sábado, 29 de março de 2014

Agricultura é estratégia para fixar jovens em Vila Pouca de Aguiar


28-03-2014 12:59 | Norte
Fonte: Agência Lusa 
Vila Pouca de Aguiar, 28 mar (Lusa) -- A Câmara de Vila Pouca de Aguiar colocou em funcionamento o Conselho Municipal de Agricultura, para delinear estratégias de desenvolvimento deste setor que envolve um terço da população e é encarado como prioritário para fixar jovens.

"Todos os agricultores do concelho, através das suas associações, estão representados neste conselho para que, em conjunto, possamos desenvolver uma estratégia de futuro para o mundo rural", afirmou hoje à agência Lusa o presidente da autarquia, Alberto Machado.

O autarca referiu que Vila Pouca de Aguiar é um concelho envelhecido e que, por isso, precisa de conseguir fixar e atrair os mais jovens e criar oportunidades de emprego.

E, para Alberto Machado, a agricultura é a estratégia para atingir esse objetivo.

Atualmente, um terço da população do concelho dedica-se ao setor, mas, na sua maioria, é apenas para autoconsumo.

O autarca quer que o concelho produza aquilo que "se pode colocar no mercado", aproveitando, para o efeito, a diversificação deste território, que se estende por montanha e vales, e onde se destacam já as produções de castanha, de hortícolas, de carnes, mel ou até mesmo cogumelos.

"É uma nova visão da agricultura. Não é a agricultura de subsistência, poli cultural, mas mais especializada e a pensar nos novos mercados, logo numa produção que vai criar mais-valias, emprego e fixar a população", frisou.

Nestes últimos meses, a câmara organizou 10 ações de formação dedicadas ao licenciamento de cozinhas tradicionais, cultivo de cebola, à produção de queijo de cabra, leite, gado maronês e cabra bravia, ainda bagas de sabugueiro, resina e até está a procurar o doce característico do concelho.

"As ações de formação são sempre fundamentadas nas nossas potencialidades agrícolas e são sempre direcionadas para os mercados. Não nos interessa ter um agricultor a produzir tudo, pretendemos ter um agricultor especializado numa determinada área de sucesso", sublinhou.

E, segundo Alberto Machado, já há resultados. "Há jovens, quase todos os dias, a pedirem informações aos nossos serviços", frisou.

Um interesse que o autarca espera que se concretize em investimentos, até porque referiu que "se tudo isto fracassar, fracassa o próprio concelho".

"Se não conseguirmos inverter o ciclo de desertificação e de perda populacional, poderá fracassar, ficar em causa, a própria sobrevivência dos concelhos do interior", frisou.

Alberto Machado salientou ainda a aposta no associativismo, através do Conselho Municipal, como uma forma de mais facilmente os agricultores acederem aos fundos comunitários e ressalvou que a agricultura nunca pode ser vista de uma forma isolada, considerando estar "muito relacionada com a gastronomia, paisagem e turismo".

Neste plano de inventivo ao mundo rural, o município atribui já inventivos à produção pecuária, ajudando a pagar a vacinação dos animais, e quer ainda diminuir as taxas de licenciamento de estábulos e explorações pecuárias.

PLI // JGJ

Lusa/Fim

Mateus entre as 50 marcas de vinho mais admiradas do mundo


21 de Março de 2014
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Mateus, a icónica marca de vinho rosé da Sogrape Vinhos, acaba de integrar o top das 50 marcas de vinho mais admiradas do mundo, publicado pela prestigiada publicação Drinks International.

A nomeação resultou de uma prova que reuniu um painel de mais de 200 profissionais da indústria do vinho, da qual saiu Mateus saiu vencedor, sendo a única marca portuguesa a figurar na lista e ocupando a 37ª posição no ranking.

Para a Sogrape Vinhos, “esta distinção é motivo de satisfação e orgulho, não apenas porque Mateus se tem mantido ao longo dos anos entre as marcas mais admiradas do mundo como também porque figura no top numa posição honrosa, competindo com marcas de reputação inquestionável como Château Margaux, Château d’Yquem, Casillero del Diablo e Jacob’s Creek”.

A publicação distingue anualmente como World’s Most Admired Wine Brands marcas de vinhos que se destaquem, entre outros aspetos, pela consistência e pela qualidade dos vinhos, assim como pelo seu nível de atratividade no mercado global.

Implementação da reforma da PAC e a cultura do arroz

AOP - Associação de Orizicultores de Portugal



A AOP – Associação de Orizicultures de Portugal entende que a implementação da nova Política Agrícola Comum, nas matérias que competem aos Estados-Membros, designadamente a concessão de apoio associado e a definição do Programa de Desenvolvimento Rural, deve atender:

1. Ao tipo específico de agricultura que é a cultura do arroz
2. À sua importância do ponto de vista económico, social e ambiental.
3. Ao risco de abandono e declínio de produção

ESPECIFICIDADE

A especificidade natural do sector, cujas explorações estão localizadas nos estuários dos grandes rios, sem alternativas culturais nas zonas salgadas e mal drenadas, a exploração em canteiros nivelados que envolve adaptação e investimentos fundiários elevados, a interdependência grande das Associações de Regantes e Beneficiários, a grande sensibilidade aos períodos de seca especialmente no Sul do país.

IMPORTÂNCIA ECONÓMICA

Manutenção do auto abastecimento alimentar

Portugal e a Europa são deficitários no auto abastecimento do arroz. Consumo de 16 Kg/hab./Ano. A manutenção das áreas de arroz da Europa é fundamental para manter o abastecimento alimentar da Europa aos níveis actuais e evitar as importações maciças deste produto.

Dados económicos

1.600 Agricultores em 3 regiões: Mondego, Tejo e Sado; 20.000 postos de trabalho directos e indirectos; volume de negócios da agricultura: 66,0 M€; volume de negócios da indústria/distribuição - PMVP: 176,0 M€.

IMPORTÂNCIA SOCIAL

Fixação das populações ao meio rural

A concentração da cultura do arroz em zonas específicas, a mão-de-obra que ela implica, o tipo de maquinaria utilizada determina um tecido económico nas zonas rurais produtoras de arroz que envolve para além das famílias dos agricultores, as Cooperativas, as empresas de adubos e pesticidas, as empresas de máquinas e equipamento, as indústrias de descasque e as comunidades de regantes, todas elas dependentes directa e indirectamente do cultivo do arroz.

IMPORTÂNCIA AMBIENTAL

Manutenção da Biodiversidade

O arroz produzido na UE está circunscrito a zonas geográficas muito específicas junto aos deltas dos rios em zonas húmidas. O terreno coberto de água atrai uma fauna aquática típica e a flora associada aos arrozais é também particular sendo a sua conservação por via do cultivo do arroz.

Segurança Alimentar

Em Portugal 90 % do arroz e produzido em modo de produção integrado onde a aplicação de adubos e fito fármacos é restringida a produtos não agressivos para o ambiente e respeitando um lista extensa de normativos que garantem às populações um produto alimentar seguro e com localização de origem identificada.

RISCO DE ABANDONO

A reforma do regime de pagamentos directos determina uma quebra de mais de 60% nas ajudas à cultura do arroz.
Espanha, que compete no mesmo mercado que Portugal já aprovou o regime de apoio associado para o arroz. Se não existir um apoio associado em Portugal será mais uma desvantagem competitiva para determinar mais abandono.
A conta de cultura actualmente é negativa sendo que o produto da venda não paga o valor investido na cultura. O preço de venda do arroz em casca desceu 30% desde 2008 e o custo por hectare aumentou mais de 35%.
A área cultivada em 2013 diminuiu 3% e em 2014 prevê-se uma redução superior.

Sem um apoio ligado e sem medidas de desenvolvimento rural adequadas e reforçadas o sector do arroz em Portugal pode vir a sofrer um grande impacto negativo com a implementação da reforma da PAC.

A AOP, nos contactos que vem estabelecendo com o Ministério da Agricultura, reconhece uma grande abertura e vontade sincera por parte dos seus responsáveis para encontrar a melhor solução para os problemas do sector.

Alcácer do Sal, 24 de Março de 2014

sexta-feira, 28 de março de 2014

Quem é o "agricultor profissional"? organização agrícola francesa dá a sua definição


Posted on 28 de Março de 2014

parc3A definição de agricultor profissional ou de quem é um verdadeiro agricultor foi colocada no Congresso anual da FNSEA, a principal organização agrária, que se realizou esta semana. A FNSEA quer que se elimine do âmbito da PAC os que ela chama de “falsos agricultores”, aqueles que são proprietários de terras agrícolas mas que não sobem ao trator. Propõe uma definição mais aberta que não se limite a definir o chefe da exploração como um assalariado agrícola.

Para a FNSEA, o agricultor profissional é o que:

- exerce a atividade agrícola;

- gere direta ou indiretamente os meios de produção;

- não está subordinado no exercício da atividade e exerce funções de direção;

- tem formação académica ou experiência profissional suficiente;

Para além disto, para a FNSEA, o agricultor profissional teria que realizar e declarar um volume mínimo de atividade agrária. Tamém propõe criar um registo oficial de agricultores profissionais à semelhaça do que já existe para outras profissões.
A organização profissional vai discutir se o Senado francés no próximo dia 8 de abril no debate do projeto de Lei do Futuro Agrário.

Nos últimos 25 anos, o número de explorações em França reduziu-se a metade. Passou de mais de 1 milhão nos anos 80 a apenas 490.000 em 2010.

Agricultores em protesto largam ovelhas no Louvre


DESCRIÇÃO - Agricultores em protesto largam ovelhas no Louvre



Tribunal da Relação rejeita prescrição em caso de concertação de preços do pão

O Tribunal da Relação de Lisboa rejeitou o pedido apresentado pela Associação dos Industriais de Panificação de Lisboa (AIPL) no sentido da prescrição do processo em que foi condenada pela Autoridade da Concorrência (AdC), divulgou hoje esta entidade.

