sábado, 5 de abril de 2014

Declaração de Existências de Suínos


O Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) publicou no respetivo site o seguinte:

A partir de 1 de abril está disponível na Área Reservada do Portal, na aplicação iDigital, o formulário para recolha on-line das declarações de existências de suínos, referentes ao período obrigatório de abril.

Os proprietários de explorações de suínos devem proceder à submissão da declaração de existências, durante o mês de abril de 2014, reportando ao primeiro dia do mês.

A declaração de existências de suínos poderá ser efetuada diretamente pelo produtor na Área Reservada do Portal do IFAP, em "O Meu Processo", ou através das entidades reconhecidas, nas Salas de Atendimento existentes para o efeito, ou em qualquer departamento dos serviços veterinários regionais.

Para mais informações consulte o Manual do utilizador da Declaração de Existências de Suínos[pdf: 3,7 MB; 41 pág].

Para esclarecimentos adicionais poderá contactar o IFAP, através do endereço de correio eletrónico info.snira@ifap.pt, ou ainda no Atendimento Presencial na Rua Fernando Curado Ribeiro, nº 4G, em Lisboa ou pelo Call Center 217 513 999.

Publicada: 02-04-2014 13:00

Portugal volta a investir em resina


3 de Abril, 2014por Sónia Balasteiro

Os produtores portugueses estão a voltar a investir na resina. O interesse nesta matéria-prima - da qual Portugal foi já o segundo maior exportador do mundo e o maior da Europa, sendo actualmente o segundo maior importador - é tal que, em Janeiro, foi apresentada a primeira associação que reúne resineiros e industriais.
A ResiPinus - Associação de Destiladores e Exploradores de Resina surge numa altura em que a China, um dos grandes produtores mundiais de resina, começa a deixar de ter capacidade de resposta para as necessidades do mercado interno, explicou ao SOL Pedro Cortes, um dos promotores do regresso da actividade a Portugal.

Este membro do grupo de trabalho que desenvolveu o projecto transfronteiriço Sust-Forest - que pretende explorar a conservação e o emprego rural no Sul da Europa através das multifuncionalidades da resina - explica que, em muitos casos, esta matéria-prima pode substituir o petróleo, “de forma mais sustentável e ecológica”.

“A China tinha resina dos seus pinheiros autóctones, mas começou a esgotar os seus recursos. O Brasil também tem uma produção intensiva que começa a estar em causa”, refere o especialista, justificando o aumento de 60% do preço da resina nos mercados internacionais com esta quebra na produção. “Portugal já foi um grande exportador, nas décadas de 60 e 70, o maior da Europa, com uma produção de mais de 100 mil toneladas. Hoje temos cerca de dez mil. Existe um grande potencial de crescimento do sector”.

Portugal deixou de ter capacidade para competir quando se deu o boom da produção de resina na China, que conseguia preços mais baixos. “Além disso, tivemos o boom da construção civil e houve um abandono da actividade”, explica Pedro Cortes. Mas agora, acrescenta, “o mercado está a mexer”.

Daí o surgimento da primeira organização do sector, para “defender os interesses conjuntos dos resineiros e dos industriais”, referiu ao SOL Joaquim Pinheiro, da ResiPinus, lembrando que este sector tem estado “um pouco abandonado”, já que “as leis referentes à resina são dos anos 50”.

Apoios para vigiar floresta

A ResiPinus está, neste momento, a ultimar um documento para entregar à tutela, a Secretaria de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, reivindicando o apoio do Estado aos serviços prestados pela actividade da resinagem. Um dos argumentos de peso é a permanência constante de resineiros na floresta durante os meses mais quentes, ou seja, na época de incêndios, permitindo a abertura de caminhos e a limpeza da floresta. “Ninguém vai à floresta com a recorrência de um resineiro. Tem de ser feita uma incisão em cada pinheiro, de duas em duas semanas”, concretiza Pedro Cortes, do grupo de trabalho da resina. O documento deverá ser entregue à tutela já na próxima semana.

O interesse no sector justifica-se ainda pela “garantia de escoamento do produto” e pela garantia de empregos em zonas rurais onde eles menos existem, uma vez que “a resina requer bastante mão-de-obra”.

“A resinagem é muito provavelmente a actividade com maior intensificação de ocupação de mão-de-obra por área, pois em condições com potencial pode ocupar um operador durante seis a nove meses por cada 20 a 30 hectares de floresta”, garantem os responsáveis da ResiPinus.

Mas, para haver um regresso à actividade, “é necessário haver pinho”, nota Adelino Ferrador, também membro da ResiPinus e industrial que processa cerca de mil toneladas de resina por ano. “Só vejo investimento e apoio às plantações de eucaliptos. Os produtores cortam os pinheiros e metem eucaliptos”, lamenta, lembrando que um pinheiro demora cerca de 30 a 40 anos a dar resina.

Jorge Lameira, que trabalha “há quase 50 anos” na resinagem, explica também que o principal problema é o grande proprietário dos pinhais, o Estado. “Fazem-se concursos públicos, mas o Estado nunca publica os resultados a tempo. Depois se nos atrasarmos a tirar a resina, somos multados”, queixa-se, especificando que está neste momento à espera do resultado de um concurso para começar a resinagem de uma mata que deveria ter sido iniciada em Março, decorrendo a campanha até Novembro.

Quanto aos rendimentos, o resineiro é peremptório: “Não é fácil. Cada pinheiro dá, em média, cerca de 2,5 kg de resina por época, quatro se for muito bom”.

Em Portugal, que importa 90% da resina que utiliza, existem cerca de 500 resineiros e dez industriais que fazem a primeira transformação.

A ResiPinus pretende organizar e defender os interesses de todo o sector. Outro objectivo é ser “um parceiro activo das instituições que gerem o ordenamento do território e o desenvolvimento rural”, como explica Joaquim Pinheiro.

As reivindicações do sector foram também apresentadas na Comissão Europeia em Julho.

Onde é usada a resina

Alimentação: Pastilhas, gomas e equipamentos para agricultura

Indústria: Aplicações e sacaria industriais

Construção: Isolamento, tubagens e chapas

Vestuário: Ténis, revestimento de roupas e sapatos

Medicina: Implantes de ossos artificiais

Sintéticos: Cola, verniz, elásticos, perfumaria, cremes, pneus

Aplicações: Pulseiras de relógio, suturas, capacetes de segurança, lentes, filmes fotográficos, isoladores


PE apoia quadro financeiro comum para cadeia alimentar

04-04-2014 
 


 
O Parlamento Europeu apoia a proposta da Comissão para a criação, pela primeira vez, de um quadro financeiro comum que inclua toda a cadeia alimentar. Este com u orçamento de quase 1.900 milhões de euros, durante o período 2014-2020 e vai financiar prioridades na área de alimentos e rações.
 
Os principais elementos do quadro financeiro indicados na proposta são uma aproximação sobre os requisitos da saúde animal mais baseada nos riscos; controlos eficazes e reforço dos mesmos ao longo da cadeia agro-alimentar; maior preparação e aumento de prevenção de doenças; redução da carga administrativa e as perdas económicas devido a surtos de doenças e definição de funções e responsabilidades dos operadores da cadeia alimentar, os profissionais de saúde e veterinários.
 
Os fundos disponíveis para os Estados-membros da União Europeia disponibilizam 65 por cento para os programas de saúde animal; 6,9 por cento para protecção de plantas; 19,9 para controlo oficial; sete por cento em medidas de emergência e um por cento para a Agência Executiva de Alimentos, Saúda e Consumidores, que colocará em prática alguns programas específicos.
 
Segundo a Comissão Europeia, este quadro vem beneficiar todas as autoridades públicas nacionais e europeias que regulam a cadeia agro-alimentar, como os operadores de empresas do sector, incluindo os produtores, processadores e os distribuidores com interesse em assegurar uma resposta por parte da cadeia alimentar aos desafios ambientais, demográficos e sociais.
 
O programa indirectamente beneficiará todos os cidadãos da União Europeia, através do acesso a um alto nível de segurança, maior capacidade de eleição e preços mais competitivos. O voto do Parlamento Europeia preparara o terreno para que o orçamento esteja disponível nas próximas semanas.
 
Fonte: Agrodigital

PAC: Inglaterra transfere 12 por cento dos fundos do primeiro para o segundo pilar

 04-04-2014 


 
A Inglaterra decidiu transferir cerca de 12 por cento dos fundos do primeiros pilar da política agrícola comum (PAC), das ajudas directas, para o segundo pilar, dirigido ao desenvolvimento rural.
 
A ideia inicial da administração inglesa era transferir o máximo permitido na reforma da PAC, ou sejam cerca de 15 por cento. Contudo, optou por uma percentagem menor mas condicionada pela realização de uma revisão me 2016 com o objectivo de aumentar ou não para os15 por cento a partir de 2018.
 
A Aliança da PAC para um compromisso equitativo para os produtores ingleses, na qual participam as organizações profissionais agrícolas e pecuárias, mostrou-se satisfeita com o facto de, finalmente, o Governo ter optado por uma percentagem menor. A Inglaterra resolveu ainda não aplicar pagamentos redistributivos nem ajudas associadas.
 
Fonte: Agrodigital

Governo aprova 5,7 ME para equipamentos de protecção de bombeiros

 04-04-2014 
  
O Conselho de Ministro aprovou uma verba de 5,7 milhões de euros para a aquisição de equipamentos individual de proteção para os bombeiros.
 
O comunicado divulgado no final do Conselho de Ministro refere que foi aprovado o montante de 5,7 milhões de euros para a aquisição de equipamentos de protecção individual para o combate de incêndios florestais.
 
Segundo o comunicado, a aquisição dos equipamentos vai ser feita com recurso ao procedimento pré-contratual de concurso público, sendo os encargos financeiros satisfeitos pelas verbas inscritas no orçamento da Autoridade Nacional de Protecção Civil.
 
Fonte: Lusa

Activistas anti-OGM's invadiram a sede da EFSA em Parma

Março 31
12:50
2014

No dia 20 de Março, cerca de 100 activistas anti-OGM’s invadiram, como forma de protesto, os escritórios da European Food Safety Authority (EFSA), em Parma.

Os manifestantes, de nacionalidade italiana, protestavam contra os pareceres favoráveis da EFSA a novos OGM’s, acusando aquela instituição europeia de estar ao lado das grandes multinacionais da biotecnologia.

