quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Ministra da Agricultura defende recurso aos seguros


Lusa
07 Out, 2014, 21:19

A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, considerou hoje que é necessário aumentar o recurso aos seguros agrícolas, para que os preços possam baixar.
"Quantos mais agricultores fizerem seguros, mais generosos podem ser", referiu a governante, questionada pelos jornalistas sobre as queixas no setor quanto ao aumento dos custos, à margem de uma cerimónia de entrega de prémios agrícolas.

Assunção Cristas lembrou que o Governo fez uma transformação do sistema de seguros no setor agrícola, o que se refletirá no PDR2020 (Programa de Desenvolvimento Rural), que tem o início de candidaturas previsto para dia 15 de novembro.

"O PDR2020 vai contar pela primeira vez com seguros apoiados pelos próprios fundos comunitários", sublinhou, acrescentando que o Governo espera que nalguns domínios, possam existir apólices de seguros ajustadas aos produtores.

"Não tenho dúvidas de que o caminho é por aí, muito mais do que dar pontualmente apoios que na prática funcionam como um desincentivo a que os agricultores façam os seus contratos de seguro", defendeu a governante, que apontou também a solução dos seguros para os prejuízos recentes na colheita de tomate.

"Com certeza que os seguros não apoiam tudo. Há sempre uma margem de perdas que não são apoiadas sob pena de serem incomportavelmente caros, mas isso também é o que está dentro do risco próprio do agricultor", avisou.

No final de setembro, a Associação Portuguesa dos Produtores de Tomate (APPT) anunciou que queria reunir-se com a ministra da Agricultura, para a sensibilizar para os elevados custos dos seguros e o preço baixo pago à produção, face aos prejuízos sofridos no setor.

A ministra esteve hoje presente na cerimónia de entrega dos prémios "Inovação Crédito Agrícola", patrocinados pelo banco Crédito Agrícola em parceria com a Inovisa, com o objetivo de incentivar a inovação no setor.

Os prémios, que foram atribuídos em cinco categorias, foram entregues à CleanBiomass (categoria Inovação Empresarial), ao projeto Fruta Feia (Empreendedorismo e Inovação Social), e à produção de Forragem Verde Hidropónica (Agricultura Familiar e Micro-Empresas).

Quanto à categoria de Investigação e Inovação Tecnológica, os premiados pertencem a uma equipa de investigadores da Universidade do Algarve, ligada ao desenvolvimento de processos para a produção de fibras têxteis a partir de recursos agro-florestais.

Já na categoria Projecto de Elevado Potencial Promovido por Associado do Crédito Agrícola, foi distinguida a máquina autónoma de classificação de fruta com colheita automática, da responsabilidade de uma equipa de investigadores do Centro de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra.

Cada um dos vencedores recebeu 5000 euros do Crédito Agrícola, passando a dispor também de condições especiais no banco.

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