sábado, 26 de abril de 2014

Monsanto tenta mudar a sua imagem junto da opinião pública

Abril 14
13:12
2014

A Monsanto decidiu lançar uma grande campanha junto dos consumidores, de modo a tentar mudar a imagem que tem como o maior produtor mundial de sementes OGM.

Até aqui e nos últimos 20 anos, a Monsanto concentrou a sua atenção nos agricultores, investindo em grandes campanhas de promoção para os motivar a comprar sementes OGM, com grande sucesso, pois no continente americano mais de 80% das sementes de milho e soja são OGM's.

No entanto, tem vindo a crescer na opinião pública uma onda de dúvida sobre os efeitos a longo prazo destes produtos, que pode vir a pôr em causa o futuro dos mesmos, pelo que a Monsanto resolveu investir em campanhas junto do consumidor final.

A Monsanto é considerada, numa pesquisa online, como a empresa "mais malvada" do mundo e a rejeição das pessoas foi provada pela manifestação organizada no mesmo dia em 436 cidades de 52 países, cuja iniciativa partiu de uma pessoa no Facebook.

Neste momento, está lançada uma campanha nos meios sociais, em que esta multinacional tenta explicar aos consumidores que não há nenhuma prova de que os seus produtos tenham efeitos nocivos a longo prazo e que todos eles foram cientificamente estudados e autorizados pelas autoridades competentes.

Outro ponto importante é o investimento feito em lobby, que ultrapassou os 20 milhões de dólares, para que não seja obrigatória a rotulagem nos Estados Unidos, dos produtos que contêm OGM's, pois, segundo a Monsanto, podem confundir o consumidor com as indicações de açúcar e gordura dos alimentos, pelo que defende a rotulagem facultativa, para ser usada pelas empresas, quando acharem que é útil do ponto de vista promocional.

Os opositores aos OGM's contestam esta posição, chegando mesmo a afirmar que a Monsanto tem elementos seus na Food and Drug Administration (FDA), para conseguirem as suas aprovações, apontando mesmo o nome de Michael Taylor, que trabalhou na FDA, tendo saído para ocupar o lugar de Vice-presidente da Monsanto, tendo agora voltado à FDA.

A Europa tem sido pouco receptiva a esta tecnologia e só uma variedade de milho é actualmente semeada em alguns países, tendo agora sido aprovada a segunda variedade, neste caso, da Pioneer.

Portugal vai ajudar a Rússia na luta contra a Peste Suína Africana

Abril 16
11:43
2014

No contexto do problema do embargo da Rússia à carne de porco europeia, realizou-se uma reunião entre o chefe dos serviços veterinários russos, Sergey Dankvert e o embaixador português, Mário Godinho.

Neste encontro o nosso embaixador informou que o nosso país tinha grande experiência da luta contra a Peste Suína Africana (PSA), pois esta doença flagelou a produção portuguesa durante décadas e foi preciso um rigoroso plano de erradicação para conseguir ter sucesso em 1993 e não se registar nenhum caso a partir desta data.

Devido à nossa experiência, foi oferecido por Portugal toda a ajuda técnica que os russos acharem necessária para o combate da PSA na Rússia.
As autoridades russas mostraram-se muito interessadas neste ponto e querem estabelecer contactos ao nível técnico e científico em Portugal, para apoio ao seu plano de erradicação da PSA.

O embaixador Mário Godinho aproveitou o momento para informar que a indústria de carne de porco portuguesa está muito interessada em exportar para a União Aduaneira Russa e teve uma resposta muito favorável dos russos, que vão enviar uma missão para inspeccionar os matadouros portugueses, no segundo trimestre deste ano. O responsável pelo Cazaquistão não mostrou qualquer interesse, enquanto a Bielorrússia ainda não expressou nenhuma opinião.

Como se sabe, estas negociações entre a Rússia e a União Europeia estão num impasse, pois cada uma das partes não aceita a regionalização do território da União Europeia proposta pela outra, o que levou a União Europeia a apresentar formalmente queixa à Organização Mundial de Comércio.

Sabe-se que a Dinamarca, furando a disciplina comunitária, está a negociar directamente com os russos, mas até ao momento o Agroinfo ainda não conseguiu obter informação do resultado destas negociações.

Oliveira centenária dá os genes para exploração de 80 hectares em Alcoutim


POR HUGO RODRIGUES ⋅ 26 DE ABRIL DE 2014 ⋅ 13:14 ⋅ COMENTAR

 
As árvores são ainda bem jovens, mas encerram dentro de si a informação genética de uma árvore bem antiga. A empresa V.Luz Agro está a investir cerca de meio milhão de euros num olival de 80 hectares, em Martim Longo, Concelho de Alcoutim e optou por utilizar as "filhas" de uma árvore que já existia no mesmo terreno e ali prosperou ao longo de mais de cem anos.