A EFSA condenou esta acção e, num comunicado, afirma que, apesar de todos os cidadãos terem o direito a se exprimirem, isso não deve dar o direito a exercerem medidas de coacção e de que aquele organismo tem-se pautado pelo rigor científico e tem estado muito atento à opinião pública.

Os activistas anti-OGM’s, por seu lado, acusaram a EFSA de tomar pareceres que nos vão obrigar a comer pesticidas, como o Round-up.

A Itália é um dos países onde o movimento anti-OGM’s é mais forte, a par da França.

Vinhas guardadas por corujas

VINHOS

05 Abril 2014, 10:02 por Edgardo Pacheco

Na Companhia das Lezírias produz-se com qualidade e reduz-se em simultâneo os níveis de carbono. O Tyto alba é um belo exemplo.
Os enólogos são como os chapéus. Existem em abundância e variedade. A maioria dedica-se em exclusivo a um ou dois produtores e só trata mesmo do vinho. Outros têm avenças com muito produtores e também só se interessam pelos assuntos da adega. Depois, em muito menor número, existem enólogos a quem o título de engenheiro assenta na perfeição porque, entre as cubas, no meio das vinhas ou em frente ao computador a desenhar planos estratégicos, fazem vinhos que acrescentam saber ao negócio da vitivinicultura.
 
Não são técnicos; são criadores. São enólogos todo-o-terreno e com espírito de rebeldia. E um deles é Bernardo Cabral, o responsável pela área dos vinhos e dos azeites da Companhia das Lezírias (CL), que acaba de criar um novo selo para as suas marcas: o ABC 2020, que, traduzido, quer dizer "mais ambiente, mais biodiversidade e menos carbono".

Obcecado com a protecção da natureza e consciente de que esta até lhe pode dar mais lucros, Bernardo Cabral avaliou todas a fases de produção e começou por baixar o consumo de energia, reduzindo assim a pegada de carbono da CL. Meteu um telhado novo na adega porque o isolamento térmico implica menos máquinas de frio; criou túneis de luz natural para evitar lâmpadas acesas; recuperou cubas antigas de cimento que não usam sistemas de refrigeração; comprou garrafas com menos espessura de vidro; reduziu ao mínimo o consumo de água; baixou radicalmente os tratamentos nas vinhas; eliminou os processos de colagem dos tintos; dispensou as leveduras de fermentação (só mesmo as leveduras indígenas) e deixou viver as vinhas velhas não regadas e pouco produtivas porque considera que estas são parte integrante do ecossistema da Reserva Natural do Estuário e da Zona de Protecção Especial da Rede Natura 2000. Já agora, convém dizer que mais de 50% da área total da CL (18 mil hectares) faz ainda parte da Reserva da Biosfera e das redes internacionais Ramsar, Esmeralda e Wetlands.

Quem sair de Alcochete em direcção a Vila Franca de Xira, contemplando a construção desordenada nas margens da EN118, não imagina que, do seu lado esquerdo e uns quilómetros em direcção ao curso do Tejo, encontrará uma espécie de santuário de vinhas velhas circundadas de floresta por todos os lados - protegendo as cepas de inúmeras pragas - e onde os coelhos e as lebres saltam debaixo dos nossos pés e ficam provocatoriamente erguidos nas patas a desafiar-nos, prestes a provocar um ataque cardíaco a qualquer caçador sem arma à mão. Não tenho memória da última vez que vi tanto coelho a meia dúzia de metros do meu focinho. Coelhos que se apresentam com este ar tranquilo porque, nas vinhas da CL, a caça é proibida.

Mas como muito coelho pode ser um perigo para as vinhas, entra em cena a ave que dá o nome ao novo vinho da CL: o Tyto alba (branco e tinto), que é o nome científico da nossa popular coruja-das-torres. Esta ave de porte elegante, e que à noite parece um fantasma no céu, existe em abundância na lezíria do Tejo, sendo fundamental para a manutenção do equilíbrio ambiental, visto que se alimenta de micromamíferos. Donde, como o Tyto alba é um bom aliado de Bernardo no equilíbrio da população dos coelhos e outros bicharocos, fica agora homenageado numa garrafa de tinto e noutra de branco.

Feito à base de Fernão Pires, o branco de 2013 é um vinho com carácter, combinando aromaticamente notas de tília, malmequer e uns ligeiros tostados da barrica. Na boca, volumoso, gordo, mas com frescura e um toque levemente doce. Evoluirá bem.

O Tyto alba 2011 é um caso curioso. Imagine o leitor que está a pisar o chão de uma floresta com eucaliptos, caruma de pinheiros, galhos partidos, cogumelos e demais plantinhas, e é a isso que este vinho feito de Touriga Nacional, Touriga Franca e Alicante Bouschet cheira. Fantástico. Na boca, sentimos frutos pretos e vermelhos, especiarias e notas minerais que dão frescura e longevidade ao vinho.

São dois grandes vinhos comprometidos com a protecção do património ambiental e universal. E eu daqui ergo um copo de Tyto alba e peço aos deuses que iluminem o espírito da senhora ministra da Agricultura, por forma a refrear a codícia de certos partidos, certos autarcas, certos bancos e certos patos bravos de forma humana. Dr.ª Assunção, não seria possível fazer um decreto a determinar, de uma vez por todas e para sempre, que a CL - que por sinal dá lucro e não é pouco - é não privatizável? Nós, os eleitores que gostam mais da natureza do que de betão, ficar-lhe-emos eternamente agradecidos.

Smart. O copo que vai mudar o mundo dos vinhos

O Adegga criou um copo de vinho inteligente que envia informação sobre os vinhos provados para o e-mail de cada provador

05/04/2014 | 00:00 | Dinheiro Vivo
O primeiro sinal surgiu em França, e o contágio alastra-se agora pelo resto da Europa. Já não há crença nem antídoto que lhes valha. Prometeram, mentiram, voltaram a prometer e voltaram a mentir. Passados todos estes anos nunca aprenderam e a hemorragia parece incontrolável. Entrámos na era em que de nada servem as campanhas, os comícios e os debates políticos. Só a abstenção parece capaz de alcançar novas maiorias absolutas.
Para evitar que a história se repita - e que o trabalho árduo de provar vinhos em feiras e encontros seja todo deitado por água abaixo - a equipa do Adegga, uma rede social que reúne referências, marcas e avaliações de vinhos, acaba de apresentar o Smart Wine Glass, um copo de vinho com memória.
“A ideia de associar a um copo de vinho uma memória portátil que é automaticamente transportada para uma memória digital surgiu de uma necessidade. Foi, no fundo, uma tentativa de encontrar solução para um problema nosso”, explica André Ribeirinho, cofundador da Adegga, uma rede social de consumidores de vinhos que já deu origem a um mercado português de vinhos - entretanto exportado para Bruxelas, Copenhaga e Munique.
A equipa do Adegga começou a pensar numa alternativa aos tradicionais blocos de apontamentos no início de 2013 mas recusava avançar sem primeiro testar a ideia num evento próprio. No último Adegga Wine Market, os copos - que incluem um chip que, em conjunto com um aparelho que cada produtor tem na sua mesa de provas, memoriza a informação e envia contactos, informação de produtores e marcas em prova aos clientes - foram testados. A experiência correu tão bem que André Ribeirinho e os seus dois sócios, Daniel Matos e André Cid, levaram o extraordinário recipiente a concurso. A vitória do copo português nos Wine Business Innovation Summit, em Munique, surpreendeu até os próprios criadores - que estavam a concorrer com 24 'startups' e oito produtos inovadores finalistas. E serviu para acelerar o trabalho para o lançamento do novo produto.
O copo desenvolvido tem um chip que reúne todas as características relevantes dos vinhos provados pelo seu dono em feiras e provas de vinhos. “Depois, por estar associado ao e-mail, é capaz de enviar informações sobre os vinhos provados para o e-mail correspondente de maneira a que, quando chegue a casa, o cliente tenha o relatório completo sobre produtores, vinhos,  rótulos e outras marcas do mesmo produtor.”
Além de ajudar os visitantes a encontrarem toda a informação disponível sem esforço, esta ideia “permite aos produtores comunicarem outras marcas da sua produção e acrescentarem detalhes e novidades àquilo que já passaram aos clientes na feira ou no mercado de vinhos”, esclarece André Ribeirinho.
Para desenvolver o copo inteligente, o Adegga juntou-se à empresa Mobility Now. “À medida que íamos desenvolvendo o produto, íamos percebendo o que funcionava e o que não funcionava, adaptando até chegarmos ao produto final.”
Entretanto, em março, surgiu a oportunidade de testar o Smart Wine Glass pela primeira vez fora de Portugal: o Rio Vinhos Portugal, no Rio de Janeiro - o primeiro encontro de vinhos organizado numa parceria entre os jornais brasileiro e português O Globo e Público, vai acontecer entre 23 e 25 de maio. “Na prática, este é o nosso primeiro cliente internacional e estamos à espera de receber perto de mil pessoas no encontro”, esclarece ainda André Ribeirinho.
No futuro, o negócio consiste no aluguer da tecnologia que permite aos copos enviar todo o tipo de informações para produtores, clientes e afins. O preço do uso da tecnologia desenvolvida pela equipa portuguesa varia consoante o número de visitantes e produtores de cada evento e a implementação da estrutura custa cerca de 3 mil euros.

II Jornadas Técnicas da Associação Portuguesa de Enologia


Posted on 1 de Abril de 2014 | Leave a comment
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Evento reúne especialistas nacionais e internacionais do setor.

Irão realizar-se, no próximo dia 11 de abril (sexta-feira), as II Jornadas Técnicas da Associação Portuguesa de Enologia. O evento terá lugar no Museu Rural e do Vinho, na Quinta das Pratas, no Cartaxo.
As Jornadas contarão com 3 painéis temáticos: Enologia, Viticultura e Marketing & Coaching, com a presença de reputados especialistas portugueses e estrangeiros que garantem a elevada componente técnico-científica das comunicações a apresentar.

Após o último painel, será realizada uma prova técnica comentada de alguns vinhos das várias regiões onde o grupo João Portugal Ramos tem produção, comentadas pelo próprio e por José Maria Soares Franco, dois dos mais prestigiados enólogos portugueses.

Pode consultar o programa aqui. Para  mais informações e ficha de inscrição, poderão aceder ao website da APE: www.apenologia.pt.

