sábado, 6 de setembro de 2014

Países da UE não conseguem travar entrada de produtos de madeira ilegal


por Ana Rita Costa
5 de Setembro - 2014
A WWF – World Wide Fund for Nature revelou esta semana que mais de um ano após a entrada em vigor da lei sobre o comércio de madeira da UE, uma investigação realizada por si confirma que muitos países da União Europeia continuam a não conseguir travar a entrada de produtos de madeira ilegal nos mercados da UE.

 
O barómetro da WWF sobre a União Europeia mostra que apenas 11 países da União Europeia adotaram até agora a legislação e as medidas nacionais consideradas "firmes o suficiente" para controlar a legalidade da madeira e dos produtos de madeira, definindo penalizações para aqueles que infringem as regras. Esses países são a Bélgica, o Chipre, a Dinamarca, a Estónia, a Finlândia, a Lituânia, o Luxemburgo, os Países Baixos, Portugal, Eslovénia e Reino Unido.

De acordo com a organização ambiental, "Portugal, especificamente, apresenta um bom desempenho e tem demonstrado, desde que se faz este barómetro, melhorias claras na política de legalidade. Especificamente sobre a implementação da EUTR em Portugal, a WWF congratula-se que o regulamento tenha sido rapidamente transposto para a legislação nacional."

A WWF quer agora que a Comissão Europeia "utilize os resultados das pesquisas para colocar mais pressão sobre os governos nacionais e tomar medidas legais contra os países não compatíveis."

Anke Schulmeister, da WWF, defende que "o Banco Mundial estima que a cada dois segundos, uma área de floresta do tamanho de um campo de futebol é destruída por madeireiros ilegais em todo o mundo. É preocupante ver que, apesar duma plena consciência da UE da dimensão e impacto da exploração madeireira ilegal e da sua responsabilidade em combater este tipo de criminalidade, os países da UE ainda estão a permitir que toneladas de produtos de madeira de origem ilegal atravessem as suas fronteiras. É preciso garantir que as florestas são geridas de forma sustentável, que o ambiente e as comunidades sejam protegidos e que os mercados europeus não sejam invadidos e prejudicados por produtos ilegais de preços baixos."

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