quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Gripe das aves: Aumentam as preocupações com uma nova estirpe da gripe no Sudeste da Ásia


Um transporte de aves de capoeira é submetido a uma inspecção de rotina pelas autoridades veterinarias na Tailandia: um exemplo de boas prácticas de biossegurança. Foto: ©FAO/Bay Ismoyo


Uma estirpe do vírus da gripe que apareceu recentemente em aves de capoeira no Sudeste Asiático chamada A (H5N6) é uma nova ameaça para a saúde animal e os meios de subsistência e deve ser acompanhada de perto, alertou ontem a FAO.

O vírus A (H5N6) foi relatado pela primeira vez pelas autoridades chinesas em aves de capoeira em Abril deste ano. Desde então, tem sido também detectada pela República Democrática Popular do Laos e pelo Vietname.

"Os vírus da gripe estão constantemente a misturarem-se e a recombinarem-se para formar novas ameaças", disse Juan Lubroth, veterinário-chefe da FAO. "No entanto, o H5N6 é particularmente alarmante porque foi encontrado em vários locais longe uns dos outros e porque é altamente patogénico, o que significa que as aves infectadas rapidamente adoecem e muitas vezes morrem no espaço de 72 horas."

A alta virulência do vírus em galinhas e gansos e a sua propagação potencial em grande parte de toda o Sudeste da Ásia leva a uma ameaça real para os modos de vida relacionados com a criação de aves. A produção avícola contribui para o rendimento de centenas de milhões pessoas na sub-região.

A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que trabalha com a FAO  e a Organização Mundial da Saúde (OMS) para ajudar os países face ao risco de doenças humanas e animais, está a acompanhar de perto a situação .

"Uma vigilância eficaz e uma detecção precoce das doenças dos animais na sua origem são dois principais meios de reduzir o risco de propagação e garantir a segurança das trocas comerciais. A OIE incentiva os seus 180 Estados membros a honrar os seus compromissos e a notificar sem demora no sistema WAHIS qualquer surto detectado no seu território ", disse o director-geral da OIE Bernard Vallat.

Fonte:  FAO

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