segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Reconhecida a importância do pinheiro manso para a região no seminário de carregal do sal

OUT 21CENTRO, PORTUGALCARREGAL DO SALBY GERSON INGRÊS

 
CARREGAL DO SAL – Parcelamento excessivo de terrenos é um dos principais constrangimentos ao desenvolvimento dessa cultura

Foi unânime – a cultura do pinheiro manso assume um papel cada vez mais importante em termos económicos e de potencialização dos recursos florestais existentes.

A conclusão saiu do Seminário realizado no dia 17 de outubro, em Carregal do Sal, organizado pela Câmara Municipal de Carregal do Sal e pela Associação de Produtores Florestais do Planalto beirão.

Foi, em suma, um dia de análise e reflexão que juntou, no Centro Cultural de Carregal do Sal, cerca de 250 pessoas da região NUTS III, mas não só, e que contou com a participação e contributos de especialistas, técnicos e profissionais da área.

Antes do início dos trabalhos o presidente da Associação de Produtores Florestais do Planalto Beirão, Manuel Cortez deu as boas-vindas a todos desejando que o encontro revestisse a forma de uma jornada profícua.

Rogério Mota Abrantes, presidente da Câmara Municipal de Carregal do Sal, referiu-se às condições privilegiadas do seu Concelho, em termos de solo e clima, totalmente favoráveis à cultura do pinheiro manso reforçando a nova centralidade já assumida e registada por Carregal do Sal.

Explicou então a aposta do Município nessa cultura autóctone referindo-se aos preparativos para a instalação/criação e um Parque Clonal no Concelho.

A sessão de abertura terminou com a intervenção do Vice-presidente da CCDR Centro, José Alberto Ferreira. Aludindo ao facto de se sentir em casa, aquele responsável parabenizou a organização pela iniciativa referindo que o próximo quadro comunitário de apoio prevê um forte investimento na área dos recursos florestais/ambientais.

Os trabalhos começaram, de imediato com a constituição do 1.º painel do Seminário onde foi abordado o enquadramento e as exigências de natureza ecofisiológica e ecológicas para a cultura do Pinus pinea e em que não foi esquecida a metodologia da enxertia deste recurso endógeno.

Depois do intervalo para almoço livre, os trabalhos foram reiniciados dando-se início ao 2.º painel em que os oradores se debruçaram sobre a valorização e aproveitamento do pinheiro manso.

Uma vez mais, os intervenientes convidados corresponderam às expetativas da plateia que regressou em peso para continuar a analisar a cultura do pinheiro manso.

Antes do encerramento, e tal como havia acontecido ao final da manhã, ainda houve tempo para um espaço de debate em que foram colocadas diversas perguntas destacando-se a legislação em relação à plantação deste espécie; aos respetivos apoios previstos no próximo quadro comunitário e à apanha/venda de pinhas aos comercializadores.

Foi então constituída a mesa de encerramento do Seminário, constituída pelo Presidente da Assembleia Geral da Associação de Produtores Florestais do Planalto Beirão, Germano Duarte; pelo Presidente da Assembleia Municipal de Carregal do Sal, Carlos Jorge Gomes e por Rui Melo, do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, em representação da Ministra da Agricultura e do Mar.

Os dois primeiros congratularam-se pela realização do Seminário e pela afluência de pessoas, facto que revelou a pertinência e atualidade da iniciativa tendo Jorge Gomes agradecido o contributo deixado pelos diversos intervenientes convidados.

Rui Melo referiu-se a alguns aspetos legislativos, indo ao encontro do esclarecimento de dúvidas suscitadas pelo público e admitiu que Portugal está ainda a dar os primeiros passos no sentido de adotar procedimentos mais rigorosos em relação à cultura do pinheiro manso e à comercialização do pinhão. Defendeu também a criação de uma unidade de extração de pinhão em Portugal que, justificou, permitiria que uma boa parte do rendimento desta cultura ficasse no nosso País, ao invés de ir para os países para onde exportamos as pinhas.

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