmente a vinha.

"Temos aqui vinhas totalmente destruídas em percentagens que, em alguns locais, chegam aos 90%. Na minha freguesia não há propriedade nenhuma que não tivesse sido afectada", acrescentou.

No concelho vizinho de Vila Pouca de Aguiar, no planalto de Jales, o granizo afectou plantações de castanheiros e destruiu produções hortícolas.

Norberto Pires, presidente da Junta de Vreia de Jales e produtor agrícola, foi um dos muitos afectados e à Lusa contabilizou prejuízos na ordem dos "40 a 50 mil euros".

Nas suas hortas, onde emprega várias famílias, Norberto Pires disse que perdeu "cerca de 9.000 metros quadrados de alface, meio hectare de alho francês e 2.500 metros quadrados de nabos".

Culturas que eram todas para venda e das quais não possui seguro. Agora, o autarca diz que vai ter que recomeçar e substituir as culturas destruídos em "cerca de 10 minutos de queda de granizo".

Em Mesão Frio, já na Região Demarcada do Douro, o mau tempo afectou principalmente as vinhas de Barqueiros.

"Caiu granizo durante cerca de 10 minutos. Mas era com muita intensidade. E as pedras eram maiores que pedras de naftalina e isso levou a que houvesse destruição da produção das uvas em si e das videiras, porque algumas ficaram totalmente despedidas, sem folha nenhuma", afirmou o director da Adega de Mesão Frio, Pedro Pires.

O responsável contabilizou vários hectares afectados, de cerca de uma centena de lavradores, e uma grande quebra na produção de vinho neste território.

Fonte:  Lusa

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