sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Financiamento da estação de efluentes suinícolas de Leiria aprovado pelo Proder

12-11-2014 
 

   
O financiamento para a construção da estação de tratamento de efluentes suinícolas de Leiria, que deverá pôr cobro às descargas para a ribeira dos Milagres, foi aprovado pelo Proder - Programa de Desenvolvimento Rural, disse um dos parceiros.

«É uma excelente notícia, quer dizer que há financiamento para avançar com a obra», afirmou o presidente do conselho de administração da Luságua, um dos parceiros do projecto, adiantando que foi aprovado um financiamento de 45 por cento do investimento, orçado em 21 milhões de euros.

Diogo Faria de Oliveira referiu não haver, para já, uma data para o início da construção da estação de tratamento de efluentes suinícolas (ETES), remetendo os próximos passos para a comissão alargada do projecto, na qual estão integrados ministérios, câmaras municipais, parceiros e suinicultores.

«Vamos ter de esperar pela próxima reunião da comissão alargada e é nesse fórum que se tomam essas decisões», acrescentou o presidente da Luságua, esclarecendo que o restante valor para concretizar a obra «é financiamento privado», incluindo de todos os parceiros.

Em Setembro, o presidente da Recilis, empresa de tratamento e valorização de efluentes suinícolas, referiu à Lusa que, «cumpridas que foram várias etapas do cronograma de acção», se estava «na fase de apreciação da candidatura por parte do Proder».

«Após a aprovação (…), será lançado um procedimento de consulta pública internacional, com o objectivo de seleccionar a melhor tecnologia», declarou na ocasião David Neves, salientando que, «reunidas todas as condições de viabilidade do projecto e concluído o processo de concurso público, estima-se que o prazo de obra e arranque seja de dois anos».

Questionado por que razão o investimento não foi, ainda, iniciado, David Neves sustentou então que se trata «de um projecto de grande complexidade, que implica rigor nas tomadas de decisão, mas, sobretudo, exige que estejam asseguradas todas as vertentes de sustentabilidade, técnica, ambiental e económica».

Em Junho de 2013, a ministra da Agricultura presidiu à assinatura de um protocolo que previa construir a ETES em dois anos. O protocolo envolve o ministério, a SIMLIS, empresa responsável pelo Sistema Multimunicipal de Saneamento do Lis, as autarquias da Batalha, Porto de Mós e Leiria, bem como as entidades promotoras – Recilis, Fomentinvest e a Luságua – responsáveis pela construção, instalação e exploração da ETES.

«A Fomentinvest demonstrou este ano indisponibilidade e foi substituída pela Be Water, empresa do grupo chinês Beijing Enterprises Water Group», informou o presidente da Recilis. A ETES do Lis, projectada para a freguesia de Amor, vai tratar cerca de 900 metros cúbicos de efluente diário que, «a acrescer aos 280 m3 já instalados na ETAR Norte, a estação de tratamento de águas residuais em Coimbrão, em Leiria, irá perfazer uma capacidade total de 1.180 m3 por dia».

«Agrega mais de 400 explorações pecuárias em toda a bacia hidrográfica do rio Lis, abrange os concelhos de Leiria, Batalha, Porto de Mós, Marinha Grande e Pombal», acrescentou em Setembro David Neves, esclarecendo que «na área de intervenção deste projecto situa-se mais de 15 por cento da produção nacional».

Fonte: Lusa

Sem comentários:

Enviar um comentário