Em comunicado hoje publicado no seu portal institucional, a AdC adianta que a decisão judicial foi conhecida na passada sexta-feira, tendo o Tribunal da Relação de Lisboa confirmado que o trânsito em julgado da decisão de condenação da AIPL, decidida pela AdC em 2008, ocorreu em 30 de Novembro de 2012.

Segundo recorda a AdC, a AIPL foi na altura condenada "por proceder a trocas de informação sobre preços com as empresas suas associadas, com o objecto de impedir, falsear ou restringir de forma sensível a concorrência, numa parte relevante do território nacional".

Em Dezembro de 2011 o Tribunal da Relação de Lisboa tinha já decidido manter a condenação da AIPL, embora reduzindo a coima aplicada pela AdC para 850 mil euros, depois de o Tribunal de Comércio de Lisboa ter, em Junho de 2010, confirmado a decisão da AdC. 

Fonte:  Lusa

CNA solidária com os povos compartes e suas organizações contra nova tentativa oficial de roubo dos baldios comunitários



-- O actual governo andou meses a fazer "auscultações" sobre a eventual revisão da actual Lei dos Baldios mas acabou por remeter a responsabilidade, pela malfeitoria, para a maioria parlamentar PSD - CDS/PP que o apoia através da apresentação de um Projecto de Lei na Assembleia da República... Ou seja, a senhora Ministra da Agricultura e o governo fugiram (para já…) ao "odioso" desta iniciativa pois sabem que se trata de um assunto que vai ter contestação popular e a outros níveis.

-- O Projecto de Lei em causa traz alterações que, se consumadas, eliminam direitos, conceitos, práticas, usos e costumes e, sobretudo, visam espoliar os Baldios aos Povos e Compartes seus legítimos proprietários.

-- O Projecto de Lei ameaça com um ataque, disfarçado embora, à Propriedade e à Gestão - COMUNITÁRIAS -  dos Baldios.   Alarga o conceito e os direitos de Comparte para o domínio de toda uma Freguesia (ou de várias) independentemente de uma ou mais Povoações da(s) mesma(s) Freguesia(s) confinarem ou não com a área do Baldio em concreto. Em consequência, iremos ter “Compartes” feitos “a martelo”, iremos ter Compartes de uns Baldios a meterem-se nos assuntos de Compartes de outros Baldios, o que só pode causar sérios problemas no terreno.

-- O Projecto de Lei passa os Baldios para um regime FISCAL - matricial que fere o conceito e a lei da propriedade COMUNITÁRIA e abre as portas para a alienação/privatização - INCONSTITUCIONAIS - de áreas Baldias e respectiva gestão que também deixará de ser comunitária. Faz, muito abusivamente, prescrever a propriedade comunitária  (e a gestão ), numa primeira fase em favor de autarquias, após 15 anos de alegado "abandono".

-- Introduz a presença e a participação, em Assembleias de Compartes, de elementos estranhos enquanto Compartes e, para além de estranhos, com posições e interesses - privados – capazes de condicionar a tomada de deliberações por parte, precisamente, dos Compartes. Deliberações que, de facto, devem permanecer independentes em relação a certos poderes instituídos - poderes económicos ou poderes institucionais.

-- Alarga a concessão da gestão de Baldios às Câmara Municipais e não apenas a Juntas de Freguesia.

-- O Projecto de Lei alega com dificuldades de facto sentidas em muitos Baldios, mas escamoteia que, quase sempre, essas mesmas dificuldades (de gestão) foram causadas aos Compartes e suas Organizações – por acção ou omissão - pelo próprio Estado e seus representantes institucionais-governamentais ( Administração Pública Florestal).

-- Trata-se, em última análise, de um Projecto de Lei que, a consumar-se como Lei dos Baldios, vai trazer conflitualidade ao meio rural. Conflitualidade entre interesses e direitos distintos – comunitários e privados.  Conflitos entre Compartes legítimos e "Compartes” feitos “a martelo" e entre Povoações.  Conflitos entre Autarquias e Autarcas, entre Juntas de Freguesia e entre estas e Câmaras Municipais. Vai trazer a incompatibilidade entre a Constituição da República e a futura Lei-roubo dos Baldios ( se esta última vier a ser consumada).

-- Saliente-se, ainda, que a maioria parlamentar que apoia o governo já agendou, “a mata cavalos”, para 2 de Abril, a primeira discussão do seu Projecto de Lei na Assembleia da República, quando aí também se assinala o 38º Aniversário da “Constituição de Abril” (aprovada a 2 de Abril de 1976) que consagrou a propriedade e a gestão Comunitárias dos territórios Baldios que agora pretendem roubar aos povos e Compartes para entregar à gula de grandes interesses económicos privados. ”Coincidência” perversa que mostra o desejo, por parte do governo e da maioria parlamentar que o suporta, de mais um ajuste de contas com o 25 de Abril, agora, nos 40 Anos da Revolução dos Cravos. Um ajuste de contas com os Direitos Democráticos consagrados na Constituição, no caso os direitos dos Povos e Compartes dos Baldios.

APELO

CNA  apela para os outros Partidos Políticos para que estes se oponham, com firmeza, a mais esta tentativa de roubo dos Baldios aos Povos e Compartes seus legítimos donos e gestores. Que se oponham a esta tentativa de violação da Constituição da República.

CNA apela para os Povos e Compartes e para as suas Organizações, para que se mobilizem – uma vez mais -  para a luta em defesa da propriedade e da gestão COMUNITÁRIAS  dos  Baldios !

VAMOS A LISBOA - A 3 DE ABRIL - À CONCENTRAÇÃO DA CNA E FILIADAS EM DEFESA DOS NOSSOS BALDIOS!

EM DEFESA DA AGRICULTURA FAMILIAR E DO MUNDO RURAL!

Coimbra,  28 Março - 2014 - ANO INTERNACIONAL DA AGRICULTURA FAMILIAR

 A Direcção da CNA

Autarcas acusam Governo de "descurar" Douro que vive situação "insustentável"


Lusa
9:59 Sexta feira, 28 de março de 2014
 
Vila Real, 28 mar (Lusa) - Os 19 autarcas da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Douro acusaram hoje o Governo de ter "descurado" a região que vive uma "situação insustentável", contabilizando quebras de receitas nos vinhos de mil milhões de euros em 13 anos.

"A CIM Douro considera ser insustentável a atual situação institucional e socioeconómica da região que, a manter-se, poderá conduzir a muito breve prazo a fenómenos de agitação social e à modificação de vontade que ninguém pode desejar", referem os autarcas numa moção aprovada por unanimidade na última reunião, divulgada hoje aos jornalistas.

Acusam ainda o Governo de ter "descurado completamente o território" e de, passadas três vindimas, realmente não ter sido feito "nada" pela coligação PSD/CDS-PP.

Organizações da província moçambicana de Nampula negam ter "legitimado" programa agrário ProSAVANA



Organizações da sociedade civil da província de Nampula, norte de Moçambique, negam ter "legitimado" o ProSAVANA, um programa de desenvolvimento agrário entre os governos moçambicano, brasileiro e japonês, muito contestado pelos camponeses moçambicanos.

O ProSAVANA, já na fase inicial de implementação, pretende promover o investimento público e privado dos três países para o fomento de culturas de rendimento adaptadas ao clima tropical, em 19 distritos de cinco províncias do centro e norte de Moçambique, numa área de mais de dois milhões de hectares.

A União Nacional dos Camponeses de Moçambique (UNAC) opõe-se veementemente ao ProSAVANA, defendendo que a iniciativa vai resultar em expropriações de terra, escassez de água, destruição da ecologia local e agricultura familiar, que sustenta milhões de camponeses das quatro províncias.

Agência Lusa

Concurso Vinhos de Portugal - primeiro prazo de inscrição a terminar



Primeiro prazo de inscrição no Concurso Vinhos de Portugal a terminar
SEXTA-FEIRA, 28 DE MARÇO DE 2014
Desconto nas inscrições do Concurso Vinhos de Portugal até 31 de Março
Termina no próximo dia 31 de Março o primeiro prazo de inscrição no Concurso Vinhos de Portugal no qual os produtores poderão beneficiar do desconto de 5 euros por vinho. Após esta data continuarão a poder submeter candidaturas na página www.concursovinhosdeportugal.pt apesar de ser cobrada uma penalização de mais 15 euros a todas as inscrições após 24 de Abril. 
A edição de 2014 do Concurso Vinhos de Portugal será realizada de 13 a 16 de Maio, no CNEMA, em Santarém e a Direcção da ViniPortugal continuará a investir numa maior valorização dos jurados internacionais
A ViniPortugal ressalva que a inscrição dos vinhos só será considerada mediante o processo completo.
1º passo.        Inscrição completa online em www.concursovinhosdeportugal.pt
2º passo.        Pagamento por transferência bancárias para o NIB 0019 0183 00200000083 67 ou cheque endossado à ViniPortugal
3º passo.        Envio de comprovativo de pagamento para carlar.concurso@viniportugal.pt
4º passo.        Envio de Boletim de análise para carlar.concurso@viniportugal.pt
5º passo.        Entrega de amostras (pelo menos 4 garrafas 0,75l/vinho) no CNEMA (Quinta das Cegonhas, 2000-471 Santarém) ou na CVR / IVDP

fonte: ViniPortugal

Descontos do preço do leite modificam quotas de mercado nas cadeias de distribuição

27-03-2014 
 


 
A aplicação de grandes descontos nos preços do leite não serve apenas para promover a escolha do consumidor de um determinado supermercado mas também alteram as quotas de mercado de venda do leite de cada cadeia de distribuição.  
 
Agora que no Reino Unido, novamente, começou uma nova guerra dos preços do leite entre as diferentes cadeias de distribuição, o Conselho do sector britânico analisou o que ocorreu nos últimos anos no seu mercado.
 