PDR 2020: o histórico e as perspetivas para o futuro



Para uma análise ao histórico dos apoios da Política Agrícola Comum (PAC) às florestas em Portugal, vigentes desde 1989, a Acréscimo colocou à Ministra da Agricultura e Mar, ainda em 2013, um conjunto de questões fundamentais para ser traçado um diagnóstico, designadamente em termos de retorno económico, social e ambiental do investimento cofinanciado em milhares de milhões de euros por fundos públicos, mas, mais importante, poder melhorar o desempenho do próximo Programa de Desenvolvimento Rural (PDR), a vigorar entre 2014 e 2020.

Talvez por falta de oportunidade ou desinteresse, não foi ainda rececionado da parte do Gabinete da Ministra qualquer resposta.

A eventual falta de oportunidade não nos parece justificável, tendo em conta que se está na antecâmara de um novo PDR. Um eventual desinteresse parece-nos irresponsável, já que, pela análise de dados históricos, existem fortes indícios de que parte significativa dos impostos alocados à constituição de fundos públicos de apoio às florestas não aportou retorno à Sociedade, nem no plano económico, nem no social ou ambiental.

A Acréscimo colocou as seguintes questões:

1 - Quais as áreas por espécie florestal, por região e por Quadro Comunitário de Apoio (QCA), que resultaram dos investimentos nas florestas cofinanciados no âmbito da PAC e dos Orçamentos do Estado desde 1989?

2 - Houve interseção de áreas objeto de cofinanciamento público entre os diferentes QCA? No caso das interseções, qual o montante em área e por tipo de investimento?

3 - Face aos montantes investidos, com cofinanciamento público, em pinheiro bravo, como se explica a regressão de área desta espécie em Portugal nos últimos 27 anos?

4 - Face aos montantes investidos, com cofinanciamento público, em sobreiro, como se explica a manutenção de área desta espécie em Portugal ao fim destes 27 anos?

5 - Existem estudos de avaliação de desempenho por QCA, na sua vertente florestal, ao longo dos 27 anos decorridos de apoios da PAC em Portugal?

6 - Na sequência dos fundos públicos investidos nas florestas portuguesas, qual o retorno respetivo para a Sociedade, quer em termos económicos, mas também ao nível social e ambiental?

7 – Qual o impacto dos fundos da PAC ao nível da propagação de incêndios florestais, bem como na proliferação de pragas e de doenças nas florestas em Portugal? Nos últimos 27 anos, apesar do significativo apoio da PAC, o panorama nas florestas em Portugal, no que respeita a incêndios florestais, a pragas e a doenças, não é nada animador. Será que os contribuintes estão a financiar involuntariamente os incêndios?



8 - Qual o impacto dos fundos da PAC, aplicados nas florestas portuguesas, ao nível dos números expressos no tempo nas Contas Económicas da Silvicultura (publicadas pelo INE)? Curiosamente, apesar dos significativos apoios da PAC, o peso do Valor Acrescentado Bruto (VAB) da atividade florestal no VAB nacional tem registado, nos últimos 27 anos, um preocupante declínio.

VAB SILVICULTURA / VAB NACIONAL 


Numa análise à versão disponibilizada a 10 de março pelo Ministério da Agricultura sobre a proposta do PDR 2020, constata-se tratar-se a mesma, no seu essencial, de um decalque de programas anteriores. O mesmo parece centrar-se pouco na valorização das florestas em si, mas numa resposta, apoiada pelos contribuintes, a negócios financeiros de grupos industriais de base florestal. Importa assim esclarecer:

9 – Como será mensurado o retorno económico, social e ambiental esperado no apoio público às florestas a inscrever no PDR 2020, a suportar por fundos da PAC e do Orçamento do Estado entre 2014 e 2020?

10 – Face às crescentes preocupações decorrentes das Alterações Climáticas, manifestadas desde longa data quer a nível nacional quer internacional, mais recentemente no quadro das próprias Nações Unidas, qual o impacto do PDR 2020 na mitigação dos impactos negativos do aumento de riscos daí decorrentes, designadamente ao nível dos incêndios e da desertificação?

Lisboa, 2 de abril de 2014

Propostas de alteração à Lei dos Baldios apresentadas hoje no Parlamento


O PSD e o CDS-PP apresentam hoje no parlamento propostas de alterações à Lei dos Baldios, com 15 anos, já contestadas por associações do sector da Agricultura, que consideram as medidas «um roubo à comunidade».

Na exposição de motivos para apresentarem estas alterações no plenário, os partidos destacam que, «embora os baldios continuem a representar um enorme potencial para as populações locais, constata-se que, na generalidade das situações, aqueles deixaram de ser aproveitados e geridos de modo a produzir os benefícios idealizados, pelo que se torna essencial proceder a uma adequação do quadro legal em vigor».

Desta forma, adiantam que as alterações pretendem «criar uma dinâmica na gestão dos espaços comunitários que os liberte de barreiras anteriormente impostas e, simultaneamente, habilitar as entidades gestoras dos baldios a aproveitar de forma mais eficaz os mecanismos financeiros colocados à disposição de quem neles investe».

Segundo os proponentes, «procura-se também alcançar maior transparência ao nível da gestão sustentável dos recursos financeiros que os baldios propiciam, alterando a definição de compartes [moradores de uma localidade que, segundo costumes, têm direito ao uso do baldio] e fazendo-a coincidir com os cidadãos eleitores inscritos na freguesia onde se situam os respectivos terrenos baldios».

Esta iniciativa legislativa consagra também, entre outras medidas, a obrigatoriedade de inscrição matricial dos terrenos baldios, que ficam isentos de imposto municipal sobre imóveis.

Estas alterações não têm sido bem vistas por associações do sector, que marcaram para quinta-feira uma manifestação em Lisboa.

Para a Confederação Nacional de Agricultura (CNA), a proposta de revisão da Lei dos Baldios visa «espoliar os baldios aos povos e compartes, seus legítimos proprietários», elimina «direitos, conceitos, práticas, usos e costumes» e é um «ataque à propriedade e à gestão comunitária dos baldios».

A Federação Nacional dos Baldios, com sede em Vila Real, classificou esta revisão legal como um «roubo à comunidade», destacando a vontade de que «os baldios deixem de ser uma propriedade comunitária e passem a ser um simples património autónomo, semelhante a qualquer outro tipo de propriedade privada».

Considerando que o projecto do PSD/CDS «ataca violentamente os baldios», o Bloco de Esquerda leva ao plenário um projecto de lei que visa retirar os baldios da bolsa de terras, para, segundo o partido, respeitar este tipo de propriedade e «evitar o ataque da direita a bens de natureza comunitária».

Existem cerca de 400 a 500 mil hectares de terrenos baldios em Portugal.

Fonte:  Lusa

Estados-Membros devem restituir à Comissão 318 milhões de EUR de despesas da PAC

Comissão Europeia

Comunicado de imprensa



No âmbito do chamado procedimento de apuramento das contas, a Comissão Europeia reclamou hoje a restituição de 318 milhões de EUR de fundos da política agrícola da UE indevidamente gastos pelos Estados-Membros. Na realidade, dado que uma parte desse montante já foi recuperada junto dos Estados-Membros, o impacto financeiro da decisão hoje adoptada é ligeiramente inferior: cerca de 315 milhões de EUR. Essa verba vai reintegrar o orçamento da União em consequência do incumprimento das normas da UE ou da aplicação de procedimentos inadequados de controlo das despesas agrícolas. No quadro da política agrícola comum (PAC), os Estados-Membros são responsáveis pelos pagamentos e pela verificação das despesas, devendo a Comissão garantir que estes utilizam os fundos correctamente.

Principais correcções financeiras

Ao abrigo desta decisão da Comissão, serão recuperadas verbas de 11 Estados-Membros: Dinamarca, Alemanha, Grécia, Espanha, França, Itália, Portugal, Roménia, Eslovénia, Finlândia e Reino Unido. As principais correcções por país são:

238,90 milhões de EUR (impacto financeiro: 237,83 milhões de EUR) reclamados a França por deficiências na atribuição de direitos

12,94 milhões de EUR (impacto financeiro: 12,04 milhões de EUR) reclamados a Portugal por deficiências em matéria de condicionalidade

10,03 milhões de EUR reclamados a França por deficiências no regime dos jovens agricultores e no controlo dos empréstimos bonificados.

Na sequência do acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça no processo T-267/07 em relação a uma anterior decisão da Comissão, devem ser reembolsados a Itália 2,11 milhões de EUR.

As correcções relativas a Portugal dizem respeito a:

Sector e motivo da correcção

Montante da correcção Montante do impacto financeiro da correcção
Restituições à exportação - correcção proposta por deficiências nos controlos materiais, nos controlos de substituição e nos controlos de selagem

Frutas e produtos hortícolas — correcção proposta por deficiências no controlo dos vários critérios de reconhecimento, deficiências nos controlos administrativos e in loco e reconhecimento indevido de uma organização de produtores

Condicionalidade — correcção proposta por 6 BCAA em falta, inexistência de controlo dos requisitos mínimos aplicáveis aos produtos fitossanitários e cálculo incorrecto das sanções


Os Estados-Membros são responsáveis pela gestão da maior parte dos pagamentos da PAC, sobretudo através dos respectivos organismos pagadores. Incumbe-lhes também controlar, nomeadamente, os pedidos de pagamentos directos apresentados pelos agricultores. A Comissão realiza mais de uma centena de auditorias por ano, verificando se os controlos efectuados pelos Estados-Membros e as respostas por eles dadas às deficiências constatadas são adequados. A Comissão tem poderes para recuperar os fundos já pagos caso as auditorias demonstrem que a gestão e o controlo pelos Estados‑Membros foram insuficientes para garantir uma utilização adequada dos fundos da União Europeia.

Para mais informações sobre o funcionamento do sistema de apuramento das contas anuais, consulte o MEMO/12/109 e a publicação «Managing the agriculture budget wisely» em: http://ec.europa.eu/agriculture/fin/clearance/factsheet_en.pdf.

Governo retirou apoio a plantação de novos eucaliptos


Organizações ambientalistas afirmaram hoje ter garantia do Governo da retirada do apoio à plantação de eucaliptos, previsto no Programa de Desenvolvimento Rural, que defendiam, mas mantêm a preocupação com a falta de medidas de adaptação às alterações climáticas.

"O secretário de Estado da Agricultura disse-nos que ontem [quinta-feira] a ministra [Assunção Cristas], tinha decidido que não haveria apoios no âmbito deste PDR para novas áreas de eucalipto", disse hoje à agência Lusa o presidente da Quercus.