«Tudo começou há dois anos, com a ideia de fazer um olival. Contactei uma empresa espanhola, para vir cá fazer uma colheita das filhas. Eles fazem uma poda, com um corte específico de determinado tamanho e colocam num banho de "perlitas". Daí, resulta uma germinação radicular, por estaca. E assim nascem estas plantas que aqui estão a ver», contou o empresário Valter Luz.

A exploração agrícola de Martim Longo foi um dos projetos visitados por uma comitiva da Universidade do Algarve, encabeçada pelo reitor António Branco, no âmbito de uma visita organizada pelo executivo camarário Alcoutenejo. A escolha esteve ligada, por um lado, ao caráter inovador da V.Luz Agro, mas também ao volume de investimento e dimensão do Olival a plantar.

Dois anos depois de Valter Luz e a sua esposa terem tido a ideia de plantar um olival da variedade mançanilha em terrenos da família em Martim Longo, já foram plantadas «22 mil plantas», número que é relativo apenas à primeira fase do projeto. Entretanto, já depois da visita do reitor, chegaram mais «30 mil plantas». No final, a ideia é ficar com «cerca de 300 árvores por hectare».

A evolução deste projeto, que também inclui uma exploração de figo-da-índia, depende essencialmente da capacidade dos seus promotores em conseguir «gente para trabalhar». Numa zona deprimida, do interior do Algarve, a mão-de-obra disponível é um problema. «Se conseguir uma média de 200 plantas por dia, como andei a fazer, já não era mau. Falta aqui muita mão-de-obra, principalmente especializada, porque isto requer técnica», considerou.

Para levantar esta exploração, serão necessários «perto de meio milhão de euros». Um investimento que terá a comparticipação do programa Proder, em 60 por cento, sendo que o restante virá «de um empréstimo à banca e de capitais próprios».

Quando as árvores que estão agora a ser plantadas crescerem o suficiente, a empresa agrícola alcouteneja pensa produzir azeite e azeitona de mesa, mas não só. Valter Luz diz ter muitas ideias para aproveitar ao máximo a sua produção, mas prefere mantê-las em segredo, para já.

Ainda assim, dá uma ideia da estratégia que pensa seguir, no futuro. «Eu acho que há mil coisas que se pode fazer com um olival. Podemos ter policultura, nas entrelinhas, com favas, tremoços e outros, que até ajudam a fixar azoto. Também há a possibilidade de fazer óleos essenciais a partir da folha. Também se pode utilizar o produto da poda para fazer pellets (biocombustível para queima)», revelou.

Aproveitando a presença do reitor da UAlg António Branco, Valter Luz lançou o desafio à academia algarvia de fazer «um estudo das condições edafoclimáticas, que possa provar que há aqui boas condições para a criação de determinadas espécies», entre as quais a Oliveira.

 

E para os animais há… figueira-da-índia

Além do Olival, a V. LuzAgro vai apostar na produção de figueira-da-índia, essencialmente para ração de animais. «Temos um outro terreno, propício para a criação de animais, onde queremos plantar esta espécie, como alternativa à forragem. Também vamos tentar criar animais», disse o agricultor, que já antes criou «um touro de lide e duas vacas bravas».

«Os brasileiros têm técnicas para plantar figueira-da-índia em que conseguem tirar 700 toneladas por hectare, por ano. Mas isso só para forragem. Se tentarmos produzir também o figo-da-índia propriamente dito, conseguimos uma média de 4 a 6 toneladas deste fruto por hectare», disse.

Entrar no mercado de venda deste fruto não é o objetivo, porque «com tanta gente a produzir, não vai haver espaço para todos». «A base será a forragem. Até porque vamos apostar numa variedade que tem uma folha grande, carnuda e com poucos bicos», disse Valter Luz, que é membro da Confraria do Figo-da-Índia. 

Brasil investe na produção de azeite


Abril 21
12:19
2014

Segundo estudos levados a cabo pela Faculdade de Engenharia de Alimentos do Brasil e pelo Departamento de Química Analítica da Universidade de Granada, em Espanha, o azeite extra virgem brasileiro tem características muito semelhantes ao azeite português ou espanhol.

Neste momento, a produção de azeite no Brasil não passa ainda de uma fase experimental. No entanto, estes resultados entusiasmaram os investigadores, que afirmam que o país tem condições de produção, podendo obter, assim, preços mais baixos para os consumidores.

As oliveiras estão, neste momento, localizadas nas regiões de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, mas espera-se que a cultura passe outras regiões, permitindo aos responsáveis produzir azeites diferenciados, conforme as diferentes regiões.

O Brasil ainda é um fraco consumidor de azeite, muito devido a ser um grande produtor de óleos vegetais, no entanto e devido às suas características, o azeite está a ser muito divulgado e espera-se uma subida de consumo rapidamente.

Espera-se que a produção de azeitonas no Rio Grande do Sul duplique rapidamente, para que possam passar de uma produção artesanal a produção industrial.

