quinta-feira, 31 de julho de 2014

Portugueses comeram menos em 2013

Julho 24
08:54
2014

Segundo os dados do INE, os portugueses, em 2013, consumiram menos proteína animal do que em 2012.

De acordo com as estatísticas, um português comeu em média, em 2013, 105 kg de carne, 130 kg de cereais de Inverno, 16 kg de arroz, 80 litros de leite, 45 kg de produtos lácteos e 40 litros de vinho.

Registou-se, por isso, uma diminuição generalizada dos consumos, pois o consumo per capita, em 2012, foi de 106 kg para a carne, 131 kg para os cereais de Inverno, 83 litros para o leite e 47 litros para o vinho.

No que diz respeito às carnes, se, no total, o consumo baixou, este subiu, no entanto, de 2,4% no que diz respeito ao frango e a justificação avançada é da baixa de preço desta carne, que a pôs a níveis mais baixos que a de porco ou de bovino.

No que diz respeito ao leite, a tendência de abaixamento do consumo já vem de 2008, sendo que, em 2013, se consumiu menos 10,3% do que nesse ano.

Em termos de contas agrícolas, o INE considera que o preço dos produtos agrícolas subiu 5,7%, com especial destaque para a batata, com um aumento de 88,8%, o azeite, mais 25,5%, hortícolas frescos, mais 14,8%, o leite, mais 8,6% e a carne de porco, mais 8,5%.

Os cereais, por seu lado, tiveram um abaixamento de preço de 17,8% em 2013, relativamente a 2012.

O índice de preços de bens e serviços na agricultura, em 2013, subiu 1,9% face a 2012, o que se deve, segundo o INE, ao aumento de 6,8% no índice dos preços das rações para animais.

A actividade agrícola foi, no entanto, penalizada pelo índice do preço de bens de investimento, com um aumento de 2,1%, devido ao aumento do preço das máquinas agrícolas, edifícios agrícolas e equipamento de transporte.

Devemos referir que, em 2014 e, concretamente, neste mês de Julho, o preço dos produtos que mais subiram o ano passado estão a atingir os preços mais baixos dos últimos anos, como é o caso da batata, que, em 2013, chegou a ser paga ao produtor a 50 cêntimos por kg e que actualmente está nos 5 cêntimos por kg, o que leva a que alguns produtores estejam a tomar a opção de a destruir na terra, em vez de a apanhar para vender.

Neste momento, temos situações como a cenoura, em que o consumidor paga três vezes mais pela embalagem que pelo produto.

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