Nuno Sequeira, que falava depois de uma reunião de várias associações de defesa da natureza com o secretário de Estado da Agricultura, Diogo Albuquerque, considerou ser este um "facto positivo", pois era uma das principais críticas que os ambientalistas apontavam ao documento provisório do novo PDR para vigorar entre 2014 e 2020.

"Poderá existir o apoio à produtividade de áreas [de eucalipto] já existentes e alguma reprogramação do PDR para substituição", mas neste momento não está em cima da mesa e, se for esse o caso, haverá discussão pública, acrescentou.

"Ficamos satisfeitos por ter havido um recuo na intenção de financiar a 40% a fundo perdido a plantação de eucalipto", referiu à Lusa João Camargo, da Liga para a Protecção da Natureza (LPN).

No entanto, na análise da proposta de PDR, João Camargo alertou que "se perde uma grande oportunidade, perante o último relatório do IPCC [painel intergovernamental para as alterações climáticas das Nações Unidas], de ter investimento europeu a aumentar a resiliência e a adaptação do território" às mudanças do clima.

O técnico da LPN referia-se à aposta na agricultura de regadio, e no Alqueva, e realçou que "o investimento e a prioridade dada" a este projecto, para um país com cada vez menos água e cujas previsões são de agravamento da situação, "não é uma estratégia de conservação da água é, pelo contrário, uma estratégia de gasto de água, de má qualidade".

"A água do regadio acumula 40 toneladas de sal por ano e a ideia de utilizar [esta] água para regar o Alentejo é perigosa", segundo a LPN.

Também Nuno Sequeira considerou a abordagem do regadio, um dos pontos criticados pela Quercus, uma "aposta errada" pois Portugal deveria estar a tentar fazer uma readaptação da agricultura aos novos cenários do clima e não a lutar contra a natureza.

O acesso aos fundos dos pequenos agricultores, normalmente com práticas amigas do ambiente, "é limitado" e são insuficientes os apoios às áreas incluídas na Rede Natura 2000, disse ainda o presidente da Quercus, embora tenha reconhecido um avanço neste PDR relativamente a documentos anteriores.

Fonte:  Lusa

FAO aumenta as suas previsões de colheita mundial de cereais

A FAO aumentou em 6 milhões de toneladas, a produção mundial de cereais para a situar em 2.521 milhões de toneladas, de acordo com a Nota informativa da FAO sobre a oferta e a procura de cereais, divulgada ontem.

Os últimos ajustes reflectem estimativas mais altas para a produção de cereais secundários e arroz em vários países. O prognóstico da FAO relativo às existências finais também aumentou e espera-se que o comércio mundial aumente bastante mais do que se esperava.

A produção mundial de trigo em 2014 é estimada em 702 milhões de toneladas, 2 milhões de toneladas abaixo da primeira estimativa da FAO publicada em Março. Isto supunha 2 por cento menos relativamente à colheita recorde do ano passado.

A previsão inicial da FAO para a produção mundial de arroz em 2014, publicada na Nota de hoje, aponta para um ligeiro aumento de 0,8 por cento, até aos 500,7 milhões de toneladas (arroz elaborado), já que é provável que o sector seja afectado pela queda dos preços a nível mundial e os receios de uma repetição do fenómeno do El Niño.

Apesar de que as perspectivas para o arroz apontam para um ligeiro aumento, este poderia não ser suficiente para compensar o crescimento demográfico. Como resultado, poderia ver-se uma diminuição das existências na próxima temporada, ainda que se verifique a níveis muito altos.

Fonte:  Agrodigital

Investigadores portugueses participam em projecto para perceber linguagem animal


Cinco investigadores portugueses participam num inédito projecto europeu de criação de dispositivos artificiais capazes de perceber a linguagem animal, o que pode lançar bases para administração do ambiente das sociedades animais através da robótica.

Os robôs que estão a ser desenvolvidos vão adaptar-se ao meio animal por algoritmos evolutivos até aprenderem a interagir com os animais, explicou à Lusa Luís Correia, investigador do Laboratório de Modelação de Agente, da Universidade de Lisboa, única instituição portuguesa que participa no maior projecto europeu denominado Fundamentos de Sistemas adaptativos Colectivo (FOCAS, sigla em inglês).
De acordo com o investigador do departamento de informática da Universidade de Lisboa, a inovação poderá levar à criação de robôs ou dispositivos que interajam com animais que funcionam em colectivos, como rebanhos.

A ideia do projecto, que está a ser realizada por seis instituições europeias da Áustria, Croácia, França, Alemanha, Portugal e Suíça, e coordenada por Thomas Schmickl da Universidade austríaca de Graz, "é mostrar esta interacção e a modulação", ou seja, saber se estes dispositivos artificiais que serão multiplicados "têm alguma influência no comportamento destes animais".

Os investigadores esperam que futuramente o trabalho possa ter impacto, por exemplo, no campos da agricultura e ambiente.

"Nós tentamos fazer interagir as populações em ambientes animais e meios diferentes. Por exemplo, as abelhas no solo (em terrenos tipo colmeias) e animais na água por via de dispositivos artificiais e meio digital", afirmou Luís Correia.

A pesquisa deverá terminar em 2018, mas caso se demonstre a viabilidade desta abordagem "poderá ter implicações interessantes e úteis na agricultura, em particular, em pastagens, no controlo de pestes e outro tipo de intervenções em que haja interacção em animais em colectivos", exemplificou o pesquisador português.

Por outro lado, "uma das tarefas do projecto é precisamente fazer com que os dispositivos tenham alguma capacidade de adaptação, ou seja, de mudarem eles próprios o seu comportamento em função das interacções que têm com as populações animais", acrescentou.

Desde o arranque do projecto, no ano passado, os investigadores já fizeram testes com robôs chamados Unidade de Actuação e Percepção (CASUS, sigla em inglês), que não se movem e que interagiram com abelhas reais comuns produtoras de mel, relativamente novas, que ainda não podem voar.

Também fizeram ensaios em aquários com peixes zebra (estes vertebrados têm proximidade genética com o ser humano, especialmente o aparelho ocular) usando dispositivos individuais para poder ter a noção das interacções e dos comportamentos e medir as reacções dos peixes e o comportamento dos dispositivos artificiais.

"Temos uns robôs muito rudimentares que vibram, apenas, e com a vibração conseguem mover-se no terreno como se estivessem a andar no chão. Pusemos estes dispositivos a interagir com os nossos CASUS simulando estes dispositivos das abelhas e os CASUS detetavam algum tipo de proximidade, portanto já nos permitiu fazer algum tipo de ensaio", afirmou.

As fases seguintes passam pelo desenvolvimento de protótipos em quantidade.

"Vamos ter em princípio na ordem de 60 CASUS para interagir com abelhas e na ordem de 20 para interagir com os peixes. E depois desenvolver o comportamento colectivo dos dispositivos artificiais e fazê-los interagir colectivamente com as populações de peixes", adiantou Luís Correia.

Fonte:  Lusa

Nova PAC ainda nem chegou mas já tem candidaturas para investir 940 milhões

FINANCIAMENTO

04 Abril 2014, 18:32 por Isabel Aveiro | ia@negocios.pt

Regime de transição entre quadros comunitários de apoio à agricultura recebeu 6.700 candidaturas, numa lógica de “new money, old rules”, explicou esta sexta-feira Diogo Albuquerque.
O Ministério da Agricultura tem já 6.700 candidaturas de agricultores às medidas de transição entre o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) que vigorou entre 2007 e 2013 e o novo programa que irá vigorar até 2020, e cujos regulamentos ainda não foram totalmente aprovados por Bruxelas. O PDR, recorde-se, é a componente que apoia o investimento na agricultura, no âmbito da PAC – Política Agrícola Comum, da União Europeia.
 
 
Diogo Albuquerque, secretário de Estado da Agricultura, afirmou esta quinta-feira que, no limite, se fossem aprovadas todas as candidaturas, o investimento em causa totalizaria 940 milhões de euros. A questão é que, muitas das vezes, mesmo sendo os projectos aprovados pela tutela – que gere o PDR em Portugal – há algumas desistências por parte dos privados.
 
Alguns dos projectos de investimento, mesmo tendo já a garantia de co-financiamento comunitário, acabam por ser inviabilizados quando os agricultores não conseguem financiamento para a componente privada.  
 
No âmbito do antigo Proder (o nome que o PDR teve em Portugal no período de 2007 a 2013), estão ainda comprometidos 146 milhões de euros, foi hoje ainda adiantado perante a Comissão de Agricultura da Assembleia da República.
 
Perante os deputados, Diogo Albuquerque defendeu acreditar que “as primeiras medidas [do PDR 2014-2020] já estarão este ano a funcionar” e que logo que esteja tudo desbloqueado por Estrasburgo e Bruxelas, e operacionalizado por Lisboa, dar-se-á o “salto para o novo programa”. “Correm as medidas de transição até estar pronto o próximo programa”, disse. No meio, admitiu apenas uma “paragem técnica” para a operacionalização das novas regras a vigorar até 2020, mas “sem hiatos”.
 
“Old money, new rules”
As regras da Comissão Europeia determinam que no período de transição entre o PAC de um quadro comunitário de sete anos para o seguinte, se aplique a máxima de “dinheiro novo, regulamentos antigos”, afirmou esta sexta-feira Diogo Albuquerque.
 
Na prática, as candidaturas do regime de transição são analisadas sob os regulamentos do PDR que cessou (neste caso, a 31 de Dezembro de 2013) e, ao serem aprovadas, utilizam apoios do PDR seguinte (neste caso o de 2014-202), que deverá estar operacional apenas no final deste ano em Portugal. 

Portugal tem de devolver 17 milhões de ajudas agrícolas a Bruxelas


PÚBLICO 04/04/2014 - 12:22 (actualizado às 12:30)
França é o país mais afectado, com 250 milhões de euros.

 
ADRIANO MIRANDA
 
Os Estados-membros da União Europeia vão ter de devolver a Bruxelas 318 milhões de euros no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC), por gasto indevido das verbas que tinham à sua disposição no âmbito do Quadro Comunitário de Apoio em vigor.

De acordo com um comunicado da Comissão Europeia divulgado esta sexta-feira, a maior fatia das devoluções cabe à França, com um total de 254 milhões de euros, dos quais 238,9 milhões dizem respeito a “deficiências na atribuição de direitos” nas ajudas por superfície.

