sábado, 22 de fevereiro de 2014

Essência do Vinho 2014

BE exige levantamento dos prejuízos dos incêndios no Vale do Mondego, na Guarda


O Bloco de Esquerda (BE) defendeu hoje a necessidade de o Ministério da Agricultura fazer um levantamento dos danos causados pelos incêndios florestais na zona do Vale do Mondego, na Guarda, para que os agricultores sejam apoiados.
Segundo a deputada do BE, Helena Pinto, que hoje visitou a área ardida e reuniu com a Associação Distrital dos Agricultores da Guarda e com a direção da Cooperativa Camponeses do Vale do Alto Mondego, os incêndios de 2013 destruíram uma área de 1.800 hectares no Vale do Mondego, dos quais 560 são agrícolas.
«E perante esta situação, não houve técnicos do Ministério da Agricultura que se deslocassem ao local para levantamento dos prejuízos», lamentou a deputada, no final da visita, anunciando que irá apresentar o problema da Assembleia da República (AR).
Diário Digital / Lusa

Portugal menos dependente de produtos agroalimentares, diz Cristas



Portugal conseguiu reduzir no ano passado o défice da balança agroalimentar em quase 400 milhões de euros, abaixo dos 500 milhões de euros que diminui em 2012, anunciou hoje a ministra da Agricultura.

"O défice agroalimentar melhorou de novo este ano", disse Assunção Cristas, no decorrer de uma visita ao Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas (SISAB), cuja 19º edição arrancou segunda-feira em Lisboa.
No ano passado as exportações do setor agroalimentar aumentaram 7,8%, face ao ano anterior, tendo o azeite registado um aumento de 30% das exportações, os produtos transformados (como o tomate) 17% e o vinho 2,5%.
Assunção Cristas enalteceu a importância do SISAB para a promoção do comércio de produtos nacionais no estrangeiro e disse estar "muito bem impressionada" com os mais de 600 expositores presentes no certame.
O diretor do SISAB, Carlos Morais, acrescentou que este ano estão presentes no evento cerca de 1.600 empresas importadoras, entre as quais, destacou, empresas árabes, canadianas e chinesas.
"67% dos compradores vieram este ano pela primeira vez ao SISAB", acrescentou Carlos Morais.
Dinheiro Digital com Lusa

Governo quer regime de IVA forfetário para pequenos agricultores - ministra



O Governo quer criar um regime de IVA forfetário para que os pequenos agricultores com volumes de negócios inferiores a 10 mil euros também possam ser reembolsados do IVA, disse hoje a ministra da Agricultura e Mar.

«Estamos a trabalhar para ter um regime de IVA forfetário para garantir que todos os agricultores, mesmo os que não estão no regime de IVA, podem deduzir o valor correspondente ao IVA das aquisições de que necessitam para a sua produção, como por exemplo as sementes», afirmou Assunção Cristas à Agência Lusa.
O objetivo «é que todos possam ser reembolsados do IVA, através de um regime forfetário que será adequado as diferentes culturas», estando ainda a ser feitos os cálculos de acordo com as áreas de produção.
Dinheiro Digital / Lusa

Certificação garante qualidade do queijo da Serra

GARANTIA

por LusaHojeComentar

Certificação garante qualidade do queijo da Serra
A certificação do queijo Serra da Estrela garante qualidade ao consumidor, disse hoje à agência Lusa fonte da Estrelacoop - Cooperativa dos Produtores de Queijo Serra da Estrela, que representa os produtores certificados da região demarcada.
"A vantagem da certificação é garantir ao consumidor que está perante um produto produzido numa região, com tradições, com regras de produção, e com um nível de qualidade quer organoléptica, quer para a sanidade pública, com garantia", segundo Célia Henriques, técnica da Estrelacoop, com sede em Celorico da Beira.
A responsável considera que a certificação "é importante" para o setor, porque o queijo Serra da Estrela é "único" no país e no mundo e constitui "uma das maiores riquezas ou até a maior riqueza" da região, sendo também o "embaixador dos queijos no estrangeiro".
"É importante que os municípios não deixem acabar este produto. Há regras de produção a cumprir e essas regras é que o fazem ser diferente de todos os outros", assinala.
Na campanha de produção de 2013/2014, a Estrelacoop refere a existência de 17 produtores de queijo Serra da Estrela, pertencentes aos concelhos de Celorico da Beira, Trancoso, Fornos de Algodres, Gouveia, Seia, Oliveira do Hospital, Nelas e Penalva do Castelo, sendo que 14 são associados da cooperativa.
"Nos últimos cinco anos, o número de produtores tem-se mantido, alguns desistem, outros aderem, mas felizmente temos alguns produtores novos, o que é muito satisfatório e bom para a região", refere Célia Henriques.
A responsável adianta que a produção deste ano é de "ótima qualidade", contando que já foram feitos painéis de provas (exame organoléptico) e os queijos analisados apresentam uma pasta "muito boa".
O queijo Serra da Estrela só pode ser produzido na sua área geográfica, com leite de ovelha das raças Serra da Estrela ou Churra Mondegueira.
Este produto apresenta-se, entre outras características, com forma cilíndrica e com pasta semi-mole, e o seu peso varia de 500 a 1.700 gramas.
O queijo é sempre comercializado com um rótulo, onde consta a designação 'Queijo Serra da Estrela', o logótipo DOP (Denominação de Origem Protegida) e a respetiva marca de certificação (um holograma numerário que é produzido na Casa da Moeda).
A Cooperativa Estrelacoop, que tem sede na vila de Celorico da Beira, no distrito da Guarda, é a entidade gestora da DOP do queijo Serra da Estrela.

Casa do Douro contesta proposta «indecorosa» do Governo e avaliação aos vinhos



O presidente da Casa do Douro (CD) contestou hoje o resultado da avaliação feita pela Universidade de Vila Real aos seus vinhos e classificou como «indecorosa» a proposta de solução dos problemas apresentada pelo Governo.

«Consideramos que a proposta entregue é na sua generalidade indecorosa», afirmou Manuel António Santos à agência Lusa.
O documento que visa a resolução dos problemas da instituição duriense foi apresentado pelo Ministério da Agricultura à direção da CD e resultou de um trabalho feito por um grupo de trabalho interministerial.
Dinheiro Digital / Lusa

Criação de um sistema de informações agrícolas no Mediterrânio


Fevereiro 18
11:51
2014

Os Ministros da Agricultura dos países da bacia mediterrânica (Albânia, Argélia, Egipto, Espanha, França, Grécia, Itália, Líbano, Malta, Marrocos, Portugal, Tunísia e Turquia), reunidos no passado dia 6 de Fevereiro, em Argel, decidiram criar um novo sistema de informação dos mercados agrícolas na região, chamado Med-AMIN. Este sistema será inspirado no AMIS, já utilizado pelos países do G-20, com quem trabalham em colaboração.

O Med- AMIN permitirá uma maior transparência dos mercados e seguir de perto a evolução dos mesmos, de modo a poder haver uma rápida actuação em caso de crise. Nos primeiros tempos, vai ser dada especial atenção ao mercado dos cereais.

Morreu o guineense Carlos Schwarz, diretor da Ação para Desenvolvimento


O guineense Carlos Schwarz, diretor executivo da Ação para Desenvolvimento (AD), morreu hoje, em Lisboa, segundo noticia a própria organização não-governamental, na sua página na internet.
Mais conhecido como «Pepito», nascido em 1949, Carlos Schwarz foi deputado à Assembleia Nacional e ministro do Equipamento Social no governo de unidade nacional guineense, após o conflito político-militar de 1998/99.
Nos primeiros anos da independência da Guiné, foi coordenador do DEPA (Departamento de Experimentação e Pesquisa Agrícola), instituição do Ministério da Agricultura, que promoveu as boas práticas agrícolas junto da população camponesa.
Diário Digital / Lusa

Agricultores com menos de 1.670 euros por ano isentos de IRS e Seg. Social

21 de Fevereiro, 2014

Os agricultores com rendimentos inferiores a 1.670 euros anuais vão ficar isentos de inscrição na Segurança Social e dispensados da entrega da declaração de IRS, anunciou hoje a ministra da Agricultura e Mar, Assunção Cristas.
As medidas resultam de um trabalho conjunto com os ministérios das Finanças e da Segurança Social e foram desenhadas "numa lógica de promoção da agricultura familiar" e "para tranquilizar" o sector face às obrigações fiscais que entraram em vigor no ano passado, explicou a ministra.

O novo regime declarativo que obriga à inscrição de todos os agricultores com actividade comercial, ficando isentos de IVA os que têm um volume de negócios anual inferior a 10 mil euros, mereceu duras críticas por parte das associações do setor e dos grupos parlamentares da oposição, que alertaram para o efeito negativo das medidas e para a excessiva burocracia.

O prazo dado aos agricultores para declararem o início de actividade nas Finanças ou comunicarem alterações à mesma, foi adiado por quatro vezes, e, no mês passado, Assunção Cristas já tinha prometido, para breve, "alterações" para "simplificar" e "facilitar" a actividade dos pequenos agricultores.

A ministra revelou hoje que os agricultores com rendimentos ou ajudas da Política Agrícola Comum (PAC) inferiores a 1.670 euros (o equivalente a 4 vezes o Indexante dos Apoios Sociais, que corresponde a 419,22 euros) não têm de se inscrever na Segurança Social, nem entregar declaração de IRS, embora se mantenha a obrigatoriedade de se inscreverem nas Finanças.

A regra aplica-se também aos agricultores que se inscreveram no ano passado.

O Governo criou também um grupo de trabalho que está a estudar uma forma de simplificar as guias de transporte, que passaram também a ser obrigatórias no ano passado, "para que o agricultor possa apresentar apenas uma única guia para vários fins", bem como a facturação.

O objectivo, segundo Assunção Cristas, é simplificar a facturação para os pequenos agricultores e pequenos produtores "que comercializam localmente os seus produtos em mercados de proximidade".

