sábado, 22 de março de 2014

PU 2014 - Já apresentou a sua candidatura?

Março 21
10:13
2014

Está a decorrer o período de candidaturas anuais aos apoios comunitários, nomeadamente os relativos ao Regime de Pagamento Único (RPU), Medidas agro e silvo-ambientais (ASA) e Manutenção da Atividade Agrícola em Zonas Desfavorecidas (MAZD), através do Pedido Único de Ajudas (PU).

O IFAP rececionou, até à data mais de 58.000 candidaturas, correspondendo a cerca de 30% do total esperado para a presente campanha.

O período de candidaturas, que termina a 30 de abril, tem decorrido com absoluta normalidade, permitindo a apresentação do pedido de forma célere e sem constrangimentos, junto dos locais habituais ou diretamente de forma desmaterializada na Área Reservada do Portal do IFAP.

Estando sensivelmente a meio do período de candidaturas e apesar do normal decurso da campanha, verifica-se que o ritmo de apresentação de candidaturas a estes importantes apoios à atividade agrícola tem estado abaixo do desejável.

Neste sentido, o IFAP apela a que os Beneficiários efetuem a sua candidatura o mais cedo possível evitando, assim, os congestionamentos de final de prazo e eventuais penalizações por entrega tardia.

Salienta-se, ainda, que o cumprimento dos prazos de candidatura é imprescindível para assegurar a realização atempada dos pagamentos, por parte do IFAP.

Para esclarecimentos adicionais poderá contactar o IFAP através do endereço de correio eletrónico ifap@ifap.pt, ou ainda no Atendimento Presencial na Rua Fernando Curado Ribeiro, nº 4G, em Lisboa ou pelo Call Center 217 513 999.

O prazo de candidatura ao PU termina já a 30 de abril.

Evite os congestionamentos do fim do período de candidaturas!

Evite penalizações!

A apresentação atempada do seu pedido é fundamental!

Bons vinhos europeus não estão a beneficiar do apetite do consumidor chinês

Março 17
14:49
2014

O inquérito que o governo chinês resolveu lançar sobre a possibilidade de dumping por parte da União Europeia (UE), devido a hipotéticas subvenções ao vinho, tem vindo a reduzir as exportações de vinho de qualidade para a China, numa altura em que o consumidor daquele país se sente cada vez mais atraído pelo produto.

Este inquérito vem na sequência da disputa sobre os painéis solares, assunto que já está resolvido, pelo que se pensa que o problema do vinho também seja resolvido a curto tempo.

A UE, em 2012, exportou 257 milhões de litros de vinho para a China, não contando com Hong Kong, sendo que dois terços dessa quantidade vieram de França.

O vinho é o segundo produto excedentário na balança comercial com a China (mais 9,5 mil milhões de euros), sendo somente ultrapassado pela indústria aeronáutica (mais 22 mil milhões) e à frente da indústria de cosméticos (mais 9,4 mil milhões). Só a título de exemplo, nos últimos dez anos, as exportações anuais de vinho equivalem a 140 Airbus. O problema é que a China, que é o maior produtor mundial de vinho, está a aumentar a produção e esse aumento deverá ser de 33% entre 2013 e 2017, o que pode colmatar o aumento do consumo interno.

Para os chineses, beber vinho é consumir luxo, pelo que contribui para a sua promoção social.

Castas nacionais minoritárias - admissão à certificação

Março 21
10:37
2014

Castas nacionais minoritárias - admissão à certificação.

O património vitícola português reveste-se de uma grande biodiversidade caraterizada pela existência de um enorme número de variedades autóctones. Destas, apenas umas dezenas se encontram admitidas à certificação e consequentemente têm material vegetativo disponível no mercado.

A enorme competitividade a que Portugal está sujeito no mercado mundial do vinho, tem promovido uma apetência dos produtores por variedades minoritárias no encepamento nacional, como fator de vantagem competitiva.


Atendendo a esta situação a DGAV elaborou o procedimento excecional a aplicar a estes.

2014 - Ano Internacional da Agricultura Familiar Ou em como até é "chic" pretender ser Agricultor Familiar...




João Dinis

A  Organização das Nações Unidas, ONU, ( e agora a FAO) reconhece a importância “multifuncional” da Agricultura Familiar e consagrou 2014 como “Ano Internacional da Agricultura Familiar, AIAF” o que é positivo.

Pois, daí para cá, deu em moda falar-se em Agricultura Familiar e, de repente, várias “famílias” – sendo embora titulares de grandes empresas do agro-negócio – parece que consideram “chic” apresentarem-se como empresárias(os) da “agricultura familiar”.  Aliás, até cabeças bem coroadas como o Príncipe Carlos de Gales também “surfam nessa onda”…

Entre nós, o governo apanhou boleia e anda a ensaiar umas iniciativas, onde a propaganda já abunda, supostamente destinadas a assinalar a efeméride.

Assim, o governo foi até à Assembleia da República – mas sem convidar os Partidos Políticos -  para daí lançar oficialmente o programa das comemorações do AIAF.

A seguir, o governo criou uma ainda inactiva “Comissão Executiva” para as Comemorações do Ano Internacional da Agricultura Familiar, AIAF, presidida pelo Secretário de Estado da Floresta e Desenvolvimento Rural, onde também encaixou representantes da “sociedade” dita “civil”. Tudo bem, se entretanto já não houvesse certa “gente”, digamos que com acesso privilegiado à informação, a concretizar iniciativas “oficiosas” neste âmbito do AIAF…

E criada foi também uma “Comissão de Honra” para este mesmo efeito das comemorações do AIAF. Propõe-se que quem quiser vá até ao “Google” pesquisar a respectiva composição. Poderá, então, constatar que nessa tal “Comissão de Honra” para as comemorações do AIAF, estão alguns dos principais responsáveis (anteriores e actuais) pelo “assassinato” de centenas de milhar de explorações agrícolas familiares ou seja, estão lá alguns dos governantes e principais mentores-executores das más políticas agrícolas e de mercados – das PAC às políticas de matriz nacional – que têm arruinado, sem dó nem piedade, a Agricultura Familiar Portuguesa ( e não só a Portuguesa).

Mas a “curiosidade” – e a estranheza – aumentam ao constatar-se que, se calhar em representação da “sociedade” dita “civil”, apenas lá está, nesta “Comissão de Honra”, o presidente de uma tal “Rede AGA KHAN para o Desenvolvimento em Portugal”, por cá já equiparada a IPSS ! Pois então, “gente” (aparentemente) fina. Dos eméritos “competitivos”, note-se.

Propõe-se também que quem quiser volte ao “Google”, desta vez para pesquisar o que lá vem sobre a “Fundação (“familiar”) Aga Khan”.  A sua proveniência ligada ao Chá da Pérsia – da Pérsia, hoje Afeganistão – com posição ligada aos “ímanes ismailitas nazaristas” (muçulmanos) e, por exemplo na Índia, aos velhos imperialistas Britânicos. “Família” poderosa a dos Aga khan.  Das mais ricas do mundo por onde espalha os seus negócios mais escusos…sempre cobertos por um manto diáfano de “altruísmo”...  E em Portugal também assim é, apesar de até terem ido “à benção” da Igreja Católica Portuguesa usufruir de uma conveniente “parceria” com o Patriarcado de Lisboa.

Mas, às tantas, às tantas, será que os Aga Khan têm, ou querem ter, alguma “exploração familiar”…de papoulas…para instalar no Alqueva, como agora também é moda ?...

Portanto, da nossa parte – que até estamos na “Comissão Executiva” para as comemorações do AIAF - muita honra temos nós em não estar na “Comissão de Honra” para o mesmo efeito.

A 3 de Abril, todos a Lisboa com a CNA!
Em defesa da Agricultura Familiar!             Em defesa do Mundo Rural Português!

E enquanto uns se entretêm a brincar em torno do AIAF, a CNA e Filiadas – Sempre com os Agricultores – vão realizar, a 3 de Abril, uma grande Manifestação Nacional da Agricultura Familiar e do Mundo Rural.

A protestar, nas ruas de Lisboa, contra o programa de desastre nacional das tróikas e do governo.  A reclamar “Por melhores políticas agro-rurais” e “Por outro governo capaz de as promover !”.

20 Março 2013

João Dinis

CAULE planta 75 mil árvores em área ardida em 2005


A CAULE – Associação Florestal da Beira Serra vai plantar, até ao final deste ano, um total de 75 mil árvores, numa área superior a 160 hectares, destruída pelo grande incêndio de 2005.

A plantação está a ser realizada desde 2013 nas freguesias de Avô (concelho de Oliveira do Hospital), Moura da Serra e Pomares (concelho de Arganil) e tem como objectivo recuperar e valorizar a paisagem daquela zona, através da reposição de algumas espécies autóctones, como o medronheiro, carvalho e o castanheiro, diminuindo assim, futuramente, o risco de incêndio florestal.  Trata-se da maior operação do género nesta região, e encontra-se a ser executada no âmbito da Zona de Intervenção Florestal (ZIF) Moura/Alva, designadamente através do projecto “Manutenção e Recuperação de Paisagens Notáveis”, co-financiado pelo PRODER.

Com esta intervenção, a CAULE espera recuperar uma área de “grande valor ambiental”  que se encontrava “altamente degradada” depois do incêndio de 2005, na medida em que além das novas plantações está também a ser levado a cabo um conjunto de “operações”, como desbates e controlo da vegetação espontânea, que beneficiam as espécies existentes.

Assente na plantação de espécies típicas da região, este projecto pretende a  compartimentação dos espaços florestais, ou seja, a definição das espécies a plantar em determinada área de terreno, de modo a reduzir a carga de combustível e por consequência o risco de incêndio nestas zonas, que têm sido ciclicamente afectadas pelo fogo.

O Presidente da Associação Florestal da Beira Serra, José Vasco Campos, realça a importância deste trabalho “não apenas para recuperação dos espaços florestais”, mas também para a recuperação da paisagem “com espécies devidamente adaptadas à região”, fazendo notar que “se não fossem estes projectos estas seriam zonas eternamente abandonadas”, sendo “consecutivamente pasto para chamas”.

“O que está aqui em causa não são as 75 mil árvores que estamos a plantar, mas tudo o que está a ser beneficiado”, garante Vasco Campos, para quem este projecto permite acima de tudo criar condições para o “crescimento e desenvolvimento de centenas de milhares de árvores”.