Estratégia Nacional para a Internacionalização do Agroalimentar

Abril 24
09:49
2014

Orientações estratégicas e políticas públicas para a internacionalização do sector Agroalimentar.
Para ler o documento  Clique aqui.

Declarações de Existências de Ovinos e Caprinos

Abril 22
13:43
2014

O IFAP disponibilizou informação estatística relativa às declarações de existências de ovinos e caprinos para os anos 2011, 2012 e 2013. Esta informação pode ser consultada no menu Estatísticas do portal do IFAPbovinos.

Mais e melhor informação para os agricultores

Abril 17
12:20
2014

Nos tempos que atravessamos, com uma grande pressão dos mercados e cada vez mais exigências por parte dos consumidores, com mudanças constantes de opinião, o conhecimento e a informação são fundamentais para uma correcta gestão de uma exploração agrícola.

Com esse fim, foi lançado o projecto PRO AKIS, que é formado por um Consorcium de parceiros de 7 estados membros, que nos seus 30 meses de funcionamento já recolheu e inventariou informação de 27 estados membros.

O projecto PRO AKIS (Prospects for Farmers' Support : Advisory Services in European Agricultural knowledge and information systems) já tem muita informação e aconselhamento disponível para todos os agricultores.

No seguimento do seu trabalho, já foram organizados workshop's em Copenhaga, Paris e Croácia, onde foram apresentados estudos e dado aconselhamento para os agricultores dessas regiões.

Neste momento estão criadas condições para que todos os elos da cadeia, desde ministros, organizações de produtores e agricultores, possam analisar o que se passa no seu país e comparar com as experiências de outros países.

Para mais informações consultar

PRO AKIS – www.proakis.eu
Ficha técnica do projecto


Nota informativa – Identificação e registo de equídeos (cavalos, burros e muares)

Abril 24
10:07
2014

. A Identificação e Registo de todos os Equídeos (cavalos, burros e seus cruzamentos) é obrigatória.

. Os detentores de equídeos são os responsáveis pela correta identificação dos animais, dentro dos prazos estabelecidos - veja folheto DGAV.

. Os senhores detentores deverão solicitar a emissão do Documento de Identificação de Equídeo (DIE)/Passaporte, junto dos serviços descentralizados da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária – DSAVR (Direções de Serviços de Alimentação e Veterinária Regionais).

. Para mais informações deverá consultar o "Manual de Identificação e Registo de Equídeos" (DGAV, abril 2014).

Medicamentos veterinários sem autorização ou registo

Abril 24
10:31
2014

Ao abrigo da alínea 1) do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 148/2008 de 29 de julho, com a redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 314/2009 de 28 de out., a introdução de medicamentos veterinários no mercado nacional depende da autorização do Diretor-Geral de Alimentação e Veterinária.
Por sua vez, a alínea c) do n.º 1 do artigo 60.º daquele diploma, dispõe que o titular da autorização de distribuição por grosso, tem como obrigação distribuir exclusivamente os medicamentos que possuam uma autorização, ou que dela estejam isentos, ou um registo, nos termos daquele diploma.
Quanto à venda a retalho de medicamentos veterinários, o mesmo Decreto-Lei estabelece que o titular da autorização do estabelecimento de venda a retalho, fica obrigado a dispensar medicamentos veterinários exclusivamente nos termos daquele Decreto-Lei e da demais legislação aplicável, (alínea c), n.º 1 do artigo 66.º).
O incumprimento das disposições referidas constitui contraordenação punível com coima e sanções acessórias, de acordo com os artigos 114.º e 115.º daquele diploma.

Listagens:
. Lista dos Medicamentos Veterinários Autorizados (Farmacológicos/ Imunológicos/ PMM)
- Consultar o Decreto-Lei n.º 314/2009 de 28 de out.

Diferenças entre o Proder e o PDR em discussão


por Ana Rita Costa
24 de Abril - 2014

Nos próximos dias 2 e 3 de maio, a Espaço Visual vai organizar, em Beja, Évora e Castelo Branco, sessões de esclarecimento sobre as diferenças entre o Proder e o novo programa de ajudas públicas ao investimento agrícola (PDR).

 
Estas sessões têm como objetivo informar os interessados, que se pretendam instalar como jovens agricultores, sobre os novos procedimentos exigidos para se candidatarem às ajudas públicas do novo quadro de apoio comunitário.

A inscrição para assistir a estas sessões é gratuita e pode ser feita no site da Espaço Visual em http://www.espaco-visual.pt/novidades/210/sessoes-de-esclarecimento-proder-vs-pdr-2014-2020/

Investigadora holandesa quer sementes livres em Portugal


por Ana Rita Costa
24 de Abril - 2014

Lanka Horstink, investigadora holandesa, lançou a Campanha pelas Sementes Livres, iniciativa que promove o direito à livre produção, troca e venda de sementes e que quer travar o desaparecimento das variedades genéticas agrícolas.
 
