sexta-feira, 4 de julho de 2014

Bombeiros prevêem fase de incêndios “muito difícil” potenciada pelas falhas na prevenção


ANA BÁRBARA MATOS 04/07/2014 - 10:04

Nem o reforço dos meios de combate aos incêndios tranquiliza o presidente da Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários, que retira das fases Alfa e Bravo uma "perspectiva assustadora".

 
Dirigentes garantem que falhas na prevenção de incêndios desmotiva os bombeiros FOTO: PAULO PIMENTA

 A fase Charlie começou na terça-feira e prolonga-se até 30 de Setembro. Nos dois primeiros dias foram registadas 50 ocorrências, substancialmente menos do que em período homólogo, para que contribui o estado do tempo, com temperaturas mais baixas e períodos de chuva.

Para esta fase mais crítica estão mobilizados 9697 operacionais (mais 360 elementos do que em 2013), 2220 equipas das diferentes forças envolvidas (Bombeiros, GNR, PSP, ICNF, entre outras), 2027 viaturas (mais 51 do que no ano passado) e 49 meios aéreos (eram 45 em 2013), além de 237 postos de vigia da responsabilidade da GNR. As corporações de bombeiros foram também reforçadas com 2600 rádios SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal).

Marta Soares diz que este é "o melhor DECIF [dispositivo de combate] desde sempre", mas não deixa de criticar o atraso na entrega de viaturas e a falta de equipamentos de protecção individual: "É um descuido grosseiro e grave", afirma.

O presidente da Liga, tal como já havia feito o ministro Miguel Macedo, mostra-se preocupado com o facto de a maioria das corporações enfrentar a fase mais crítica dos incêndios florestais sem equipamentos de protecção não inflamáveis. O dirigente assegura que a falha terá grande impacto na confiança e atitude dos bombeiros no terreno.

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