Questionada sobre a demora em adoptar as medidas de simplificação que já tinham sido exigidas pelas associações de agricultores e alguns grupos parlamentares, a ministra argumentou que houve necessidade de acompanhar o processo no terreno e sensibilizar o ministério das Finanças.

"Foi preciso que explicássemos e demonstrássemos que uma alteração aparentemente inócua, que era simplesmente adaptarmo-nos a uma diretiva europeia, (...) poderia produzir efeitos nefastos na agricultura de pequena escala", justificou, acrescentando que "há um ano atrás não era claro que isto podia levar a uma preocupação tão grande e angústias para os agricultores".

As medidas surgem no mesmo dia do lançamento oficial das comemorações do Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF2014).

Portugal vai associar-se ao AIAF2014 desenvolvendo um conjunto de iniciativas que visam dar a conhecer a agricultura familiar e as suas potencialidades, bem como eventuais restrições e constrangimentos ao seu desenvolvimento e expansão.

Para tal, a Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) vai disponibilizar um 'site' (http://agriculturafamiliar.dgadr.pt/) que vai centralizar toda a informação sobre o tema, promovendo a divulgação de documentos, ligações a 'sites' nacionais e internacionais com interesse para o AIAF 2014, notícias e o calendário de eventos em Portugal.

Em Portugal a mão-de-obra familiar agrícola representa ainda 80% da mão-de-obra agrícola total com uma forte implantação no território, particularmente nas regiões norte e centro do país.


Lusa/SOL


Portugal quinto produtor europeu de vinho

Fevereiro 18
16:25
2014

A Comissão Europeia apresentou, no passado dia 14 de Fevereiro, as estatísticas de produção europeia de vinho, revendo os dados publicados em 15 de Outubro de 2013.

A revisão mais importante foi na produção espanhola, que foi corrigida para mais 3 milhões de hectolitros, o que faz com que a Espanha tenha sido, em 2013, o maior produtor europeu de vinho, com uma produção total de 48,5 milhões de hectolitros, contra 46,5 milhões da Itália e 44,1 milhões da França. A Alemanha manteve a quarta posição, com 8,4 milhões de hectolitros, enquanto Portugal, que viu a sua produção ser revista em baixa de 411.000 hectolitros, mantém a quinta posição, com um total de 6,329 milhões de hectolitros.

De realçar que a produção de vinho na União Europeia cresceu 14,2% em 2013, em relação a 2012 e Portugal foi um dos poucos países que não registou qualquer crescimento.

Se analisarmos o histórico da última década, Portugal atingiu o pico de produção na campanha de 2001-2002, com 7,790 milhões de hectolitros, para atingir a produção mais baixa em 2008-2009, com 5,62 milhões de hectolitros, subindo até aos 7,133 milhões em 2010-2011 e voltando a descer até agora.

Num sector que tem mostrado, nos últimos anos, grande vitalidade, esta descida de produção deve merecer uma reflexão por parte dos agentes da fileira vitivinícola.

Crise no sector das batatas

Fevereiro 19
12:44
2014

O sector da batata está a passar, a nível europeu, por uma crise de preços, resultado de uma série de combinações de factores, como um aumento da área semeada, boas condições culturais e de colheita que levaram a uma grande produção e consequentemente a um aumento da oferta. O consumidor tem também nesta altura do ano outras opções à batata.

Assim a cotação de Belgapom, do passado dia 14, foi de 9,5 cts por quilo para a variedade Bintje, para calibres superiores a 35 mm a granel e carregado em camião.

A procura foi pequena e houve pouco interesse, pelo que se pode esperar alguma descida de preços nas próximas semanas.

Em Portugal o preço tem-se mantido nos 25 cts, o que deve ser considerado baixo para esta época do ano.

Discussão do futuro das quotas leiteiras

Fevereiro 20
12:19
2014

As quotas leiteiras estão previstas acabar em Maio de 2015, pelo que o assunto foi amplamente debatido no Conselho de Ministros da Agricultura na passada segunda-feira.

A grande preocupação de muitas delegações concentra-se na volatilidade de preços e na necessidade de implementação de medidas que a possam controlar após o fim das quotas. Foi também reafirmado que devem existir medidas especiais de apoio ao sector para as regiões mais desfavorecidas.

Vários países vão exceder a quota este ano e pedem para não ter sanções, que dizem poder causar perturbações no mercado e serem injustificadas, uma vez que as quotas acabam para o ano que vem.

Foi decidido que o mercado iria ser seguido e monitorizado de muito perto, de modo a ser apresentado um relatório pormenorizado em 30 de Junho, que permita definir a implementação das medidas de apoio ao mercado que se julguem necessárias.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

El Niño ameaça voltar e atingir produção global de alimentos


A ocorrência do fenómeno climático El Niño, que pode provocar seca em algumas partes do mundo ao mesmo tempo causando inundações noutros lugares, é cada vez mais provável este ano, potencialmente atingindo a produção de alimentos essenciais, como arroz, trigo e cana-de-açúcar.
O El Niño configura-se pelo aquecimento da superfície do mar no Pacífico, com repercussões em várias partes do mundo. O pior fenómeno do género foi registado no final de 1990, matando mais de 2.000 pessoas e causando milhares de milhões de dólares em prejuízos.
Um forte El Niño pode secar culturas na Austrália, sudeste da Ásia, Índia e África, enquanto outras partes do planeta, como o Oeste dos EUA e Brasil, são atingidas por chuvas.
Embora os cientistas ainda debatam sobre a intensidade de um potencial de El Niño, um serviço de meteorologia da Austrália e um centro de previsão do clima dos EUA advertiram sobre o aumento das probabilidades do fenómeno este ano.
No mês passado, a Organização Meteorológica Mundial, das Nações Unidas, disse que havia uma «possibilidade reforçada» de um fraco El Niño em meados de 2014.
«O mundo está a preparar-se para o El Niño, que, se confirmado, poderia causar estragos na oferta e elevar preços de algumas commodities», disse a analista de investimentos da Phillip Futures, em Singapura, Vanessa Tan.

Nova rede online para produtos agrícolas


21 de Fevereiro, 2014por Ana Serafim

Oikos está a criar uma plataforma digital para pôr em contacto produtores regionais, pequenos comerciantes e consumidores.
A Oikos quer aproximar produtores agrícolas, pequenos comerciantes e consumidores através de uma plataforma digital que permita vender produtos frescos e reduzir o desperdício alimentar.

O objectivo da organização não-governamental é criar um espaço online onde, em tempo real, os agricultores de cada região indiquem que produtos e quantidades têm para comercializar, preços e prazos de validade, dando aos retalhistas locais e clientes a possibilidade de comprarem directamente para revenda ou consumo próprio.

«Tem-se falado muito de desperdício alimentar e há muitas organizações que trabalham nesse âmbito, mas sobretudo no fim da linha, ao nível do consumo. A Oikos quer ir a montante, ao início e à causa do problema», explica ao SOL o director de desenvolvimento da organização, Pedro Krupenski.

A ideia, pormenoriza, surgiu para ajudar produtores de hortofrutícolas que desistem da actividade porque não conseguem competir com os super e hipermercados. Ou que não escoam a mercadoria por não corresponderem aos padrões exigidos pelas grandes superfícies. E que, através da plataforma, poderão anunciar a produção actual, mas também futura, angariando clientes com antecedência.

«Queremos reequilibrar esta cadeia de valor, favorecendo a economia local», frisa o responsável, enfatizando que haverá ainda uma vertente solidária: a plataforma estará aberta a instituições de solidariedade social e facilitará as doações de alimentos.

«Planeamos começar com um projecto-piloto a testar no Oeste, uma região onde este problema é evidente», adianta Pedro Krupenski.

Com um investimento previsto de 250 mil a 300 mil euros, a Oikos prevê que a fase pioneira da plataforma possa estar a funcionar dentro de um ano. Mas, sendo uma organização sem fins lucrativos, a evolução do processo dependerá da angariação de fundos em curso.

Para já, a instituição está a organizar a Oikos Desafio 100K, uma corrida entre a Lourinhã e o Jamor, cujos participantes terão de contribuir com verbas através de crowdfunding.

A Oikos está já a trabalhar com parceiros tecnológicos e dos sectores agrícola e de segurança alimentar para desenvolver a plataforma. Também há contactos com autarquias e associações agrícolas para que cooperem na gestão deste espaço digital, de forma a poder alargar o projecto a outras regiões, cobrindo o país, numa segunda fase.


ANIL - COMUNICADO DE IMPRENSA -


INDÚSTRIA DEVE RECUSAR-SE A ACEITAR IMPOSIÇÕES QUE A EXPONHAM A ILEGALIDADES FACE AO NOVO DIPLOMA DAS PRÁTICAS INDIVIDUAIS RESTRITIVAS DO COMÉRCIO.
A publicação do Decreto-Lei nº 166/2013, de 27 de Dezembro, com entrada em vigor no próximo dia 25 de Fevereiro, tem originado as mais diversas interpretações relativamente ao seu conteúdo e aplicabilidade, por parte da Distribuição e das Organizações representativas das empresas fornecedoras.
 
Não apresentando conceptualmente alterações profundas relativamente ao Decreto-Lei nº 370/93, de 29 de Outubro, que revoga, veio, contudo, clarificar alguns conceitos, nomeadamente os relacionados com os descontos a considerar no apuramento do preço de compra efectivo, para verificação de eventual venda com prejuízo.
 
Ao longo dos últimos anos, o articulado dos contratos em vigor entre a Indústria e a Distribuição foi sendo moldado ao critério da Distribuição, espelhando, à data, a estratégia de cada cadeia, nomeadamente quanto à alocação dos descontos aos seus centros de custo e à sua versatilidade na formação de preços.
 
Daí resulta que, mesmo havendo equidade de tratamento, face à nova lei, como as características dos descontos constantes dos contratos determinam a sua elegibilidade para formação do preço de compra efectivo, poderá verificar-se um aparente desequilíbrio concorrencial entre as mesmas, face ao preço possível de “venda ao público” que cada uma delas poderá praticar sem prejuízo da Lei.
 