Também com o objectivo de “replantar” uma área destruída pelo incêndio de 2005, a CAULE irá avançar, ainda este ano, com outro projecto de “Recuperação de Paisagens Notáveis” nas freguesias de Aldeia das Dez e Alvoco das Várzeas (concelho de Oliveira do Hospital), prevendo plantar várias dezenas de milhares de árvores autóctones, numa área estimada em cerca de 130 hectares integrada na ZIF Alva/Alvoco.

Dia da Árvore assinalado com as escolas

Como não poderia deixar de ser, a Associação Florestal da Beira Serra associa-se, esta sexta feira, às comemorações do Dia Mundial da Árvore em diversos locais da região. As escolas são mais uma vez o público alvo das acções previstas para assinalar a efeméride, destacando-se a deslocação de mais de uma centena de alunos da escola da Ponte das Três Entradas ao terreno, com o objectivo de visitarem o trabalho de reconversão florestal que está a ser realizado naquela área, e que tem como objectivo substituir pinheiro bravos infectados com a doença do nemátodo, por pinheiro manso.

No mesmo dia a CAULE, através dos seus técnicos e equipas de sapadores florestais, vai ainda realizar uma acção de sensibilização em Santa Comba Dão, dirigida aos alunos dos três centros educativos do concelho, onde ser plantada “simbolicamente” uma árvore por cada escola.

"Febre" dos bolos lêvedos açorianos apanha Estados Unidos


Lusa
21 Mar, 2014, 19:59

Os bolos lêvedos dos Açores são vendidos nos Estados Unidos há quase 40 anos, onde são conhecidos como "portuguese muffins", mas agora estão a ter destaque na imprensa e crescem as padarias que os produzem.
Num artigo do Huffington Post, o autor nota que o `muffin` inglês é o mais conhecido, mas "não é o único `muffin` europeu que existe - e até pode não ser o melhor. O português pode até fazer melhor do que o seu parceiro inglês em qualquer manhã da semana."

Os bolos lêvedos, que têm uma forma cilíndrica, são adocicados e têm uma massa porosa, foram produzidos nos Estados Unidos pela primeira vez em 1975, na cidade de Fall River, Massachusetts, por um casal açoriano, Tibério e Leonore Lopes.

"A minha avó percebeu que não havia ninguém a fazer bolos lêvedos e deu a ideia aos meus pais, que começaram a padaria", lembra um filho do casal, Dave Lopes, à agência lusa.

Hoje, Dave e o irmão gerem a padaria "Central Bakery", que tem clientes em Massachusetts, Rhode Island, Nova Jérsia, Vermont, Virginia, Nova Iorque, Florida, Califórnia e acaba de se mudar para instalações maiores fora da cidade.

A "Central Bakery" vende diretamente para supermercados e restaurantes, mas tem também contratos com grandes cadeias de distribuição, como a Cisco, a US Foods e a Reinhart.

"Continuamos a ser uma empresa familiar, mas temos nove funcionários neste momento e vamos contratar muitos mais para as novas instalações", explicou Dave à agência Lusa.

O luso-americano diz que o nome "portuguese muffin" começou ao balcão da sua padaria, onde "os americanos tinham dificuldade de dizer bolo lêvedo e começaram a chamar `portuguese muffin, por também ter um sabor adocicado."

Ao contrário dos açorianos, que comem o pão normalmente torrado e com manteiga, os norte-americanos usam-no em sandes e até hambúrgueres.

A Central Bakery percebeu esta característica do pão e começou a comercializá-lo como "`muffin` de três refeições, porque pode comer-se de manhã, ao almoço e ao jantar."

No Huffington Post, nota-se que os bolos "não se desfazem tão facilmente [como os ingleses], o que os torna ótimos para sandes", como acontece nos populares restaurantes Westville, em Nova Iorque, onde são usados numa sandes de queijo derretido.

O autor do artigo escreve ainda que "não é uma surpresa que [os bolos lêvedos] se tenham tornado populares fora de Massachusetts."

"Apesar de não serem tão ubíquos como os ingleses, o seu tempo chegará. Depois de os provar, percebe-se porque são seriamente subvalorizados", conclui.

Federação Minha Terra e Secretário Regional do Ambiente e Recursos Naturais da RAM debatem futuro da Abordagem LEADER



A Minha Terra – Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local reuniu esta tarde com o Secretário Regional do Ambiente e Recursos Naturais da Região Autónoma da Madeira (RAM), Manuel António Correia, no Funchal, para debater o futuro da abordagem LEADER no próximo Programa de Desenvolvimento Rural da Madeira (PRODERAM), no âmbito da preparação da estratégia para os Fundos Europeus Estruturais e de Investimento para o período 2014-2020.

A reunião serviu para abordar a intervenção dos Grupos de Acção Local (GAL) da Madeira no PRODERAM. O encontro deixou claro o balanço positivo que o Secretário Regional do Ambiente e Recursos Naturais e a Federação Minha Terra fazem da Abordagem LEADER e do trabalho dos GAL, assim como da adequação desta metodologia para apoiar pequenos projetos numa lógica de proximidade e de grande flexibilidade.

No final, a presidente da Direção da Minha Terra, Regina Lopes, mostrou-se satisfeita com os resultados do encontro, salientando a convergência de perspetivas e opiniões face ao grande desafio que representa a simplificação e desburocratização dos programas para a gestão, mas sobretudo para os promotores.

A Minha Terra – Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local é uma entidade privada de interesse público sem fins lucrativos, que agrega e representa 53 associações de desenvolvimento local (ADL), de todo o país, e dinamiza uma plataforma de cooperação alargada, no domínio das intervenções promotoras de um desenvolvimento integrado, conducente à melhoria de qualidade de vida no espaço rural português.

Lisboa, 20 de março de 2014 

Agricultor norueguês condenado a um ano de prisão por deixar morrer 400 porcos



21 de Março, 2014

Um agricultor norueguês foi hoje condenado a um ano de prisão por ter deixado morrer 400 porcos à fome e à sede, num raro caso de maus-tratos a animais na Noruega, noticiou hoje a televisão pública NRK.
A sentença foi mais longe do que os sete meses de prisão pedidos pelo Ministério Público.

"É incompreensível aos olhos do tribunal que [o acusado] tivesse há muito tempo conhecimento [da condição dos animais] sem fazer nada para impedir uma tragédia animal", considerou o tribunal de Toensberg, no sul da Noruega.

"Tendo em conta o número de animais e o nível de sofrimento, o acontecimento é uma tragédia animal que felizmente ocorre raramente na Noruega", acrescentou no veredicto, citado pela televisão e reproduzido pela agência France Presse.

Em Fevereiro de 2013, as autoridades alimentares foram informadas de um possível caso de negligência, encontrando mais de 400 porcos mortos por falta de cuidados. Por estarem muito fracos, outros 60 tiveram de ser abatidos.

Durante o julgamento, o agricultor explicou ter ficado muito afectado pela doença de uma pessoa próxima e por problemas económicos. Consciente do destino dos animais, ele disse ter ficado paralisado e não ousou voltar a entrar na pocilga para recear encarar a realidade que o esperava.

O advogado pediu a absolvição ou, em alternativa, a pena mais branda possível.

Lusa/SOL

Incêndio florestal: Duas mulheres detidas em Monção

21 de Março, 2014

A GNR informou hoje ter detido em Monção duas mulheres, de 48 e 54 anos, por serem "presumíveis autoras" de um incêndio florestal que deflagrou naquele concelho.
Fonte do Comando Territorial da GNR de Viana do Castelo disse que as duas mulheres foram apanhadas em "flagrante delito", cerca das 15h00 de quinta-feira, mas sem acrescentar mais pormenores sobre a detenção.

O incêndio florestal em causa, que consumiu cerca de mil metros quadrados, deflagrou nessa mesma tarde, no lugar de Mato, freguesia de Sá, em Monção, tendo sido extinto pelas 17h00, "após intervenção dos bombeiros voluntários de Monção", segundo a GNR.

Ambas as detidas serão presentes hoje ao tribunal de Monção para aplicação de eventuais medidas de coacção, acrescenta a Guarda.

De acordo com dados da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), em todo o país já deflagraram 658 incêndios florestais desde 1 de Março.

O passado domingo, 16 de Março, foi o mais crítico do ano até ao momento, com os bombeiros a mobilizarem 723 operacionais e 201 viaturas no combate a 74 incêndios em todo o país, segundo a ANPC.

Lusa/SOL

Voluntários invadem Serra do Caramulo para plantar milhares de árvores


Lusa
10:29 Sexta feira, 21 de março de 2014
 
Tondela, 21 mar (Lusa) -- A Serra do Caramulo é no fim de semana invadida por voluntários que têm como missão plantar vinte mil árvores para devolver o verde a zonas deixadas enegrecidas pelos incêndios nos concelhos de Tondela e de Vouzela.

No concelho de Tondela, 800 voluntários aderiram à campanha de reflorestação "Plantar o Caramulo", lançada há um mês, inscrevendo-se numa plataforma digital criada para o efeito.

"A adesão foi muito boa, maior do que esperávamos", disse à agência Lusa a vereadora da Câmara de Tondela Carla Pires, acrescentando que, atendendo ao número de pessoas envolvidas, ao invés das seis mil árvores inicialmente previstas, serão plantadas dez mil no sábado de manhã.


Hoje todos plantam árvores pelo país fora mas poucos voltam para delas cuidar


SARA GERIVAZ 21/03/2014 - 07:57
Multiplicam-se pore todo o país as iniciativas de plantação de árvores, que a 21 de Março têm o seu expoente máximo. Mas o que se ganha em sensibilização perde-se muitas vezes no terreno porque são poucos os que acompanham o crescimento. Mas há excepções

 
NELSON GARRIDO

No dia em que se celebra o Dia Mundial da Floresta, as acções de sensibilização e plantação de árvores multiplicam-se pelo país. No entanto, muitas são criticadas por não passarem de actividades isoladas, sem consequência. O projecto FUTURO – 100 mil árvores na Área Metropolitana do Porto nasce em 2011 pelas mãos de Marta Pinto e é uma iniciativa de sucesso neste campo. Porque nenhuma planta é deixada ao abandono nos dias ou nos anos que se seguem.

O projecto das 100 mil árvores germina, desde 2011, no contexto do Centro Regional de Excelência em Educação para o Desenvolvimento Sustentável da Área Metropolitana do Porto (CRE.Porto), com o objectivo de aumentar e melhorar a qualidade da área de floresta nativa desta zona. Embora a criadora seja Marta Pinto, investigadora no Grupo de Estudos Ambientais da Escola Superior de Biotecnologia, o FUTURO envolve autarquias, associações, instituições de ensino, entidades governamentais e cidadãos.

