quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Produtores registam quebra de 20 por cento no Alvarinho mas garantem qualidade

13-10-2014 
 

 
A Associação de Produtores de Alvarinho (APA) anunciou à Lusa uma quebra de 20 por cento na produção de Alvarinho, mas garantiu que o vinho que vai chegar ao mercado em 2015 «mantém a mesma qualidade».

«Este ano foi extremamente exigente para a viticultura por causa da chuva. Não foi um ano normal em que a chuva se concentra sobretudo num período. Este ano choveu quase todos os meses o que provocou alguma redução na produção mas nada de significativo que crie problemas no mercado e na qualidade do produto final», afirmou Miguel Queimado, o presidente da APA.

O responsável explicou que a produção deste ano atingiu «um valor regular», cerca de «cinco milhões de quilogramas de uvas», face «ao ano "excepcional» de 2013, que registou uma produção que rondou os «sete milhões de quilogramas de uva».

«Apesar da redução de cerca de 20 por cento na quantidade de uvas desta campanha, garantidamente o mercado vai ter mais uma vez, a oportunidade de poder verificar o porquê de nos últimos 100 anos o Alvarinho Monção/Melgaço ter ganhado a notoriedade que ganhou», sustentou.

As vindimas deste ano terminaram no passado dia quatro, sendo que as primeiras garrafas da campanha de 2014 deverão chegar ao mercado durante o próximo ano.

A produção de vinho alvarinho movimenta dois mil produtores e engarrafadores dos concelhos de Monção e Melgaço, num volume de facturação anual que ascende a 20 milhões de euros, sendo mesmo uma das uvas mais caras do país.

Segundo números da APA, aquela actividade reúne 60 empresas desta sub-região demarcada centenária, onde são produzidos, normalmente, cinco milhões de quilos daquela uva todos os anos.

A selecção «das melhores» dá origem a mais de 1,5 milhões de garrafas de vinho alvarinho, característico daqueles dois concelhos do Alto Minho. A exportação de vinho alvarinho, de Monção e Melgaço, representa 10 por cento do total das vendas anuais deste produto, «estará mais centrada nos Estados Unidos, Canadá e França.

Trata-se da casta cuja uva «mais rende ao produtor», com excepção da uva utilizada para o vinho do Porto de mesa. Este ano, segundo o presidente da APA o valor rondará de um euro por cada quilo. «O valor deste ano só será fixado no final da campanha mas este ano não irá baixar seguramente, devido à redução na produção».

Fonte: Lusa

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