A alguns dias da entrada em vigor do diploma, a Indústria tem, por isso, sofrido enormes pressões no sentido de fazer incluir a totalidade desses descontos no preço do produto facturado, seja de forma directa através da obtenção de um preço líquido, seja com a discriminação dos mesmos na respectiva factura.
 
Para além da impossibilidade de adaptação dos programas de facturação a cada caso, a aceitação das imposições exigidas configuram uma clara violação da lei que não podemos permitir possam ser assacadas às empresas fornecedoras.
 

Vinho ultrapassa "sol e mar" como imagem do turismo português


20 Fevereiro 2014, 12:07 por António Larguesa | alarguesa@negocios.pt

Três em cada quatro especialistas internacionais do sector rejeitam a ideia de que a crise esteja a afectar negativamente a imagem do país enquanto destino turístico.
O vinho (31%) é o produto mais associado à actividade turística em Portugal, superando pela primeira vez a clássica imagem de destino de “sol e mar” (17%), mostra um inquérito realizado junto de uma centena de membros da Organização Mundial do Turismo, divulgado esta quinta-feira em Vila Nova de Gaia. Seguem-se nesta lista a História (16%), o Golfe (14%) e a Gastronomia (14%).
 
Questionados sobre qual devia ser o produto ou ideia-chave para comunicar internacionalmente Portugal como destino turístico, este grupo de especialistas internacionais, provenientes de mais de 30 países e inquiridos entre Dezembro e Janeiro, voltou a apontar o vinho em primeiro lugar (35%). Só depois indicaram o “sol e mar” (20%), sendo que 15% aconselharam o país a apresentar-se ao mundo como um “destino seguro”.
 
O estudo “The Image of Portuguese Tourism”, realizado pelo IPDT – Instituto de Turismo, mostra ainda que, à medida que os anos passam, o contexto de crise ameaça cada vez menos a imagem externa de Portugal. Em 2013, “apenas” 25% dos inquiridos referiram que o ambiente macroeconómico afecta negativamente a imagem do país como destino turístico, o que compara com a percentagem de 45% obtida no ano anterior.
 
Numa escala de 0 a 10 (muito pobre a muito atractivo), 78% dos especialistas atribuiu uma classificação igual ou superior a 8 ao destino Portugal. A mesma classificação é atribuída por 88% dos membros do painel quando questionados sobre a sua experiência em terras lusas.
 
As conclusões deste estudo estão a ser apresentadas no Fórum Internacional de Turismo (FIT’14), em Vila Nova de Gaia, onde vai intervir o grego Manolis Psarros, consultor estratégico do sector que colabora com as autoridades de Atenas. Em entrevista ao Negócios, o director-geral da “abouTurism” referiu que “Portugal posicionou-se melhor do que a Grécia no turismo de luxo”.

Criada nova associação de olivicultores


por Ana Rita Costa
20 de Fevereiro - 2014
Foi criada a Olivum – Associação de Olivicultores do Sul. De acordo com esta entidade, a criação da associação surge da “escassa representatividade específica do setor” na região.

 
Assim, vários olivicultores da região sul do país tomaram a iniciativa de erguer uma entidade que terá como principais objetivos defender os interesses “de um setor que se transformou, se modernizou e evoluiu”.

De acordo com um comunicado divulgado pela Olivum, a associação terá como princípios e tarefas a “defesa e representação dos olivicultores junto das entidades oficiais, associações e confederações nacionais e internacionais”, a “criação de um interlocutor qualificado e representativo para melhor defender o nosso sector junto da UE e as respetivas medidas comunitárias”, a “criação de um centro que identifique os vários problemas e oportunidades do sector, transmitindo-os com celeridade e atualidade aos seus Associados”, “tornar-se o centro de divulgação de ideias e experiências dos seus Associados”, “incentivar e criar condições para a integração entre a investigação, a produção e a indústria, com o objetivo de valorizar o nosso produto” e “fomentar o conhecimento estatístico dos principais aspetos da produção Olivícola em Portugal, em especial, do Olival moderno de regadio.”

Espanha pede a Bruxelas que inclua azeite nos alimentos distribuídos nas escolas


por Ana Rita Costa
18 de Fevereiro - 2014
O Ministro da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente de Espanha, Miguel Arias Cañete, pediu à Comissão Europeia que inclua azeite e azeitonas de mesa no programa europeu de oferta gratuita de frutas e legumes nas escolas.

 
Na proposta inicial do programa, o comissário de Agricultura da Comissão Europeia, Dacian Ciolos, deu aos Estados-membros a possibilidade do azeite ser um dos produtos contemplados nas campanhas educativas para promover uma alimentação saudável, cujo público-alvo são as crianças, mas não alocou fundos específicos para a sua distribuição nas escolas europeias.

“Junto dos produtos tradicionais, como as frutas, legumes e leite, também se deve incluir azeite e azeitonas de mesa”, defendeu Arias Cañete. “Tanto o azeite como as azeitonas são elementos chave da dieta mediterrânica, pelo que devem estar presentes neste tipo de programas, não só numa vertente informativa, mas também ao nível da distribuição”, concluiu.

Os programas de distribuição de frutas e legumes e de leite nas escolas contemplam este ano 150 milhões de euros e 80 milhões de euros, respetivamente, e têm como objetivo consciencializar os mais pequenos para a importância de uma dieta saudável e equilibrada. Este ano, Bruxelas decidiu dar aos Estados-membros a possibilidade de transferirem parte dos fundos de um programa para o outro, consoante as necessidades dos países.

Conselho de Agricultura da UE reúne para discutir programa


por Ana Rita Costa
18 de Fevereiro - 2014
A presidência do Conselho de Agricultura da União Europeia reuniu recentemente para discutir o programa de trabalho para o setor da Agricultura e Pescas. Entre os temas debatidos estiveram a conclusão do trabalho sobre a reforma da PAC, a finalização do acordo com o Parlamento Europeu sobre o Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e da Pesca (FEAMP) e o trabalho sobre o pacote da legislação da cadeia alimentar.

 
Os ministros debateram também a situação do sector do leite da União Europeia no âmbito da abolição do sistema das quotas de leite em 2015. Entre os principais desafios que o sector do leite deverá enfrentar, muitos Estados-Membros destacaram a volatilidade dos preços. Alguns deles consideraram que as disposições da "rede de segurança " previstas na reforma da PAC devem ser complementadas por medidas mais específicas para enfrentar a volatilidade do mercado e ajudar em determinadas áreas de produção de leite vulneráveis.

A Comissão Europeia apresentou ainda a sua proposta de regulamento no que respeita ao regime de ajudas para o fornecimento de frutas e legumes e leite nas escolas. A proposta tem como objetivo colocar os dois regimes existentes numa única proposta, a fim de simplificar os procedimentos.

O Conselho procedeu também a um debate político sobre a proposta de medidas de promoção de produtos agrícolas, que foi apresentado na última reunião do Conselho de Agricultura. Alguns Estados-Membros gostariam de manter as medidas de informação e promoção no mercado interno, porque consideram que essa medida pode constituir um valor acrescentado, enquanto outros consideraram que a promoção deve-se concentrar em países estrangeiros a fim de evitar uma distorção da concorrência na UE.

Aplicação móvel permite medir qualidade da carne


por Ana Rita Costa
18 de Fevereiro - 2014
Um grupo de investigadores da Universidade de Santiago do Chile desenvolveu uma aplicação para smartphone que atua como “descodificador” da cor da carne, estimando os níveis de gordura e avaliando a sua qualidade.

 
Para medir a qualidade da carne e estimar a sua quantidade de gordura e dureza é preciso tirar uma fotografia com o smartphone.“O utilizador tira uma foto da carne e, mediante algoritmos computacionais, essa imagem é traduzida em números que contabilizam a percentagem de gordura estimada para uma determinada porção de carne”, explica Renato Salinas, responsável pelo projeto.

Os investigadores querem agora fazer chegar esta aplicação ao mercado dos Estados Unidos da América.

Capoulas Santos nomeado para o Prémio "Eurodeputado 2014"


O eurodeputado socialista Capoulas Santos foi nomeado para o Prémio "Eurodeputado 2014" (MEP AWARDS 2014), promovido pela revista "The Parliament" em conjunto com o Parlamento Europeu. A lista de escolhidos foi divulgada em Bruxelas pelos promotores da iniciativa.

Capoulas Santos está nomeado na área da agricultura e desenvolvimento rural, juntamente com uma deputada austríaca do PPE e um deputado britânico de "Os Verdes". O deputado português distinguiu-se durante o atual mandato pelo seu trabalho enquanto Relator e negociador do Parlamento Europeu dos principais dossiês da reforma da Política Agrícola Comum. Os promotores do prémio sublinham que a aprovação do pacote da PAC é o reconhecimento dos "méritos e do impacto do trabalho incansável do deputado durante esta legislatura". Referem ainda que o eurodeputado socialista português "contribuiu decisivamente para mitigar os impactos negativos da PAC".

O Prémio "Eurodeputados" tem como objetivo reconhecer o trabalho dos deputados ao Parlamento Europeu que se tenham distinguido nas respetivas áreas de atuação. As propostas de nomeação são oriundas de organizações europeias da sociedade civil e submetidas a um júri que elabora uma "shortlist" de 3 deputados cujo trabalho seja considerado mais meritório, para cada uma das áreas temáticas, sendo o vencedor final escolhido por voto secreto dos 766 deputados do Parlamento Europeu.

Capoulas Santos declarou que se sente muito satisfeito pelo reconhecimento do trabalho realizado por parte daqueles que são os destinatários das políticas em cuja formulação esteve totalmente empenhado durante muitos meses.

"É uma honra e um grande estímulo para quem está numa actividade em que são mais frequentes as críticas do que os aplausos", acrescentou.  