Este tipo de iniciativas brota por todo o país no dia em que, habitualmente, se saúda também a Primavera, sendo depois deixados ao abandono. Marta Pinto diz-se “muito céptica em relação à sensibilização pontual, vertical e puramente lúdica”. Apesar de considerar fundamental as acções de formação e o envolvimento da comunidade neste tipo de actividades, as acções têm de ser consequentes, isto é, “fazerem parte de um plano, resultarem da concretização de uma visão e, como resultado disso, terem continuidade, avaliarem e darem feedback dos resultados”, esclarece. O ambiente e a floresta não podem apenas servir de mote para acções “meramente comemorativas e pontuais” que, embora sejam “divertidas e dêem excelentes fotos”, correm o risco de ser “contraproducentes, perdulárias e desresponsabilizar os cidadãos”.

A criadora do projecto explica ao PÚBLICO que o importante não é só plantar, mas também o controlo de espécies invasores e a limpeza e marcação de áreas onde a regeneração natural está em curso, isto é, onde a flora se renova por si. “Se numa área em intervenção temos algumas espécies em regeneração natural, apenas as identificamos, limpamos a área em seu redor e estacamos. E não plantamos essa espécie nessa área”, esclarece a Marta. Assim, entre os meses de Outubro e Março decorre a plantação e entre Abril e Julho e Setembro e Outubro acontecem “acções de monitorização, manutenção das áreas já plantadas, eliminação de infestantes e recolha de sementes”. Assim, o acompanhamento é feito durante todo o ano e são feitas avaliações sobre o sucesso das plantações, quais as espécies que se adaptaram melhor aos locais e qual é a taxa da sobrevivência das espécies.

Até hoje, o projecto conta já com 30.650 árvores de 24 espécies nativas plantadas em dezenas de parcelas distribuídas por 13 municípios da Área Metropolitana do Porto. A investigadora calcula que estas árvores, quando adultas, ofereçam à região “cerca de 1.200.000 euros por ano em serviços ecológicos (apenas estimado para o seu papel na regulação hídrica, retenção de poluentes atmosféricos e armazenamento de carbono)”.

Na iniciativa estão envolvidas activamente 37 entidades e mais de 5000 participações voluntárias, o que se traduz, de acordo com Marta, numa média de 40 cidadãos envolvidos por semana. “Podia-se fazer o trabalho sem as pessoas, recorrendo apenas aos meios técnicos disponíveis, mas não seria a mesma coisa… E, por isso, o FUTURO foi desenhado para reunir, por um lado, o conhecimento de especialistas e os recursos das entidades com competências na área, com a vontade de aprender e a energia e empenho dos cidadãos”, diz.

As árvores autóctones, isto é, originárias do nosso país, são uma preocupação da equipa e são as únicas que são plantadas. Para Marta Pinto, são património cultural, o que só por si tem valor, uma vez que ocupavam o nosso território no passado. Para além disso, o objectivo passa por recuperar paisagens históricas, melhorar a paisagem natural – importante para o turismo e actividade de recreio e lazer ligadas à natureza –, garantir suporte à biodiversidade, optimizar os serviços de ecossistema que estas árvores podem oferecer e criar descontinuidades no território que funcionam como áreas de menor propagação do fogo. Assim, o carvalho, o sobreiro, o castanheiro, o pinheiro-manso, o freixo e o loureiro, são algumas das espécies privilegiadas. Cerca de 80% das árvores é fornecida através do Programa Floresta Comum.

O projecto das 100 mil árvores já foi reconhecido, em 2013, com o prémio Terre de Femmes, da Fundação Yves Rocher e apesar de ser um excelente incentivo para toda a equipa, Marta diz que não mudou em nada a sua actuação pois o que influencia verdadeiramente é a aprendizagem diária e o trabalho no terreno.

"Wine Enthusiast" elogia os novos vinhos verdes (e os outros também)


19 Março, 2014 12:08 | Revista de Vinhos

Sim, o fresquíssimo e borbulhante vinho verde popular é uma deliciosa tentação nos dias de calor, mas há muito mais para descobrir por terras do Minho. E foi isso mesmo que fez o jornalista Roger Voss, da revista norte-americana “Wine Enthusiast”. Por entre rasgados elogios aos vinhos da região, fica a constatação de que há gente apostada em criar verdes com mais personalidade, seguindo os preceitos de antigamente.

No final do seu artigo, Voss deixa algumas notas de prova, dividindo os vinhos em dois grupos distintos: os verdes de grande produção, de consumo imediato, “que os puristas até podem dizer que não são genuínos”; e os novos vinhos que estão a conquistar espaço, com um toque de sofisticação e elegância ao nível dos “melhores brancos da Áustria ou da região francesa do Loire”.

Os quatro “generalistas” (Casal Garcia, Cape Roca, Aliança e Cruzeiro) são classificados por igual, com 85 pontos, e merecem destaque também pelos seus preços muito acessíveis. Quanto aos novos verdes, mais profundos e complexos, Roger Voss ficou claramente convencido: o Casa do Valle 2012 Grande Escolha e o Toucas Alvarinho 2012 recebem 91 pontos, enquanto o Muros Antigos Alvarinho 2012 e o Quinta do Ameal 2011 Branco Seco são classificados com 90.

Todos eles, avisa o autor, ficam ainda melhores após um ano na garrafa. Ou seja, as colheitas de 2012 estarão agora no ponto.

Portugal é o país vínico "mais interessante do mundo"

19 Março, 2014 11:32 | Revista de Vinhos

O colunista Matt Kramer, da revista norte-americana “Wine Spectator”, faz questão de viver por uns tempos nos locais que o atraem. E estes têm sempre a ver com vinho. Por agora, assentou arraiais na Ribeira, Porto. E está verdadeiramente seduzido com o que por cá encontrou: no seu mais recente artigo, não tem dúvidas em afirmar que considera Portugal o “local mais interessante” do planeta do vinho nos dias que correm.

Kramer centrou as suas atenções na região do Douro, a mais “improvável área vitícola” que alguma vez viu, por causa da sua vastidão, do isolamento e – acima de tudo – da geografia. “Que tipo de zona vitícola tem produtores a usar dinamite para criar um buraco onde plantar uma videira? É assustadoramente belo”, desabafa. Na sua opinião, tal como qualquer pessoa deve ver o Grand Canyon antes de morrer, também qualquer apreciador de vinhos tem de visitar o vale do Douro.

Tal como tantos outros que se deram ao trabalho de olhar para lá do preconceito (um preconceito criado pelo mau trabalho que durante décadas os portugueses fizeram com os seus vinhos, reconheça-se), Matt Kramer descobriu todo um novo mundo de castas e locais que dão origem a vinhos extraordinários. Diferentes e “de classe mundial”. E, ainda por cima, com uma relação qualidade/preço que dificilmente se encontra noutros países.

Instalado na sua casa da Ribeira (e sem quarto de hóspedes, vai já avisando…), o colunista da “Wine Spectator” garante que, por muito que ele e a mulher tenham gostado de Lisboa, é no Porto que se sentem, por agora, em casa. A dimensão e a arquitectura antiga da cidade são argumentos, mas, valha a verdade, o trunfo fundamental é a sua localização junto à região do Douro e os seus vinhos.

Kramer relata no seu artigo a “revolução” a que se assiste nas terras que antes eram feudo do Vinho do Porto e agora dão origem a grandes vinhos de mesa. Brancos e tintos. De que voltará a falar, promete. Porque não faz tenção de se mudar tão depressa.

Rotulagem da carne de porco preto alentejano vai ser facultativa


CARLOS DIAS 21/03/2014 - 18:11
Ministério da Agricultura e do Mar reconhece que não existe regulamentação para a fileira do porco preto alentejano mas diz que o decreto lei nesse sentido já foi elaborado.

O Ministério da Agricultura e do Mar (MAM) já elaborou uma proposta de Decreto-Lei que vai definir as regras a que deve obedecer a venda de carne fresca ou transformada com a denominação "porco preto alentejano".

A informação foi prestada pelo MAM ao deputado socialista Luís Pita Ameixa, eleito pelo círculo eleitoral de Beja, que tinha questionado a tutela em meados de Fevereiro sobre a falta de regulamentação para a fileira do porco preto alentejano.

No entanto, os esclarecimentos prestados acrescentam que as regras a aplicar futuramente regulamentam "o uso facultativo da referência 'porco preto' na rotulagem dos géneros alimentícios" produzidos com a carne deste suíno híbrido, uma caracterização que se pode prestar a alguns equívocos. O deputado socialista aguarda pelo teor do decreto-lei para perceber melhor o objectivo e os impactos deste uso facultativo.

O MAM alega que assim será evitado que os consumidores "sejam induzidos em erro" e prevaleçam, como actualmente, "situações de concorrência desleal entre os operadores económicos" pois "não existe regulamentação da actividade da fileira", reconhece o ministério.

Recorde-se que há uma distinção clara entre "porco alentejano" e "porco preto". No Sul do país a fileira cria "porco alentejano" puro, cujos exemplares têm de estar inscritos no livro geneológico que o classifica, e "porco preto alentejano" resultado do cruzamento de porco alentejano puro com porco Duroc de origem americana, ou com outras espécies.

O MAM esclarece que a elaboração de propostas de Decreto-Lei sobre regras técnicas relativas aos produtos alimentares obriga os Estados-Membros a notificarem a Comissão Europeia antes de serem adoptadas legislações nacionais. A Comissão Europeia já foi notificada, "aguardando neste momento que o prazo de consulta termine", refere a tutela, esclarecendo que depois tem lugar a consulta a várias entidades e só depois é que o decreto-lei entra em vigor.

O deputado Pita Ameixa espera que a promulgação do regulamento em falta "ocorra com rapidez" e com "melhores e mais adequadas soluções" para normalizar a actividade na fileira tanto do porco alentejano como do porco preto alentejano, evitando assim que o país consuma produtos espanhóis quando os pode produzir e com melhor qualidade.

Cães vadios atacaram rebanho de ovelhas no concelho de Viseu


LUSA 21/03/2014 - 19:08
 
 
Um rebanho constituído por duas dezenas de ovelhas foi nesta sexta-feira "dizimado por uma matilha de cães vadios", que terá atacado depois de conseguir saltar uma cerca de um terreno no concelho de Viseu, disse a proprietária.

De acordo com Salete Dias, proprietária do rebanho e dirigente da Balflora e da Confederação Nacional de Agricultura, o ataque ao rebanho foi perpetrado por cinco cães vadios que têm rondado as localidades da freguesia de Couto de Cima nos últimos meses.