Portugal surge no topo das principais correcções a fazer, devido aos 12,9 milhões que são reclamados por Bruxelas ao país por “deficiências em matéria de condicionalidade”, onde se inclui a “falta de controlo dos requisitos legais de gestão” e “falta de rigor do sistema de sanções”. Neste momento, o montante em falta é de 12,04 milhões de euros, uma vez que o restante já terá sido acertado com a Comissão Europeia.

A este montante soma-se mais 3,9 milhões ligados a prémio por animal, devido a "deficiências na qualidade dos controlos in loco e por pagamentos relativos a animais não identificados"  e outros 0,6 milhões ligados a restituições à exportação. Neste caso. trata-se, segundo Bruxelas, de "deficiências nos controlos materiais, nos controlos de substituição e nos controlos de selagem".

No caso da Itália, ao mesmo tempo que terá de devolver 10,3 milhões de euros, vai também ser reembolsada em 2,1 milhões devido a um processo em que lhe foi dada razão por parte do Tribunal de Justiça Europeu.

Portugal deve devolver 16,56 milhões de euros de despesas da PAC


04 Abril 2014, 13:04 por Jornal de Negócios | jng@negocios.pt

Bruxelas divulgou esta sexta-feira que os Estados-membros devem restituir no total 318 milhões de euros de ajudas da Política Agrícola Comum.
A Comissão Europeia reclama a Portugal 16,56 milhões de euros em verbas usadas incorretamente. Este é o valor resultante de três variáveis pelas quais o país é sancionado: 12,04 milhões de euros correspondem a “deficiências em matéria de condicionalidade”, 3,90 milhões relativos a "prémios por animal - deficiências na qualidade dos controlos "in loco" e em pagamentos relativos a animais não identificados", 62 mil euros são de "restituições à exportação - deficiências nos controlos materiais, nos controlos de substituição e nos controlos de selagem".
 
Na realidade, o montante ultrapassava os 17,40 milhões, mas o impacto financeiro em causa é de 16,56 milhões de euros uma vez que 900 mil já foram recuperados por Bruxelas.
 
Os Estados-Membros devem devolver, no total, 318 milhões de euros de fundos da política agrícola da União Europeia (UE), que foram “indevidamente gastos”. Este valor integra o orçamento da União “em consequência do incumprimento das normas da UE ou da aplicação de procedimentos inadequados de controlo das despesas agrícolas”, explica a Comissão Europeia em comunicado emitido esta sexta-feira, 4 de Abril.
 
Dinamarca, Alemanha, Grécia, Espanha, França, Itália, Portugal, Roménia, Eslovénia, Finlândia e Reino Unido são os 11 Estados-membros notificados a devolver as verbas à Comissão.
 
França é o país com a maior correcção: 237,83 milhões de euros é o valor efectivo reclamado por “deficiências na atribuição de direitos” ao país.

Diogo Albuquerque: "O envelope de 500 milhões não se perde"

PAC

04 Abril 2014, 17:27 por Isabel Aveiro | ia@negocios.pt

Secretário de Estado da Agricultura foi esta sexta-feira à Assembleia da República explicar que, caso o Parlamento Europeu atrase a aprovação da PAC, o que está em causa é o co-financimento de 500 milhões para a agricultura portuguesa, não a própria verba.
Na discussão do próximo Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) que irá vigorar entre 2014-2020, há um financiamento de 500 milhões de euros para a agricultura portuguesa, em risco caso o Parlamento Europeu bloqueie a entrada em vigor da nova Política Agrícola Comum (PAC).
 
Confrontado com os deputados, que esta quinta-feira estiveram presentes na Comissão de Agricultura da AR, sobre se Portugal estaria em risco de perder essa verba, o secretário de Estado da Agricultura concentrou a resposta no modelo de financiamento e não no apoio em si.
 
“O envelope [de 500 milhões de euros] não se perde”, defendeu, caso Estrasburgo se veja num impasse sobre a nova PAC. O que se perde, caso o pior diagnóstico seja decretado pelo Parlamento europeu, é a “a isenção de co-financiar até 2016” que Portugal obteve por ser um país sobre resgate financeiro.
 
“O envelope em si não se perde, o que se perde é o direito a co-financiamento”. Ou seja, a possibilidade de Portugal “dispensar o Orçamento do Estado” até 2015, de ter “uma folga orçamental” naqueles que são o “primeiro e o segundo anos” de entrada em vigor do novo PDR, e por isso “fundamentais” para o sector, já que o novo PDR só deverá estar em pleno em 2015.   
 
A partir de 2016, “estamos a focar-nos nos 85%” de co-financiamento por dinheiros do orçamento nacional, afirmou ainda, uma vez que a lógica do Executivo de Passos Coelho, depois de ouvidas as organizações de agricultores, é que uma taxa de 95% sem co-financiamento se traduziria em menos dinheiro a entrar na agricultura portuguesa.
 
Diogo Albuquerque reiterou, uma vez mais, que apesar do “atraso de seis meses” causado pelo Parlamento Europeu, que fez os trabalhos legislativos da Comissão Europeia resvalar meio ano, Portugal deverá ter o PDR a funcionar ainda em 2014. 
 
Que apoios atribui a PAC?
A Política Agrícola Comum (PAC) é composta por dois tipos de apoio ao agricultor. Um regime de pagamento único, que visa ajudar o agricultor em determinadas culturas, também numa lógica da União Europeia de manutenção do ambiente e biodiversidade da região europeia (conhecidas como as medidas agro-ambientais); e um segundo pilar, composto de apoio ao investimento privado realizado transversalmente em vários sectores da agricultura, silvicultura e florestas, designado por Programa de Desenvolvimento Rural (o actual, de 2007 a 2013, foi designado por Proder pelo antigo ministro socialista Jaime Silva). Portugal deverá receber, entre 2014-2020, um total de oito mil milhões de euros, divididos quase irmamente entre os dois pilares. O PE é co-decisor pela primeira vez na história da União Europeia em matéria de PAC no quadro comunitário até 2020, tendo que dialogar com o Conselho Europeu e a Comissão Europeia, até agora sozinhos nesta missão.

Portugueses estão a comer menos carne, peixe e fruta


ALEXANDRA PRADO COELHO e ROMANA BORJA-SANTOS 02/04/2014 - 13:56 (actualizado às 22:38)
Dados da Balança Alimentar Portuguesa 2008-2012, divulgados pelo INE, mostram que as disponibilidades alimentares per capita continuam acima do desejável, mas o consumo de proteína animal está em queda.

 Balança Alimentar Portuguesa 2008-2013
Nos últimos cinco anos, a disponibilidade alimentar em Portugal continuou a mudar e, grosso modo, as proteínas estão a perder lugar para os hidratos de carbono.

A carne disponível no país tem caído todos os anos, sobretudo a partir de 2010. Além disso, inverte-se uma tendência: a carne de aves ultrapassa a de bovino e a de suíno, pela primeira vez desde que há registo. Mesmo assim, a proporção de proteína de origem animal ainda está acima do desejável.

Os dados são da Balança Alimentar Portuguesa 2008-2012, um estudo feito pelo Instituto Nacional de Estatística, de cinco em cinco anos. Os valores não mostram directamente o que consumiram os portugueses (e que é aferido no chamado Inquérito às Despesas das Famílias), mas, como sublinha o INE, "existe uma forte probabilidade que o padrão alimentar das disponibilidades esteja fortemente relacionado com o padrão alimentar do consumo". "O perfil produtivo de um país terá de estar relacionado com o padrão de consumo, pois não é crível, nem economicamente racional, que se produza e importe para não obter rendimento", sublinha o INE." Desta forma, o valor da correlação revela que existe uma forte probabilidade de a estrutura das disponibilidades em termos de grupos alimentares, calorias e macronutrientes estar alinhada com o padrão de consumo dos agregados familiares."

A Balança Alimentar Portuguesa indica a quantidade disponível no país para os vários produtos alimentares e bebidas, tanto nas casas dos portugueses como fora dos alojamentos. A disponibilidade é calculada a partir do que é produzido e importado, descontando as exportações e o que é utilizado para alimentação animal, para uso industrial ou as perdas.

Primeira conclusão: entre 2008 e 2012, existiram "dois períodos marcadamente distintos: até 2010, um período de expansão, caracterizado por elevadas disponibilidades alimentares e calóricas; e, a partir de 2010, com reduções acentuadas". Porquê? Por causa da situação económica do país e do aumento do desemprego, que aumentou 8,1 pontos percentuais entre 2008 e 2012, diz o INE, em resposta a questões do PÚBLICO. "Acresce ainda o facto de, em 2009, [o desemprego] ter apresentado um maior agravamento face a 2008, com consequências imediatas no consumo em 2010. E, em 2012, voltou a verificar-se um agravamento face ao ano anterior."

Aliás, "o ano de 2012 detém os níveis mais baixos de disponibilidades alimentares de carne de bovino dos últimos dez anos". Uma tendência que também foi seguida nos frutos, que, em 2012, caíram para mínimos de 20 anos, nos lacticínios, com mínimos de nove anos, e no pescado, que caiu para níveis dos oito anos anteriores.

Melhor? Pior?
É necessária alguma cautela na análise destes dados, diz Pedro Graça, director do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direcção-Geral da Saúde, porque os números apontam para uma média e não distinguem grupos da população. "Se isto significa que as pessoas que comiam muita carne estão a comer menos, é positivo. Mas se significa que as que já comiam pouca reduziram, não é".

O nutricionista José Camolas gostaria que a redução do consumo de carne fosse resultado da educação para saúde, mas acredita que é mais uma consequência da crise – uma opinião idêntica à de Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas. O que, para Camolas, é "claramente uma má notícia" neste dado da redução de proteína animal é a queda no consumo de peixe (uma queda de 3,2 quilos por habitante), alimento que "tem o valor nutricional mais desejável em termos de proteína animal".

No que diz respeito a quilocalorias per capita, os dados do INE mostram que o valor atingiu em média as 3963 quilocalorias – suficiente para 1,5 a dois adultos, já que, em termos de consumo, o recomendado é entre 2000 a 2500 por dia. Também aí Pedro Graça explica que, sendo dados de disponibilidade, é necessário fazer um desconto. "As balanças alimentares dão sempre um valor exagerado relativamente ao consumo energético", afirma, enquanto José Camolas sublinha que os dados "não levam em conta o desperdício". Apesar disso, os portugueses estão, em média, a ingerir mais calorias do que o necessário, e o facto de não terem alterado muito esse valor significa que substituíram as proteínas animais por outros produtos.