Não é a primeira vez que Capoulas Santos vê o seu trabalho reconhecido uma vez que, já em 2012 havia vencido o galardão de "melhor deputado do ano na área agrícola".

Barclays lança oferta para Sector Agrícola

Oferta possibilita antecipação dos incentivos da PAC até 90%


O Barclays Portugal lança, pela primeira vez, uma proposta de valor para o Sector da Agricultura, que possibilita a antecipação dos incentivos da PAC, tendo igualmente assinado um protocolo com a CAP com condições específicas de acesso a crédito.

A Oferta agora lançada pelo Barclays possibilita o financiamento para a antecipação dos incentivos da PAC (Politica Agrícola Comum), oferecendo spreads a partir de 3,5% e até 90% de montante antecipado.

Nesse sentido, o Barclays acaba de assinar um protocolo com a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) que visa o estabelecimento de condições de acesso ao crédito por parte dos agricultores que se candidatarem às ajudas do Sistema Integrado de Gestão e Controlo pagas pelo Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, através da CAP.

O referido protocolo destina-se a medidas de apoio para Regime de Pagamento Único; Outros Regimes de Ajuda; Medidas Agro-Ambientais; e Indemnizações Compensatórias.

O Banco tem larga experiência no sector agrícola, nomeadamente em Espanha que serviu de referência para Portugal, contando com uma carteira de Clientes com mais de 5.000 empresas agropecuárias em toda a Península Ibérica.

Para o Barclays “esta é uma oferta natural, uma vez que o sector Agrícola tem-se revelado como um dos sectores de maior dinamismo da Economia Portuguesa. Com esta oferta o Barclays tem como objectivo o crescimento para o segmento “Classe Business”, dirigido a Pequenas Empresas, e também cimentar o relacionamento com os seus clientes”.

Fonte:  CV&A

Valorfito@ctual

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Viana avança com incentivos municipais na agricultura e floresta


18-02-2014 16:26 | Norte
Fonte: Agência Lusa 
Viana do Castelo, 18 fev (Lusa) - A Câmara de Viana do Castelo vai avançar com um regime de incentivo às fileiras da agricultura, floresta e produtos de base regional, através da isenção de várias taxas municipais, para potenciar estas atividades económicas.

Fonte do município afirmou hoje que o regime prevê a isenção total de taxas e apoio nos projetos de investimento, medidas já aprovadas em reunião do executivo camarário e que seguem "as mesmas diretrizes de outros regimes de incentivos" já em vigor, como no acolhimento empresarial e turístico e na regeneração urbana.

Este novo modelo inclui "medidas de acolhimento e incentivo à implementação de projetos com capacidade inovadora", assim como à construção de estruturas relacionadas com a atividade agropecuária, agroflorestal e de produtos de base regional, numa lógica de "promoção da diversidade da economia rural".

Desta forma, os processos de licenciamento e operações urbanísticas de novas estruturas relacionadas com a agropecuária, agroflorestal e produtos de base regional, bem como de projetos de requalificação e ampliação de estruturas existentes, passam a contar com "isenção total" de taxas de licenciamento em operações urbanísticas.

Além disso, os serviços municipais vão assegurar "apoio e acompanhamento" aos projetos de investimento, nomeadamente na agilização dos processos.

Os setores económicos ligados aos produtos endógenos e da economia do mar, bem como no domínio do espaço rural, são uma "prioridade", segundo a autarquia, do Plano Estratégico de Viana do Castelo.

PYJ // JAP

Lusa/fim

Obra cultural em reserva agrícola é... uma moradia


Publicado em 2014-02-18
MIGUEL GONÇALVES
 
 
Um influente advogado espanhol quis construir, em Cantanhede, em reserva agrícola. Disse que seria teatro e biblioteca, mas fez uma casa. A Câmara autorizou. O Ministério da Agricultura mandou investigar.

Matías Cortés chegou a Cadima, Cantanhede, adquiriu uma quinta, reabilitou-a e construiu uma imponente casa de férias, que passou a ser frequentada por políticos e outras figuras ilustres. Ao lado, quis expandir a obra, em 2008, mas como os terrenos se encontravam em Reserva Agrícola Nacional (RAN), pediu autorização à Câmara para construir uma "biblioteca, teatro ao ar livre e residência de artistas". O Município aprovou, por unanimidade, a emissão de declaração de interesse público municipal do projeto, avaliado em cinco milhões de euros. A comissão da RAN desanexou os terrenos.

Ordem dos Veterinários lança "cheque" para tratar animais de famílias carenciadas


LUSA 19/02/2014 - 09:57
Como os registos caninos são feitos através das juntas, estas foram escolhidos para o projecto que vai arrancar em Lisboa e, mais tarde, estender-se ao resto do país.

 
Projecto visa os animais de companhia dos idosos e sem-abrigo PAULO RICCA/ARQUIVO

A Ordem dos Médicos Veterinários vai lançar um “Cheque Veterinário” para ajudar famílias carenciadas de todo o país a tratar os seus animais de estimação, iniciando no final do mês um projecto-piloto em quatro freguesias de Lisboa.

“O cheque veterinário tem uma filosofia semelhante à do cheque dentista. Só que, enquanto o cheque dentista é comparticipado pelo Estado, o cheque veterinário é um cheque de apoio da Ordem e dos Médicos Veterinários e de outras instituições que se juntaram para poderem concretizar este projecto”, revelou a bastonária dos veterinários, Laurentina Pedroso.

Os acordos para este projecto-piloto vão ser assinados no próximo dia 27 e o programa arranca de imediato nas freguesias de Carnide, Benfica, da Misericórdia e de Santo António, envolvendo ainda a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. “A ideia é limar o processo para estender o projecto a todo o país”, acrescentou.

As juntas de freguesia e a Santa Casa vão seleccionar as famílias que necessitam deste apoio, sobretudo idosos e sem abrigo que tenham animais de companhia.

Nesta primeira fase, o programa estima abranger um total de “pelo menos duas mil intervenções”.

O cheque dará direito a tratamentos médico-veterinários e medicação gratuitos em centros de tratamento aderentes, nomeadamente vacinação, desparasitação e esterilização, “tendo como objectivo principal controlar a reprodução, evitar o abandono e o excesso de população animal”.

“Situações em que o animal precise de outros tratamentos e cirurgias serão avaliadas e também podem ser contempladas”, acrescentou a bastonária, realçando que a saúde do animal é também uma questão de saúde pública.

A dirigente defendeu a necessidade de “haver uma estratégia para a saúde animal, porque todas as pessoas têm direito a terem um animal saudável, não só aquelas que podem pagar”.

“É preciso que o Governo olhe para a causa animal. Uma das maiores dificuldades que as pessoas têm hoje em dia é o facto de os cuidados de saúde animal terem um IVA de 23%. Nós pretendemos alertar o Governo que deve considerar a ausência de IVA nos cuidados de saúde animal, como acontece noutros sectores da saúde”, considerou.

Como os registos caninos são feitos através das juntas, as freguesias são os parceiros ideais para este projecto.

“Nós sabemos, por exemplo, quais os animais que não têm as vacinas em dia”, destaca Fábio Sousa, presidente da junta de Carnide.

A autarquia vai enviar uma informação escrita sobre o projecto aos casos identificados “para que as famílias se possam inscrever”.

“Há pessoas que não conseguem sequer pagar os licenciamentos, não têm disponibilidade financeira para isso. Nós tentamos fasear o pagamento dos licenciamentos, pagam a prestações. Às vezes estamos a falar de valores muito baixos, mas, mesmo sendo valores muito baixos, as pessoas não conseguem pagar e acreditamos que esta é mais uma ajuda”, acrescentou o autarca.

Além deste cheque veterinário, a Ordem está a delinear outras acções, como a criação de um banco alimentar para animais de companhia, sobretudo os que precisam de alimentação especial.

“Vamos providenciar junto das juntas para que as pessoas tenham alimentos para os seus animais, porque muitas vezes as pessoas não têm alimentos para si e também não têm para os seus animais”, concluiu Laurentina Pedroso.

Profissionais estrangeiros do sector visitam a região dos vinhos verd

Conceituados escanções americanos e importadores europeus
es

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Quinta da Aveleda. Foto: CVRVV


Nas próximas duas semanas, a convite da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), um grupo de conceituados escanções dos Estados Unidos da América e do Canadá e importadores de vinhos, oriundos da Suécia, da Noruega, da Suíça e da Alemanha, visitam a Região Demarcada dos Vinhos Verdes, projectando a visibilidade do sector além-fronteiras.

Até 21 de Fevereiro, Jeffrey Bencus, Ned Creed, Sanae Halprin, Jared Hooper, Matthew Kaner, Henri Schock, John Vuong são os escanções americanos que rumam a Portugal, juntando-se ao grupo de profissionais canadianos constituído por Simon Bergeron, Mike Bernardo, Jean-Michel Cartier, Sebastien Le Goff, Jake Lewis, Emily Pearce, Terry Threlfall e Alex Trudeaudá. Do programa constam visitas às quintas da Aveleda, de Carapeços, da Raza, Soalheiro, de Azevedo/Sogrape e de Gomariz, com a realização de provas que darão a conhecer a qualidade superior dos Vinhos Verdes.

Na última semana de Fevereiro, entre 24 e 27, um grupo de importadores europeus, em que se destacam nomes como Angelo H. Lacenere, Hendrick Willenbrock, Hürten Zenaide, Janine Wilhelm, Gary Garren, Erik Schneider e Magnus Danielsson terão a oportunidade de visitar a Adega de Ponte de Lima e a Adega de Ponte da Barca, dois exemplos de produtores de sucesso de uma das sub-regiões dos Vinhos Verdes, com as provas de vinhos a serem um dos pontos-chave do programa.

A CVRVV serve de anfitrião a profissionais estrangeiros do sector dos vinhos, promovendo as características únicas dos Vinhos Verdes e fomentando a notoriedade do produto, a nível internacional.