"As ovelhas estavam num campo com cerca, em Lobagueira, quando foram atacadas por cães que conseguiram saltar e apanhá-las. Tanto eu como o meu marido estávamos por perto, mas não conseguimos evitar o ataque", descreveu.

Do rebanho constituído por 20 ovelhas, "três foram logo mortas, umas 15 estão fugidas e duas ficaram feridas".

"Este é o terceiro ataque em poucos meses: um ainda foi no ano passado e este é o segundo este ano. Mas há mais gente a queixar-se de ataques destes cães sem donos, que se juntam em grupo, atacam para se alimentarem e deixam-nos sem nada", alegou.

De acordo com Salete Dias, este tipo de ataques representa um prejuízo incalculável para quem vive da venda de ovelhas.

"Cada ovelha custa uns 70 a 75 euros. Por isso, vejam só o meu prejuízo. Ainda há oito dias apresentei queixa na GNR de Viseu, por outras três ovelhas mortas e mais um borrego", lamentou.

Para a proprietária do rebanho, "é urgente a Câmara de Viseu arranjar uma solução", sob pena do mundo rural ser lançado cada vez mais ao abandono.

"Se a Câmara não fizer nada, como é que se consegue sobreviver neste sector? São só políticas contra este sector, mas têm de nos dar uma solução", lamentou.

Contactada pela Lusa, fonte da Câmara de Viseu informou que vão acompanhar de imediato a situação e fazer um levantamento do que se passou através de um serviço que têm contratado.

"Vamos pedir à junta de freguesia, que é quem está mais perto, para acompanhar o caso, e vamos fazer um levantamento deste tipo de riscos, que não são exclusivos de Viseu, para preparar um plano de resposta", avançou.

A fonte admitiu que têm "meios limitados para actuar" e que aguardam também "pela informação da GNR para ter fotografia da situação".

Vespa-asiática detectada na cidade do Porto


LUSA 21/03/2014 - 12:32
Foram observados indivíduos, mas não ninhos, no Jardim Botânico do Porto.

 
As vespas ameaçam a a produção de mel ADRIANO MIRANDA
 
A Quercus revelou nesta sexta-feira ter a confirmação da presença da vespa-asiática na cidade do Porto, exigindo ao Governo que o plano de acção contra esta espécie exótica e invasora seja “efectivamente aplicado com urgência”.

Em declarações à Lusa, o vice-presidente da Quercus, João Branco, afirmou que foram observados “indivíduos, mas não ninhos, no Jardim Botânico do Porto” por um entomólogo consultor da associação.

“O Governo tenta minimizar a situação, afirmando que se trata de uma praga que existe apenas na região de Entre Douro e Minho, mas a Quercus tem a confirmação da sua ocorrência na cidade do Porto e teme que rapidamente se propague a outras regiões do país”, alertou a associação, em comunicado enviado à agência Lusa.

Segundo João Branco, “tem de haver um plano de acção que garanta um combate eficaz”, porque o que existe “depende das pessoas, ou seja, só após comunicação da existência de ninhos é que a Direcção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) atua”.

“Isto não chega, é preciso que haja uma busca sistemática dos ninhos da vespa-asiática e sua posterior destruição”, defendeu.

O ambientalista recordou que a introdução fortuita ou intencional de espécies exóticas e invasoras “foi considerada uma das principais causas da perda da biodiversidade e de degradação dos serviços de ecossistemas em toda a União Europeia e no mundo”.

“O custo económico das espécies exóticas e invasoras é estimado em pelo menos 12 mil milhões de euros por ano na União Europeia”, sustentou, acrescentando que a vespa-asiática “está em expansão há vários anos provocando prejuízos na actividade apícola e na perda da biodiversidade, ao reduzir o número de polinizadores.

Para João Branco, “não tem lógica” o Estado “estar a distribuir milhões para a apicultura (através de fundos comunitários) e não combater esta praga”, podendo estar-se perante “um investimento perdido”.

O ambientalista destacou ainda ser desconhecido o impacto que a vespa-asiática tem nos outros insectos polinizadores, porque “apenas se sabe que ataca abelhas”.

Na luta contra esta praga, “muitos apicultores acabam por combater todas as vespas, indiscriminadamente, e há vespas autóctones que combatem a vespa-asiática”, acrescentou.

No comunicado, a Quercus adianta estar a preparar uma campanha pública sobre a protecção dos polinizadores que visa, entre outros objectivos, “alertar para os perigos que a introdução de espécies exóticas pode ter nos ecossistemas, dando destaque a uma campanha urgente de informação relativa à vespa-asiática” e “sensibilizar os agricultores, em particular, e a opinião pública, em geral, para os perigos do mau uso dos pesticidas na saúde pública e no desaparecimento dos polinizadores”.

A Lusa contactou a Câmara do Porto e a Direcção de Serviços de Alimentação e Veterinária da Região Norte para obter esclarecimentos sobre a presença da vespa-asiática na cidade, aguardando respostas.

O responsável da Quercus chamou ainda a atenção para outras espécies exóticas e invasoras que ameaçam a produção de frutos pequenos (mirtilos, morangos, framboesas e cerejas) e a produção de castanha, a mosca Drosophilasusukii e a vespa do castanheiro Dryocosmus, respectivamente, para as quais é preciso estar alerta.

Mundo perdeu 5,3 milhões de hectares de florestas por ano desde 1990 - FAO


21-03-2014 12:14 | Economia
Fonte: Agência Lusa 

Roma, 21 mar (Lusa) -- O território mundial coberto por florestas diminuiu 5,3 milhões de hectares por ano nas últimas décadas, resultando na perda líquida de uma área equivalente à da Colômbia entre 1990 e 2010, alerta hoje a FAO.

Os dados foram divulgados pela agência da ONU para a Alimentação e a Agricultura a propósito do Dia Internacional das Florestas, que se assinala hoje.

Os novos dados recolhidos por satélite pela FAO indicam que as áreas florestais continuam a diminuir globalmente, estimando-se que em 2010 apenas 30% da área total da terra fosse coberta por floresta (3,89 mil milhões de hectares).

Ao longo dos 20 anos estudados, 1990-2010, a diminuição total da área florestal causada pela desflorestação e por desastres naturais foi de 15,5 milhões de hectares por ano, mas esta perda foi parcialmente compensada por operações de reflorestação e pela expansão natural da floresta (10,2 milhões de hectares anuais).

Estes valores resultam numa perda líquida de 5,3 milhões de hectares por ano, o que corresponde a quase quatro vezes o tamanho de Itália ou ao tamanho da Colômbia, escreve a FAO num comunicado hoje divulgado.

Segundo a organização, sediada em Roma, esta perda não foi homogénea em todo o planeta, havendo diferenças regionais consideráveis nos ganhos e nas perdas.

A área de florestas tropicais diminuiu na América do Sul, África e Ásia, com as maiores perdas em termos absolutos a registarem-se na América do Sul tropical, seguido da África tropical.

Pelo contrário, os maiores ganhos ocorreram na Ásia temperada e subtropical.

Ainda segundo os dados agora revelados, compilados por mais de 200 especialistas de 107 países, as florestas do mundo estão desigualmente distribuídas.

Quase metade das florestas do mundo (45%) estão nas zonas tropicais, cerca de um terço nas zonas boreais (31%) e pequenas partes nas regiões temperadas (16%) e subtropicais (8%).

Esta é a primeira investigação consistente a mostrar as mudanças na cobertura florestal nestas quatro regiões ecológicas nos últimos 20 anos, escreve a FAO, que aproveitou a efeméride para discutir formas de melhorar a informação sobre o estado das florestas a todos os níveis, nacional, regional e global.

"Para levarmos a sério o fim da desflorestação, de acordo com o objetivo da FAO de 'desflorestação ilegal zero', será essencial ter informações e dados fiáveis", afirmou o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, citado no comunicado.

O responsável sublinhou ainda que as comunidades florestais têm um papel crucial na resposta a dois grandes desafios que se colocam hoje: a desflorestação e a degradação das florestas.

No entanto, estas comunidades estão entre as populações mais vulneráveis, sublinhou Graziano, apelando aos governos que apoiem estas populações e que adotem políticas que permitam aos milhões de pessoas que dependem das florestas para viver que beneficiem dos produtos e serviços das florestas.

FPA // VM

Lusa/Fim

Quercus quer retirada de proposta de financiamento de eucaliptais com fundos comunitários


por Ana Rita Costa
21 de Março - 2014

A Quercus quer que seja retirada a proposta de financiamento de novos eucaliptais com fundos comunitários. Depois de avaliar o documento para aplicação de fundos comunitários para o desenvolvimento rural do Gabinete de Políticas e Planeamento do Ministério da Agricultura e do Mar, a organização diz considerar a proposta “inaceitável”.

 
“O documento de proposta do Programa de Desenvolvimento Rural para o Continente 2014-2020 apresentado pelo Gabinete de Políticas de Planeamento do Ministério da Agricultura, apesar de ter algumas propostas que a Quercus vê como importantes para o desenvolvimento sustentável do mundo rural, como a instalação de mosaicos agroflorestais para aumento da resiliência do território aos incêndios florestais e um ligeiro aumento do financiamento comunitário para a gestão da floresta que poderá chegar aos 80% a fundo perdido, apresenta também propostas contraditórias, como o apoio a novas plantações de eucaliptos em terras agrícolas, assim como em espaços florestais onde ocorrem outras espécies como o pinheiro-bravo e outras espécies da nossa floresta autóctone”, refere a Quercus.

As condições de acesso propostas permitem apoiar até 40% a fundo perdido a plantação para as espécies de rápido crescimento, ou seja, eucaliptais em rotações com uma duração entre 8 e 20 anos. “Sendo já o eucalipto a espécie mais representativa no nosso espaço florestal, ultrapassando os 820 000 hectares com tendência para aumentar (a avaliação do próprio ICNF ao novo regime de arborização verificou que 92% dos pedidos se destinam a plantações de eucaliptos), mesmo sem financiamento, é muito estranho que a política pública se concentre em aumentar ainda mais a área ocupada por monoculturas de eucalipto”, defende a organização ambiental.

A Quercus considera que os fundos públicos e comunitários devem ser concentrados “na reconversão dos eucaliptais mal instalados e sem gestão, em novos eucaliptais em zonas de aptidão A e B e na substituição do eucalipto por espécies autóctones em áreas de C e D, estas últimas de preferência em áreas classificadas (Rede Natura 2000, Áreas Protegidas, Sítios Ramsar), tendo em vista resolver o problema de abastecimento e mitigar os impactes ambientais.”