A investigadora, que defende que cerca de 75% das variedades genéticas agrícolas despareceram nos últimos anos, está a percorrer o país para defender "a nossa herança cultural". "Vamos ter, cada vez mais, plantas frágeis e que não se sabem adaptar às alterações climáticas. Ou que não se sabem adaptar a épocas menos chuvosas", referiu Lanka ao Economia Verde.

A lei das sementes foi chumbada em março pelo Parlamento Europeu.

O negócio da produção de caracoletas


por João Barbosa
24 de Abril - 2014
O nome técnico é helicicultura mas na prática trata-se de produção de caracóis. O petisco veraneante de muitos portugueses pode ser um negócio interessante, em especial a caracoleta, cuja dimensão permite rendimento durante todo o ano e com um preço que compensa a sua exploração em cativeiro.

 
A poucos quilómetros de Lisboa, junto à Aldeia Galega da Merceana, situa-se a Active Garden, que se dedica inteiramente a este molusco com casca. No total, a empresa explora 7.000 metros quadrados. Porém, a área dedicada às caracoletas abrange 11 "túneis", cada um com 18 parques. Cada tem à volta de 250 metros quadrados. Ou seja, há espaço para a empresa crescer caso venha a ser necessário.

As estufas permitem uma produção contínua. Nos talhões estão plantadas couves e nabos, mas, por razões de rigidez da casca, é também ministrada alguma farinha rica em calcário.

Esta dieta tem uma razão. As caracoletas colhidas nos campos têm, por vezes, algum amargor. Por essa razão, as pessoas são levadas a crer na existência de épocas próprias para o seu consumo.

As Helix aspersa maxima são hermafroditas, pelo que é aqui que se coloca a questão da rigidez da casca. Algumas proteções partem-se e assim perdem-se novos animais. Os momentos ocorrem de Janeiro a Março e de Agosto a Setembro.

Na Active Garden, os moluscos apenas procriam uma vez. Visto ser um processo violento, as caracoletas ficam exaustas e podem até morrer. "O problema é que a reprodução é muito desgastante, dura cerca de 12 horas, em que as caracoletas estão agarradas uma à outra" – salienta a produtora.

A desova acontece dez dias depois e cada animal gera cerca de 100 ovos. Tratando-se de hermafroditas, um assume o papel do macho. Mas nem sempre assim acontece, é comum que ambos desovem, duplicando a postura.

Veja a reportagem completa na edição de abril da revista VIDA RURAL.

Produtores debatem novas tendências na agricultura



por Ana Rita Costa
24 de Abril - 2014
A TAGUS - Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior, em parceria com a Associação de Agricultores de Abrantes, Constância, Sardoal e Mação e a Direção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo, vão promover o seminário "Novas Tendências na Agricultura" no dia 7 de maio no Tecnopolo do Vale do Tejo, em Alferrarede.

 
O seminário está inserido na semana do desenvolvimento local, da Rede Rural Nacional, e tem como objetivo apresentar alguns exemplos de negócios agrícolas que centram a sua produção nos cogumelos, frutos vermelhos e ervas aromáticas, assim como dar a conhecer alguns instrumentos de apoio existentes.

Para partilhar as suas experiências no cultivo de morangos e hortícolas em hidroponia estará presente Carlos Costa, da Plântula. O responsável pelo projeto, instalado em Torres Novas, irá explicar os benefícios da utilização desta técnica de produção sem solo.

Já António Paisana, da Casa Lino Neto, Sociedade Agrícola, em Abrantes, irá falar sobre as oportunidades de negócio e as condicionantes das framboesas. A micologia será apresentada por Rui Coelho, da Quadrante Natural, de Lisboa, sob o tema produção de cogumelos sapróbios.

O enquadramento e as oportunidades no cultivo de plantas e ervas aromáticas em agricultura biológica serão o enfoque de João Dias, da Hortas da Aldeia, de Santa Margarida da Coutada, em Constância. 

As inscrições estão disponíveis no site da Associação do Ribatejo Interior em www.tagus-ri.pt.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Terra Sã Lisboa regressa em maio



por Ana Rita Costa
23 de Abril - 2014
A agricultura biológica no ano da Agricultura Familiar é o tema da edição deste ano da Terra Sã Lisboa, que regressa ao Campo Pequeno nos próximos dias 30 e 31 de maio e 1 de junho.

 
A Terra Sã Lisboa 2014 terá música, escultura, cinema e ateliês de reciclagem com arte. Segundo a organização, "no que diz respeito à música, os visitantes vão poder assistir ao concerto do Projecto Geo, um projecto com duas vertentes, uma de música meditativa e outra de músicas do mundo."

O evento vai continuar também a ser o encontro dos produtores em modo de produção biológica e de diferentes organizações ambientais como a Quercus, a Spea e a ASPEA.

Da programação fazem parte diferentes palestras ligadas à agricultura e ao ambiente e ainda um seminário sobre a Agricultura Familiar em Portugal, tema internacional deste ano 2014 declarado pelas Nações Unidas.