Fonte:  ipsisemirec


Bolsa de terras de Sever entra na segunda fase, à procura da adesão de privados


Lusa
18 Fev, 2014, 18:28

A Câmara de Sever do Vouga celebrou hoje um protocolo com 16 entidades, entre juntas de freguesia, comissões de baldios e associações, para alargar a "Bolsa de Terras" do Concelho.
O objetivo é arrancar com a segunda fase do projeto, lançado há cerca de um ano, e que atribuiu 30 hectares incultos a 22 agricultores para primeira instalação, dos quais 11 licenciados, para alargar a produção de mirtilo no concelho e fixar jovens.

O protocolo hoje celebrado entre a Câmara, a Associação dos Pequenos Frutos (AGIM) e a totalidade das juntas de freguesia do Concelho, além de comissões diretivas dos baldios, é procurar mais terrenos disponíveis para satisfazer a procura de terra para cultivar, por parte dos jovens, que excedeu a oferta inicial.

Segundo o presidente da Câmara de Sever do Vouga, António Coutinho, a bolsa de terras de Sever do Vouga "já vai à frente" da iniciativa do Ministério da Agricultura, dado que, no espaço de um ano, avança agora para o segundo concurso de atribuição de parcelas.

"Esta segunda fase vai também ser um êxito, como se vê pela forma como todos aderiram e contamos com o vosso conhecimento para saber quem tem terrenos disponíveis para colocar na bolsa", disse António Coutinho, na assinatura do protocolo.

Os autarcas de freguesia podem ter um papel decisivo para levar os particulares a colocarem também os seus terrenos em bolsa, como explicou José Martino, da empresa "Espaço Visual" que presta consultorias agrícola ao projeto.

"Existem terras abandonadas e procura de terras, mas nem sempre é fácil explicar aos proprietários que não vão perder as suas terras por as colocarem na bolsa e as juntas de freguesia são interlocutores privilegiados para o explicar", referiu.

Conforme explicou, "o grande objetivo é trazer também os privados para o processo, levando-os a colocar os seus terrenos ao serviço da economia".

A segunda fase da bolsa de terras, ao contrário da primeira, será aberta a qualquer tipo de produção e não apenas para cultivo de mirtilo, desde que destinada a comercialização e adequada às características do local.

A bolsa de terras de Sever do Vouga foi lançada pela Câmara em abril de 2013, em parceria com a AGIM, aproveitando terrenos disponíveis da Fundação Bernardo Barbosa de Quadros e de uma quinta, tendo as licitações rapidamente esgotado as parcelas.

O objetivo explícito foi incentivar a cultura do mirtilo, numa aposta de especialização e a procura excedeu as expectativas, sobretudo por jovens, sem saídas profissionais, atraídos pela perspetiva de candidatura a incentivos comunitários e garantia de escoamento da produção.

Negociações Mercosul-UE atrasadas


por Ana Rita Costa
18 de Fevereiro - 2014
Os países do Mercosul, Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, reuniram-se recentemente para definir uma estratégia comum para apresentarem uma proposta negocial à União Europeia, no entanto, ainda não são conhecidas conclusões oficiais.

 
As negociações Mercosul-União Europeia iniciaram-se em 2014 e foram retomadas em 2010 depois de serem suspensas. Em 2013 estas negociações voltaram a ser suspensas devido a uma atitude “protecionista” da Argentina e à suspensão do Paraguai do Mercosul.

Atualmente, o Brasil e o Uruguai são os países que mais tentam impulsionar uma conclusão nestas negociações e o Brasil já confirmou com Bruxelas uma cimeira União Europeia – Brasil, que se realiza no próximo dia 24 de fevereiro.

Jovem autodidacta abre cervejeira em antiga escola de Póvoa de Lanhoso


LUSA 18/02/2014 - 15:21
A fábrica “Cerveja Com História” tem neste momento seis variedades de marca “Amphora” e prepara-se para lançar uma outra.

 
Em 2013, participou num festival de cerveja artesanal em Caminha e foi distinguido pelo site da especialidade “Ratebeer” 

A antiga escola primária de Águas Santas, em Póvoa de Lanhoso, reabre na próxima semana transformada numa cervejeira artesanal, pela mão de um jovem empreendedor de Braga que estima produzir até 5000 litros por mês.

Autodidacta, João Palmeira, 34 anos, fez a sua primeira cerveja há pouco mais de um ano, em casa, e agora já estima que pelo menos 40 por cento da sua produção será para exportação, tendo já encomendas de países como Bélgica, Holanda, Luxemburgo e Austrália.

“Aprendi sozinho [a fazer cerveja]”, confessa.

Fazendo jus ao ditado, foi a necessidade que aguçou o engenho de João Palmeira, quando confrontado com uma situação de desemprego, após ter trabalhado quatro anos num call center.

Como não é de ficar parado, "atirou-se" ao fabrico de cerveja, neste caso juntando o útil ao agradável, já que é "apreciador" daquela bebida desde os tempos de estudante universitário.

Em 2013, participou num festival de cerveja artesanal em Caminha e foi distinguido pelo site da especialidade “Ratebeer” como a Melhor Cervejeira e Melhor Nova Cervejeira de Portugal.

As encomendas dispararam de tal forma que João Palmeira começou a não lhes conseguir dar vazão, pelo que decidiu passar da produção em casa para uma fábrica.

A Câmara de Póvoa de Lanhoso abriu-lhe as portas de uma antiga escola primária, pedindo-lhe como contrapartida, apenas, que o pessoal que empregasse fosse do concelho. Nos primeiros seis anos não vai pagar qualquer renda.

João, com o apoio de três sócios, fez as necessárias obras de adaptação do edifício, que, conjuntamente com a maquinaria, significam um investimento que ascende a pouco mais de 50 mil euros.

Na próxima semana arrancará a laboração, nesta primeira fase com apenas dois trabalhadores, mas João Palmeira admite que ainda este ano precisará de pelo menos mais um.

A fábrica “Cerveja Com História” tem neste momento seis variedades de marca “Amphora” e prepara-se para lançar uma outra, que será um tributo ao concelho de Póvoa de Lanhoso e à sua heroína, Maria da Fonte.

“Como também gosto muito de cozinhar tive a preocupação de criar cervejas que acompanhassem bem com os vários pratos”, referiu.

A Câmara de Póvoa de Lanhoso já se congratulou, em comunicado, com a distinção daquela cervejeira pelo site “Ratebeer”, sublinhando que o município “tem colaborado” com empresas e empresários para a sua fixação no concelho, pela sua importância para a economia local e para a criação de emprego.

A Câmara lembra que, aproveitando as instalações da antiga escola primária de Ferreiros, instalou ali uma incubadora de empresas.

Espanha pede a Bruxelas que inclua azeite nos alimentos distribuídos nas escolas


por Ana Rita Costa
18 de Fevereiro - 2014
O Ministro da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente de Espanha, Miguel Arias Cañete, pediu à Comissão Europeia que inclua azeite e azeitonas de mesa no programa europeu de oferta gratuita de frutas e legumes nas escolas.

 
Na proposta inicial do programa, o comissário de Agricultura da Comissão Europeia, Dacian Ciolos, deu aos Estados-membros a possibilidade do azeite ser um dos produtos contemplados nas campanhas educativas para promover uma alimentação saudável, cujo público-alvo são as crianças, mas não alocou fundos específicos para a sua distribuição nas escolas europeias.

“Junto dos produtos tradicionais, como as frutas, legumes e leite, também se deve incluir azeite e azeitonas de mesa”, defendeu Arias Cañete. “Tanto o azeite como as azeitonas são elementos chave da dieta mediterrânica, pelo que devem estar presentes neste tipo de programas, não só numa vertente informativa, mas também ao nível da distribuição”, concluiu.

Os programas de distribuição de frutas e legumes e de leite nas escolas contemplam este ano 150 milhões de euros e 80 milhões de euros, respetivamente, e têm como objetivo consciencializar os mais pequenos para a importância de uma dieta saudável e equilibrada. Este ano, Bruxelas decidiu dar aos Estados-membros a possibilidade de transferirem parte dos fundos de um programa para o outro, consoante as necessidades dos países.

Miguel Freitas ouviu contributos sobre estratégia de combate aos incêndios florestais

O deputado socialista Miguel Freitas promoveu, em Portimão, uma audição pública sobre incêndios florestais, dando continuidade a um conjunto de audições públicas que pretende promover sobre iniciativas legislativas da Assembleia da República. 

A audição serviu para o deputado eleito pelo círculo de Faro, relator do grupo de trabalho para a análise da problemática dos incêndios florestais, constituído no âmbito da Assembleia da República, reunir mais informação sobre a temática. 

Para Isilda Gomes, presidente da câmara de Portimão e anfitriã desta iniciativa, “é urgente uma clarificação” das diferentes responsabilidades em matéria de proteção civil, “sob pena de se continuar a assistir a uma desresponsabilização do estado central em relação a estas matérias”, e a definição de autoridade regional “que assuma a coordenação politica que desapareceu com os governadores civis”. 

Na mesma linha, Rui André, presidente da Câmara Municipal de Monchique, considerou necessária “uma clarificação de quem paga o quê e quem faz o quê”, realçando a importância do estabelecimento de acordos e de parcerias com as entidades locais, como caçadores, escuteiros e empresas, como forma de ir ao encontro do problema dos incêndios florestais. 

Para os técnicos florestais oradores no painel, Sobral de Almeida (GTF das Terras do Infante) e Jorge Albuquerque (Associação de Protutores Florestais da Serra do Caldeirão), para além da infraestruturação do território em matéria de defesa da floresta contra incêndios, sua manutenção e financiamento, o ordenamento florestal e a melhoria da rentabilidade do proprietário florestal são fatores críticos de sucesso nesta matéria. 