Capoulas Santos denuncia tentativa da direita e dos comunistas de bloquear o arranque da nova PAC

Comunicado de imprensa
 
 
Os coordenadores políticos do Partido Popular Europeu (PPE) e do Grupo da Esquerda Unida (GUE), onde no Parlamento Europeu se inserem, respetivamente, o PSD e o CDS, e o PCP e o BE, apoiados pelo partidos mais à direita do hemiciclo, os Conservadores e Reformistas (ECR) e o Partido Europa, Liberdade e Democracia (EFD), anunciaram esta semana, em reunião de porta-vozes agrícolas dos grupos políticos, a intenção de rejeitar os textos do atos delegados decorrentes da reforma da Política Agrícola Comum.
 
Na prática, estes textos descrevem o detalhe da base legal da nova Política Agrícola Comum, definindo os parâmetros para a sua implementação ao nível dos Estados-membros. Segundo os serviços da Comissão Europeia, a consequência previsível da rejeição dos atos delegados é o congelamento dos programas de desenvolvimento rural nacionais, que estão neste momento sob aprovação nesta instituição e que não poderão avançar sem que a base legal esteja concluída. Neste caso, para Portugal significa protelar por um ano a utilização de um orçamento anual de cerca de 500 milhões de euros. Segundo os serviços da CE, no que diz respeito às ajudas diretas aos agricultores no quadro da nova PAC, a não aprovação destes textos significa a existência de um vazio legal para atribuição das mesmas aos agricultores no ano de 2015 e que prejudicará Portugal dado que o novo regime é mais benéfico para o nosso país do que o regime atual.
 
O eurodeputado Capoulas Santos, responsável pela coordenação política do grupo dos socialistas europeus nesta matéria, demarcou-se desta iniciativa que considera "inaceitável e só explicável por caprichos pré-eleitorais nalguns Estados-membros", acrescentando que "nenhuma manobra eleitoral pode justificar a captura de 14 milhões de agricultores na Europa" e que "nenhum argumento de última hora pode servir para comprometer um modelo agrícola que acaba de ser redefinido e que é altamente benéfico para Portugal".
 
Capoulas Santos considera que "os eurodeputados portugueses do PSD,CDS,PCP e BE, que integram os grupos que estão por detrás desta manobra, devem explicações aos agricultores portugueses sobre as razões porque apoiam                   ou não se demarcam desta iniciativa".

Delegação Portuguesa 
Grupo dos Socialistas & Democratas no Parlamento Europeu  



José Maria da Fonseca lança loja online

19 Março, 2014 12:58 | Revista de Vinhos

No ano em que comemora o 180º aniversário a José Maria da Fonseca lança-se no comércio online. Será o primeiro grande produtor de vinhos luso a aventurar-se neste meio….

A loja da José Maria da Fonseca está disponível de início apenas para mercado nacional, Continente e Ilhas. Lá dentro pode encontrar e encomendar todo o portfólio de vinhos do produtor de Azeitão, incluindo alguns vinhos mais raros, como os moscatéis antigos. Pode encomendar, por exemplo, um Trilogia (a €138), um Alambre 40 anos (€95), ou o Moscatel Roxo 20 anos (€68). No entanto, a loja inclui vinhos baratos como o JMF branco e tinto (€1,99). Um vinho é mesmo exclusivo desta loja (o Domingos Touriga Nacional & Syrah 2011, a €6,99).

Para o lançamento do projecto, a José Maria da Fonseca está a oferecer os portes de envio para encomendas para Portugal Continental em compras superiores a 50€.

“Este é um projecto em que acreditamos, e que nos permite melhorar serviço junto dos nossos consumidores, oferecendo-lhes a possibilidade de facilmente poderem encontrar e comprar todos os nossos vinhos, inclusivamente aqueles com carácter mais exclusivo e recebê-los comodamente em sua casa. Acreditamos ainda que lançarmos este projecto no ano em que comemoramos 180 anos é mais um exemplo que continuamos apostados na modernização de uma empresa secular e a prepará-la para o futuro”, referiu António Maria Soares Franco, vice-presidente e sétima geração da José Maria da Fonseca. Do que conhecemos, esta será a primeira loja on-line de um grande produtor de vinhos.

A loja está situada no endereço www.jmf.pt/loja

Espanha é o maior produtor mundial de vinho!

20 Março, 2014 05:03 | Texto de António Falcão

Foi histórica a vindima de 2013 em Espanha, pelo menos em quantidade. Tanto que os ‘nuestros hermanos’ deverão ter subido ao primeiro lugar mundial da produção de vinho.

A fonte é o Ministério da Agricultura espanhol, que adianta que a vindima de 2013 produziu 51 milhões de hectolitros, suplantando a Itália e a França, com 47 e 42 milhões, respectivamente. Mais de metade das uvas vieram das gigantescas áreas de vinha de Castilla-La Mancha, onde a Primavera húmida e o Verão solarengo fizeram as videiras produzir a toda a força.  Recorde-se que os últimos números indicam que a Espanha será o país que também possui actualmente a maior área de vinha do mundo (apesar de arranques em várias regiões). Novas vinhas plantadas nos últimos anos, com foco na produtividade (incluindo rega), e um ano excelente, fizeram com que a produção subisse drasticamente em 2013. De tal maneira que Castilla-La Mancha pediu ajuda às regiões vizinhas para auxiliarem no armazenamento do excesso de vinho.

Produzir é uma coisa, vender a produção é outra. Com mais 15 milhões de hectolitros para vender que o normal, os produtores espanhóis desta região vão ter que fazer horas extraordinárias para escoar este gigantesco acréscimo de vinho. Para se ter uma ordem de grandeza, estes 15 milhões de hectolitros a mais representam quase três vezes mais do que toda a produção portuguesa e 15 vezes a produção anual média do Alentejo! A região de Castilla-La Mancha está longe de ter o prestígio vínico de regiões como Rioja, Cava ou Ribera del Duero e é muitas vezes associada a vinhos baratos e de baixa qualidade. Produções entre 20 e 30 toneladas de uva por hectare são aqui rotineiras e permitidas pelas leis da região. Ainda assim, Castilla-La Mancha tem conseguido exportar cada vez mais nos últimos anos.

Os números por país só serão ‘oficializados’ quando sair o relatório de produção da Organização Internacional do Vinho (OIV), previsto para Maio.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Polémica com as denominações geográficas de origem (GI em inglês)

Março 14
12:58
2014

A Europa tem vindo ao longo das últimas décadas a produzir produtos de alta qualidade, defendendo-os através das denominações de origem protegida.

Acontece que os Estados Unidos têm vindo a copiar esses produtos, dando-lhes exactamente o mesmo nome, tal como o champanhe, o conhaque, o vinho do porto e os queijos feta, parmasão, roquefort, etc.

Este assunto tem levantado polémica nas negociações Europa – Estados Unidos, pois os europeus pretendem que, no acordo de livre comércio, a denominação de origem dos seus produtos seja protegida, obrigando os Estados Unidos ou não utilizar esses nomes, ou a fazer referência de que não são produzidos nas zonas de origem.

Neste momento, vários Senadores norte-americanos insurgiram-se contra esta possibilidade, afirmando mesmo que isso seria um contra-senso, pois os produtos americanos, apesar de não produzidos na zona onde foram criados, são tão bons ou melhores que os europeus.

Já no acordo com o Canadá este problema tinha surgido, tendo os canadianos cedido em muitos produtos, como o queijo feta grego, pelo que é produzido na Canadá, que passa a ter uma menção específica a esse facto.

Este ponto é muito importante, pois tem-se investido nestes produtos de qualidade e seria possível obter uma muito maior rentabilidade desses produtos, se não existissem estas cópias.

A indústria de queijos americana protestou fortemente contra a proposta europeia, com o argumento de que se ela for aceite pelo governo americano, isso provocará uma perca de receitas da indústria do queijo americano, de 4 mil milhões de dólares e irá lançar a confusão nos consumidores.

Comissão faz ajustamento à nova PAC

Março 13
13:11
2014

A Comissão Europeia decidiu fazer alguns ajustamentos à nova Política Agrícola Comum (PAC) em alguns sectores, tais como:

a) Jovens agricultores

A Comissão precisou em que termos os jovens agricultores que integram uma sociedade (por exemplo, com agricultores mais velhos e familiares), podem continuar a usufruir das ajudas de jovens agricultores.

O jovem deve provar que tem um papel importante na sociedade, sem ter de ser o principal responsável. Segundo a nova PAC, uma ajuda suplementar de 25% é dada aos jovens agricultores (menos de 40 anos) que se iniciem na actividade agrícola (a somar ao pagamento de base), durante os cinco primeiros anos da sua instalação.

b) Agricultores activos

A reforma prevê uma série de actividades que serão excluídas dos pagamentos directos, tais como aeroportos, ferrovias, companhias de distribuição de água, sociedades imobiliárias e instalações desportivas permanentes.

Os estados membros devem elaborar uma lista das empresas que vão ser excluídas dos pagamentos directos e têm poderes para adicionar outras actividades.

c) Greening

Os países podem fazer a sua lista de culturas para zonas de interesse ecológico (ZIE), desde que essas culturas captem azoto, como as oleaginosas. A Comissão tolera o uso de pesticidas nessas culturas, mas os países devem provar a sua importância para as culturas e que não causam problemas à biodiversidade.

d) Sanções do greening

A Comissão instituiu uma proporcionalidade das sanções, por exemplo, o agricultor que respeita a rotatividade de culturas, mas não a ZIE, perde 50% das ajudas, em vez de 100% e só perde os 100% se continuar a não cumprir, ao fim de quatro anos.


 

Feira do Porco Alentejano espera 40 mil visitantes


Rádio Pax - 21/03/2014 - 00:11

Feira do Porco Alentejano espera 40 mil visitantes  

    
Em Ourique arranca hoje mais uma edição da Feira do Porco Alentejano.  

O certame, promovido pela Câmara Municipal de Ourique e pela Associação de Criadores de Porco Alentejano (ACPA), duplicou o número de expositores face ao ano passado. Os organizadores esperam entre 30 a 40 mil visitantes.

O programa da Feira é diversificado. Em matéria de espectáculos, hoje a noite inicia-se com a actuação dos Campaniça Trio, às 19 horas. O primeiro dia do evento termina com um concerto do cantor Berg, vencedor do programa Factor X, da SIC.

Amanhã, sábado, tem lugar um espectáculo dos 30 anos da Rádio Pax. Sete grupos corais sobem ao palco a partir das 15h30. À noite as atenções centram-se no concerto de Rita Guerra.

Domingo, a partir das 14 horas, a TVI vai emitir em directo, a partir da feira, o programa “Somos Portugal”, até às 20 horas. Encerram o dia os ADIAFA. 

