sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Agricultura de precisão: Condução automática de trator é já uma realidade em Portugal


25 DE SETEMBRO DE 2014 AGROTEC PUBLICAR UM COMENTÁRIO

Um produtor de milho português encontra-se a otimizar o seu sistema produtivo através da aposta na agricultura de precisão, reduzindo o prejuízo e aumentando a eficiência.

João Coimbra, o produtor responsável por este projeto, vem já efetuando testes há alguns anos. Sentiu uma grande evolução desde o seu início: "A utilização dos visores de apoio à condução já tinha sido introduzida no passado, mas não tínhamos conseguido um grande aumento na eficácia das aplicações e dos consumos de agroquímicos. Também não tínhamos melhorado muito a eficácia das sobrepassagens das alfaias de mobilização".

Assim, anteriormente, os sistemas vigentes não dispensavam nunca o auxílio do operador, exigindo até um grande esforço por parte deste, que necessitava de ir corrigindo continuamente as trajetórias de deslocação: O GPS determinava a trajetória correta, mas o operador tinha que ir corrigindo a rota no volante de forma constante. O processo era cansativo e originava que, em grande parte dos casos, acabasse com o operador a conduzir o trator sem o auxílio do sistema de navegação.

Porém, a insistência de João Coimbra e o avanço dos sistemas de teleguiamento (autoguide), fizeram com que seja o próprio equipamento a conduzir o trator de forma automática, seguindo linhas paralelas e evitando os antigos riscadores na sementeira.

"O avanço na qualidade do serviço é exponencial. Temos hoje a possibilidade de reduzir erros nas trajetórias até 2 cm, este erro é muito inferior ao erro humano, mesmo de operadores experientes", referiu o empresário. Para além do aumento de precisão, o empresário adianta outras preciosas vantagens para a cultura do milho: o processo de condução passa a deixar o operador disponível para o controlo mais rigoroso do trabalho das alfaias, evitando o cansaço prolongado pelas longas horas de tarefas repetitivas, podendo aumentar muito a produtividade das próprias alfaias; permite fazer um trabalho noturno com qualidade, algo impossível sem estes equipamentos; reduzir ao mínimo os desvios nas trajetórias, evitando a destruição de plantas nas operações de sacha e abertura de covas, com ganhos consideráveis de plantas por hectare; assegurar a colocação uniforme ao longo da parcela durante a sementeira.

Todo este trabalho é hoje controlado pela recolha de imagens aéreas, que visam observar o desenvolvimento das searas ao longo do ciclo (sem estes apoios, as searas do milho, com a sua elevada altura, não permitem uma visualização espacial durante grande parte do seu ciclo).

Sem comentários:

Enviar um comentário