Entre as más notícias está também a diminuição do consumo de fruta (uma queda de 9,5%, colocando-a oito pontos abaixo do recomendado), um dos dados que Alexandra Bento considera mais preocupantes. E ainda a das leguminosas secas, que caíram quase 14% e estão mais de três pontos abaixo do que deviam.

A questão das leguminosas é, aliás, referida pelos três nutricionistas ouvidos pelo PÚBLICO. "O baixo valor do consumo de leguminosas já era preocupante na anterior balança alimentar", diz Alexandra Bento. "O feijão, o grão, as ervilhas, têm uma riqueza ímpar em termos de fibra". "Há um trabalho brutal a fazer a esse nível em Portugal", defende Pedro Graça, comentando a fraquíssima representação das leguminosas na dieta dos portugueses. José Camolas admite até alguma responsabilidade dos nutricionistas: “Diabolizámos muito pratos como a feijoada e, se calhar, não conseguimos fazer passar a mensagem de que o problema estava nos enchidos e no chispe e não no feijão.”

Nos cinco anos em análise, só as hortícolas viram a disponibilidade crescer (5,8%), mas, mesmo assim, estão ainda quase oito pontos percentuais abaixo do recomendado. A tendência de subida é, contudo, uma boa notícia, sublinham os nutricionistas – e Alexandra Bento admite que possa estar relacionada com o sucesso do consumo de sopa em Portugal.

Pelo contrário, os lacticínios caíram 4%, mas ainda estão 1,7 pontos acima do recomendado, e os cereais, raízes e tubérculos, que perderam 1%, têm uma disponibilidade 3,3 pontos superior. Os óleos e as gorduras viram a disponibilidade baixar em 2,5% e a categoria "carne, pescado e ovos" caiu 8,2%. Apesar destas duas quebras, a disponibilidade de gorduras está quatro pontos acima do recomendado e, nas carnes, pescado e ovos, há um desvio de 10,4 pontos acima do que seria recomendável.

"Este desequilíbrio continua a ser potencialmente pouco saudável, com uma predominância de proteínas de origem animal e de excesso de gorduras", conclui o INE, que acrescenta que, "entre 2000 e 2012, as disponibilidades de produtos de origem vegetal perderam importância no total das disponibilidades alimentares, enquanto as disponibilidades dos produtos de origem animal se mantêm sistematicamente acima das observadas na década de 90".

As calorias vazias
O facto de os hidratos de carbono estarem a ser privilegiados na alimentação dos portugueses, que estarão assim a compensar a redução da proteína animal, também tem que ser analisado de forma mais pormenorizada. "Se as pessoas estiverem a comer mais pão, e não for o pão branco e excessivamente salgado, isso pode ser bom", considera Pedro Graça. "Costumo dizer que os seres humanos evoluíram quando aprenderam a domesticar os cereais, e não é por acaso que a fatia destes na roda dos alimentos é tão grande", explica Camolas. "O grande problema é que modificámos muito os nossos fornecimentos de amido através do processamento industrial. E ficámos com produtos mais pobres em fibras, vitaminas, minerais. Estamos a ingerir mais calorias vazias e a perder qualidade nutricional", avisa.

Numa análise detalhada das disponibilidades por tipo de produto, é possível perceber que, dentro do pescado, que perdeu quase 13%, a maior queda foi nos crustáceos e moluscos (menos 27,2%), com o bacalhau e outros peixes secos, em linha contrária, a crescerem mais de 12%. Já nos lacticínios, que caíram 4%, o leite representa quase 70% do total e foi dos que mais perderam (6,1%). Por outro lado, os cereais, isoladamente, viram a sua disponibilidade aumentar, ao contrário das raízes e tubérculos. A subida foi conseguida sobretudo devido ao milho e ao arroz.

Do lado da fruta, apesar da queda geral, a maçã continuou a liderar as disponibilidades, com a laranja e a pêra a reforçarem a sua presença. Já em termos de gorduras, o azeite viu a sua produção crescer, ao contrário de produtos como a banha, o toucinho e as margarinas. Em termos de produtos disponíveis para café e sucedâneos, cacau e chocolate, as quantidades aumentaram 4%, sobretudo à custa do café e sucedâneos.

Torres Vedras acolhe fórum sobre horticultura


QUINTA, 27 MARÇO 2014 11:45
Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste (AIHO) promove um espaço fórum dedicado à inovação e à promoção do desenvolvimento tecnológico e científico da horticultura da Região Oeste, na Feira de São Pedro, em Torres Vedras, entre 26 de Junho e 6 de Julho.

O Fórum Tecnologia e Horticultura decorrerá no interior de uma estufa de última geração, montada para o efeito. A iniciativa é dirigida para os profissionais do sector hortícola, mas também para o público em geral que pretenda conhecer as técnicas de produção e a excelência dos produtos hortícolas da região. A iniciativa inclui conferências, exposições, demonstrações e workshops, entre outras iniciativas e muito mais.

Fogo posto: 130 detidos em 2013


Foram mais 34 que no ano anterior, tendo 48 ficado em prisão preventiva

Por: tvi24 / PP    |   2014-04-01 15:34
O crime de incêndio levou à detenção de 130 pessoas, em 2013, mais 34 que no ano anterior, tendo 48 ficado em prisão preventiva, enquanto 180 foram constituídas arguidas, indica o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2013.

O Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra incêndios registou, por outro lado, no ano passado, 8.456 autos de crime de incêndio, pelos quais foram detidas 47 pessoas.

Segundo o RASI, foram registadas 23.801 ocorrências de incêndios florestais, das quais resultaram 159.758 hectares de área ardida.

Dados do sistema de Gestão de Informação sobre fogos Florestais (SGUF) mostram que ardeu mais 25 por cento de área do que em 2012 (118.954 hectares).

Quanto às ocorrências criminais, estas registaram uma ligeira diminuição de 0,4 por cento.

Em 2013, foram registadas 9.295 participações por incêndios e fogo posto em floresta, mata, arvoredo e seara, isto é, menos 38 ocorrências.

Os distritos de Braga, Porto e Viana do Castelo foram os mais fustigados pelos incêndios.

Na semana passada, o comandante operacional nacional, José Manuel Moura, indicou que o dispositivo de combate a incêndios florestais vai ser reforçado este ano com mais 250 bombeiros e quatro meios aéreos, em relação ao ano passado, e terá um custo de 85 milhões de euros.

A época mais crítica em incêndios florestais, que vai decorrer entre 01 de julho e 30 de setembro, vai este ano contar com 2.220 equipas das diferentes forças envolvidas, 9.697 elementos, 2.027 veículos e 49 meios aéreos.

Inglaterra inaugura centro de investigação de vinho


por Ana Rita Costa
2 de Abril - 2014
Inglaterra já tem um centro de investigação de vinho. Batizado “The Rathfinny Research Winery”, este centro abriu portas em Plumpton, na região de Sussex. 

 
“Este novo centro é essencial para suportar a indústria vitivinícola inglesa”, refere Emma Rice, produra de vinho de Hattingley Valley e uma das financiadoras do novo centro ouvida pela Decanter. “Nós enfrentamos vários desafios no Reino Unido, como a imprevisibilidade climática”.

A primeira investigação do centro, que já está a decorrer, vai focar-se nas formas de combater o granizo e o vento em Inglaterra, condições climáticas que frequentemente afetam a produção vitivinícola do país.

ANCPA prepara ação de degustação para alertar para a distinção do porco preto


por Ana Rita Costa
4 de Abril - 2014
A Escola de Hotelaria e Turismo de Portalegre e a Associação Nacional dos Criadores do Porco Alentejano (ANCPA) vão realizar no dia 11 de abril uma ação de degustação de porco preto que tem como objetivo “alertar para a distinção entre o porco alentejano e o falso”. O público-alvo da degustação são os produtores de porco alentejano, empresas de hotelaria e restauração e a comunicação social. 

 
De acordo com o jornal Público, o diretor executivo da ANCPA, Pedro Bento, revelou que esta iniciativa ajudará a divulgar as futuras alterações no mercado com a nova norma de comercialização deste produto.

Segundo Pedro Bento, 90% da carne de porco preto alentejano comercializada em Portugal é falsa, “é vendida a um preço baixo e desleal, porque é de outro tipo de porco”.

22 especialistas partilham conhecimentos no AgroIN


por Isabel Martins
2 de Abril - 2014
Falta uma semana para o AgroIN, o fórum que vai juntar empresários e gestores agrícolas dia 9 de abril, no Centro de Congressos do Estoril. Nuno Vieira e Brito, secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar está confirmado para a cerimónia de encerramento deste congresso que terá como temas centrais Criar valor, Rentabilidade e Margem, Novos mercados e Negociar com a grande distribuição.

 
Cerca de 22 oradores vão dar o seu testemunho e partilhar experiências de gestão e de mercado com a plateia. Inovação, parcerias estratégicas, desafios entre produção e agroindústria, criação de valor, nichos de mercado, rentabilidade e margem, adequar culturas ao potencial de rendimento, financiamento, novos mercados, exportação e internacionalização e negociação com a grande distribuição são alguns dos temas em debate num dia de networking entre os profissionais do setor.


Compota portuguesa em bisnaga vence prémio internacional


por Ana Rita Costa
2 de Abril - 2014
A meia.dúzia - Portuguese Flavours Experience,empresa portuguesa que produz compotas caseiras embaladas em bisnaga, foi distinguida com um prémio na feira anual de alimentação e bebidas XVIII Salón de Gourmets, em Espanha.

 
O conceito da marca e a apresentação dos seus produtos foram avaliados pelo júri do concurso que contou com 1 164 expositores de mais de 20 países. Neste concurso foram finalistas mais oito empresas, todas de nacionalidade espanhola.

 “As misturas de sabores portuguesas foram muito apreciadas pelos nuestros hermanos, entre elas Doce Extra de Morango com Vinho do Porto e Malagueta ou Doce Extra Banana da Madeira e clementina com Rum. Surpreendidos também ficaram com as misturas de Chocolates de São Tomé com Frutas, como o Ananás dos Açores ou Maracujá”, refere a marca em comunicado.

Explorações ligam vacas à internet para melhorar produção de leite


por Ana Rita Costa
2 de Abril - 2014
Uma empresa escocesa de produção bovina está a “conectar” as suas vacas à internet para melhorar a produção de leite. Esta inovação permite-lhes monitorizar de forma mais eficaz a saúde dos animais e identificar precocemente os potenciais problemas de saúde.