Por seu lado, o comandante do corpo de bombeiros de Loulé, Irlandino Santos, disse ser importante criar sinergias entre todos, alertando para o facto de o voluntariado “estar a escassear” e de, no futuro, não se poder esperar “que o socorro da população esteja dependente do toque da sirene e que o voluntário deixe o seu posto de trabalho para ir socorrer um acidente de viação ou uma casa a arder”. 

O presidente da AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve, Jorge Botelho, considerou que a proteção civil é “uma missão prioritária”, sendo “fundamental” que o financiamento das equipas de sapadores florestais “não esteja dependente de candidaturas anuais” e que as autarquias não tenham que suportar o IVA na contratualização de serviços no âmbito de projetos financiados para faixas de gestão de combustíveis. 

A aposta clara nas Zonas de Intervenção Florestal e na coordenação dos diferentes agentes que intervêm no dia-a-dia no espaço florestal são, para o responsável regional do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestais, José Pacheco, o caminho para minimizar o problema dos incêndios florestais. 

Para o tenente-coronel João Antunes, da GNR, deve-se continuar a apostar nas equipas de sapadores florestais, que constituem a guarda avançada da própria GNR, devendo repensar-se a responsabilidade de quem garante a manutenção e os vigilantes dos postos de vigia. 

Já Vaz Pinto, comandante operacional distrital de operações de socorro da Autoridade Nacional de Proteção Civil, enfatizou “a necessidade crucial e fundamental de se proceder a uma clarificação generalizada em matéria de proteção civil e dos seus agentes”. 

Para Miguel Freitas, a audição cumpriu os objetivos definidos, destacando “a necessidade de tornar sustentável o sistema de prevenção de riscos e proteção civil, com o financiamento dos corpos de bombeiros a carecer de um enquadramento legal e a necessidade de regulamentar a taxa municipal de proteção civil ”. 

O deputado socialista realçou: “Devemos passar a conhecer qual o dispositivo nacional em prevenção operacional, sendo alarmante as preocupações levantadas sobre o programa de sapadores florestais.” 

Por fim, o parlamentar do PS considerou essencial a sensibilização, tendo em conta o elevadíssimo número de ignições, e defendeu o desenvolvimento de campanhas de proximidade e locais, como a campanha «Casa segura e sem fogos». 

Nesta iniciativa, que reuniu mais de 150 pessoas, além dos dirigentes regionais da ANPC, ICNF e GNR, participaram autarcas, dirigentes de associações de produtores florestais, de caçadores, técnicos dos gabinetes técnicos florestais e dos serviços municipais de proteção civil, militares da GNR, comandantes de corpos de bombeiros, dirigentes de Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários e comandantes operacionais municipais.

New Holland vence três prémios na FIMA


por Ana Rita Costa
18 de Fevereiro - 2014
Na última edição da FIMA, a New Holland venceu três prémios pelas suas inovações tecnológicas. O Sistema Optigrape, o OptiSpeed de CX e o Smart Trax do TK4000 foram as tecnologias distinguidas.

 
A cerimónia da entrega dos prémios contou com a presença do Príncipe das Astúrias, Felipe de Borbón, acompanhado pelo Ministro da Agricultura do Governo de Espanha, Miguel Arias Cañete.

 “Considero estes prémios um justo reconhecimento para a New Holland. Exprimem uns dos pontos fortes da nossa marca: a nossa equipa, que demonstrou uma dedicação constante e determinada, e o compromisso e investimento no desenvolvimento de inovações tecnológicas mais avançadas, que aumentam a eficácia, a produtividade e a sustentabilidade dos agricultores de todo o mundo. Não se pode falar de futuro sem ter em consideração o importante que é o investimento no desenvolvimento de novos produtos e de inovações, e é nisto que a New Holland está continuamente comprometida”, referiu Carlo Lambro, presidente mundial da New Holland Agriculture.

Os três prémios concedidos pelo júri da FIMA foram para a tecnologia Opti-Grape instalada na série Braud 9000, que obteve o prémio Inovação, juntamente com os dois galardões Inovação Técnica atribuídos à tecnologia de sacudidor Opti-Speed de velocidade variável, utilizada na série de ceifeiras-debulhadoras CX7000 e CX8000 Elevation, e às lagartas de borracha SmartTrax, disponíveis para a série de tratores de lagarta TK4000.

Programa europeu promove banana da Madeira


por Ana Rita Costa
17 de Fevereiro - 2014
“Porque é que a Banana da Madeira sabe tão bem?” é o mote da nova campanha de comunicação que a Banana da Madeira adotou no âmbito do programa europeu de divulgação do Símbolo RUP.

 
A banana da Madeira gerou receitas no valor de 12,6 milhões de euros em 2013, um aumento de 1,8% face a 2012 e está inserida num programa de apoio às Regiões Ultraperiféricas (RUP) impulsionado pela Comissão Europeia. O objetivo é promover o símbolo gráfico que certifica a qualidade dos géneros alimentares provenientes dos territórios que, apesar de geograficamente distantes do continente europeu, são parte integrante de países da UE.

 “Dar voz ao sabor da Banana Madeira é o desafio que nos propomos. Quando sabemos que 74% dos portugueses considera ser esta a principal característica distintiva do fruto, é com expectativa que aguardamos o impacto da campanha junto dos consumidores” , refere Jorge Dias, presidente da GESBA - Empresa de Gestão do Sector da Banana, entidade responsável pela implementação do programa em território nacional.

Produtores do Ribatejo e Oeste intensificam expansão a sul


por Emília Freire
18 de Fevereiro - 2014
Os produtores de hortofrutícolas do Oeste e Ribatejo estão a aumentar o ritmo de expansão para o sul do país, uma tendência que deverá continuar a médio prazo. A escolha recai, principalmente, no Alentejo, devido à disponibilidade de água, mas também às áreas maiores e ao bom clima, que permite precocidade e menos doenças e infestantes. Mas nem tudo são ‘rosas’: falta mais organização da produção e investigação, enquanto a rigidez do mercado fundiário e o tarifário da água criam entraves.

 
A produção nacional de frutas e hortícolas está em crescimento, com a exportação a representar uma fatia cada vez maior nas explorações. Assim, muitos produtores procuram aumentar as suas áreas de cultivo, mas nas principais regiões produtoras – Oeste e Ribatejo – a disponibilidade e qualidade dos terrenos é cada vez menor. As grandes extensões do Alentejo, mais ainda desde que a existência de água deixou de ser problema, tornaram-se cada vez mais apetecíveis.

A Abrunhoeste e a Granfer, duas Organizações de Produtores (OPs) da região Oeste, são das mais recentes a apostar em projetos de produção a sul. Mas falámos também com a Hortomelão, OP do Ribatejo, que há muito fez esta opção, e referimos ainda a cooperativa Agromais, também do Ribatejo. Há ainda o caso da Valinveste, que para além da sua ‘zona natal’ – o Ribatejo –, há muito produz milho no Alentejo, tendo aumentado essa produção pós-Alqueva.

Conheça os prós e contras dos planos de expansão destas empresas na edição de fevereiro da revista VIDA RURAL.

Secretário de Estado defende que sem regadio agricultura portuguesa não pode ser competitiva


por Ana Rita Costa
18 de Fevereiro - 2014

Francisco Gomes da Silva, Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, defendeu recentemente no 7º Colóquio do Milho que “em Portugal sem regadio não teremos agricultura” e que “o milho é sem dúvida a cultura que em Portugal foi a responsável pela expansão e pela tradução do regadio tal como o conhecemos hoje”.

 
Em 2013, a área cultivada com milho grão em Portugal aumentou 7%, cerca de 7000 hectares, passando para 101 766 hectares. Segundo Luís Vasconcellos e Souza, Presidente da Anpromis, “os números apresentados revelam não só a evidência do aumento da área cultivada, como também o significativo esforço de investimento efetuado pelos produtores nacionais que já demonstraram ser competentes e eficientes e saber fazer bem feito uma coisa que tem futuro. No entanto, e apesar do milho ter sido uma das culturas agrícolas que tem resistido ao desinvestimento, é importante não esquecer que os produtores de milho continuam a precisar de estímulos”.

Além do Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural esteve também presente neste colóquio João Machado, Presidente da CAP, que, de acordo com a Anpromis, se mostrou otimista com o futuro da agricultura referindo estar muito satisfeito por não estar previsto um quadro comunitário com três anos de interregno até se voltar a investir. “Vamos ter um quadro comunitário que tem sete anos e que permitirá que em 2014, quando acabar o dinheiro do PRODER, haja dinheiro do novo quadro e que os agricultores não sintam diferença”.

Pequenos agricultores queixam-se do excesso de impostos e contribuições


18 Fev, 2014, 13:39

Os pequenos agricultores exigem que o Governo altere as obrigações fiscais e as contribuições para a segurança social. Esta manhã, a Associação dos Agricultores do Porto esteve na Feira de Paredes para sensibilizar os produtores e vendedores agrícolas para o impato que os impostos têm na agricultura familiar. A Associação, que é afeta à Confederação Nacional de Agricultores, vai participar, a 3 de Março, numa concentração em Lisboa que será um protesto contra as obrigações fiscais e pela melhoria dos preços à produção. Para a Associação de Agricultores do Porto as pequenas explorações não têm capacidade de pagar a contribuições mensais exigidas pela segurança social.

Produção de azeitona em 2013 bate recorde dos últimos 50 anos


ANA RUTE SILVA 19/02/2014 - 11:38 (actualizado às 11:51)
Clima favorável ajudou a produzir 627 mil toneladas de azeitona para azeite, a maior desde a década de 1960.Exportações de azeite aumentaram em 2013, o maior valor desde, pelo menos, 2009

 
Clima e investimentos no olival ajudaram ao crescimento recorde de azeitona para azeite PAULO RICCA/ARQUIVO

 Olivicultores criam associação para defender sector no sul de Portugal
A produção de azeitona para azeite terá atingido, em 2013, as 627 mil toneladas, o que constitui a maior safra desde a década de 1960.

