quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Copa-Cogeca pede simplificação da PAC

09-12-2014 
 

 
O novo comissário europeu da Agricultura, Phil Hogan, e os dirigentes agrícolas de toda Europa receberam favoravelmente os planos para simplificar a política agrícola comum.

O presidente da COGECA, Christian Pèes, destacou que «quando o mundo em geral concentra a sua atenção em produzir mais alimentos para responder à procura mundial é também importante assegurar que as medidas verdes resultem na retirada de terras da produção. Os agricultores e suas cooperativas procuram soluções favoráveis para todos que permitam salvaguardar os recursos naturais e satisfazer a crescente procura e lhes garantam u futuro economicamente viável para responder a este aumento da procura».

Por conseguinte, o Copa-Cogeca congratula-se com a declaração do comissário da Agricultura, segundo o qual a simplificação da política agrícola comum (PAC) terá a máxima prioridade para a nova Comissão. Phil Hogan falou dos seus planos para lançar um exercício de avaliação global com o objectivo de identificar as áreas e os elementos que possam simplificar-se, afirmando que se comprometeu a apresentar resultados no prazo de um ano do seu mandato. Esta iniciativa foi muito bem recebida pelos presidentes das organizações e cooperativas agrícolas europeias na reunião de alto nível que decorreu na sexta-feira passada.

Contudo, a organização instou o comissário a adoptar o maior número possível de programas europeus de desenvolvimento rural para o período de 2014-2020 antes do final do ano, porque, pelo contrário, podem ser adiados até 2015, o que pode poderá repercutir negativamente nas actividades dos agricultores, proprietários florestais e das cooperativas agrícolas.

Para além disso, tendo em conta que muitos agricultores e cooperativas da União Europeia estão paradas devido ao impacto da crise russa, o Copa-Cogeca solicitou mais apoio específico, em particular para as zona mais afectadas, como a Letónia, Estónia, Lituânia e Finlândia, por exemplo, que perderam o seu principal mercado de exportação para os seus lacticínios, sobretudo para o queijo, assistindo a reduções dos preços de cerca de 30 por cento em alguns casos.

Christian Pèes insistiu ainda que é necessário apoio para encontrar novas saídas de mercado para os produtos, como por exemplo, nas economias emergentes e para eliminar as barreiras sanitárias e outros obstáculos desnecessários ao comércio e avançar com campanhas de promoção. Devem proporcionar-se medidas de apoio adicionais para a resolução destes problemas no quadro do orçamento para 2015 e para evitar que os mercados afundem, assim como o encerramento das actividades dos agricultores e suas cooperativas.

Fonte: Agrodigital

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