 
O sistema opera com colares eletrónicos especiais, colocados nos animais. Cada colar contém um sensor sem fio que transmite a um computador central dados sobre a saúde dos animais e a quantidade de leite que cada vaca está a produzir.

“É possível monitorizar o comportamento de fertilidade dos animais”, refere Annette McDougall, executiva-chefe da Silent Herdsman, empresa que está a utilizar este sistema.

O objetivo, diz McDougall, é desenvolver um método para um “modo mais amplo”, no qual veterinários, fornecedores e produtores possam receber em tempo real os dados das vacas monitorizadas.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

John Deere lança semeador que atinge velocidade de 16 km por hora


por Ana Rita Costa
2 de Abril - 2014
A John Deere vai lançar um semeador que vai permitir atingir uma velocidade de trabalho de  16 quilómetros por hora.

 
Este semeador necessita de mais 80% de potência de tração e, de acordo com a marca, permite aumentar o rendimento do trabalho, uma vez que para além de ser mais rápido substitui  os tubos para a queda das sementes por correias de escovas.

Segundo a John Deere, “a uma velocidade de 16 km/hora, o semeador é capaz de semear uma área de 32 hectares por hora. Este sistema, associado ao Real Time Speed Monitoring, garante uma maior precisão de sementeira e informação em tempo real.”

Unilever e IFAD ajudam pequenos agricultores


por Ana Rita Costa
2 de Abril - 2014
A Unilever e o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (IFAD – International Fund for Agricultural Development) assinaram um acordo para uma parceria público-privada que tem como objetivo ajudar a melhorar os meios de subsistência de pequenos agricultores em todo o mundo. 

 
O acordo cinco anos pretende melhorar a segurança alimentar através de medidas como o aumento da produtividade agrícola, ligação dos agricultores aos mercados, redução dos riscos e da vulnerabilidade e melhoria do emprego rural não-agrícola.

Ao abrigo deste acordo estão já a ser testadas formas de conjugar o conhecimento e a experiência do IFAD em projectos com pequenos agricultores e empresários rurais com a capacidade da Unilever em integrá-los nos mercados e a sua experiência em agricultura sustentável. As ações incluíram uma missão conjunta em campo num projeto desenvolvido na região de Vidarbha em Maharashtra, no oeste da Índia, focado em especiarias e cebolas.

Segundo Paul Polman, CEO da Unilever, “agora, mais do que nunca, o mundo precisa de aumentar o investimento em agricultura e este investimento deve vir do setor público e do privado, para se criar uma mudança verdadeiramente significativa. Tanto os pequenos agricultores, como os de maior dimensão, são necessários para aumentar a produtividade e produzir alimento suficiente para pessoas desfavorecidas em todo o mundo. Existem 1,5 mil milhões de pessoas a dependerem de pequenas explorações agrícolas e que, para passarem da agricultura de subsistência para a agricultura comercial, precisam de acesso ao conhecimento, crédito, mercados e gestão de risco, que podem ser proporcionados por empresas de maior dimensão”.

AESA elabora guia de avaliação de riscos por exposição a pesticidas

 02-04-2014 
 
A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (AESA) lançou uma consulta pública sobre o projecto de guia par avaliar os riscos da exposição a pesticidas para determinados grupos, como operadores, trabalhadores residentes e transeuntes.
 
O guia estabelece pela primeira vez uma metodologia harmonizada e apresenta uma ferramenta par ao cálculo da exposição não dietética aos pesticidas para todos os grupos. Através da consulta púbica on-line, que estará aberta até o próximo dia 20 de Maio, as partes interessadas são convidadas a proporcionar comentários que serão avaliados pela AESA e, se for o caso, adicionadas no documento a orientação final.
 
O projecto de orientação tem como base um trabalho prévio da AESA para avaliar a exposição a pesticidas. É importante destacar que este documento refere-se a questões apresentadas pela Comissão Europeia e os Estados-membros, após a publicação do parecer científico original em 2010. Salvaguardar a saúde humana é parte fundamental do trabalho em curso da AESA na área dos pesticidas.  
 
Este guia vem ajudar a avaliar os riscos e os candidatos da indústria a calcularem a exposição aos pesticidas através do seu trabalho ou de proximidade física, cocompor exemplo, onde vivem ou trabalham, e também no que diz respeito a zonas, como campos ou estufas onde utilizam estes produtos químicos. O indicador avalia ainda a exposição por meio de inalação e absorção pela pele.
 
A AESA desenvolveu uma calculadora que permite introduzir dados chave, como o nome d pesticida, o tipo de formulação, como e onde se aplica, proporcionado uma estimativa, em tempo real, de exposição não dietética em condições específicas de utilização para cada um dos quatro grupos da população.
 
Fonte: Agrodigital

Descida significativa dos preços de lacticínios

 03-04-2014 
 
 
O leilão Fonterra, usado como indicador oficial da situação do mercado internacional dos lacticínios, registou na última sessão uma forte pressão sob os preços.
 
Nas últimas semanas, a tendência das cotações tem sido baixa, com reduções de 1,2; 4 e 5 por cento nos distintos leilões quinzenais. Assim, no último leilão registou-se uma descida ainda maior, que chegou a atingir 8,9 por cento.
 
O preço médio registado na última sessão foi de 4.124 dólares neozelandeses por tonelada, assinalando assim o valor médio mais baixo desde Fevereiro de 2013. Os queijos cheddar são os que menos diminuíram, apenas 3,5 por cento, enquanto a manteiga reduziu 11 por cento e o leite em pó entre 8,4 e 9,6 por cento.
 
O principal motivo desta descida dos preços deve-se a uma abundância de leite no mercado internacional e uma menor procura por parte da China.
 
Fonte: Agrodigital

Acordo tripartido aumenta financiamento para nova política de promoção

03-04-2014 


 
Após cinco meses de negociações, a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu e o Conselho de Ministros chegaram a um acordo sobre a nova política de promoção da União Europeia (UE).
 
Uma das maiores alterações é o aumento de financiamento comunitário, que passará dos actuais 60 milhões de euros para 200 milhões em 2020, de forma a investir os fundos, em particular, nos programas de promoção em mercados de países terceiros.
 
No acordo ficou estabelecido que nos programas propostos por organizações de cada Estado-membro e cujas acções sejam dirigidas ao mercado interno podem vir a beneficiar de 70 por cento de co-financiamento.
 
Os programas centralizados no mercado comunitário apresentados por organizações de vários países, como multiprogramas e as campanhas de promoção param o exterior podem receber até 80 por cento. A Comissão, inicialmente, propôs 50 por cento para os programas simples e de 60 por cento para os multiprogramas.
 
No caso de crise de mercado, o financiamento comunitário poderá aumentar até 85 por cento. As taxas de co-financiamento podem subir cinco pontos percentuais se a organização solicitadora proceder de um país com dificuldades financeiras.
 
O documento ampliou ainda a lista de produtos que podem ser favorecidos pelas medidas de promoção, como vinhos com Denominação de Origem Protegida (DOP) e Identificação Geográfica Protegida (IGP) em multiprogramas.
 
Nos projectos de um único Estado-membro, o vinho pode ser incluído mas em conjunto com outro produto elegível, além de produtos processados, como a cerveja, chocolate, pão, massas, milho doce e algodão.
 
O acordo agora alcançado está sujeito a uma aprovação formal por parte das diferentes instituições. O texto passará primeiro, esta quinta-feira, por um Comité Especial do Conselho de Agricultura e pela Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu na próxima segunda-feira, dia sete de Abril, para que o compromisso possa ser votado formalmente pelo Parlamento Europeu na semana de 14 e 18 de Abril e adoptado nas próximas semanas no Conselho.
 
Fonte: Agrodigital

Novo governo francês mantém e reforça ministro da Agricultura

03-04-2014 
 


 
A composição do novo Governo francês formado pelo recente nomeado primeiro-ministro, Manuel Valls, já tornado público, mantém o anterior ministro da Agricultura, Stephane Le Folle, que apenas não repete o seu posto como sai reforçado.
 
Le Folle, para além de ministro da Agricultura, recupera a pasta da alimentação, a qual, em Junho de 2012 foi entregue a Guillaume Garot, sendo ainda nomeado como porta-voz do Governo.
 
Stephane Le Folle acupa o cargo de ministro da Agricultura desde Maio de 2012, após as eleições nas quais Francois Hollande arrebatou a presidência a Nicolás Sarkozy. Le Folle foi ainda director da campanha de Hollande.
 
Fonte: Agrodigital

Penela inicia projecto de apoio à mudança da cidade para o campo

03-04-2014 
 


 
A Escola de Empreendedorismo Rural de Penela inicia na sexta-feira a primeira fase do projecto-piloto “Tribet Connect”, de apoio à mudança de pessoas da cidade para o campo, cujo objectivo é contrariar o abandono dos territórios rurais.
 
«Pretendemos ajudar pessoas que querem sair da cidade para viver num espaço rural. Nesta primeira fase, as pessoas vêm passar um fim-de-semana a Penela e depois existem mais cinco sessões de acompanhamento por Internet», explicou à agência Lusa Fátima Saraiva, promotora do programa.
 
De sexta-feira a domingo, quatro pessoas, de Lisboa, Figueira da Foz e Coimbra, vão contactar com o meio rural e com profissionais de áreas distintas, partilhar experiências, desmitificar mitos de viver no meio rural e identificar oportunidades de negócio para se fixarem.
 
Entre os participantes, cujo número Fátima Saraiva considera ter ficado «aquém das expectativas», encontram-se pessoas empregadas e desempregadas, com idades entre os 30 e os 60 anos.
 
«O objectivo fundamental deste projecto, que é pioneiro a nível nacional, é contrariar o problema português do despovoamento do meio rural. Acreditamos que podemos contribuir para melhorar a vida de muita gente que está cansada da vida e do stresse das cidades», sublinhou a promotora.
 
Numa segunda fase, que deverá ocorrer no final de maio ou início de Junho, os participantes voltam ao município de Penela durante uma semana, tendo um contacto mais profundo com as suas actividades de interesse, numa perspectiva de «aprenderem fazendo», e depois são acompanhados online durante mais três meses.
 
O passo seguinte passa pela Escola de Empreendedorismo Rural de Penela apoiar as pessoas na construção de um «modelo de negócio e execução do plano de acção, para que a mudança seja efectiva e o mais confortável possível».
 