De acordo com os dados provisórios do INE, divulgados nesta quarta-feira, estes resultados foram o resultado quer das boas condições climatéricas, quer dos investimentos privados feitos nos últimos anos. O instituto refere que a produção quase quadruplicou desde 2000 com a entrada em plena produção dos olivais intensivos, onde há entre 200 a 300 árvores por hectare e modernos sistemas de rega. Nestas plantações, a apanha da azeitona é totalmente mecanizada.

Em 2008, a produção de azeitona para azeite era de 336 mil toneladas, mas foi crescendo consecutivamente até 2011, ano em que chegou às 511 mil toneladas. Em 2012, a produção caiu para 418 mil toneladas mas, em 2013, a recuperação foi significativa, chegando a valores recorde.

Este é também um dos produtos mais exportados do sector agro-alimentar, só ultrapassado pelo vinho.  No ano passado, as exportações de azeite atingiram os 343,5 milhões de euros, uma subida de 30,2% em comparação com 2012 e o maior valor desde 2009. Há quatro anos, as exportações de azeite somavam pouco mais de 134 milhões de euros. 

Para Mariana Matos, secretária-geral da Casa do Azeite (que representa de mais de 90% do mercado de azeite embalado em Portgal), o aumento de produção não foi surpresa. "O ano agrícola correu bastante bem", diz, lembrando que 2012 foi um "mau ano para a produção de azeite". Portugal já produz o suficiente para se auto-abastecer, mas ainda depende das importações para dar resposta à procura externa. O maior cliente estrangeiro de Portugal é o Brasil que recebe, sobretudo, produto embalado, tal como Angola. Para Espanha, o maior produtor e exportador mundial, o azeite segue, na maioria, a granel e é embalado localmente. O mesmo sucede em Itália.

Agro-alimentar vende mais 6,6% para o estrangeiro
O bom desempenho do sector do azeite foi acompanhado por toda a actividade agro-alimentar que, em 2013, continuou a ver crescer as exportações. As vendas de bens nacionais para o estrangeiro estão a subir desde, pelo menos, 2009, de 3,6 mil milhões de euros para mais de 5,1 mil milhões de euros em 2013, ou seja, mais 9,2%. Comparando com 2012, em 2013 as exportações aumentaram 6,6%, revelam os dados do INE, compilados pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, e a que o PÚBLICO teve acesso.

Apesar desta subida, certo é que no total do comércio internacional de Portugal, os bens agrícolas e alimentares pesam apenas 10,82%, valor que em 2009 era superior (11,38%). Ao mesmo tempo, o país continua a importar mais do que a exportar. As compras ao estrangeiro cifraram-se em mais de 8,9 mil milhões de euros, um crescimento de 4,6% face a 2012. O saldo da balança comercial continua, assim, negativo.

Espanha é o maior comprador de Portugal, seguida de perto de Angola. Mas os maiores aumentos de procura, verificaram-se na Rússia, que comprou mais 128,7% em 2013, apesar de, em termos absolutos, as vendas somarem apenas os 48 milhões de euros (é o 15º maior cliente). Também se vendeu mais para a Suíça (+13,8%) e Itália (+10,4%). Pelo contrário, a Alemanha, maior economia da zona euro, comprou menos 13,4% a Portugal (num total de 123,5 milhões de euros).

Os vinhos foram o produto mais exportado por Portugal em 2013 (+2,6% para 724,7 milhões), quase o dobro do azeite. Seguem-se as preparações e conservas de peixe, que venderam 206 milhões para o estrangeiro (+15,4%) num ano em que o peixe ajudou. O sector tem vindo a sentir os efeitos da falta de sardinha, mas conseguiu atingir o maior valor de sempre desde 2009.

O sector cervejeiro, já a sentir fortes quebras no mercado interno, vendeu menos 14,6% para o estrangeiro, sendo ultrapassado pelas conservas pela primeira vez desde os últimos quatro anos. As exportações ultrapassaram os 199 milhões de euros, abaixo dos valores registados em 2011.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

"Pode Portugal Ganhar a Guerra do Vinho?" - CONFERÊNCIA ACIBEV




UE: Resultados do Conselho de Agricultura de ontem



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Programa de trabalho da Presidência

A Presidência Helénica apresentou o seu programa de trabalho para os sectores da Agricultura e Pescas. Entre os principais assuntos, a Presidência inclui a conclusão do trabalho sobre a reforma da política agrícola comum (PAC), a finalização do acordo com o Parlamento Europeu sobre o Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e da Pesca (FEAMP) e o trabalho sobre o pacote da legislação da cadeia alimentar..

Futuro do sector do leite

Os Ministros debateram a situação do sector do leite da União Europeia no contexto da abolição do sistema das quotas de leite em 2015. Isto foi uma continuação do debate no Conselho de Dezembro. Entre os principais desafios que o sector do leite deverá enfrentar, muitos Estados-Membros destacaram a volatilidade dos preços. Alguns deles consideraram que as disposições da "rede de segurança " previstas na reforma da PAC devem ser complementadas por medidas mais específicas para enfrentar a volatilidade do mercado e ajudar em determinadas áreas de produção de leite vulneráveis. Muitos outros, em particular os que ultrapassam as suas quotas de leite, aproveitaram a oportunidade para recordar a situação actualmente favorável no mercado e insistiram na necessidade de se ter medidas para garantir uma real "aterragem suave" em todos os Estados-Membros. O Presidente do Conselho concluiu que "a discussão continuará ao nível técnico antes de voltar para a próxima sessão."

Fornecimento de frutas e vegetais e leite nas escolas

A Comissão apresentou a sua proposta de regulamento no que respeita ao regime de ajudas para o fornecimento de frutas e legumes e leite nas escolas. A proposta visa colocar os dois diferentes regimes existentes numa única proposta, a fim de simplificar os procedimentos. O Ministro Tsaftaris declarou: "As delegações concordaram que o regime proposto irá contribuir para a melhoria de hábitos alimentares saudáveis entre crianças em idade escolar, mas também vai ajudar a promover uma ligação entre as crianças da escola e a agricultura". Os Estados-Membros em geral saudaram a iniciativa destacando o benefício em termos de saúde pública dos sistemas existentes. No entanto, alguns Estados membros duvidaram que o novo regime proporcione uma verdadeira simplificação. Várias delegações preferem um alargamento do âmbito dos produtos abrangidos pelos regimes, designadamente através da inclusão de produtos processados. Além disso, vários Estados membros observaram que a proposta poderia colocar em causa alguns elementos da reforma da PAC, em especial, a aplicação do artigo 43 (3) (competências do Conselho no TFUE).

Promoção dos produtos agrícolas

O Conselho procedeu a um debate político sobre a proposta de medidas de promoção de produtos agrícolas, que foi apresentado na última reunião do Conselho de Agricultura. Alguns Estados-Membros gostariam de manter as medidas de informação e promoção no mercado interno, considerando que tal possa constituir um verdadeiro valor acrescentado, ao contrário, outros consideram que a promoção deve-se concentrar em países estrangeiros a fim de evitar uma distorção da concorrência na UE. A maioria das delegações lamenta que a proposta não preveja o co-financiamento dos Estados-Membros, alertando para que as PME e as organizações de produtores vão ser afectados e não terão a capacidade financeira para realizar tais acções. Muitos Estados-Membros salientaram a necessidade de envolver melhor os Estados membros em todo o processo de selecção do programa de promoção. Vários Estados-Membros gostariam que o âmbito dos produtos abrangidos fosse ampliada .

Actos delegados

A reforma da política agrícola comum adoptada no ano passado, prevê a adopção pela Comissão de uma série de actos delegados que definem os poderes conferidos à Comissão. Muitos Estados-Membros mantêm preocupações sobre estes actos delegados, destacando que os actos propostos não devem ir além dos textos jurídicos da reforma da PAC acordados entre as instituições.

Peste Suína Africana

Na sequência do surto de Peste Suína Africana na Lituânia e na Polónia, várias medidas foram adoptadas pela Comissão e pelos Estados-Membros para evitar a propagação da doença no território da UE. Apesar destas medidas, a Rússia impôs uma proibição de importação de suínos vivos, carne fresca de suíno e preparados de carne de todos os 28 Estados-Membros da UE, o que é julgado completamente desproporcional por muitos Estados-Membros.

Outros assuntos

O Conselho aprovou ontem alterações a vários regulamentos da agricultura para alinhá-los com as disposições do Tratado de Lisboa no que diz respeito aos poderes delegados e de execução a serem atribuídas à Comissão. Ver comunicado de imprensa

O Conselho também aprovou sem debate uma directiva relativa às condições de entrada e residência de nacionais de países terceiros para efeitos de trabalho sazonal. Ver comunicado de imprensa

Fonte:  Conselho UE

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Leite: Portugal exige em Bruxelas respostas europeias que previnam crises



A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, disse que voltou a reclamar hoje, em Bruxelas, uma estratégia europeia com vista ao fim das quotas leiteiras que tenha em conta as diferentes situações dos Estados-membros e antecipe e resolva crises no setor.

«Como é sabido, as quotas leiteiras chegarão ao fim dentro de um ano e é preciso discutir sobre mecanismos de regulação do mercado. (…)Reclamámos, como temos vindo a reclamar, que, além do observatório do leite, que já ficou garantido, que haja mais mecanismos que nos permitam antecipar e resolver situações de crise neste setor tão importante», disse, à saída de uma reunião de ministros da Agricultura da União Europeia.

Apontando que se trata de um «tema delicado», Assunção Cristas disse que, «ainda hoje», referiu o caso dos Açores em específico, «para sinalizar que os países são muito diferentes, e dentro dos próprios países também há diferenças, e as respostas europeias têm de se adequar a toda esta diversidade que constitui os Estados-membros».

Segundo a ministra, uma política apropriada para o setor, ao nível nacional, poderá também ajudar a prevenir um cenário mais negativo com a chegada ao fim das quotas nacionais de produção.

