sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Cultivo do sabugueiro com futuro


por João Barbosa
25 de Setembro - 2014
A produção de baga de sabugueiro tem vindo a aumentar e já representa um negócio de cerca de 2 milhões de euros. A exportação é o principal destino, em especial a Alemanha, e o uso farmacêutico é a principal utilização. 

 
Quando o Marquês de Pombal estabeleceu a região demarcada do Douro considerou como crime grave a adição de bagas de sabugueiro no vinho. A prática manteve-se, por dar mais cor e tornou-se legal, mas em 1983 voltou a ser novamente proibida.

A legislação pombalina impunha a proibição de sabugueiros a menos de cinco léguas (portuguesas – 33,3 quilómetros). Ainda assim, este arbusto, que pode atingir os seis metros de altura, encontra-se em concelhos que têm freguesias com direito a produzir para Vinho do Porto.

O sabugueiro (Sambucus nigra) é encontrado em toda a Península Ibérica, sendo que em Portugal a exploração está quase toda nos concelhos de Tarouca, Moimenta da Beira, Lamego, Armamar e Tabuaço, sendo nestas duas autarquias a principal fonte de receitas, referiu Bruno Cardoso, produtor deste arbusto. Nas freguesias que não se encontram dentro da delimitação da região vitivinícola do Douro não se encontra, ainda hoje, um pé de vinha.

Atualmente, existem cerca de 700 hectares cultivados, por cerca de 850 agricultores, responsáveis por 3.500 toneladas de baga fresca – salienta Carla Paula Cardoso, diretora da Associação Flor do Sabugueiro, citando um documento da Direção Regional de Agricultura do Norte. Esta dirigente sublinha que o número tem vindo a aumentar ligeiramente.

Bruno Cardoso, agricultor em Salzedas (Tarouca) considera que o negócio é atrativo e que pode ser uma aposta viável. O preço médio da baga fresca é de 0,375 euros por quilograma, sendo a seca de 2,10 euros. No seu conjunto, a produção de baga de sabugueiro representa um negócio entre dois milhões e 2,2 milhões de euros.

Veja a reportagem completa na edição de outubro da revista Vida Rural.

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