Segundo Fátima Saraiva, o projecto nasceu da junção das suas duas «paixões: o meio rural e o empreendedorismo». «Há muito tempo que me questionava: que posso fazer para contrariar o despovoamento de sítios fantásticos que conheço, com um enorme potencial, mas que estão a morrer», sublinhou a promotora do projecto de apoio à mudança de pessoas da cidade para o campo.
 
Fonte: Lusa

Portas quer exportar pintos e falcões para Arábia Saudita

ENCONTRO EM RIADE

por Lusa, publicado por Ricardo Simões FerreiraOntem137 comentários

O Governo português pediu hoje autorização para exportar carne de aves, bovina, pintos e falcões para o mercado da Arábia Saudita, num encontro entre o vice-primeiro ministro, Paulo Portas, e o ministro da Agricultura local.
No último dia da missão a Riade, o vice primeiro-ministro português e o secretário de Estado da Alimentação, Nuno Vieira e Brito, entregaram um dossiê técnico completo para solicitar autorização de exportação para o mercado da Arábia Saudita de carne de aves e bovina, pintos do dia e falcões, adiantou à Lusa fonte oficial do gabinete de Paulo Portas.

Também hoje, a Agrolex, empresa agroindustrial portuguesa, fechou contratos de exportação de rações e maquinaria agrícola produzida em Portugal com o príncipe Turki AlSaud Est e a NADEC, uma das maiores empresas agroalimentares do Golfo, com um valor potencial de 11 milhões de euros.
Esta parceria prevê o investimento do grupo saudita em terrenos rurais em Portugal com o objetivo de produzir e exportar para os mercados do Golfo, segundo adiantou a mesma fonte.

Paulo Portas chefia a delegação oficial à comissão bilateral Portugal-Arábia, que está acompanhada por uma missão empresarial de 45 empresas, sobretudo dos setores da engenharia e construção, energia, agroindústria e tecnologias de informação.
Neste âmbito, a Prébuild estabeleceu um acordo de cooperação com o grupo DNANIR nas áreas de construção civil e obras públicas de edifícios e infraestruturas, indústria e serviços da Arábia Saudita, com um valor potencial de cerca de 7,8 milhões de euros.
JNM // MSF

Produtores de cereja do Fundão temem efeitos da chuva na produção


A região da Cova da Beira é uma das principais áreas de produção nacional de cereja, fruto que contribui fortemente para dinamizar a economia local
Os produtores de cereja do Fundão disseram hoje recear que a chuva das últimas semanas prejudique a produção daquele fruto este ano.

Em declarações à agência Lusa, alguns produtores explicaram que a chuva intensa, numa fase em que a floração das árvores já tinha começado, pode provocar doenças e comprometer o desenvolvimento do fruto.

"O problema é que esta humidade pode fazer apodrecer as flores e assim, obviamente, não há condições para a polinização e muito menos para o ‘vingamento’", detalhou Alberto Mendes, produtor de cereja que tem cerca de 16 hectares.

Alberto Mendes recordou que as "árvores estão ensopadas em água" e sublinhou que, "nesta altura", isso "não é bom" para nenhuma cultura.

Em anos "normais", este produtor chega a colher mais de 100 toneladas de cereja, mas, para este ano, ainda não se atreve a avançar com prognósticos porque, se há duas semanas acreditava que ia ser um "ano excelente", agora já está mais cético e assume que tudo "depende dos próximos dias".

"Tínhamos as cerejeiras mesmo bonitas e como poucas vezes me recordo de as ver. Mas, nesta vida, já sabemos que é assim, umas vezes é o sol em excesso que as amadurece demais, outras o frio e a chuva, que implicam quebras. Vamos ver como vai ser", desabafou.

Uma opinião que é partilhada por Almério Oliveira, que tem cerca de 37 hectares de cerejeiras e uma produção que pode ultrapassar as 300 toneladas, isto se entretanto as condições climatéricas melhorarem.

"Se isto parar nos próximos dias, pode não ser muito grave, mas se continuar assim mais oito dias então a situação complica-se mesmo a sério", referiu.

Os produtores preferem não quantificar eventuais perdas, por enquanto, porque acreditam que a chuva irá parar e têm esperança de que "pelo menos" as variedades mais tardias venham a vingar normalmente.

Pedro Catalão, coordenador da Cerfundão - empresa de embalamento e comercialização de cerejas da Cova da Beira - para a qual alguns produtores encaminham parte da produção, também considera que não se deve criar "alarmismos prematuros".

"Os produtores têm-nos dito que a situação é preocupante. Contudo, não podemos criar alarmismos prematuros", ressalvou.

A região da Cova da Beira é uma das principais áreas de produção nacional de cereja, fruto que contribui fortemente para dinamizar a economia local.

O Fundão, concelho no qual se encontra a maior área de cerejais, tem realizado uma forte aposta na divulgação e promoção da "Cereja do Fundão" enquanto marca, o que contribuiu para a afirmação do fruto no mercado nacional e internacional, e para que, nos últimos anos, tenham surgido vários subprodutos, como os licores ou o Pastel de Cereja do Fundão, inicialmente designado como pastel de nata de cereja.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa

Jovens agricultores apontam falta de diálogo ao Governo


Miguel Soares
03 Abr, 2014, 12:46 / atualizado em 03 Abr, 2014, 12:48

O diretor-geral da Associação dos Jovens Agricultores de Portugal, Firmino Cordeiro, considera que faltou diálogo do Governo com as associações que representam os agricultores. Em causa estão as novas imposições fiscais sobre os pequenos e médios agricultores, que motivam uma concentração convocada pela Confederação Nacional da Agricultura esta tarde em Lisboa.

Em declarações ao programa da Antena 1 “Antena Aberta”, Firmino Cordeiro mostra-se apreensivo, tendo em conta que a data limite para pedidos de ajuda à atividade agrícola está a terminar e por falta de esclarecimentos já se verifica uma redução de 20 por cento do número de candidaturas aos apoios.

(com Sandra Henriques)

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Cinco mil agricultores manifestam-se em Lisboa

Contra imposições fiscais 

Cerca de cinco mil trabalhadores estão a manifestar-se, esta quinta-feira, no centro de Lisboa. Em causa estão as novas imposições fiscais "que levarão à ruína de muitas dezenas de milhar de explorações agrícolas". 
03 de Abril 2014, 

Numa espécie de galinheiro ambulante estão fotografias de políticos como o primeiro-ministro, o Presidente da República, com a legenda: "culpados pela miséria da lavoura e sofrimento das populações durienses". Antes de a manifestação rumar ao parlamento, onde terminará, o dirigente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Alfredo Campos, referiu à agência Lusa esperar entre quatro a cinco mil manifestantes, que irão contestar as novas imposições fiscais "que levarão à ruína de muitas dezenas de milhar de explorações agrícolas". O dirigente lembrou que 2014 é o ano internacional da agricultura familiar, lamentando que o Governo, em vez de avançar com incentivos, esteja a contribuir "para a desertificação do país, por tornar inviável a atividade de muitas famílias na agricultura". Outros dos problemas que trazem hoje os agricultores à rua são "a especulação em adubos, sementes e combustíveis", assim como a nova reforma da Política Agrícola Comum (PAC). O mesmo dirigente destacou a presença, no protesto de hoje, de um grupo específico de compartes [pessoas que gerem baldios], para contestarem "a tentativa de roubo dos baldios aos povos".

Alfândega alemã apreendeu vinho do Porto falso


Publicado ontem
EDUARDO PINTO
 

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As autoridades alfandegárias alemãs e o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto apreenderam uma carga de 120 garrafas de vinho do Porto falso proveniente da África do Sul. Depois de comprovada a fraude foram destruídas.

 
O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) foi alertado pela alfândega germânica, fez as análises necessárias e concluiu que o vinho apreendido não foi produzido na Região Demarcada do Douro (RDD). "É um vinho licoroso mas que não tem as caraterísticas do vinho do Porto genuíno. Trata-se de um produto enganador do consumidor e danoso para os nossos interesses", disse, ao JN, o presidente do IVDP, Manuel Cabral, sublinhando que "foi violado o direito da União Europeia relativo à proteção da denominação de origem Porto".

Manuel Cabral entende que os consumidores, intermediários e autoridades devem estar muitos atentos aos produtos para evitarem ser enganados. O selo, por exemplo, "não é igual ao nosso, embora já tenham sido identificados produtos com um muito parecido". Este selo, assegura, "é a garantia de que um produto tem uma determinada denominação de origem".

No caso das garrafas agora apreendidas, também tinham a inscrição "Port" escondida por um autocolante com outra designação.

Manuel Cabral destaca ainda a forma e a eficácia com que as autoridades alemãs detetaram esta infração, bem como a rapidez com que alertaram o IVDP, dando seguimento à destruição do produto. "É um excelente exemplo de monitorização e controlo destas tentativas de falsificação", acentua.

A África do Sul já está obrigada internacionalmente a proteger a denominação de origem Porto, mas a garantia do cumprimento do acordo bilateral com a União Europeia ainda não foi inteiramente assegurada.

Fruta, carne e peixe estão em mínimos de décadas


por Diana MendesOntem24 comentários


Fruta, carne e peixe estão em mínimos de décadas 
Fotografia © Global Imagens
Padrões são desequilibrados em relação à roda dos alimentos. Há vinte anos que não tínhamos tão poucos frutos disponívei.
Há pelo menos 20 anos que os portugueses não tinham tão poucos frutos disponíveis e há 10 anos que não havia níveis tão baixos de carne de bovino. No pescado (oito anos) e nos laticínios (nove) os sinais são semelhantes. Os dados do INE, relativos à Balança Alimentar Portuguesa 2008-2012, foram ontem divulgados e mostram uma redução da oferta nas mesas nacionais. Além disso, concluiu-se que os padrões de consumo dos portugueses são altamente desequilibrados em relação à roda dos alimentos, uma referência para a alimentação saudável.
O INE, que analisa a oferta de alimentos em conjuntos de cinco anos, revela que , só no caso da carne de bovino, cada habitante passou a consumir 69,8 kg por ano, menos 5,9 kg em apenas quatro anos. Neste período, também a carne de porco esteve menos disponível, tendo caído 11,6%.
Pelo contrário, a carne dos animais de capoeira foi a única a apresentar um aumento das quantidades disponíveis. A maior parte da carne (70%) é de produção nacional, embora a de capoeira tenha um peso nacional maior (85%).