Em Outubro de 2009, os supermercados de descontos rígidos baixaram os preços do formato típico do Reino Unido, que equivale a 1,9 litros, correspondente a 17 cêntimos por litro, uma medida que levou estas cadeias a aumentarem a sua quota de mercado de apenas três por cento para 10 por cento, um acréscimo feito à custa das cinco principais cadeias de distribuição, entre as quais a Tesco; Sainsbury e a Asda, que baixaram a sua quota de 80 a 70 por cento em apenas cinco meses.
 
Em Agosto de 2010, a Asda baixou o preço em 14 cêntimos o litro, uma redução que foi seguida pela Tesco e a Sainsbury, o que levou, após uma redução da diferença de preços, a recuperar a quota de mercado perdida. Em consequência, neste estudo manifestou-se a resposta dos consumidores à diferença do preço.
 
Fonte: Agrodigital

Aliança internacional para aumentar rendimentos do trigo

27-03-2014 
  
Nos anos 60, as investigações de trigo de Norman Borlaug, foram fundamentais para salvar da fome mais de 100 milhões de pessoas na Índia.
 
Esta semana, nas celebrações do centenário do seu nascimento na Cidade de Obregón, no México, onde em 1963 fundou o Centro Internacional de Melhoramento do Milho e Trigo (Cimmyt), realizou-se um encontro que reuniu mais de 700 investigadores de diversos países.
 
Actualmente a produção de trigo a nível mundial cresce um por cento, mas a Organização das Nações Unidas (ONU) estima um aumento da produção de dois por cento ao ano. O encontro procura dar um novo impulso a esta investigação para ampliar os rendimentos do trigo e conseguir aumentos de 50 por cento nos próximos 25 anos.
 
Segundo o Banco Mundial, seria necessário que a produção global de trigo cresça 60 por cento entre 2000 e 2050. Para este fim, foi criada a Aliança internacional par aumentar os rendimentos do trigo, promovida pelo Instituto Britânico de investigações em biologia e biotecnologia (Bbsrc), o Cimmyt e a iniciativa do governo dos Estados Unidos da América, “Feed the Future”, para reduzir a fome.
 
Fonte: Agrodigital

UE proíbe importação de várias frutas e hortícolas procedentes da Índia

27-03-2014 
 
Especialistas da União Europeia aprovaram as medidas de emergência propostas pela Comissão para proibir a importação de determinadas frutas e hortícolas procedentes da Índia.
 
Estas foram aplicadas para fazer frente a deficiências significativas no sistema de certificação fitossanitária dos produtos exportados para a União Europeia (UE), tendo em conta o facto de envios com pragas, principalmente, insectos, como moscas de frutas não europeia.
 
Apesar destes produtos representarem menos de cinco por cento do total de frutas frescas e hortícolas importados pela UE procedentes da Índia, a possível introdução de novas pragas poderia representar uma ameaça para a agricultura e a produção comunitária. De referir que as pragas foram detectadas em 207 envios de frutas e hortícolas importadas da Índia em 2013. As medidas entram em vigor a partir de Maio, com uma revisão prevista antes de 31 de Dezembro de 2015.
 
Fonte: Agrodigital

Argentina: Organização Mundial de Agricultores debate futuro da agricultura a nível global

27-03-2014 
 


 
A Assembleia Geral da Organização Mundial de Agricultores (OMA) será inaugurada esta semana, reunindo associações rurais de todo o mundo na cidade de Buenos Aires, na Argentina, para discutir o futuro da agricultura a nível global.
 
Durante o encontro, os principais temas em discussão nos próximos quatro dias serão o clima, contratos de serviços agrícolas, inovação, segurança alimentar, a cadeia de valores e o papel da mulher e a contribuição dos jovens no mundo agricola.
 
O evento, organizado pela Sociedade Rural Argentina, instituição anfitriã do mesmo, representa uma oportunidade única para debater questões internacionais comuns aos agricultores de todo o mundo.
 
Luis Miguel Etchevehere, presidente da Sociedade Rural Argentina (SRA) e director da OMA em representação da América latina, destacou que «é uma honra receber os protagonistas da produção mundial de alimentos», acrescentando «que estes encontros são fundamentais para definir estratégias conjuntas de forma a garantir o aumento da produção de forma sustentável. Para isso contam com todo o potencial necessário, mas é fundamental contar com regras claras e previsibilidade para poder desenvolver e com um esforço articulado entre o sector público e privado».
 
«Como todos os anos, a assembleia Geral da OMA será uma grande oportunidade para que se reúna o mundo agricola internacional e se discutam os principais desafios aos quais os agricultores são expostos num futuro próximo», disse marco Marzano, director executivo da OMA, sublinhando que vão analisar para onde se dirige a agricultura a nível mundial, como fazer frente aos efeitos das alterações climáticas, quais as formas mais inovadores para resolver as adversidades agrícolas e crises económicas e definir as futuras oportunidades para a agricultura».
 
A inauguração contará com uma cerimónia crioula e um espectáculo cultural, no qual participam Luis Miguel Etchevehere; Mauricio Macri, chefe do governo da cidade de Buenos Aires; Gerd Sonnleitner, embaixador da Boa Vontade da Organização Nacional das Nações Unidas da Agricultura Familiar e presidente do COPA; Rasit Pertev, secretário do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola; José Angelo estrella Faria, secretário-geral de UNIDROTT; Peter Button, vice-secretário geral da UPOV; Mauricio Reale, vice-presidente do Comité Económico e Social Europeu e Nemesia Achacollo, presidente do Conselho Agropecuário do Sul.
 
A Assembleia Geral conta ainda com a presença da embaixadora norte-americana da Boa Vontade da ONU do Ano Internacional da Agricultura Familiar; Myrna Cunninghan; o embaixador dos Estados Unidos e actual presidente da Fundação Prémio Mundial da alimentação, Kenneth Quinn.
 
O encontro conta ainda com a participação de representantes de importantes instituições internacionais como a Organização das Nações Unidas para a Agricultura a Alimentação (FAO), do Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (IFAD); Fórum Global de Investigação Agropecuária (GFAR); a União Internacional para a Protecção das Variedades Vegetais (UPOV); a Organização Mundial de Agricultores (OMA); a Associação de Água da Holanda (NWP); Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o Secretariado Internacional da Carne (IMS); o Instituto Internacional para a Unificação do Direito Privado (UNIDROIT) e a Corporação Financeira Internacional (IFC).
 
Fonte: Agrodigital

Cáritas de Beja pede azeite para confeccionar refeições sociais

CARLOS DIAS 27/02/2014 - 13:33
Confrontada com um número crescente de pessoas com necessidades alimentares, a Cáritas de Beja apelou aos olivicultores para que apoiem a organização com 3000 litros de azeite.


O aumento "exponencial" no número de pessoas que solicitam apoio alimentar junto da Cáritas Diocesana de Beja, ao longo de 2013, levou a organização a lançar uma campanha junto dos olivicultores da região para angariar 3000 litros de azeite para a confecção de alimentos.

Teresa Chaves, presidente da organização, disse que em 2013 foram apoiadas de diferentes formas cerca de 5000 pessoas e servidas 61.115 refeições, uma realidade que demonstra como o azeite se tornou uma necessidade premente para a confecção de alimentos que são servidos no refeitório e cantina social da Cáritas.

Para além do aumento no número de pedidos de apoio em alimentos, Teresa Chaves considerou ser o momento para envolver outros parceiros no apoio aos que mais precisam para minorar situações de carência, sobretudo quando afectam crianças. "Com fome é difícil ter sucesso escolar", realça a responsável, frisando que a dimensão da crise criou um imenso número de sem-abrigo, que "também têm de ser alimentados e alojados".

Os pedidos de apoio em alimentos têm subido constantemente, assim como o consumo de azeite. Teresa Chaves explicou que surgiu então a ideia de lançar a campanha Azeite Solidário – Uma Gota de Esperança para suprir a falta desta gordura alimentar, associando à iniciativa os olivicultores da região depois de alguns deles terem oferecido o seu apoio à Cáritas.

Até ao momento já aderiu uma dezena de produtores, portugueses e espanhóis, mas a campanha vai prolongar-se até ao final de Dezembro. A Olivum – Associação de Olivicultores do Sul, recentemente formada, será um dos interlocutores da Cáritas na iniciativa que num futuro próximo poderá estender-se a outro tipo de produtos para aumentar a capacidade de resposta da organização.

Márcio Pires, também da Cáritas de Beja, destacou, por seu lado, a "mais-valia que o regadio pode trazer" no apoio aos mais necessitados. "Neste momento, para além do azeite, temos tido donativos de fruta, sobretudo uva e melão" produzidos na área do Alqueva. A esperança é que cada vez mais agricultores venham a colaborar doando outros produtos da terra que o regadio está a potenciar.

Teresa Chaves esclarece que a função da Cáritas passa também "por libertar as pessoas da dependência assistencialista, preparando-as para a sua autonomização", embora as solicitações de emergência estejam a exigir, cada vez mais, o empenho da organização em particular junto da comunidade imigrante, fornecendo alimentos e vestuário. Ainda recentemente a organização de Beja pagou a cerca de 40 romenos a viagem de regresso à sua terra.

Além do apoio prestado, a organização "procura sensibilizar" os proprietários das explorações agrícolas para um acolhimento mais humanizado dos milhares de cidadãos estrangeiros que todos os anos chegam ao Alentejo para os trabalhos sazonais como a apanha da azeitona e da uva, adianta Márcio Pires.

Universidade do Minho adopta campanha para reduzir desperdícios alimentares nas cantinas

LUSA 27/03/2014 - 18:54
As cantinas desta instituição geram quatro toneladas de resíduos alimentares por mês.

A Universidade do Minho criou um movimento, sob o lema Menos Olhos do que Barriga, com o objectivo de "sensibilizar" alunos, docentes e funcionários para a necessidade de reduzir os resíduos gerados nas cantinas da instituição.

No Ano Europeu Contra o Desperdício Alimentar, alunos de Ciências de Comunicação da academia minhota estão a desenvolver uma acção "pioneira" nas universidades portuguesas para sensibilizar quem come nas cantinas da universidade para que leve no prato apenas a quantidade de comida que vai ingerir.