Para mais informações visite o site agrobio.pt

Agroindústria inaugura unidade de produção de concentrado de uva


por Ana Rita Costa
24 de Abril - 2014

A Indumape inaugurou esta semana, uma nova unidade de produção de concentrado de uva, em Pombal. Esta unidade resulta de um investimento de 1,3 milhões de euros, 640 mil euros dos quais provenientes de apoios do QREN, e vai produzir para exportação.

 
Assunção Cristas, ministra da Agricultura, esteve presente na inauguração onde referiu que a empresa é "um exemplo concreto e acabado" de bom aproveitamento dos fundos comunitários.

A Indumape foi criada em 2007 e transforma 30 mil toneladas de maçã e pera por ano, que vai buscar diretamente aos agricultores. No caso da uva, que começa agora a transformar, vai comprá-la às adegas já em mosto.

A faturação da empresa deverá ser de 8 milhões de euros este ano.

Alcácer do Sal: Certificação do arroz está em curso



O Agrupamento de Produtores de Arroz do Vale do Sado (APPAROZ) está a desenvolver o processo para a certificação do arroz de Alcácer do Sal. Com o apoio da Câmara Municipal de Alcácer do Sal o processo ainda está a ser avaliada pelo Ministério da Agricultura, mas segundo João Reis Mendes, Presidente da APPAROZ, "no decorrer deste ano esperamos a primeira decisão interna".

O processo que é "moroso" terá depois de ser encaminhado para Bruxelas, mas quer a autarquia, quer a Associação esperam que "o arroz carolino de Alcácer do Sal venha a ter a sua certificação que irá dar notoriedade ao produto".
 
Em Alcácer do Sal existe a maior área de cultivo de arroz do país, são seis mil hectares e o número de produtores de arroz é estável, mantêm-se nos 300. O desenvolvimento deste setor, a par da fileira do pinhão, do azeite, vinhos e do turismo, são segundo o Presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, Vitor Proença, as "áreas essenciais de aposta do Município e que contam com o apoio incondicional da autarquia".
 
O Encontro da Orizicultura Portuguesa está a decorrer no Auditório Municipal de Alcácer do Sal com a presença de produtores, empresas e vários agentes ligados à atividade. As aves e o cultivo do arroz no Estuário do Sado com a apresentação de um estudo feito pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas sobre o impacto da avifauna na cultura do arroz foi um dos temas de debate desta manhã.
 
Foram apresentadas algumas conclusões do estudo que pretende minimizar as consequências de espécies como a cegonha, flamingos, pardais e outras espécies de aves nos campos de arrozais, assim como técnicas de espantamento. Um tema que preocupa os produtores de arroz da região de Alcácer do Sal que partilharam experiencias com o Instituto de Conservação da Natureza  e das Florestas.
 
A sessão de encerramento vai contar com a presença do Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agro-Alimentar, Nuno Vieira e Brito, prevista para as 17h00, antes, a PAC pós 2013- aspetos mais relevantes para o setor do arroz vai estar em debate. João Reis Mendes, Presidente da APPAROZ disse que "ainda existem aspetos importantes para definir sabendo desde já que o setor vai ser afetado", mas "importa apurar as medidas que o governo vai adoptar para minimizar o impacto da Política Agrícola Comum no setor da produção de arroz".
 
Outra preocupação dos produtores de arroz portugueses incide na entrada no país sem controle de arroz agulha proveniente de países asiáticos.
 
"Defendemos uma fiscalização do arroz a granel que vem através dos portos nacionais e muitas vezes com poucas condições de higiene", referiu João Reis Mendes adiantando no entanto que existe da parte das autoridades o compromisso de fiscalização.

Quarta-Feira, 23 de Abril de 2014
Esta e outras noticias em destaque nos Noticiários Regionais da Rádio Sines

Ilha Verde. A independência alimentar de Cabo Verde chega do Paraguai

O país comprou um terreno de 10 mil hectares para plantar alimentos. Projecto é de 1976
É conhecida como Ilha Verde e já considerada por muitos a 11.a ilha de Cabo Verde. No fundo é um terreno com cerca de 10 mil hectares no Paraguai e que começa a dar os primeiros frutos, com os cereais ali plantados a chegarem já ao arquipélago. A produção agrícola de grandes escala pretende dar independência alimentar a Cabo Verde dentro de dois anos, garante o mentor do projecto, Adriano Bettencourt Pinto.

A ideia foi lançada em 1976, quando este agrónomo realizou um estudo que lhe permitiu tirar a "triste conclusão" de que Cabo Verde jamais teria capacidade de alimentar toda a sua população sem recorrer à importação. Não conformado, Adriano Bettencourt Pinto decidiu que o melhor seria apostar na produção além-fronteiras: "Cabo Verde deve fazer um controlo independente dos alimentos e não se deixar ficar nas mãos de quem vem de fora", declara.

