02-10-2014
Os governos europeus devem ajudar a combater a fome e desnutrição a nível global, já que não fazê-lo vai aumentar os fluxos migratórios e avivar conflitos, afirmou o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).
José Graziano da Silva disse que a «insegurança alimentar e o conflito andam de mãos dadas», assinalando que os fenómenos climatéricos extremos, os problemas de áfrica, Médio Oriente e agora o surto de Ébola na África Ocidental tendem a espalhar-se para além das fronteiras nacionais e para outras regiões num mundo globalizado, muitas vezes através da migração forçada.
As passagens de fronteiras ilegais são um tema de preocupação na Europa e outras partes do mundo», sublinhou Graziano da Silva na reunião informal de ministros da Agricultura da União Europeia, em Milão, acrescentando que é uma responsabilidade comum ajudar a contruir alternativas e o desenvolvimento agrícola e rural sustentável nos países de origem deve estar na base».
O responsável instou os ministros da União Europeia a considerar a desnutrição como um problema público que necessita uma acção concertada.
«A fome é a face mais deplorável da desnutrição, mas não é a única, adiantou o director-geral da FAO, referindo que «cinco por cento da actividade económica mundial perde-se anualmente e que mais de dois milhões de pessoas sofrem de má-nutrição, deficiências de micronutrientes ou fome oculta, que podem manifestar-se sob a forma de obesidade».
O responsável disse contar com a participação constructiva dos ministros da UE na segunda Conferência Internacional sobre Nutrição (CIN2) que a FAO e a Organização Mundial de Saúde (OMS) recebem em Roma, de 19 a 21 de Novembro. A agricultura é uma parte fundamental dos esforços para melhorar a desnutrição, declarou Graziano da Silva.
Fonte: Agrodigital
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