terça-feira, 28 de outubro de 2014

Ministra da Agricultura estuda suspensão de pagamento por conta para produtores de tomate

27-10-2014 
  
A suspensão do pagamento por conta aos produtores de tomate prejudicados com as intempéries é uma possibilidade que está a ser analisada, disse a ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas.

«Houve uma medida que foi tomada em relação à seca, que foi a suspensão do pagamento por conta, que eu me comprometi a estudar tecnicamente com as Finanças para saber se é possível fazermos essa suspensão por conta para estes agricultores que tiveram grandes prejuízos», disse a ministra.

Assunção Cristas recebeu hoje a Associação Portuguesa dos Produtores de Tomate, que representa os cerca de 200 agricultores, a maioria do Ribatejo, prejudicados pelas intempéries de Setembro, com prejuízos avaliados em cerca de 30 milhões de euros.

Devido aos prejuízos, estes agricultores não têm imposto a pagar mas são na mesma obrigados a fazer esse pagamento por conta e, como disse a ministra, uma suspensão desse pagamento podia «aliviar um bocado a tesouraria dos agricultores».

Amândio Freitas, presidente da associação de produtores de tomate, congratulou-se com esta possibilidade de suspensão, que diz «beneficiar para o ano os agricultores», e revelou ter pedido ainda ao ministério que negociasse com as seguradoras para fazer o seguro no início do ano e pagar no final e ainda uma linha de crédito à taxa zero.

«Os seguros e a suspensão estão bem encaminhados, mas quanto à linha de crédito a ministra ficou de pensar e ver junto das Finanças se havia essa possibilidade», contou o empresário agrícola.

Assunção Cristas, em declarações à Lusa, salientou a necessidade de os agricultores fazerem mais seguros, explicando que «quanto mais fizerem seguros, mais barato será o seguro e terá melhores coberturas».

A ministra rejeita a possibilidade de indemnizações aos agricultores prejudicados e que não têm seguro: «Se queremos apostar nos seguros, não podemos, quando há uma contrariedade, indemnizar os que tiveram prejuízos. Isso é contraditório e desincentivador para quem fez seguros», concluiu.

Fonte: Lusa

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