Amanhã a Associação de Criadores do Porco Alentejano e a Câmara de Ourique inauguram o Centro Interpretativo do Porco Alentejano. O espaço vai acolher uma Loja Gourmet com produtos derivados do porco alentejano.

Também amanhã os promotores da Feira lançam uma aplicação, para smartphones e tablets sobre “Ourique, Capital do Porco Alentejano”.  

O “Futuro dos Sistemas de Produção Extensivos” no quadro da nova Política Agrícola Comum (PAC) é um dos temas em debate na Feira. 

Pedro do Carmo, presidente do Município de Ourique, frisa que os visitantes podem esperar “mais um grande certame e uma aposta clara no comércio tradicional e nos produtos locais”.  Em seu entender o certame “é já uma referência nas feiras do sul do país” e “tem contribuído para levar o nome do porco alentejano a todo o país assim como internacionalmente”.

A Feira do Porco Alentejano termina no Domingo.

Menos 40 mil ovelhas na região Demarcada da Serra da Estrela

17-03-2014 
 

 
A Ancose, com sede em Oliveira do Hospital, está preocupada com a redução do número de ovinos na região demarcada da Serra da Estrela. O efectivo passou, nos últimos cinco anos, de 120 mil para 80 mil em toda a região.

Em vésperas de mais uma edição da Festa do Queijo Serra da Estrela de Oliveira do Hospital, a Associação Nacional de Criadores de Ovinos Serra da Estrela (Ancose), com sede neste concelho, não poderia estar mais preocupada.

O número de ovelhas raça bordaleira e churra mondegueira tem vindo a reduzir, assistindo-se no período de apenas cinco anos, a uma redução na ordem das 40 mil cabeças. «Tínhamos 120 mil e agora contamos com cerca de 80 mil», referiu ao correiodabeiraserra o presidente da Ancose que, ao mesmo tempo alertou para os perigos que daí decorrem, em particular a extinção de rebanhos e a consequente redução de leite produzido.

«Sempre me ensinaram que 5,5 litros de leite faz um quilo de queijo. Sabemos a produção de leite e sabemos que não é suficiente para a quantidade de queijo que é produzida».

A Ancose conta, no presente, com um total de cinco mil associados. Um número que «estabilizou» mas que não tem correspondência directa com a manutenção da dimensão dos rebanhos, que são cada vez menores.

Menos ovelhas na Serra da Estrela é sinónimo de menos leite produzido, colocando assim em risco a produção do Queijo Serra da Estrela, cujo processo exige a utilização exclusiva de leite de ovinos Serra da Estrela. Este é também motivo de preocupação acrescida para o presidente da Ancose que em face de uma menor produção de leite, estranha a quantidade de queijo que é produzida.

«Sempre me ensinaram que 5,5 litros de leite fazem um quilo de queijo. Sabemos a produção de leite e sabemos que não é suficiente para a quantidade de queijo que é produzida», sentenciou o responsável, aludindo à indevida utilização de leite de fora na produção do Queijo Serra da Estrela. Uma prática que Manuel Marques condena de forma veemente e que espera combater a curto prazo. «Tem que se pôr cobro a isso», continuou o presidente da Ancose que garante saber de «onde vem o leite» e que espera apenas conseguir as provas necessárias para «agilizar métodos para que isso não se continue a verificar».

Esta é uma preocupação que Manuel Marques já fez chegar ao governo, com quem espera reunir na próxima semana. Em cima da mesa estará um conjunto de medidas protecionistas dos produtores, entre as quais o aumento do preço do leite, que se mantém inalterado desde há quase duas décadas. «Se não fosse o leite que vem de Espanha, o nosso leite seria bem pago», refere Manuel Marques que, no conjunto, garante estar a trabalhar por um pacote de medidas que protejam os produtores e que estimule o aparecimento de novos produtores, porque «a agricultura, apesar de difícil, é das coisas mais rentáveis».

Defender e criar melhores condições aos seus associados é neste momento o maior propósito da Ancose que dá como ultrapassada uma fase menos positiva da Associação. «Temos alguma vontade de sorrir. É a primeira vez que a Ancose tem os vencimentos em dia», referiu Manuel Marques, satisfeito por em pouco mais de dois anos, a associação ter conseguido reduzir o passivo de quase 400 mil euros. «O governo tem colaborado, tem pago o que não pagava e temos as contas mais ou menos saldadas», sublinhou.

«Financeiramente estabilizada», a Ancose tem na calha projectos que Manuel Marques prefere para já não divulgar, mas que «serão muito favoráveis à Ancose, aos seus associados e à região». Com rebanho próprio, a Associação que se dedica ao melhoramento da ovelha Serra da Estrela e é responsável pelo programa de sanidade animal, acaba de melhorar as condições da sua queijaria/ oficina, num investimento de cerca de 35 mil Euros.

Em curso tem também o processo de licenciamento do centro de testagem para efeito de inseminação artificial, com o objectivo de «apurar ainda mais a raça Serra da Estrela».

Fonte: correiodabeiraserra

Agricultura, um setor que cresce

14-03-2014



O setor agrícola registou, em 2013, o maior número de constituições de novas empresas desde 2009. A conclusão é apresentado pelo Barómetro Informa D&B e nela se lê também que foram criadas, a nível global, 35 296 empresas, mais 12,8% que em 2012. 

Numa das conclusões da Informa D&B, refere-se que a agricultura, pecuária, pesca e caça atingiu a melhor taxa de nascimentos por encerramento (6,3%) em 2013, seguindo-se áreas como atividades financeiras (4,9%) e telecomunicações (3,7%). 

De referir ainda que as companhias com capital social inferior a 5 mil euros foram as que mais contribuíram para a constituição de novas empresas, o que dá um claro sinal que as firmas em constituição são de pequena dimensão.

Tribunal de Contas Europeu "chumba" controlo de apoios da PAC

Portugal é um dos países acusado de fiscalização “deficiente e ineficaz” às condições de elegibilidade dos agricultores aos fundos

PC AGRICULTURA 
Fundos da PAC são 40% do orçamento da UE
Global Imagens
17/03/2014 | 18:50 | Dinheiro Vivo
O Tribunal de Contas Europeu (TCE) acusa os controlos nacionais para a atribuição de subsídios agrícolas, nomeadamente em Portugal, de não serem fiáveis e chama a Comissão Europeia a intervir.
“Os Estados membros desempenham um papel central para garantir que as ajudas agrícolas da UE são distribuídas aos beneficiários de acordo com a legislação, sendo portanto imperativo que comuniquem informações fiáveis”, lembra o TCE numa nova crítica à gestão dos fundos da Política Agrícola Comum (PAC).
Num relatório referente ao período 2010-2012 concluiu que os dados estatísticos dos Estados membros “não são fiáveis devido a erros de compilação e ao facto de os sistemas utilizados nos controlos administrativos e locais serem apenas parcialmente eficazes na deteção de despesas irregulares”.
Em relação a Portugal e com dados de 2010, o documento refere que os controlos foram apenas “parcialmente eficazes”, tendo sido identificados “controlos deficientes e ineficazes às condições de elegibilidade”.
E  recomenda aos governos nacionais que “os controlos administrativos e no terreno sejam realizados de forma mais rigorosa pelos organismos pagadores e que a qualidade das bases de dados do Sistema de Identificação das Parcelas Agrícolas seja melhorada”.
Quanto à Comissão Europeia, o TCE salienta que deve “clarificar” as suas orientações “sobre a aplicação de sistemas de controlos adequados e a compilação de relatórios estatísticos”.
O Tribunal põe inclusive o dedo nos fundos atribuídos a beneficiários que nem sequer exercem atividades agrícolas ou que têm em conta terrenos não cultivados. E acusa a Comissão Europeia de, com base nos controlos nacionais, estimar “uma taxa de erro residual” no que se refere à “incidência financeira das irregularidades”.
Bruxelas já reagiu, garantindo não se basear “nunca apenas” nos dados nacionais para detetar ajudas indevidas. E sublinha que, antecipando-se a  estas críticas, passou a partir de 2012 a ter em conta auditorias suplementares e que, além disso, o sistema posto em causa pelo TCE está também a ser reformado no âmbito da nova PAC para o período 2014-2020.

Controlos realizados às despesas agrícolas da UE pelos Estados-Membros não são fiáveis, afirmam os auditores da UE

Um relatório publicado na última segunda-feira pelo Tribunal de Contas Europeu (TCE) revela que os resultados dos controlos realizados às despesas agrícolas pelos Estados-Membros e comunicados à Comissão não são fiáveis. A Comissão utiliza essas informações para estimar a taxa de erro residual que é apresentada ao Parlamento Europeu e ao Conselho no âmbito do procedimento de quitação.

 "Os Estados-Membros desempenham um papel fundamental para garantir que a ajuda da UE no domínio agrícola é distribuída aos beneficiários em conformidade com a legislação da UE", afirmou Rasa Budbergytė, o Membro do TCE responsável pelo relatório. "Por isso, devem fornecer à Comissão informações fiáveis sobre os resultados dos seus controlos para que esta possa estimar melhor o impacto das irregularidades nos pagamentos efectuados."

 A Comissão Europeia partilha a responsabilidade pela aplicação da política agrícola comum (PAC) com os Estados-Membros. O apoio aos agricultores da UE é administrado e pago por organismos pagadores nacionais ou regionais, que devem prestar contas à Comissão. A fiabilidade das contas anuais desses organismos e a qualidade dos sistemas de controlo que estabeleceram são certificados à Comissão por organismos de certificação independentes designados pelos Estados-Membros.

Os organismos pagadores realizam controlos aos pedidos de ajuda dos agricultores a fim de verificar a sua elegibilidade, bem como controlos no local a uma amostra de candidatos. Os erros detectados através desses controlos dão origem a reduções no montante da ajuda que pode ser paga aos candidatos. Os Estados-Membros informam anualmente a Comissão dos resultados desses controlos por meio de relatórios estatísticos. Esses relatórios constituem componentes de base para a Comissão estimar uma taxa de erro residual, que deve representar o impacto financeiro, expresso em percentagem do montante dos pagamentos, das irregularidades que persistem nestes após a realização de todos os controlos.

O TCE concluiu que os relatórios estatísticos dos Estados-Membros não são fiáveis devido a erros de compilação e ao facto de os sistemas utilizados nos controlos administrativos e no local serem apenas parcialmente eficazes na detecção de despesas irregulares. Além disso, o trabalho dos organismos de certificação não fornece garantias suficientes quanto à adequação dos controlos no local ou à fiabilidade dos relatórios estatísticos. Por último, os auditores da UE consideram que os ajustamentos efectuados pela Comissão às taxas de erro resultantes dos relatórios não são válidos em termos estatísticos.