Adriano Bettencourt Pinto diz ter ficado encantado com a qualidade das terras no Paraguai e, com a certeza de que tinha os recursos suficientes, decidiu centrar-se no objectivo de tornar Cabo Verde sustentável a nível alimentar: "Nós, os agrónomos, somos conhecidos no meio como o pardal, aquela ave que só gosta de cidade. Mas eu parti, entrei na mata e em 1979 comecei os estudos no terreno", confessa. Foram seis anos a morar numa tenda, apesar de Adriano confirmar que de "tempo efectivo devem ter sido uns quatro", pois regressava a Cabo Verde com regularidade. A vila mais próxima ficava a 33 quilómetros de distância, a maioria das vezes percorridos a pé: "Enquanto estudava as potencialidades do terreno escrevia o meu estudo numa máquina de escrever velhinha, a Olympia, lá no meio da selva." Em 1986, o governo cabo-verdiano comprou 80% do terreno no Paraguai, tendo Adriano ficado com 20%. "O terreno custou um milhão e 129 mil dólares e a minha parte foi avaliada em 375 mil", recorda Adriano. Foi comprado a um proprietário privado que aceitou a proposta, após ter ficado sensibilizado com toda a informação que o agrónomo lhe transmitia sobre o seu país. Com a privatização da Empresa Nacional de Abastecimento (EMPA) e com as indecisões políticas da época, a "Ilha Verde" tornou-se uma empresa privada, que o agrónomo integra, com o intuito de acelerar o projecto, porque "o Estado não tem pressa", lamenta. No entanto, o projecto continua a ter apoio político em Cabo Verde.

Os 10 mil hectares são ocupados maioritariamente por arroz, milho, trigo e soja, que para além de abastecerem Cabo Verde poderão ainda ser exportados, pois a produtividade da Ilha Verde poderá ultrapassar as necessidades de abastecimento alimentar do arquipélago, permitindo ao país entrar no mercado internacional a um preço competitivo. "Porquê comprar se podemos produzir? Este projecto irá contribuir para o desenvolvimento socioeconómico do país", garante Adriano. E os resultados já são visíveis: em Novembro de 2013, as primeiras 15 toneladas de cereais chegaram ao Porto de Praia, na ilha de Santiago. "A solução dos problemas tem de partir de dentro do país. Eu sou cabo-verdiano, amo o meu país e tenho de trabalhar para ele. A segurança alimentar para o país é quase uma obsessão e é necessário muita determinação para a alcançar", diz. "Eu conheço dois tipos de homem: o homem 8 e o homem 24. O homem oito é aquele que trabalha oito horas por dia, o homem 24 é aquele que está o dia todo a pensar no seu projecto, e é esse que faz a diferença."

Num período de quatro anos, o mentor do projecto acredita que possam ser criados 5 mil novos postos de trabalho em Cabo Verde, directa e indirectamente, através de vários projectos que surgirão em resultado dos frutos da Ilha Verde.

Esta reportagem só foi possível graças ao programa de formação jornalística Beyond Your World


Agricultura e Educação entre os ministérios que sofrem mais cortes em 2015

Os ministérios que vão sofrer mais cortes em 2015 são os da Administração Interna, Ambiente, Agricultura e Educação, de acordo com o relatório da Comissão Europeia sobre a 11.ª avaliação regular ao Programa de Assistência Económica e Financeira, divulgado esta quinta-feira.

No documento, Bruxelas elenca as medidas que o Governo vai adotar em 2015 para reduzir o défice para os 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB), as quais já tinham sido anunciadas, ainda que sem pormenores, pelo Governo.

Uma dessas medidas previa "poupanças através de mais cortes na despesa dos ministérios", lê-se no relatório, que destaca os que vão ser mais afetados: "administração interna, ambiente, agricultura e educação".

"Os items de redução da despesa estão sobretudo orientados para a reestruturação de serviços e compressão de custos", sublinha a Comissão, dando como exemplo "reduções da aquisição de bens e serviços e do investimento".

A 15 de abril, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, apresentou uma série de medidas a aplicar em 2015, que totalizam cortes de 1.400 milhões de euros.

Entre essas medidas estão uma redução de custos nos diversos ministérios com reorganizações, fusões, medidas de eficiência (730 milhões de euros) e redução de custos com tecnologias de informação e comunicação, bem como com consultoria, pareceres, trabalhos especializados (320 milhões de euros).

No setor empresarial do Estado, o Governo estima encaixar 170 milhões de euros com processos de reorganização, fusões, concessões e com a redução de indemnizações compensatórias.

Quanto à administração pública, o Executivo prevê arrecadar 180 milhões de euros com a "redução do número de funcionários públicos, mas através apenas de processos de aposentações e rescisões amigáveis", segundo a ministra das Finanças, que, quando questionada, não discriminou que poupanças estima para cada rubrica, individualmente.