As cantinas da Universidade do Minho geram quatro toneladas de resíduos alimentares por mês. Em Portugal, anualmente, cerca de um milhão de toneladas de alimentos vai para o lixo todos o que equivale a 17% do que é produzido.

"Queremos promover uma mudança de atitudes na comunidade académica e na sociedade em geral. Já foram distribuídas várias centenas de folhetos informativos. Às pessoas cujos tabuleiros evidenciem que não houve desperdício, é-lhes entregue um 'pin' do movimento, símbolo de 'boa atitude'", explicou uma das promotoras do projecto, Sara Oliveira, aluna do 3.º ano de Ciências da Comunicação.

Para sensibilizar os cerca de 21 mil alunos, funcionários e professores contra o desperdício alimentar, o movimento tem realizado "acções de patrulha" pelas cantinas da academia em Braga e Guimarães e vai agora estender estas acções a outros espaços da academia.

Isto porque, segundo um estudo desenvolvido pelo Departamento Alimentar da Universidade do Minho, uma "parte significativa" das quatro toneladas de desperdícios alimentares geradas nas cantinas resulta dos alimentos deixados nos tabuleiros.

"É muito importante transmitir aos jovens a noção e consciencialização das consequências do desperdício, bem como a preocupação com um ambiente sustentável. Se todos fizermos um esforço, estaremos certamente a dar o nosso contributo para um ambiente e uma sociedade mais sustentáveis", realçou a directora do Departamento Alimentar da Universidade, Celeste Pereira.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Galp Serviexpress premeia consumo de gasóleo agrícola


25 de Março - 2014
A Galp Energia lançou uma campanha promocional para os clientes do serviço Galp Serviexpress que, consoante os consumos de gasóleo agrícola efetuados, permite escolher prémios constantes de um folheto para clientes agrícolas.

 
Os prémios disponíveis estão divididos por escalões de consumo e vão desde balanças de mão, aspiradores/sopradores de folhas, a carros de ferramentas.

A Galp Serviexpress está há cerca de nove anos no mercado da distribuição e comercialização de gasóleos (de aquecimento, rodoviário e agrícola) dirigido a clientes domésticos e industriais, compreendendo o serviço de entrega ao domicílio.

Seminário "Floresta familiar: Base de uma floresta sustentável"

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Parque de Exposições de Braga - Feira AGRO
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Organização: Forestis - Associação Florestal de Portugal
Data: 28 de março :: 14 horas
Local: Parque de Exposições de Braga - Feira AGRO
Programa provisório
14:00 – Receção dos participantes
14:30 – Sessão de Abertura
15:00 – Os proprietários florestais e o contexto socioeconómico
José Lima e Santos – Instituto Superior de Agronomia
PAINEL: CONTRIBUTO DA FLORESTA FAMILIAR PARA O DESENVOLVIMENTO LOCAL
Moderador: António Campos e Matos – Conselho Superior da Forestis
15:30 – A experiência e os desafios de ser proprietário florestal
Fernando Sá Meneses – Proprietário florestal da Assoc. Florestal do Cávado
Pedro Araújo – Proprietário florestal da Assoc. Florestal de Entre-o-Douro e Tâmega
Alberto Neves - Proprietário florestal da ARBOREA - Associação Agro-Florestal e Ambiental da Terra Fria Transmontana
16:50 – Debate
17:30 – Sessão de Encerramento e coffee break no stand da Forestis na Feira

Arranque da nova PAC pode ser bloqueado


por Ana Rita Costa
24 de Março - 2014
Os coordenadores políticos do Partido Popular Europeu (PPE) e do Grupo da Esquerda Unida (GUE), onde no Parlamento Europeu se inserem, respetivamente, o PSD e o CDS, e o PCP e o BE, apoiados pelos partidos mais à direita do hemiciclo, os Conservadores e Reformistas (ECR) e o Partido Europa, Liberdade e Democracia (EFD), anunciaram em reunião de porta-vozes agrícolas dos grupos políticos, a intenção de rejeitar os textos do atos delegados decorrentes da reforma da Política Agrícola Comum.
 
Estes textos descrevem a base legal da nova Política Agrícola Comum, definindo os parâmetros para a sua implementação ao nível dos Estados-membros. Segundo os serviços da Comissão Europeia, a consequência previsível da rejeição dos atos delegados é o congelamento dos programas de desenvolvimento rural nacionais, que estão neste momento sob aprovação nesta instituição e que não poderão avançar sem que a base legal esteja concluída.

De acordo com Capoulas Santos, eurodeputado eleito pelo PS, “neste caso, para Portugal significa protelar por um ano a utilização de um orçamento anual de cerca de 500 milhões de euros. Segundo os serviços da CE, no que diz respeito às ajudas diretas aos agricultores no quadro da nova PAC, a não aprovação destes textos significa a existência de um vazio legal para atribuição das mesmas aos agricultores no ano de 2015 e que prejudicará Portugal dado que o novo regime é mais benéfico para o nosso país do que o regime atual.”

O eurodeputado Capoulas Santos, responsável pela coordenação política do grupo dos socialistas europeus nesta matéria, demarcou-se desta iniciativa que considera "inaceitável e só explicável por caprichos pré-eleitorais nalguns Estados-membros", acrescentando que "nenhuma manobra eleitoral pode justificar a captura de 14 milhões de agricultores na Europa".

Manter o preço pelo futuro do leite português


APROLEP

Vários produtores de leite foram recentemente surpreendidos com mensagens enviadas por alguns compradores, avisando sobre uma prevista baixa do preço em Abril, justificada com o “mercado” e baixas de preço noutros países da Europa, mas sem adiantar o valor em causa. Essa prática coincidiu com notícias divulgadas pela comunicação social espanhola, segundo as quais vários compradores de leite estariam a preparar os produtores para baixas de preço sem divulgar, no entanto, números exatos porque, entre outras razões, todos aguardam os ajustes das outras empresas lácteas.

Estas notícias são particularmente preocupantes na véspera de grandes despesas que os produtores terão de realizar com a colheita das forragens da primavera e a sementeira do milho. A preocupação aumenta quando se perspetiva que o preço das rações volte a subir, porque ao preço alto da soja juntou-se a crise na Ucrânia, país exportador de cereais.

Não nos parece que a baixa no mercado mundial de produtos lácteos seja justificação para idêntica descida, a nível nacional ou ibérico, pois o preço médio pago ao produtor em Portugal não acompanhou a subida registada no Norte da Europa, no último ano, e o mercado do leite português é essencialmente doméstico. Com efeito, os últimos dados divulgados pela comissão europeia, relativos a Janeiro de 2014, apontam um preço médio de 40 cêntimos/Kg na União europeia, 38,2 em Espanha e 36,5 em Portugal.

Temos fortes razões para crer que a manutenção desse preço, abaixo da média comunitária, é a principal razão para que a produção de leite em Portugal na campanha 2013/2014 permaneça abaixo da quota disponível e 3,5% abaixo do ano anterior.

Trata-se de um cenário preocupante que traduz bem as dificuldades que o sector tem atravessado nestes últimos três anos e ainda não superou. Os produtores de leite são cada vez menos, em idade mais avançada e assistiu-se também à redução do efetivo leiteiro e da área cultivada com milho para silagem.

A APROLEP apela à indústria e distribuição para uma reflexão sobre estes números, sobre o futuro do aprovisionamento do leite em Portugal e sobre a mensagem que pretendem enviar aos últimos resistentes que produzem leite. Se não foi possível acompanhar a subida registada noutros países, que haja agora um esforço partilhado para manter o preço e dar esperança aos produtores que têm muito trabalho pela frente e ainda dívidas para saldar.

A Direcção da APROLEP


Resíduos industriais e certificação florestal

A Acréscimo manifestou, quer junto do Forest Stewardship Council (FSC), quer do Programme for the Endorsement of Forest Certification (PEFC), os dois sistemas de certificação florestal com representatividade em Portugal, as suas preocupações sobre a compatibilidade da aplicação de resíduos industriais em solos florestais, com os requisitos normativos inerentes à certificação da gestão florestal sustentável. A área sob gestão florestal certificada atingiu em 2013 em Portugal cerca de 442 mil hectares.

A eliminação de resíduos florestais, no caso de lamas de depuração e suas misturas, através da sua aplicação nos solos, tem o suporte legal dado pela Diretiva 86/278/CEE, transposta para o quadro jurídico nacional pelo Decreto-Lei n.º 276/2009, de 2 de outubro. Todavia, no que respeita aos seus impactos em solos florestais, em concreto os sujeitos a certificação florestal, são desconhecidos dados científicos independentes que compatibilizem esta possibilidade com os requisitos normativos inerentes a este tipo de certificação de sistemas.

Esta aplicação tem sido usual ao nível da indústria de pasta celulósica, onde os resíduos industriais produzidos pelas unidades fabris têm sido aplicados em solos florestais, nomeadamente em propriedades que estão na posse ou sob gestão dos grupos silvo-industriais que operam em Portugal.

Os dados científicos independentes de suporte a esta prática são essenciais. Por um lado, para determinar se tal prática se insere num programa adequado de fertilização florestal, que adequadamente respeite os requisitos normativos para certificação, ou se estamos perante um mero expediente de eliminação de resíduos industriais, face a outras alternativas, inclusive o envio para aterro. Por outro lado, urge esclarecer se desta prática, em áreas florestais, não resultam impactos para a fauna e flora, para os solos e a água, e bem assim para as populações rurais.

Nos contatos estabelecidos com o grupo industrial com a maior área de floresta certificada em Portugal, com cerca de 123 mil hectares, quer no âmbito do FSC quer do PEFC, bem como com a respetiva entidade certificadora, não foi possível chegar a conclusões sobre tal compatibilidade. Ficou mesmo a sensação que, antes desta manifestação de preocupação da Acréscimo, esta questão não era relevante.

