quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Life in a Bag: Os vegetais lá de casa

São plantas aromáticas, pequenos vegetais ou plantas dentro de sacos com todas as instruções. Em seis meses, venderam perto de 20 mil euros


08/02/2014 | 05:06 |  Dinheiro Vivo
Repor o stock na altura do Natal foi o grande desafio de Alexandra Silva e Pedro Veloso, o casal de Famalicão que em junho passado lançou a Life in a Bag. Em menos de seis meses, todo o esforço de promoção das plantas aromáticas e dos microvegetais prontos a cultivar em sacos junto de chefs, bloggers, curiosos e amigos "explodiu" em cerca de mil encomendas que elevaram a faturação de meio ano até perto de 20 mil euros - e a expectativa deste ano para 50 mil.
"As pessoas têm uma grande vontade de cultivar uma horta, de mexer em terra e ver crescer aquilo que vão comer. Mas nas cidades isso é difícil. O nosso produto dá-lhes a possibilidade de recriar parte desse desejo", explica Alexandra Silva, designer de formação, que depois de 16 anos numa empresa decidiu ser empreendedora.
O marido, engenheiro informático numa empresa portuense, incentivou-a e o hobby lá de casa - "já fazia experiências com hidroponia (cultivo sem terra, em água enriquecida) antes de se ouvir falar nisso em Portugal" - foi a ideia que ganhou forma com um investimento de cinco mil euros. "Em vez de deitar fora os sacos de café, usava - os para germinar plantas."
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O que faltava saber para fazer crescer o negócio veio da internet, hoje o maior ponto de venda das caixas micro-green (folhas comestíveis a que muitos chefs já aderiram) e dos microvegetais ou dos kits infantis, para já apenas com o girassol. "Estamos a fazer testes para outros vegetais, sempre biológicos, como os minilegumes, e também novas embalagens de cortiça pois tiveram uma grande aceitação", adianta Pedro Veloso, que está também a desenvolver uma app interativa para guiar os clientes no cuidado com as plantas. "Não queremos perder o acompanhamento pós-venda", explica Alexandra. "Os clientes tiram fotos das plantas e enviam-nos para darmos opinião sobre o aspeto - se precisam de mais água, de mais luz, etc. -, no verão recebíamos e-mails com pedidos de socorro porque as plantas estavam "desmaiadas" com o calor...", relata.
Já à venda em duas dezenas de lojas dedicadas à alimentação biológica ou gourmet do país, Madeira incluída, a Life in a Bag quer agora consolidar a presença em mais lojas, em feiras e em workshops, reforçando o marketing online para, em breve, começar a vender para a Europa. Em 2015, o plano é estar já em lojas de venda direta em Inglaterra e na Noruega, por exemplo.
"Nunca pensei que vendêssemos tanto como no Natal, ao ponto de termos de contratar uma pessoa para ajudar", confessa Alexandra. "Agora queremos crescer, um passo de cada vez, e se for possível contratar a tempo inteiro."
Retrato
A Life in a Bag foi lançada em junho de 2013, com um investimento de cinco mil euros. Neste momento, a empresa tem um funcionário, mas Alexandra Silva espera conseguir contratar já neste ano. Há várias caixas disponíveis, a preços distintos: Grow Box (25 euro), Grow Cork (16 euro) e Grow Bag (8 euros). Em 2014, a empresa quer faturar 50 mil euros. Veja aqui a página do Facebook e da internet

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