XXII Sessão Plenária - XXIX Conselho Internacional

Assembleia das Regiões Europeias Vitícolas

A AREV celebra à sua maneira o Dia da Europa. A poucos dias das eleições para o Parlamento Europeu, e considerando a experiência decepcionante dos acordos bilaterais de 2005 sobre o comércio do vinho com os EUA,  os representantes da Europa vitícola assumirão uma postura muito crítica sobre o acordo de livre comércio UE- EUA (TIP) actualmente em desenvolvimento, de acordo com as orientações ultraliberais de José Manuel Durão Barroso, e Karel de Gucht. A Europa aborda a negociação de forma desorganizada face a uma América unida, onde os lobbies todo-poderosos estão activos até Bruxelas. Além da agricultura ou a excepção cultural, outros problemas surgem como normas e padrões para a protecção da saúde, do ambiente e do consumidor.

Delegados de 75 regiões vinícolas, vão debater o futuro da vinha no interesse dos produtores, mas também dos consumidores.

Astrid Lulling (Eurodeputado e presidente do intergrupo sobre o vinho), Thierry Coste (Presidente Grupo vinho do COPA- COGECA), Yann Juban (Adjunto do Director Geral da OIV), Florence Rojal (Organização Mundial da Propriedade Intelectual ) estarão também presentes.

Com outros, a AREV ganhou a luta pela defesa do sistema de autorizações de plantação, mas as regiões vinícolas devem permanecer mobilizadas face às instituições europeias. Elas estão também empenhadas num trabalho de fundo para o desenvolvimento de um moderno enoturismo, apoiando empregos e oportunidades em toda a Europa.

Em anexo pode encontrar:
- O projecto de resolução, tal como foi aprovado na Reunião Internacional da AREV, a Assembleia das Regiões Europeias Vitícolas, em Pécs ( Baranya ) Hungria, em 13 e 14 de Março de 2014.

Fenadegas aposta no mercado brasileiro

Brasil é o segundo mercado para as adegas e cooperativas portuguesas 


Dar visibilidade aos vinhos das adegas e cooperativas portuguesas e aumentar o valor das exportações para o mercado brasileiro é o objectivo da Fenadegas, Federação Nacional das Adegas Cooperativas de Portugal, com a participação em diversas iniciativas no Brasil entre os dias 22 e 28 de Abril, com destaque para a ExpoVinis, maior mostra de vinhos da América Latina. Desde 2002, a Fenadegas já investiu cerca de 1,5 milhões de euros neste que é já o segundo mercado para estas empresas vitivinícolas.

Entre os dias 22 e 24 de Abril, a Fenadegas, representada pela Adega Cooperativa da Vermelha, Cooperativa de Pegões, VERCOOPE, Adega Cooperativa de Cantanhede e Caves Vale do Rodo, estará presente na ExpoVinis, em São Paulo, onde Jaime Quendera, gerente da Cooperativa de Pegões, irá promover um seminário sobre o mercado cooperativo português no pavilhão da ViniPortugal.

Depois da ExpoVinis a Fenadegas ruma a São José dos Campos onde, entre os dias 25 e 26 de Abril, decorre a feira 'Vinhos e Sabores de Portugal'. A cidade do Rio de Janeiro será a última paragem desta jornada de promoção dos vinhos das adegas e cooperativas portuguesas do outro lado do atlântico, com uma prova aberta no dia 28 de Abril no Hotel Pestana. 

Primeira Feira do Vinho Verde, Gastronomia e Turismo decorre de 16 a 18 de Maio em Braga


Decorre, em Braga, de 16 a 18 de Maio, a primeira Feira do Vinho Verde, Gastronomia e Turismo. Esta feira, com o carimbo da InvestBraga, e que visa a promoção de "três áreas chave para o Minho", aposta na promoção do que melhor se faz no vinho verde, gastronomia e turismo na região.

Ao longo dos três dias em que decorre o evento, os visitantes poderão participar em várias conferência e workshops, para além de ações de formação. Também irão decorrer várias provas e degustações de vinhos, para além de concursos e encontros de confrarias.

Depois do sucesso da AGRO 2014, que se realizou no passado mês de março e contou com a presença de cerca de 100 mil pessoas, a InvestBraga, a nova agência de dinamização económica de Braga, parte para a organização do seu segundo evento no Parque de Exposições de Braga com expetativas redobradas.

Para Humberto Carlos, administrador da InvestBraga "Esta é uma excelente oportunidade para dar espaço aos nossos produtores e mostrar o que melhor se faz na nossa região", acrescentado que "somos uma região com uma grande tradição na produção de Vinho Verde, mas também somos um destino turístico de referência, muito pela qualidade da nossa gastronomia", disse Humberto Carlos.

Já para Carlos Oliveira, presidente da InvestBraga, " esta é mais uma oportunidade para promovermos a economia regional e nacional, razão pela qual a Investbraga continua a fazer a sua aposta neste formato de eventos", disse o ex-Secretário de Estado do empreendedorismo.