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Espalhamento de lamas celulósicas em eucaliptal, nas linhas e sem incorporação


A par da ação fiscalizadora do cumprimento legal do DL 276/2009, que se enquadra na esfera do Ministério da Agricultura e Mar e do Ministério do Ambiente, voluntariamente, as entidades com áreas florestais certificadas, adotam práticas de gestão mais exigentes do que as previstas na legislação. Daí também resultam mais valias aquando da comercialização de produtos de base florestal obtidos a partir de áreas certificadas, identificados estes nos mercados através da aposição dos logótipos do FSC ou do PEFC.

A inadequada aplicação de resíduos industriais em solos florestais pode ter consequências na emissão de gases para a atmosfera, no escoamento e lixiviação de compostos químicos e biológicos, inclusive de metais pesados e microrganismos nocivos. Um adequado controlo dos impactos, bem como a compatibilidade desta via para a eliminação de resíduos florestais com os exigentes requisitos da certificação florestal só pode ser obtido através de ações de investigação levados a cabo por entidades independentes.

Lisboa, 27 de março de 2014

Cadastro a prédios rústicos e urbanos em Portugal custaria 700 ME


Lusa
27 Mar, 2014, 14:17

O cadastro a todos os prédios rústicos e urbanos em Portugal custaria 700 milhões de euros, se fosse feito de acordo com um projeto experimental hoje apresentado em Oliveira do Hospital e que será realizado em sete municípios.
"O resto do país, se fosse feito por este modelo, custava 700 milhões de euros, pelo menos", disse hoje Paulo Correia, diretor-geral do Território.

O projeto, que vai arrancar em Oliveira do Hospital - com previsão de conclusão em junho de 2015 - e Loulé, estendendo-se depois a Seia, Paredes e Penafiel e a mais dois municípios algarvios, visa realizar o cadastro geométrico das propriedades (identificando os seus limites, marcos e estremas), que será depois cruzado com as inscrições nos serviços de Finanças e registos nas conservatórias.

"A partir daí, vamos ter só conservação de cadastro, um sistema nacional onde figurará esta informação e toda a informação que vá sendo produzida por negócios jurídicos [compra, venda ou herança de terrenos] e operações urbanísticas de licenciamento de construção e urbanização", frisou.

O responsável da Direção-Geral do Território - entidade que resultou da fusão do antigo Instituto Geográfico Português e da Direção Geral de Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano - disse ainda que o cadastro predial a nível nacional "vai ser progressivo" e demorará "20 anos ou mais" a estar concluído.

Paulo Correia recusou ainda que o projeto experimental, que levará à atribuição de um Número de Identificação Predial (NIP) a cada propriedade, tenha como resultado que a Administração Tributária passe a ser o principal usufrutuário desses registos.

"Sempre que se fala em cadastro geométrico da propriedade rústica lança-se o pânico. Agora vamos ter de pagar IMI [Imposto Municipal sobre Imóveis] sobre as propriedades rústicas, mesmo aqueles que não pagavam antes, e não é assim", garantiu.

"Não se pode fazer um raciocínio direto de isto ser uma antecâmara de que quem é proprietário de propriedades rústicas agora vai ter de pagar impostos. Não é de forma nenhuma essa a ideia", reforçou.

O objetivo, explicou, é que o NIP funcione como "bilhete de identidade" dos terrenos, com objetivos relacionados com o ordenamento do território, emparcelamento rural ou proteção da floresta contra incêndios, entre outros.

Intervindo na sessão, o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, destacou, precisamente no caso dos prédios rústicos, a "prevenção muito mais eficaz de incêndios florestais" que poderá resultar do projeto, dado o cadastro poder levar a uma "identificação mais fácil" de proprietários de terrenos que têm de ser notificados para a limpeza das suas propriedades.

O autarca afirmou ainda que o projeto experimental do Sistema Nacional de Exploração e Gestão de Informação Cadastral (SiNErGIC) deverá estar concluído, em Oliveira do Hospital, em junho de 2015.

PS considera cargo de coordenador da bolsa de terras "um escândalo"


"Não há nada paralelo a isto na administração pública", sublinhou o parlamentar
O deputado socialista Miguel Freitas criticou hoje o Governo por nomear um coordenador para a bolsa de terras com estatuto de diretor-geral, considerando a medida "um escândalo e desproporcionada face à contenção orçamental" imposta ao país.

"Face ao discurso moralista da senhora ministra da Agricultura e ao discurso do rigor orçamental deste Governo face à situação do país, isto é um escândalo", disse à agência Lusa o deputado socialista.

De acordo com uma resolução do Conselho de Ministros hoje publicada em Diário da República, o Governo decidiu criar um grupo de acompanhamento da bolsa de terras, assim como um coordenador que vai funcionar junto do Ministério da Agricultura, em articulação com a Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, a entidade gestora.

"Se isto está dentro de uma Direção-Geral é evidente que é no quadro desse organismo que tem de ser encontrada a coordenação", sustentou Miguel Freitas, acrescentando que o que o Governo fez "foi criar mais um diretor-geral na administração pública".

Segundo o deputado socialista, esta decisão "é um escândalo, impensável e inadmissível, até porque a nomeação de coordenador com estatuto idêntico ao de um diretor-geral foi feita diretamente, sem ter sido submetido a concurso público".

Para Miguel Freitas, esta decisão "cria nos funcionários públicos uma certa perplexidade e indignação, porque, de repente, o Ministério da Agricultura tem mais um diretor-geral".

"Não há nada paralelo a isto na administração pública", sublinhou o parlamentar.

De acordo com a resolução do Conselho de Ministros, o grupo de acompanhamento agora criado surge da necessidade de "promover a dinamização e divulgação da bolsa de terras".

Para Miguel Freitas, a criação de mais um lugar na administração púbica de coordenador com o estatuto de diretor-geral" é uma invenção, devido ao fracasso inicial da bolsa de terras, por falta de preparação".

"Isto é claramente uma invenção da senhora ministra da Agricultura perante a incapacidade de encontrar os mecanismos de implementação corretos para pôr um funcionamento a bolsa de terras", concluiu Miguel Freitas.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa      

Combate a incêndios reforçado com mais 250 bombeiros e quatro aviões


foto HENRIQUES DA CUNHA/GLOBAL IMAGENS
Combate a incêndios reforçado com mais 250 bombeiros e quatro aviões
 
O dispositivo de combate a incêndios florestais vai ser reforçado este ano com mais 250 bombeiros e quatro meios aéreos em relação ao ano passado e terá um custo de 85 milhões de euros.

Em conferência de imprensa de apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), o comandante operacional nacional, José Manuel Moura, adiantou que este ano vai também ser reforçada a utilização de máquinas de rasto e utilizar-se "preferencialmente" autocarros para fazer o transportar dos bombeiros que vão ser rendidos durante os fogos.

A época mais crítica em incêndios florestais, que vai decorrer entre 1 de julho e 30 de setembro, vai este ano contar com 2.220 equipas das diferentes forças envolvidas, 9.697 elementos, 2.027 veículos e 49 meios aéreos, segundo o DECIF apresentado por José Manuel Moura.

Também presente na conferência de imprensa, o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, afirmou que o dispositivo de combate a incêndios florestais vai custar cerca de 85 milhões de euros, enquanto no ano passado inicialmente foi avançada uma verba de 78,5 milhões de euros, montante que foi reforçado com mais 14 milhões de euros devido aos incêndios, tendo sido gasto, por exemplo, nas viaturas dos bombeiros que arderam.

O ministro justificou os 85 milhões de euros com um reforço dos meios aéreos e das equipas terrestres.

Miguel Macedo considerou que este ano houve um reforço inicial da verba para o dispositivo em comparação com 2013, sublinhando que se for necessário o montante será aumentado.

Este ano, os bombeiros vão ser reforçados com rádios SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal), pretendendo a Autoridade Nacional de Proteção Civil entregar os 2.600 rádios até ao final de abril.

O ministro avançou também que os bombeiros vão continuar a ter ações de formação e treino até ao início da época de incêndios, esperando também que parte dos equipamentos de proteção individual, já anunciados, cheguem às corporações no início da época crítica de incêndios.

O comandante operacional nacional destacou que o principal objetivo durante a época de fogos é a "segurança" dos elementos envolvidos no combate e só, depois, a área ardida.

"A grande preocupação é a segurança das forças", disse, sublinhando que esta é uma atividade que não deixará de ser de risco.

Em 2013, os incêndios florestais provocaram nove mortos, oito bombeiros e um autarca, e consumiram mais de 145 mil hectares, a maior área ardida dos últimos oito anos.

CONCLUSÕES DO SIMPÓSIO DA ANIPLA "A AGRICULTURA TEM FUTURO"

COMUNICADO DE IMPRENSA

 26 de Março de 2014

Os Simpósios “A AGRICULTURA TEM FUTURO”, realizados pela ANIPLA nos dias 18 de Março, no Porto, e dia 25 de Março no Estoril, contou com a presença de 350 representantes de cerca de 180 entidades de várias áreas de actividade, tais como Indústria Fitofarmacêutica, Distribuição, Entidades oficiais, Organizações de agricultores e outros agentes ligados ao sector agrícola em Portugal. 

O elevado número de participantes nos Simpósios é representativa do interesse dos temas propostos e da dinâmica que a Anipla continua a demonstrar, reunindo sob o mesmo tecto entidades com áreas de actuação diferentes, com objectivos que se complementam, acreditando que, apesar das dificuldades e com grandes desafios, a agricultura continua a ter futuro.

A qualidade e rigor da informação transmitida nas comunicações apresentadas permitiram aprofundar conhecimentos, prever futuras adaptações e debater os pontos considerados mais significativos no atual pacote legislativo, onde se destaca a Lei 26/2013 ao nível do Uso Sustentável dos Produtos Fitofarmacêuticos, das Novas Regras para a Comercialização e Distribuição e da Segurança nos Circuitos Comerciais de Produtos Fitofarmacêuticos. 
O painel sobre a Agricultura em Portugal permitiu efetuar um enquadramento deste setor da economia que, revelado por todos os oradores, regista um crescimento extremamente positivo. Nas palavras do Secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, Dr. Nuno Vieira e Brito. “ … A evolução positiva da Agricultura resulta, entre outros fatores, da estratégia promotora das boas práticas agrícolas, onde se inclui necessariamente a utilização dos produtos fitofarmacêuticos, determinantes para dotar os agricultores das melhores condições de produção, de modo sustentável e amigo do ambiente, de forma competitiva.”