«A situação vai ser também aquela que nós conseguirmos gerir melhor todos em conjunto, porque pode não haver nenhuma catástrofe se, de facto, nós pudermos investir, criar valor acrescentado, procurar novos mercados de exportação, coisa que já tem acontecido», disse, apontado designadamente a abertura, «há uns meses, do mercado chinês às empresas portuguesas de laticínios».

«Portanto, fazer leite cru não é a única alternativa. Nós podemos e devemos acrescentar valor às nossas exportações leiteiras, crescendo na transformação, nomeadamente em produtos onde nós não somos sequer autossuficientes do ponto de vista alimentar - o queijo ou os iogurtes são dois exemplos -, e onde, sobretudo, temos o mercado internacional para conquistar», completou.

O futuro do setor do leite foi um dos tópicos da agenda da reunião de hoje dos ministros da Agricultura, com um debate sobre os desafios que o mercado leiteiro irá enfrentar - a curto, médio e longo prazo - com o fim das quotas nacionais de produção, que está marcado para 01 de abril de 2015, e os dispositivos previstos na nova Política Agrícola Comum (PAC) para prevenir crises de mercado, especialmente nas regiões mais desfavorecidas ou com uma produção mais frágil, como os Açores.

Segundo a presidência grega da UE, a previsão para o mercado, a médio e longo prazo, é positiva em termos de procura, mas o setor poderá ter que lidar com flutuações de preço potencialmente dramáticas.

Dinheiro Digital com Lusa

1º Encontro Nacional do Figo da Índia

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Capoulas Santos nomeado para o Prémio de melhor "Eurodeputados 2014"

O eurodeputado socialista Capoulas Santos foi nomeado para o Prémio "Eurodeputados 2014" promovido pela revista "The Parliament" em conjunto com o Parlamento Europeu. A lista de escolhidos foi hoje conhecida em Bruxelas, e inclui também outro socialista luso, a eurodeputada Edite Estrela.

Capoulas Santos está nomeado na área da agricultura e desenvolvimento rural, juntamente com outros dois parlamentares. O deputado português distinguiu-se durante o actual mandato pelo seu trabalho enquanto relator e negociador do Parlamento Europeu dos principais dossiês da reforma da Política Agrícola Comum.

Os promotores do prémio sublinham que a aprovação do pacote da PAC é o reconhecimento dos "méritos e do impacto" do trabalho incansável do deputado durante esta legislatura. O eurodeputado socialista contribuiu decisivamente para mitigar os impactos negativos da PAC.

Não é a primeira vez que Capoulas Santos vê o seu trabalho reconhecido visto ter vencido o galardão de melhor "Deputado do ano" em 2012, na área agrícola.

O Prémio "Eurodeputados" tem como objectivo reconhecer o trabalho dos deputados ao Parlamento Europeu que se tenham distinguido nas respectivas áreas de actuação. Da "lista final" fazem parte 45 parlamentares de várias nacionalidades e Grupos políticos designados em diferentes categorias temáticas. A nomeação, devidamente fundamentada, só pode ser efectuada por organizações da sociedade civil, donde resulta uma "short list" de 3 deputados por área temática, cabendo a escolha final a um universo eleitoral constituído pelos 766 deputados europeus.

Os vencedores nas diferentes categorias serão anunciados numa cerimónia que decorrerá em Bruxelas, a 18 de Março.

Fonte:  Delegação Socialista Portuguesa no Parlamento Europeu

Grupo Portucel Soporcel já e o segundo maior exportador português



O Grupo foi responsável pela exportação, para 118 países, de pasta de papel e papel no valor de €1.215 milhões num total de €1.703 milhões destes produtos exportados por Portugal em 2013

O grupo Portucel Soporcel tornou-se, em 2013, o segundo maior exportador em Portugal, tendo vendido pasta e papel no valor de €1.215 milhões para 118 países nos cinco continentes (mais cinco destinos do que no ano anterior).

Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Grupo foi responsável pela segunda fatia mais significativa das exportações nacionais de bens, tendo atingido o primeiro lugar na exportação de papel e pasta de papel, que no ano passado totalizou €1.703 milhões. O Grupo assume-se também como o exportador nacional que claramente gera o maior Valor Acrescentado Nacional, pelo facto de os recursos que o Grupo usa serem maioritariamente produzidos em Portugal e adquiridos a empresas de todos os sectores do tecido económico nacional.

Com a Europa e os EUA a serem os principais mercados de destino dos seus produtos, o grupo Portucel Soporcel é uma das mais fortes presenças de Portugal no mundo, posição que viu reforçada pelo impacto positivo da sua fábrica de papel em Setúbal, sendo hoje o líder europeu na produção de papéis finos de impressão e escrita não revestidos (UWF) e o 6º a nível mundial – o que assegura a Portugal a posição cimeira no ranking Europeu dos países produtores deste tipo de papéis.

O Grupo é também o maior produtor europeu, e o quarto a nível mundial, de pasta branqueada de eucalipto BEKP - Bleached Eucalyptus Kraft Pulp –, ocupando ainda uma posição de destaque no sector da energia, como primeiro produtor nacional de “energia verde” a partir de uma fonte renovável, a biomassa florestal.

Proteger a floresta

Com as vendas consolidadas em 2013 a totalizarem € 1.530,6 milhões, cerca de € 29 milhões acima do valor registado em 2012, o Grupo, que alcançou um resultado líquido de €210 milhões, representa aproximadamente 1% do PIB nacional, cerca de 3% das exportações nacionais de bens, perto de 8% do total da carga contentorizada e de 7% do total desta carga e da carga convencional exportada pelos portos nacionais.

Um vector estratégico da sua actividade é a promoção da valorização e protecção da floresta através da investigação própria e da gestão de um património florestal de cerca de 120 mil hectares. A gestão responsável praticada pelo Grupo encontra-se certificada pelos sistemas internacionalmente reconhecidos, internacionais FSC® (Forest Stewardship Council®) e PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification schemes).

Recorde-se que, no âmbito da sua estratégia de expansão internacional, o grupo Portucel Soporcel está a desenvolver um importante projecto de investimento florestal verticalmente integrado em Moçambique, que culminará com a construção de uma fábrica de produção de pasta de celulose com uma capacidade anual de 1,3 milhões de toneladas, num investimento de 2,6 mil milhões de dólares.

Fonte:  Lift

Anpromis: "Em Portugal sem regadio não teremos agricultura competitiva"



























Cerca de 550 profissionais reunidos em Beja



“Em Portugal sem regadio não teremos agricultura competitiva”


Com uma ocupação da actual área de regadio na ordem dos 18%, o milho apresenta-se como a segunda maior cultura na região no Alqueva, tendo apresentado um crescimento de 6% nos últimos dois anos. Trata-se de uma cultura que tem vindo a conquistar o reconhecimento dos mais variados promotores da política agrícola nacional. Em defesa do regadio esteve no 7º Coloquio Do Milho, Francisco Gomes da Silva, Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural que refere que “em Portugal sem regadio não teremos agricultura” e que “o milho é sem dúvida a cultura que em Portugal foi a responsável pela expansão e pela tradução do regadio tal como o conhecemos hoje”.


Em 2013, a área cultivada com milho grão em Portugal aumentou 7%, cerca de 7.000 hectares, passando de 94.784 hectares em 2012 para 101.766. Segundo Luis Vasconcellos e Souza, Presidente da Anpromis “os números apresentados revelam não só a evidência do aumento da área cultivada, como também o significativo esforço de investimento efectuado pelos produtores nacionais que já demonstraram ser competentes e eficientes e saber fazer bem feito uma coisa que tem futuro. No entanto, e apesar do milho ter sido uma das culturas agrícolas que tem resistido ao desinvestimento, é importante não esquecer que os produtores de milho continuam a precisar de estímulos”.

Em defesa do regadio esteve Francisco Gomes da Silva, Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural que não querendo “minimizar a agricultura que não é de regadio” defende que “em Portugal sem regadio não teremos agricultura.”

Reconhecendo a importância das culturas de regadio para o desenvolvimento agrícola, o milho é destacado como uma cultura inovadora e competitiva: “É sem dúvida a cultura que em Portugal foi a responsável pela expansão e pela tradução do regadio tal como o conhecemos hoje” acrescenta.

Além do Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural esteve também presente, João Machado, Presidente da CAP que se mostrou optimista com o futuro da agricultura referindo estar muito satisfeitos por não estar previsto um quadro comunitário com três anos de interregno até se voltar a investir. “Vamos ter um quadro comunitário que tem 7 anos e que permite que em 2014, quando acabar o dinheiro do PRODER, vai haver dinheiro do novo quadro e os agricultores não vão sentir a diferença”, refere João Machado.

“Os novos mercados mundiais de milho” foi um dos temas em debate trazendo para o centro da discussão uma das commodities que mais interesse têm despertado por parte de investidores de todo o mundo. Dado o interesse do tema, não só para produtores nacionais como também para os industriais, o debate contou com a participação de Lucílio Rogério Alves, um do mais conceituados analistas do mercado de cereais no Brasil, que recordamos é o terceiro maior produtor mundial de milho e Jean-Jacques Hervé, especialista no mercado de cereais da Ucrânia, país considerado por muitos como “O novo celeiro da Europa”.

Este encontro que este ano levou a Beja cerca de 550 participantes, revela o posicionamento da Anpromis, que entende ser importante estar próxima de todos os produtores e apoiar o desenvolvimento agrícola das regiões de elevado potencial, como é exemplo a região de Beja onde o aumento da área de milho ganhou uma importância preponderante com novos investimentos que foram explicados por Gabriela Ventura, gestora do PRODER: “O investimento no Alqueva representa quase 40% do investimento na região do Alentejo, que é a que mais pesa em termos financeiros no investimento aprovado pelo PRODER: são 860 milhões de euros, dos quais 340 milhões de euros são investimento público _ nomeadamente nas infraestruras de Alqueva _ e mais de 520 milhões de euros representam o investimento privado, representando a resposta dos investidores”.