Fonte:  TCE

Copy Paste

ACRESCIMO

O Gabinete de Planeamento e Políticas (GPP), organismo do Ministério da Agricultura e Mar, apresentou a 10 de março uma versão do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR), para o território continental. O documento menciona tratar-se ainda de um ponto de situação de desenvolvimento dos trabalhos, cuja programação final constituirá o guião para à aplicação de fundos da Política Agrícola Comum (PAC) no período 2014 a 2020.

No que aos apoios às florestas respeita e tendo em conta as críticas antes formuladas ao PRODER 2007/2013, o documento apresentado não evidencia ser mais do que um copy paste.

Pior, as propostas para os apoios às florestas não refletem os péssimos resultados de programações anteriores, aplicadas desde a adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia.

Apesar dos péssimos resultados do passado, não se vislumbram alterações de fundo na arquitetura que serve de base à atribuição dos apoios públicos até 2020.

A PAC, desde 1989, tem atribuído à silvicultura nacional vários milhares de milhões de euros de apoios públicos, seja através dos impostos pagos pelos contribuintes nacionais, seja pelo financiamento suportado pelos demais contribuintes europeus.

Apesar do financiamento dos contribuintes nacionais e europeus, as florestas portuguesas e o setor florestal português viram reduzir-se em mais de 150% o número de postos de trabalho no sector entre 1993 e 2013. A silvicultura nacional evidenciou um declínio económico progressivo, com uma redução de cerca de 67% do peso do seu Valor Acrescentado Bruto (VAB) no VAB nacional.

Pior, apesar do financiamento público de milhares de milhões de euros às florestas em Portugal, através do I Quadro Comunitário de Apoio (QCA), vigente 1986 e 1992, do II QCA, aplicável entre 1993 e 1999, do III QCA, que vigorou entre 2000 e 2006, e do PDR 2007/2013, os investimentos concretizados não registaram qualquer melhoria na gestão florestal a nível nacional, facto visível no considerável agravamento dos riscos, quer ao nível dos fatores abióticos, designadamente dos incêndios florestais, quer dos bióticos, das pragas e das doenças.

Numa análise mais abrangente do que apenas nas florestas, estas várias programações não surtiram qualquer impacto na redução do êxodo rural ou na consolidação do rendimento junto das populações rurais. A análise comparativa dos últimos Census revela a insignificância dos resultados obtidos com os apoios da PAC ao nível do Desenvolvimento Rural.
Nas florestas, apesar do péssimo histórico, insiste-se na receita. Fica evidente a pobreza estratégica do GPP neste domínio.

A Acréscimo reafirma a sua convicção na ineficiência dos apoios da PAC em setores onde prevalece a concorrência imperfeita.

Por esta razão, assumirá sempre a sua oposição á atribuição de apoios públicos para a viabilização, através dos contribuintes, de relações comerciais loose-win, estabelecidos entre uma produção silvícola perdedora e alguns grupos industriais, desta e de outras formas, protegidos pelos vários governos.

As diferentes fileiras florestais nacionais devem valer económica, ambiental e socialmente pela sustentabilidade das relações comerciais que conseguem construir entre os vários agentes económicos que nelas intervêm.

O PDR 2020, na versão agora apresentada pelo GPP não é mais do que um “balão de oxigênio” às relações loose-win que subsistem no setor florestal português.

Lisboa, 20 de março de 2014

O modo como produzimos garante a longevidade e sustentabilidade da nossa terra...

Associação Portuguesa de Mobilização de Conservação do Solo
 

Dia Mundial da Agricultura (20 de Março)

Dia Mundial da Água (22 de Março)



No dia 20 de Março celebra-se o Dia Mundial da Agricultura seguindo-se a comemoração do dia Mundial da Água no dia 22 de Março. Na APOSOLO ambas as datas são comemoradas com intensidade uma vez que o modo como produzimos, em Agricultura de Conservação, garante a protecção do ambiente e promove a utilização consciente dos recursos hídricos, garantindo a sustentabilidade dos mesmos.

A agricultura é uma prática ancestral que tem ganho cada vez mais importância, devido aos contextos sociais que se vivem actualmente. A necessidade do homem trabalhar a terra para daí extrair alimentos, é uma questão de sobrevivência, mas a agricultura que se pratica actualmente tem como principal função fornecer alimentos seguros, abundantes, de qualidade e contribui para a criação de oportunidades de emprego fortalecendo ainda a economia do país. Estamos certos que, com a adopção da Agricultura de Conservação, tudo isto é possível por muitos anos.

A AC baseia-se em princípios de protecção e melhoria do solo. Ao melhorar a estrutura do solo, a AC contribui para uma maior taxa de infiltração de água no mesmo, aumentando a disponibilidade deste recurso para as plantas, melhorando a produtividade nas parcelas de sequeiro e contribuindo para uma redução no consumo de água para rega nas áreas de regadio. Além disso, o controle efectivo da erosão e o aumento da vida microbiana do solo contribuem para a preservação ou melhoria das águas superficiais e subterrâneas.

Ganhando cada vez mais aceitação a nível Mundial, a AC e define-se como uma forte alternativa à agricultura convencional e à agricultura biológica.

Em 2009, durante o 4º Congresso Mundial de Agricultura de Conservação em Nova Delhi, 1000 delegados, envolvendo agricultores, cientistas, instituições de investigação e desenvolvimento, empresas privadas, e membros de Governos de países de todos os continentes reconheceram, na então “Declaração de Nova Delhi sobre a Agricultura de Conservação:

Duplicar a produção agrícola nas próximas décadas,
Proteger e aumentar a eficiência de uso dos recursos naturais, solo, água, ar e biodiversidade,
Contribuir para a diminuição da emissão de gases com efeito de estufa e para o sequestro do carbono no solo,
Encontrar soluções que mitiguem os efeitos das alterações climáticas na produção agrícola;
E acordaram que, baseando-se em 3 princípios fundamentais como: a perturbação mínima do solo a sua cobertura permanente e rotações diversificadas de culturas, a AC é um caminho sólido para uma sustentável intensificação da produção agrícola e que, juntamente com tecnologias complementares de produção, permite a prossecução dos objectivos enumerados.

Assim, a todos os Interlocutores do sector agrícola português, aos defensores e praticantes da AC e a toda a Sociedade Civil, a APOSOLO deseja saudáveis Dia Mundial da Agricultura e da Água, e tudo faz e fará para que este tipo de agricultura seja reconhecida pelo enorme contributo que presta à preservação da agricultura sustentável, da água e do ambiente no Mundo.

A Direcção

Setor agrícola da UE tem um papel fundamental na crise económica


Posted on 18 de Março de 2014 | Leave a comment
O setor agrícola é um fator-chave para ajudar a UE a sair da crise económica, segundo declarações dos conferencistas de uma conferência europeia de alto nível, denominada “A Nova PAC: futuro para os agricultores, futuro para a sociedade” realizada em Sevilha, sobre a futura PAC.

No decorrer da Conferência, foi defendido pelos oradores que a agricultura desempenhou um papel positivo durante a crise económica, já que o crescimento agrícola e as exportações de produtos agroalimentares foi de 8% no ano transato, tendo a PAC desempenhado um papel crucial neste crescimento.

Porém, os oradores também advertiram que a nova PAC será mais complicada e virada para o futuro, aumentará a burocracia e reduzi-se-ão as ajudas.

“Em particular, as medidas relativas à ecologização contempladas na reforma terão um custo elevado e podem pôr em perigo a produção, o que não deixa de ser particularmente preocupante quando se prevê um aumento da procura alimentar em 60% até 2050”, advertiu o vice-presidente do COPA, Harry Sinclair. Também foi abordada a forma em que se pode permitir aos agricultores esculpir um futuro mais viável, através do crescimento verde e de um uso mais eficiente dos recursos. Isto significa que se deve explorar o grande potencial da agricultura, ressalvando que existem fundos disponíveis para a investigação agraria no Horizonte 2020. Não obstante, deve-se assegurar que são transmitidos esta informação aos agricultores com o intuito de fomentar a aplicação de soluções inovadoras. Para a aplicação de ideias innovadoras a nível da exploração, os investimentos e as medidas de modernização são mais do que necessárias.

Foi também defendida a necessidade de reforçar a posição no mercado dos agricultores, já que atualmente apenas uma parte muito reduzida do preço do produto lhes é correspondente. Uma forma de fazê-lo é instar as cooperativas agrárias a comercializar melhor a sua produção e a tirar maiores receitas do mercado. Por outro lado, também os próprios agricultores devem ser empreendedores e melhorar o seu posicionamento no mercado.

Investigação, Consumo Interno e Qualidade são fatores-chave para o sucesso do setor agrícola português


Posted on 19 de Março de 2014 | Leave a comment
Oradores PainelUma maior ligação entre investigação e setor agrícola, a aposta no consumo interno e a qualidade dos produtos são vistos como os principais fatores para o sucesso do setor agrícola português, na Conferência e debate dedicados ao setor promovida pela APGEI.

A Conferência realizada na APGEI – Associação Portuguesa de Gestão e Engenharia Industrial, no passado dia 14 de março, denominada “Uma Nova Agricultura: Roadmap para o sucesso”, reuniu personalidades de destaque do setor agrícola português. Uma das necessidades identificadas pelos oradores como fator-chave para o sucesso do setor agrícola português foi o estabelecimento de uma ligação mais estreita entre o conhecimento académico a a rede empresarial agrícola, que é visto como um fator essencial para o desenvolvimento e competitividade do setor em Portugal e onde existe ainda um caminho a percorrer. Um aspeto que gerou bastante discussão foi o “preço”: se existe a visão defendida por alguns que é imperativo Portugal tornar-se mais competitivo nesta vertente para conseguir competir com os restantes países, contrapunha-se a visão de que Portugal não tem nem deve ter características para o fazer, devendo antes apostar onde realmente consegue ser competitivo: na qualidade e na diferenciação.

Apesar de unanimemente se ter reconhecido que Portugal está no bom caminho relativamente às exportações e à Balança Comercial do Setor, indicou-se também a necessidade de se aumentar o consumo interno de produtos portugueses em detrimento da importação de produtos estrangeiros. Carlos Morais, CEO do SISAB e um dos oradores da Conferência foi mais longe, defendendo a imposição de um limite máximo de aquisição de produtos estrangeiros por parte das empresas do setor da grande distribuição.