O Sector agrícola está habituado a lutar, entregando-se a novos desafios que lhe permitam cumprir com a sua missão de produzir bens de qualidade em quantidade suficiente para suprir as necessidades duma população mundial crescente. Este desafio é grande e necessita da cooperação de todos aqueles que continuam a acreditar na agricultura, uma agricultura sustentada, economicamente viável, socialmente responsável, e respeitadora do ambiente.

No encerramento dos dois simpósios, António Lopes Dias, Diretor Executivo da Anipla, referiu: “A agricultura portuguesa está em constante aceleração. Particularmente ao nível dos produtos fitofarmacêuticos, temos assistido a uma evolução positiva no que respeita à sua disponibilidade, no entanto, as condicionantes criadas essencialmente pelos países do Norte da Europa, como sendo o Regulamento de Registo Europeu, que cria uma lista de substâncias ativas candidatas a substituição, pode provocar a criação de novas exigências (resíduos zero) pela parte das cadeias de distribuição, que poderão condicionar a exportação de produtos agrícolas.” Acrescentou ainda que: ”As empresas Associadas da Anipla trabalharão em conjunto com todos 
os interlocutores por forma a evitar a desarmonização e a incerteza, garantindo o futuro da agricultura nacional. O que a nossa agricultura precisa é de tecnologia e inovação, através da maior disponibilidade de factores de produção, num quadro de disciplina e responsabilidade. A competitividade é a palavra chave!”

fonte: ANIPLA




Inspeções periódicas aos tratores agrícolas "não se justificam"


por Ana Rita Costa
26 de Março - 2014
O Parlamento Europeu defendeu recentemente que “não se justifica” haver inspeções periódicas aos tratores agrícolas.

 
A questão tinha sido levantada pela Confederação de Agricultores Ingleses (NFU) depois do Executivo britânico ter anunciado uma legislação para obrigar a realização destas inspeções.

Depois da análise da proposta, o Parlamento Europeu considerou que estas operações eram muito caras e por isso constituíam um importante ónus para os agricultores e não se apresentavam necessárias para a segurança rodoviária. Esta disposição abrange todos os Estados-membros.

Agricultura biodinâmica ganha adeptos


por Emília Freire
26 de Março - 2014
Destruição do solo, alteração dos ciclos biológicos, diminuição da diversidade, perda da qualidade dos produtos, contaminações de água, do solo, dos alimentos e um encarecimento contínuo da produção. É contra estes factores que alguns agricultores estão a apostar na criação de sistemas biodoversos e sustentáveis.

 
Luís Pessoa é um jovem agricultor de Cantanhede que decidiu avançar com um projeto ProDeR para Plantas Aromáticas e Medicinais (PAM) biológicas. Os cogumelos vieram depois, em complemento, e o objetivo é agora associar-se a outros produtores da região e “criar um sistema biodiverso e sustentável”. Um apicultor será o primeiro parceiro.

O jovem agricultor considera que, aos poucos, o homem e a natureza se foram dissociando, entrando em confrontação. E o resultado dessa crescente confrontação foi uma progressiva destruição do solo, alteração dos ciclos biológicos, diminuição da diversidade, perda da qualidade dos produtos, contaminações de água, do solo, dos alimentos e um encarecimento contínuo da produção.

Por isso, decidiu criar a ecogrow – biodynamic systems com o objetivo de reestabelecer esses laços de compreensão entre o homem e a natureza. “Criada a partir de uma conceptualização obstinada por toda a essência da natureza, o objetivo partiu por conceber um sistema biodinâmico capaz de responder a um mercado exigente no que concerne a produtos inovadores e provenientes de um sistema ecologicamente sustentável”, explica o produtor.

O projeto, que apresentou em 2012, apontava para “a produção de ervas aromáticas, condimentares e medicinais numa área total de 2,20 hectares, para venda de ervas frescas, secas, plantas em vaso e, futuramente, óleos essenciais, sendo que o investimento total era de 90.000 euros e conseguiu um apoio de 50%, por parte do ProDer + um prémio de instalação de 30.000 euros”, explica Luís Pessoa à VIDA RURAL, salientando que “falta realizar cerca de 50% da operação, com prazo de conclusão a 29 de abril do presente ano”.

No caso da produção de spawn/micélio e de fardos de produção de cogumelos, o investimento (cerca de 5.000 euros) para a construção do laboratório, foi todo proveniente de capital próprio.

Veja a reportagem completa na edição de Março da VIDA RURAL

quarta-feira, 26 de março de 2014

Já existe uma etiqueta que indica o estado de conservação dos alimentos


Um grupo de investigadores acaba de apresentar uma nova etiqueta alimentar inteligente capaz de controlar a degradação dos alimentos e permite aos consumidores saber o estado de conservação dos alimentos sem ter de abrir embalagem. 

A nova etiqueta tem o tamanho de um grão de arroz e pode colocar-se em qualquer tipo de embalagem, quer num pacote de leite, quer numa lata de conserva.

A etiqueta varia de cor, passando do vermelho (estado ótimo) ao verde (produto em mau estado) de forma gradual, à medida que se vai degradando o conteúdo da embalagem.

Estas etiquetas foram desenvolvidas a partir da nanotecnologia, empregando nanorods, elementos cujas dimensões oscilam ente 1 e 100 mm e são sintetizados quimicamente a partir de metais ou materiais semicondutores. Estas etiquetas também integram elementos como o ouro, o cloro de prata e a vitamina C, que reagem lentamente e de forma controlada provocando as mudanças de cor. Contudo, a produção desta etiqueta, segundo os investigadores, é bastante económica.

Esta etiqueta inteligente foi patenteada na China e os resultados preliminares foram publicados na revista científica ASC Nano.


Proposta da Presidência grega sobre a promoção dos produtos agrícolas

Março 25
13:30
2014

A proposta de compromisso da Presidência grega tem algumas alterações em relação à proposta da Comissão, que oportunamente divulgamos, assim:

1 – Cabe à Comissão aprovar os programas de promoção, mas obriga-se a informar os estados membros de todos os programas propostos, com indicação do sector a que se referem e entidades proponentes, bem como a avaliação que faz das propostas

2 – No que respeita ao financiamento, a Comissão propunha 50% comunitário e esta proposta pretende que essa comparticipação passe para 75%, cabendo a restante verba aos proponentes. Também no caso de crise grave de mercado, em que a Comissão propunha uma comparticipação de 60%, este valor passa para 85%

3 – Os estudos para avaliarem o sucesso das campanhas devem ser financiados de igual maneira que os programas sectoriais

4 – Será da responsabilidade exclusiva da Comissão os custos com a avaliação técnica das propostas

5 – As organizações proponentes têm de oferecer garantias da execução dos programas

6 – O financiamento de programas multissectoriais faz-se exactamente da mesma maneira, com a mesma percentagem de comparticipação

Proposta da Comissão sobre a nova legislação sobre agricultura biológica

Março 25
13:28
2014

Os pontos mais importantes da proposta da Comissão, são os seguintes:

a) As regras de produção vão ser harmonizadas, sendo retiradas as excepções, salvo casos específicos

b) Todos os produtos usados na produção de alimentos biológicos têm de ser exclusivamente biológicos

c) Os operadores do sector bio, que não sejam agricultores e aquacultores, têm de desenvolver programas para aumentar as suas performances ambientais

d) O sistema de controlo será concentrado numa única directiva

e) Um sistema de certificação em grupo será introduzido para pequenos produtores

f) Introdução de medidas específicas para melhorar a rentabilidade e prevenir as fraudes

g) São adoptadas as normas de comércio

Mantêm a possibilidade de harmonização das normas europeias com as internacionais, mantendo-se, por agora, o sistema de equivalência unilateral.

Inovar e diversificar no sector do leite

Março 25
12:34
2014

Maria do Céu Patrão Neves, Eurodeputada, e Manuel Cardoso, Diretor Regional de Agricultura do Norte, aconselharam a fileira do leite a inovar e diversificar nos produtos derivados do leite. Apostar forte nas organizações de produtores e na união da produção, indústria e distribuição são as principais mensagens deixadas no debate sobre Preparar o fim das Quotas Leiteiras, realizado no dia 20 de Março, em Vila do Conde.

“Quanto mais forte for a organização, mais capacidade tem de gerir a oferta e negociar preços”, afirmou Maria do Céu Patrão Neves no seminário organizado pela APROLEP, Associação dos Produtores de Leite de Portugal (www.aprolep.pt) e pela AJADP, Associação dos Jovens Agricultores do Distrito do Porto (www.ajadp.net).

A Eurodeputada defende ainda que Portugal tem de encontrar alternativas para se tornar mais forte e competitivo no sector, uma vez que 14 países dos 28 da União Europeia são totalmente contra as quotas e não houve até agora, a nível europeu, força para impor medidas legislativas que envolvam a distribuição.

Por outro lado, Manuel Cardoso reforça que “os países mais desenvolvidos do mundo no que respeita à agricultura têm fortes e grandes organizações de produtores. Portugal tem de seguir este caminho”, conclui.

Maria do Céu Patrão Neves acrescentou ainda como sinal positivo o Observatório Europeu do Leite que começa a funcionar em Maio com o fim de monitorizar a evolução do sector.

Inês Vacas, Chefe de Divisão dos Mercados Agrícolas do Gabinete de Planeamento e Políticas do Ministério da Agricultura e do Mar, fez o ponto da situação sobre a reforma da PAC relativamente ao sector do leite. Carlos Neves, presidente da APROLEP, alertou que as ajudas diretas previstas na nova PAC sendo positivas serão muito limitadas, pelo que a produção terá de ser eficiente e devidamente valorizada no preço pago ao produtor. Concluiu sublinhando que o fim das quotas não deve ser motivo de pessimismo e resignação mas de esperança e mobilização dos produtores para ganharem peso negocial numa europa cada vez mais liberalizada.

