21-10-2014
A representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, Nadia Scialabba, apresentou os preliminares de um estudo modelo, a publicar antes do final do ano, sobre o que acontecerá em 2050 se toda a produção agrícola se converte-se em biológica.
Scialabba assegura que a agricultura biológica poderia pode produzir alimentos suficientes para a população de 9,2 mil milhões de pessoas em 2050, mas com dietas com uma redução de 30 por cento nos produtos de carne. Para isso, deve-se realizar uma correcta gestão da superfície, assim como gerir de forma eficaz os nutrientes desperdiçados das culturas.
A especialista da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) falava no "XI Congresso da Sociedade espanhola de Agricultura Biológica" (SEAE), observou que a agricultura familiar deveria estar na cabeça da agricultura global para levar a cabo este desafio em 2050.
Por outro lado, Jean van Mark, da AS-PTA, Brasil, insistiu em «que a agroecologia mostrou-se capaz de responder à procura crescente de alimentos de forma sustentável e a preços razoáveis». Destacou que nos encontramos num momento de risco para o futuro porque os agricultores diminuíram a sua participação nas decisões e que a biodiversidade deveria estar nas suas mãos. De outra forma, disse, «a luta está perdida», assinalando que a agricultura biológica funciona de forma eficiente a pequena escala e tem de ser assumida massivamente pelos agricultores familiares».
A SEAE celebra em cada dois anos, desde 1994, os seus congresso cientifico-técnicos, nos quais partilham e debatem entre as partes interessadas os resultados das suas investigações e expõem as recentes inovações que favoreçam o sector.
Fonte: Agrodigital
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