Atualmente, assiste-se a uma mudança de paradigma na forma como a sociedade portuguesa vê a agricultura e os agricultores: existe uma crescente consciencialização para a importância deste setor e dos profissionais no tecido económico português e da seriedade e eficiência crescente do setor. E isto não acontece por acaso. Atualmente, em Portugal, produz-se mais com muito menos. Outra referência de relevo foi a constatação da importância da PAC para a garantia da estabilização de preços, da segurança, da higiene e da qualidade dos produtos alimentares europeus, que fazem hoje da Europa o Continente com o melhor sistema produtivo agrícola do mundo.

A sessão de abertura ficou a cargo do Secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar. Os oradores do 1º painel, sob o tema “Fatores Críticos para uma Nova Agricultura”, contou com os oradores Miguel Ribeiro, do BPI, Luís Mira da Silva, Presidente da INOVISA, Mário Abreu-Lima, Vice-Presidente da CAP e Carlos Morais, CEO do SISAB, e teve a moderação de Rui Amorim de Sousa, CEO da Cerealis. O 2º painel de oradores, “Casos de Sucesso”, contou com a moderação de José António Sarsfield Cabral, do Coselho Diretor da APGEI, e teve com intervenientes José Burnay, Presidente do Conselho de Administração da Campotec, Luis Mesquita Dias, Diretor Geral da Vitacress, Luísa Amorim, Diretora Executiva da Quinta Nova da Nossa Senhora do Carmo, Luís Folque, Presidente da Casa do Azeite e Luis Moutinho, CEO da Sonae MC – Clube de Produtores do Continente.

Polpa de coco e cebola podem ser alternativa a antiparasitários para cavalos e ovelhas


por Ana Rita Costa
18 de Março - 2014
Um grupo de investigadores alemães descobriu que a adição de polpa de coco e cebola na alimentação de cavalos e ovelhas pode ajudar a diminuir a população de parasitas intestinais nas duas espécies.

 
Este estudo agora publicado, e que foi levado a cabo por veterinários da Universidade de Dusseldorf, adicionou estes alimentos na dieta dos animais durante dez dias. Os resultados demonstraram que esta mudança na alimentação levou à eliminação de todos os parasitas intestinais ou a uma grande redução.

A equipa responsável pelo estudo está agora a tentar patentear um produto com estes alimentos que já está disponível nos Emirados Árabes Unidos e no Qatar e que estará a curto prazo disponível na Alemanha.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Tribunal de Contas Europeu 'chumba' controlos nacionais às despesas agrícolas

17 de Março, 2014

O Tribunal de Contas Europeu (TCE) considerou como "não fiáveis" os resultados dos controlos nacionais feitos às despesas agrícolas, nomeadamente em Portugal, e recomendou um maior rigor aos Estados-membros, num relatório hoje divulgado, no Luxemburgo.
"O TCE concluiu que os relatórios estatísticos dos Estados-membros não são fiáveis devido a erros de compilação e ao facto de os sistemas utilizados nos controlos administrativos e no local serem apenas parcialmente eficazes na detecção de despesas irregulares", lê-se no relatório.

No que respeita a Portugal, e com dados de 2010, os controlos foram considerados como "parcialmente eficazes", tendo sido identificadas "controlos deficientes e ineficazes às condições de elegibilidade".

A auditoria também revelou "atrasos e inconsistências respeitantes às estatísticas e resultados dos controlos", bem como "deficiências relacionadas com a qualidade dos controlos feitos no local".

O documento recomenda aos governos nacionais que "os controlos administrativos e no local sejam realizados de forma mais rigorosa pelos organismos pagadores e que a qualidade das bases de dados do Sistema de Identificação das Parcelas Agrícolas seja melhorada".

O TCE salienta ainda que a Comissão Europeia deve "clarificar" as suas orientações "sobre a aplicação de sistemas de controlos adequados e a compilação de relatórios estatísticos".

Os organismos pagadores realizam controlos aos pedidos de ajuda dos agricultores a fim de verificar a sua elegibilidade, bem como controlos no local a uma amostra de candidatos.

Os erros detectados através desses controlos dão origem a reduções no montante da ajuda que pode ser paga aos candidatos.

"Esta auditoria, bem como auditorias anteriores do TCE, e as auditorias da Comissão [Europeia] revelam que os sistemas utilizados nos controlos administrativos e no local são apenas parcialmente eficazes, comprometendo gravemente a fiabilidade das informações que os Estados-membros prestam à Comissão", sublinha ainda o relatório.

Lusa/SOL

Zimbro começa a criar interesse económico


por João Barbosa
18 de Março - 2014
O zimbro é uma fonte de rendimento florestal por explorar em Portugal. O recente interesse do público pelo consumo de gin, que se verifica em diferentes países, pode dar o impulso para a exploração deste arbusto que tem utilizações que vão da cosmética e perfumaria até à culinária.

 
Há quem, na indústria, pondere a aquisição de zimbro em Portugal, sendo que actualmente está a ser  importado. Vários proprietários rurais, confrontados com a hipótese de negócio, manifestaram desconhecimento. É o caso de Alexandre Sousa Pinto, vitivinicultor no Douro Superior, que mostra algum lamento por não poder dar uso aos 8,5 hectares de Juniperus communis. Ainda que a localização geográfica dentro do Parque Natural do Douro Internacional não lhe permita o abate de todos os bosquetes, a lei permite que se possam efectuar desbastes. “O mais perto que tive de fazer negócio foi com a cerveja Sovina, que fez alguns ensaios com sementes, só que não resultaram” – revela Alexandre Sousa Pinto. Um outro negócio sem sucesso foi com uma empresa espanhola de perfumaria.

Raul Gomes, empresário e produtor do gin premium Nao Portucale, manifestou à Vida Rural o seu interesse na aquisição de zimbro em Portugal, admitindo que, a ter sucesso, poderia mesmo vir a desenvolver actividade industrial.

A questão do zimbro comum ou zimbro anão, como também é conhecido, parece estar encalhada na falta de diálogo entre potenciais industriais proprietários rurais, que têm disponibilidade de oferta, mas não encontram comprador.

Veja a reportagem completa na edição de março da revista VIDA RURAL.

Grupo Portucel Soporcel vai distribuir milhares de plantas de Norte a Sul do País

Iniciativa “Dá a Mão à Floresta”


O Grupo Portucel Soporcel, o segundo maior exportador português e o maior produtor nacional de plantas certificadas, vai voltar a celebrar o Dia Mundial da Floresta – que se assinala a 21 de Março – com a iniciativa denominada “Dá a Mão à Floresta”, através da qual distribuirá milhares de plantas provenientes dos viveiros do Grupo pelas populações de diferentes localidades do País.

A concretizar pelo quarto ano consecutivo, esta acção, que se enquadra na política de Responsabilidade Social da empresa, visa sensibilizar as comunidades contactadas, com especial incidência junto das crianças, para a vital necessidade de proteger a floresta e o meio ambiente.

Muito bem acolhida pelas autarquias em edições anteriores – a iniciativa obteve, no ano passado, a distinção de “Melhor Campanha de Responsabilidade Social” no âmbito do Grande Prémio APCE 2013  (Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa) – a acção “Dá a Mão à Floresta” constitui uma excelente oportunidade de o Grupo reforçar o seu compromisso público com a geração de riqueza e bem-estar nas regiões onde está presente, promovendo a preservação e valorização da floresta e dos produtos de base florestal.

Este ano, a iniciativa decorrerá entre 21 e 28 de Março, nos centros urbanos de seis localidades (Aveiro, Aljezur, Castelo de Paiva, Ferreira do Zêzere, Figueira da Foz e Setúbal), onde serão distribuídos, em estreita pareceria com as autarquias locais, vários milhares de plantas características destas regiões, entre as quais eucaliptos, pinheiros mansos, sobreiros, carvalhos, azinheiras, alfazemas, alecrim e medronheiros.

Paralelamente, decorrerão em cada uma das localidades actividades de carácter lúdico e pedagógico destinadas às crianças, especialmente às do 1º Ciclo do Ensino Básico, sempre centradas na temática da protecção da floresta e na preservação dos recursos naturais.

Gestão responsável da floresta

Com uma posição preponderante na fileira florestal do eucalipto, o Grupo Portucel Soporcel tem sob sua responsabilidade a gestão de um património de 120 mil hectares de floresta, tendo sido a primeira entidade em Portugal a obter as licenças de uso das marcas de certificação da gestão florestal concedidas pelos sistemas internacionais FSC® (FSC C010852) e PEFC (PEFC/ 13-23-001).

O Grupo é também o maior produtor de plantas certificadas em Portugal, já que os seus Viveiros possuem uma capacidade anual de produção de cerca de 12 milhões de plantas de diversas espécies, que contribuem para a renovação da floresta nacional. 

A aplicação das melhores práticas de silvicultura, a execução de um plano eficaz de defesa e protecção da floresta contra incêndios e a integração de uma estratégia de conservação da biodiversidade no modelo de gestão florestal, são elementos essenciais da forma como o Grupo gere o património natural sob sua responsabilidade e condição que garante a manutenção da certificação do seu sistema de gestão florestal.

No âmbito da sua política de Responsabilidade Social, o Grupo Portucel Soporcel investe cerca de 3 milhões de euros anuais na prevenção e apoio ao combate aos incêndios florestais, sendo destacadamente a maior participação privada no contexto nacional de protecção florestal.

Fonte:  Lift

Fenareg alerta para os custos da fatura energética


por Ana Rita Costa
18 de Março - 2014
A Fenareg – Federação Nacional de Regantes de Portugal está preocupada com o aumento dos custos energéticos que se têm agravado nos últimos anos e que, de acordo com a federação, “podem pôr em risco a competitividade da agricultura de regadio em Portugal”.

 
“Só no último ano, o aumento das tarifas elétricas foi de 68%, sendo esmagador para a atividade na qual o custo energético chega a representar 70% do custo da água de rega”, refere a Fenareg em comunicado.

A Fenareg reuniu recentemente com a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, e com o ministro da Economia, António Pires de Lima, para reivindicar um “tarifário justo” por considerar os contratos “desajustados” ao setor da agricultura devido à sazonalidade da atividade. “Mesmo que não utilizem energia fora da época de rega (entre os meses de outubro a abril) os agricultores são obrigados a contratar para todo o ano a potência mais elevada que permita o funcionamento do seu sistema de rega.”

Noutros países europeus os contratos de energia já atendem à sazonalidade da atividade agrícola e de outros sectores. Em Portugal, o Governo só abriu à indústria esta possibilidade, na legislação que publicou em julho de 2013.