Este seminário teve como objetivo despertar a fileira do leite em Portugal para a necessidade de preparar a entrada em vigor de novas regras políticas e económicas, no âmbito da nova PAC, e do fim anunciado das quotas leiteiras.

EUA é o principal parceiro comercial da UE, mas cada vez menos


Posted on 26 de Março de 2014 | Leave a comment
balancaO principal parceiro comercial da U.E., tanto em bens como serviços, continua a ser os EUA, ainda assim, cada vez se constata uma maior redução da participação daquele país no comércio comunitário internacional. Assim, enquanto que em 2002, os EUA representavam 28% das exportações da UE e 20% das importações, em 2012 as percentagens desceram para 17% e 12%, repetivamente.

Segundo os dados da EUROSTAT, a balança comercial é positiva para a UE, ainda que se tenha verificado uma descida quer das importações quer das exportações. Em 2013, a balança de comercio de bens entre a UE e os EUA era de 92.000 milhões de euros.

O país que mais transaciona com os EUA é a Alemanha (com 31% das exportações da UE), seguido do Reino Unido (15%), França e Itália (9%) e Irlanda, Bélgica e Holanda (6%).

Em relação ao exportado, os productos manufaturados têm um valor mais de 7 vezes superior ao das matérias primas (248.000 milhões contra 34.000 milhões em 2013). Nos productos manufaturados, a balança é positiva em todas as categoriaas (productos químicos, máquinas e veículos, e outros artigos) enquanto que nas matérias primas o saldo só é positivo nos produtos alimentares mas não o é nos produtos de base e de energia.

No comércio internacional de serviços, o balanço também é positivo para a UE (+ 14.000 milhões de euros em 2013).

Portugal é membro da Organização Internacional do Mirtilo


Posted on 26 de Março de 2014 | Leave a comment
mirtilosPortugal passou a ser membro oficial da IBO – Internacional Blueberry Organization (Organização Internacional do Mirtilo) desde o passado dia 11 de março através da Agim – Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial.

A decisão foi comunicada durante a Cimeira da IBO, que decorreu durante os dias 11 e 12 de março na cidade de Guadalajara, no México, perante mais de 200 participantes de diversos países produtores e comercializadores de mirtilo: Reino Unido, Canadá, EUA, Polónia, Austrália, China, Coreia do Sul, Japão, Nova Zelândia, Chile, México, Peru, África do Sul, Ucrânia e Argentina, entre outros.

Para Sofia Freitas, coordenadora da Agim, a única entidade portuguesa convidada a participar nesta cimeira, “este foi um dia importante para a fileira do mirtilo em Portugal. Portugal, é efetivamente um país que se distingue de todos os outros países produtores de mirtilo, o nosso desafio é grande, somos muitos e pequenos, mas estamos no bom caminhoO nosso país distingue-se de todos os outros produtores de mirtilo, o nosso desafio é grande, temos muitos produtores de pequena dimensão, mas estamos no bom caminho”.

A coordenadora da Agim foi convidada pela organização da Cimeira da IBO a intervir como oradora na conferência com o tema “O estado da cultura do mirtilo em Portugal: desafios e oportunidades”.

A conferência do IBO abordou, durante dois dias, uma análise ao crescimento das plantações de mirtilo a nível mundial, o seu volume de produção, os estudos mais recentes sobre os benefícios do mirtilo para a saúde, uma perspetiva comercial a nível mundial deste pequeno fruto e uma análise completa dos fatores que afetam a produção e as exportações do mirtilo mexicano.

“Conseguimos surpreender os outros países pela nossa dinâmica e pelos projetos e atividades que já realizámos e que iremos realizar”, afirma Sofia Freitas para quem a participação neste evento de âmbito internacional se revelou “uma jornada de muita aprendizagem, muito proveitosa por todos os conhecimentos adquiridos sobre a produção do mirtilo em todo o mundo e por todos os contactos estabelecidos com agentes internacionais desta fileira”.

A IBO é uma organização mundial que reúne especialistas de todo o mundo da fileira do mirtilo. A IBO promove conferências para partilhar e trocar informação sobre o mirtilo, juntando sinergias e aumentando, assim, o conhecimento acerca desta cultura, enfrentar em conjunto os desafios que se apresentam e encontrar soluções e explorar oportunidades.

Em suma, esta organização existe para promover o crescimento e a sustentabilidade da indústria de mirtilo.

Fonte: AGIM.

Vamos conseguir!


Luís Vasconcellos e Souza

O 7º Colóquio da ANPROMIS foi um enorme sucesso, como de resto todos os presentes puderam constatar.

Conseguimos juntar em Beja mais de 550 pessoas para analisarem e debaterem questões relacionadas com a cultura do milho.

Se há três ou quatro anos atrás no-lo dissessem, talvez não acreditássemos! É bom sinal, é sinal que as coisas estão a mudar! E a mudar para melhor!

Mas não é só àquele nível que as coisas estão a mudar. O nosso próprio “enquadramento” como produtores agrícolas também está a mudar, sobretudo por via da globalização dos mercados.

Qual de nós, há três ou quatro anos, se preocupava com a produção de milho da Ucrânia?

Qual de nós analisava ao dia as perspectivas de área para a “safrinha” brasileira? Se pensarmos bem, estamos a mudar mais do que ás vezes julgamos. E vamos ter de mudar ainda mais.

É por tudo isto que temos, e devemos, aproveitar o melhor possível as verbas que nos vão ser postas á disposição neste novo QCA para que consigamos adaptar o melhor possível as nossas explorações aos tempos que nos esperam.

Vamos conseguir!

Luis Vasconcellos e Souza
Engenheiro Agrónomo
Presidente da ANPROMIS – Associação Nacional de Produtores de Milho e Sorgo

Azeites de Portugal foram os mais premiados no 4º Concurso Internacional Azeite Ovibeja




O 4º Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra – Prémio Ovibeja está em crescendo qualitativo, assim como os azeites portugueses. Das 100 amostras entregues para apreciação, Portugal participou com 41 azeites, dos quais foram premiados 11. O País que apresentou mais amostras foi a nossa vizinha Espanha, com 44 azeites, dos quais foram seleccionados 9 vencedores. Entre os distinguidos estão ainda azeites italianos que, com 5 amostras, recebeu 3 prémios, e azeites do Chile que participou com 4 amostras e viu reconhecida uma delas. Entre os países participantes destaque ainda para Grécia, Eslovénia, Uruguai e Alemanha.

O Júri do Concurso, reconhecido pelo Conselho Oleícola Internacional, que se reuniu para apreciação das amostras nos dias 20 e 21 de Março, integrou 19 especialistas portugueses em representação de todas as regiões produtoras, 10 jurados espanhóis e um de cada um dos principais países produtores, incluindo Israel, Alemanha, Tunísia, Argentina, Chile e Eslovénia.

O Presidente do Júri, Professor José Gouveia, reconhecido internacionalmente como um dos maiores especialistas em azeite, destaca que “a qualidade dos azeites entregues nesta edição reflecte, mais uma vez, o que tem estado a acontecer com os concursos Ovibeja, que têm vindo em crescendo. A grande importância deste concurso, que já começa a ter fama internacional deve-se à quantidade e qualidade das amostras de diferentes países, ao facto de ter jurados conceituados e à excelente organização que este ano superou as expectativas”. Estes são os principais factores que colocam o Concurso Ovibeja em 2º lugar no ranking dos “50 Melhores Azeites do Mundo”.

“Os elementos do Júri ficaram encantados com os azeites que estavam a provar”, prossegue o presidente do Júri, José Gouveia, para descrever a grande qualidade dos azeites recebidos este ano.

Os prémios do 4º Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra vão ser entregues no dia 3 de Maio, às 13h00, numa cerimónia a realizar na Ovibeja, no Pavilhão Sabor Alentejo. É neste espaço que os visitantes podem provar os azeites concorrentes, assim como participar em provas comentadas de modo a melhor conhecer as diferentes características dos azeites e os seus diversos usos culinários, desde entradas, sobremesas, doçaria, grelhados, assados, frituras.

É também para dar a conhecer e potenciar as características e a qualidade dos azeites portugueses que a Ovibeja e a Casa do Azeite – Associação do Azeite de Portugal – investem cada vez mais na organização do Concurso Internacional de Azeite Virgem Extra – Prémio Ovibeja, o 2º melhor do mundo.

Fonte:  ACOS

Bruxelas quer novas regras para produtos biológicos

25 de Março, 2014

A Comissão Europeia propôs hoje novas regras para a produção biológica e respectiva rotulagem, numa procura de adaptação a um mercado que quadruplicou nos últimos dez anos e de aumento de agricultores que produzem 'bio'.
Bruxelas visa, assim, reforçar e harmonizar as normas da agricultura biológica, tanto para os produtos da União Europeia (UE) como para os produtos importados, mediante a abolição de muitas das excepções em termos de produção e de controlos.

As propostas contemplam ainda a possibilidade de pequenos agricultores aderirem a um regime de certificação de grupo, além da planeada simplificação da legislação, que reduz os custos administrativos para os agricultores e aumenta a transparência.

A Comissão Europeia adoptou ainda um plano de acção para o futuro da produção biológica na UE, que prevê uma melhor informação dos agricultores sobre as iniciativas em matéria de desenvolvimento rural e de política agrícola.

"A Comissão pretende mais e melhor agricultura biológica na UE, para o que é necessário consolidar a confiança dos consumidores nos produtos biológicos e eliminar os obstáculos ao desenvolvimento do sector", disse o comissário europeu para a Agricultura, Dacian Ciolos.

A proposta da "Comissão Barroso" terá que passar pelo crivo do Parlamento Europeu e do Conselho de Ministros da UE.

