sábado, 20 de setembro de 2014

Um terço da produção de tomate pode estar perdida devido à chuva

O dirigente da FNOP e da Torriba adiantou que a diretora regional da Agricultura visitou os campos na quarta-feira, verificando a "situação difícil" gerada pelas chuvas que se têm sentido na região desde o passado dia 06
Cerca de 30% da produção de tomate para a indústria pode estar perdida, dada a impossibilidade de as máquinas entrarem nos terrenos alagados pela chuva, disse hoje à Lusa fonte da produção.

Gonçalo Escudeiro, da direção da Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas (FNOP) e da Torriba, organização de produtores hortofrutícolas, afirmou à agência Lusa que a queda anormal de chuva numa altura em que ainda decorre a colheita deixou os terrenos saturados, impedindo o normal decorrer da campanha.

"Estamos muito preocupados. Num ano já difícil em termos agrícolas, com uma primavera fria e chuvosa, em que foi preciso muito profissionalismo da parte dos produtores, estamos com 30% da produção de tomate no chão e sem sabermos se aguenta até as máquinas poderem entrar nos campos para a colheita", afirmou.

Gonçalo Escudeiro afirmou que estão por colher mais de 4.000 hectares de um total de cerca de 17.400 hectares plantados, o que deixa preocupados não só os produtores mas também as indústrias transformadoras que já têm compromissos assumidos.

"São mais de 30 milhões de euros que estão no chão", disse, sublinhando a importância de ter sido possível conseguir a cobertura destas situações pelos seguros, embora ainda nem todos os produtores tenham aderido.

Gonçalo Escudeiro sublinhou o impacto para a economia da região e para as agroindústrias, tanto pela perda de tomate (85% da produção faz-se no Ribatejo), como do pimento, com uma estimativa de 50% de perdas.

O dirigente da FNOP e da Torriba adiantou que a diretora regional da Agricultura visitou os campos na quarta-feira, verificando a "situação difícil" gerada pelas chuvas que se têm sentido na região desde o passado dia 06.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa

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