sábado, 16 de agosto de 2014

Governo fecha porta a Empresários do Sector

Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente



Foi ontem publicada através do Despacho nº 10009/2014 a constituição do Conselho Consultivo do ICNF, IP. O principal objectivo do presente Conselho é, segundo o próprio texto publicado, de funcionar "como órgão de consulta, apoio e participação na definição das linhas gerais de atuação do ICNF, I.P. e no processo de tomada de decisão do Conselho Diretivo. O Conselho Consultivo é uma estrutura de debate e participação relativamente a todas as matérias da responsabilidade do ICNF, I.P., estimulando e promovendo a participação pública e apoiando mesmo a definição de políticas, estratégias e instrumentos de planeamento imprescindíveis à gestão ativa da conservação da natureza e biodiversidade e das florestas".

Não deixa de ser estranho todavia que tenham ficado de fora do referido Conselho os representantes das empresas que prestam serviços técnicos aos proprietários florestais, dos viveiristas florestais, das empresas que fazem plantações e a manutenção das matas, das empresas que gerem património florestal, das empresas que cortam e entregam os produtos florestais nas fábricas, para além da indústria do sector. Tratando-se de um Orgão destinado a apoiar a definição estratégica do sector, não tem presente quem planeia a floresta, produz planta florestal, realiza plantações, mantem e explora a floresta portuguesa. Como pode o ICNF ter em conta o que se passa no terreno se desconhece o que lá acontece e o que se anda a fazer?

Será isto que o Governo chama de participação pública? Afinal quem gera emprego no sector florestal deste país? Não são as empresas florestais? Ou não serão as empresas do sector suficientemente grandes para serem ouvidas? Como é possível definir uma estratégia para a floresta sem a participação de quem a faz e nela trabalha?

Lisboa, 5 de Agosto de 2014

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