Lusa/SOL

Bruxelas quer pequenos agricultores a produzirem de forma biológica

ANA RUTE SILVA 25/03/2014 - 13:07
Comissão Europeia publica proposta para um novo regulamento sobre agricultura biológica.

 
Área ocupada pela agricultura biológica aumentou 7% num ano DANIEL ROCHA

A Comissão Europeia quer estimular a adesão dos pequenos agricultores ao modo de produção biológico e deverá passar a permitir um regime de certificação de grupo. Esta é uma das propostas que constam no novo regulamento sobre esta matéria, que também abrange mudanças na rotulagem dos produtos biológicos.

O documento vai ser apresentado ao Parlamento Europeu e ao Conselho e baseia-se nos resultados de um processo de consulta que arrancou em 2012. A intenção, refere a comissão, é “colmatar as insuficiências do actual sistema”. “A dimensão do mercado de produtos biológicos da União Europeia  quadruplicou nos últimos dez anos, impondo-se a actualização e o ajustamento das normas, para que o sector possa continuar a desenvolver-se e responder a desafios futuros”, sublinha Bruxelas, num comunicado divulgado nesta terça-feira. 

Dacian Ciolos, comissário responsável pela Agricultura e pelo Desenvolvimento Rural, acredita que “o futuro do sector biológico na UE depende da qualidade e da integridade dos produtos vendidos sob o logótipo europeu da produção biológica”. “Este pacote é bom para os consumidores e para os agricultores. Para os consumidores, porque terão melhores garantias relativamente aos alimentos biológicos produzidos e vendidos na EU. E para os agricultores, os produtores e os retalhistas, porque terão acesso a um mercado maior, tanto dentro como fora da União Europeia”, sustenta.

Além da maior adesão dos pequenos produtores, a proposta de Bruxelas pretende harmonizar as normas existentes e aplicadas quer a produtos produzidos no espaço europeu, quer importados. Haverá, ainda, novas disposições para reforçar as exportações e a “simplificação da legislação”, para reduzir custos administrativos e aumentar a transparência.

Foi ainda aprovado pela Comissão um plano de acção, que inclui o reforço da ligação entre as universidades e os agricultores, maior incentivo ao consumo de alimentos biológicos, por exemplo, nas escolas e uma melhor informação aos produtores sobre este modo de produção.

Na última década, a superfície de terras destinadas à agricultura biológica aumentou, em média, meio milhão de hectares por ano na União Europeia. Há, actualmente, mais de 186 mil explorações em toda a Europa.

Em Portugal, os últimos dados disponíveis (ainda provisórios), mostram que em 2012 estiveram sujeito a controlo 3555 operadores, 3129 dos quais agrícolas e 424 transformadores. Entre 2011 e 2012, registou-se um aumento de 7% da área ocupada pela agricultura biológica, de 219.683 hectares para 235.267 hectares (13.252 dos quais em conversão). Numa década e meia a área destinada a este tipo de produção aumentou 20 vezes.

Oliveiras portuguesas vão dar-se bem com subida da temperatura abaixo dos dois graus


TERESA FIRMINO 25/03/2014 - 07:39
Estudo projecta os efeitos das alterações climáticas nas oliveiras da bacia mediterrânica até 2050, para um cenário em que a temperatura do ar aumentará até 1,8 graus Celsius de média anual. À primeira vista, Portugal sairá beneficiado.

 
A oliveira é uma espécie resistente à seca DANIEL ROCHA

Que impactos terão as alterações climáticas nas oliveiras da bacia mediterrânica, onde actualmente se produz 97% das azeitonas de todo o mundo? Uma equipa de cientistas italianos foi à procura de uma resposta, incluindo pela primeira vez a interacção entre a cultura da oliveira e um dos seus principais inimigos, a praga da mosca-da-azeitona, num mundo sujeito a alterações do clima. Resultado: até 2050, com uma subida da temperatura média anual da temperatura até 1,8 graus Celsius face à medida da década 1960, Portugal e Espanha estarão no lote dos países em que a produção de azeitona conhecerá um aumento.

Que impactos terão as alterações climáticas nas oliveiras da bacia mediterrânica, onde actualmente se produz 97% das azeitonas de todo o mundo? Uma equipa de cientistas italianos foi à procura de uma resposta, incluindo pela primeira vez a relação entre a cultura da oliveira e um dos seus principais inimigos, a mosca-da-azeitona, num mundo sujeito a alterações do clima. Resultado: até 2050, com uma subida da temperatura média anual do ar até 1,8 graus Celsius face à média da década de 1960, Portugal e Espanha estarão no lote dos países em que a produção de azeitona irá aumentar.

Mas a realidade tem sempre nuances, pelo que os impactos do aumento da temperatura nas oliveiras em Portugal não serão assim tão lineares, como conclui ainda o estudo da equipa de Luigi Ponti, da Agência Nacional para as Novas Tecnologias, Energia e Desenvolvimento Económico Sustentável italiana, em Roma, publicado esta segunda-feira na revista norte-americana Proceedings of the National Academy of Sciences.

Embora se preveja que as oliveiras gostem dessa subida de temperatura em todo o país — o que se deverá traduzir num aumento da produção de azeitonas de Norte a Sul em 2050 face à produção e aos preços de 2000 —, tal não significa vá haver lucros em todo o lado. Isto porque as pragas são muito sensíveis à temperatura e à humidade e a mosca-da-azeitona (Bactrocera oleae) não é excepção.

O Sul de Portugal já é quente no Verão e a mosca-da-azeitona morre quando o calor aperta. Mas o Norte do país é actualmente mais fresco do que o Sul, por isso a subida da temperatura no futuro dará a esta praga margem de progressão.

Trás-os-Montes menos beneficiado
Assim sendo, ainda que também no Norte de Portugal se espere que as oliveiras passem a produzir maior quantidade de azeitonas no futuro, a mosca-da-azeitona passará igualmente aí a atacar mais os frutos da oliveira. Feitas as contas, os lucros por hectare deverão descer no Norte e subir no Sul, onde os níveis de infestação se deverão manter mais ou menos iguais aos actuais e onde já hoje o Alentejo é o maior produtor de azeitona do país.

“Na Península Ibérica, incluindo Portugal, a tendência geral projectada pelo nosso cenário climático aponta para o aumento das produções, sem alterações dos níveis de infestação dos frutos pela mosca-da-azeitona, e um aumento dos lucros”, sintetiza Luigi Ponti para o PÚBLICO as principais conclusões do estudo. “Em determinadas áreas de Portugal, os lucros aumentarão devido ao aumento da produção, que compensará a subida dos custos de controlo [da praga] e a descida da qualidade do azeite, ambos resultantes de maiores níveis de infestação”, explica ainda o investigador italiano. “No entanto, apesar dos aumentos da produção, os lucros descerão no Norte de Portugal devido ao aumento da infestação.”

Mas olhando para o território português a uma escala ainda mais pormenorizada, antecipa-se que muitos dos olivais mais pequenos não conseguirão sobreviver, tal como aliás noutras regiões do Mediterrâneo: “A uma escala mais fina, os impactos económicos não serão uniformes e aumentará a taxa de abandono de pequenas propriedades agrícolas em áreas marginais da bacia do Mediterrâneo — propriedades que, além de rendimento, fornecem importantes serviços ao ecossistema, como a conservação do solo e da biodiversidade e a prevenção dos incêndios florestais”, sublinha Luigi Ponti.



“Na União Europeia, incluindo Portugal, a viabilidade das pequenas propriedades agrícolas ficará mais comprometida pelas políticas de subsídios que favorecem os sistemas de produção intensiva de azeitona, menos sustentável ecologicamente, embora o enquadramento político esteja a mudar”, acrescenta o investigador. “Muito provavelmente, pequenos olivicultores com um importante papel ecológico — por exemplo em Trás-os-Montes — irão abandonar os seus olivais durante o actual regime de subsídios, por isso serão os primeiros a ser atingidos mesmo pelos mais pequenos impactos climáticos.”

Presente em toda a bacia do Mediterrâneo, a mosca-da-azeitona provoca quebras na produção e na qualidade do azeite: as fêmeas picam as azeitonas, depositando lá dentro os ovos, de onde saem as larvas que comem a polpa do fruto. As azeitonas não só perdem peso como oxidam pela entrada de ar no seu interior (os azeites serão mais ácidos, com menos qualidade).

Quanto às conclusões do estudo no resto da bacia mediterrânica, globalmente o impacto económico das alterações climáticas na produção de azeitona e de azeite será “mínimo”, resume o investigador. “Não se espera que a produção na bacia mude com o aquecimento global: exceptuando o Médio Oriente, a produção aumentará na Grécia, Turquia, Balcãs, França, Itália, Península Ibérica e Norte de África. Em toda a bacia, haverá um aumento de 4,1% da produção total”, lê-se no artigo científico. Em relação aos lucros, conclui-se que também a Grécia, Turquia, Balcãs, França, Itália e o Norte de África sairão beneficiados. Mas no Médio Oriente, a olivicultura passará a dar prejuízo, neste caso devido a quebras na produção.

Para este estudo, a equipa partiu do pressuposto de que a temperatura subiria no máximo dois graus Celsius até meados deste século face à média da década de 1960, baseando-se num dos cenários futuros para a emissão de gases com efeito de estufa (o cenário A1B, que aponta para um desenvolvimento económico rápido mas menos dependente dos combustíveis fósseis que produzem os gases responsáveis pelo aquecimento da Terra).

Num mundo até dois graus mais quente, pensa-se ainda ser possível lidar com os impactos das alterações do clima. “É provável que ocorra este nível de aquecimento na bacia mediterrânica, entre 2030 e 2060”, considera Luigi Ponti, acrescentando que está agora a fazer um estudo com modelos climáticos mais refinados à escala regional. “Estamos a preparar uma nova avaliação do sistema da oliveira no Mediterrâneo usando dados produzidos por múltiplos modelos climáticos regionais.”

Estes novos resultados deverão permitir uma visão mais aperfeiçoada do olival num Mediterrâneo mais quente, para se perceber melhor o futuro de uma cultura com tanta tradição.