terça-feira, 26 de agosto de 2014

Alarme europeu. Bactéria ataca olival italiano

Olivais em Itália


Bruxelas já pediu aos estados-membros que reforcem controlo da nova praga
Uma bactéria identificada pela primeira vez nos olivais italianos em Outubro do ano passado já infectou meio milhão de árvores e está a gerar alarme a nível europeu. No espaço de oito meses, a área afectada pela Xylella fastidiosa na região de Puglia mais que triplicou e Bruxelas ordenou a destruição das oliveiras, para prevenir o alastramento da doença que provoca a morte das árvores. As autoridades temem que a infecção se propague a outras 800 mil oliveiras da região demarcada, um rombo num país que é o segundo exportador mundial de azeite.

No final de Julho, a Comissão Europeia adoptou uma resolução no sentido de aumentar o controlo da nova praga, que até aqui não estava identificada na Europa. Pensa-se que terá chegado ao continente através de pés e enxertos de flores e árvores oriundos de países onde a bactéria costuma circular, sobretudo nos EUA. A bactéria é transmitida por insectos, que podem também vir nos carregamentos ou existir naturalmente em algumas regiões da Europa. Nesse sentido, a Comissão Europeia determinou que os espécimes de certas árvores só podem ser introduzidos no espaço europeu com um certificado fitossanitário. Por outro lado, todos os estados-membros devem passar a monitorizar as sua plantações no sentido de despistar infecções por Xylella fastidiosa e têm a obrigação de destruir qualquer árvore infectada mas também de comunicar à Comissão Europeia eventuais ocorrências.

No passado foram reportados casos desta bactéria em França, na Sérvia e também em Marrocos, mas os surtos nunca tiveram a dimensão do que está a afectar Itália. A bactéria que está a atingir oliveiras em Puglia pode também causar doenças em vinhas. Em Espanha, uma equipa de investigadores divulgou este ano resultados de uma análise que, apesar de não ter detectado no território Xylella fastidiosa , conclui que várias espécies de mosquitos na Andaluzia, em Múrcia e Madrid poderão disseminá-la rapidamente caso seja introduzida.

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