Fonte:  InvestBraga


Assunção Cristas sublinha necessidade de internacionalizar lacticínios

Vasco Cordeiro salientou, por seu turno, "a importância do trabalho" desenvolvido entre os Governos Regional e da República relativamente às questões do setor agrícola, pescas e mar
A ministra da Agricultura e do Mar disse hoje, nos Açores, que continuarão a existir instrumentos financeiros para apoiar o setor do leite, mas frisou que é importante apostar na diversificação e internacionalizaçao das produções.

"A Comissão Europeia está a fazer um estudo de impacto para saber se vai ou não reformar o POSEI [programa específico para as regiões ultraperiféricas]. A posição do Estado Português foi que não era necessário reformar. É necessário utilizar bem os instrumentos do POSEI e neste contexto continuará a haver e haverá apoio para o setor do leite", afirmou aos jornalistas Assunção Cristas, após uma audiência, em Ponta Delgada, com o presidente do Governo Regional, Vasco Cordeiro.

Assunção Cristas disse que para "além de um programa de apoio ao investimento local que pode ter uma componente forte de apoio aos investimentos para a modernização, diversificação dos produtos derivados do leite, que é uma aposta grande para o país", os "instrumentos financeiros continuarão a existir".

"É importante que os produtores, e creio que estão já bastante sensibilizados, se possam empenhar em ações conjuntas por ventura para diversificarem as suas produções e encontrarem também mais mercados", defendeu, frisando que nos Açores existem "belíssimos laticínios".

Segundo a ministra, a preocupação do Governo nacional "é continuar a caminhar no sentido da inovação e diversificação", destacando a internacionalização, e lembrou que "há bem pouco tempo foi possível abrir o mercado chinês" aos laticínios portugueses.

A ministra garantiu ainda que "Portugal tem mantido, e manteve sempre, uma posição firme contra o fim das quotas leiteiras" na Europa, previsto para 2015, afirmando a necessidade de se manter "a pressão" em "respostas que possam ser acionadas de forma até preventiva em situações de crise na área do leite".

Quanto ao mar e às pescas, considerou que os Açores, "com a sua posição geográfica e com a sua vocação marítima, estão particularmente bem posicionados para serem um ator privilegiado e liderante em matéria de economia do mar" e de "execução da estratégia nacional para o mar".

Vasco Cordeiro salientou, por seu turno, "a importância do trabalho" desenvolvido entre os Governos Regional e da República relativamente às questões do setor agrícola, pescas e mar.

"O que tive oportunidade de transmitir à senhora ministra é a necessidade de mantermos um acompanhamento muito próximo e muito direto relativamente à situação que acontecerá no pós regime de quotas", afirmou, lembrando que a situação dos Açores deve ser "devidamente ponderada e realçada" em mecanismos e em negociações europeias.

Quanto às pescas, frisou a necessidade de se "acautelar" também a situação dos pescadores da região.

Vasco Cordeiro referiu ainda a questão da "gestão partilhada" do mar pela região e pela República, aspeto "que ainda recentemente foi reforçado" num acórdão do Tribunal Constitucional.

"A fase atual é de desenvolver o trabalho para que, independentemente da forma como esses aspetos foram consagrados na lei, salvaguardar os aspetos que do ponto de vista substantivo interessavam também aos Açores, desde logo o facto de termos um histórico também de políticas e de ações neste domínio que valorizam o mar nos Açores".

Despois de visitar hoje São Miguel, a ministra Assunção Cristas será na quarta-feira entronizada como membro da Confraria do Queijo da ilha de São Jorge, tendo salientado que vai ser uma "defensora mais legitimada" daquele produto açoriano.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa

“O Douro Sustentável: Vinho e Turismo / Património” em debate no dia 31 de Maio

Em Foz Côa no âmbito do 'Festival do Vinho do Douro Superior'

 
"O Douro Sustentável: Vinho e Turismo / Património" é o tema que vai dar mote e lançar o debate no colóquio que se realiza na manhã de Sábado, dia 31 de Maio, no auditório do ExpoCôa – Pavilhão de Exposições e Feiras de Vila Nova de Foz Côa. Este espaço de apresentação e discussão de ideias, que tem início às 09h30 e termina às 13h30, vai ser moderado pelo jornalista e crítico da Revista de Vinhos, João Afonso, e contará com a intervenção de sete oradores bastante conhecedores da realidade duriense, na qual trabalham.
 
O colóquio é dirigido profissionais – lavradores durienses, produtores e engarrafadores de vinhos do Douro e do Porto e tem como objectivo a reflexão e partilha de experiências e conhecimentos – e insere-se no programa do 'Festival do Vinho do Douro Superior', que estará a decorrer em Vila Nova de Foz Côa entre os dias 30 de Maio e 01 de Junho. As inscrições são gratuitas, mas limitadas aos lugares disponíveis, devendo ser feitas com a máxima antecedência através dos contactos 215 918 087, 215 918 083 ou ritapereira@masemba.com.
 
Programa
09h30 – Abertura
09h40 – A Arquitectura Vinhateira do Vale: Terraços, Patamares e sua Sustentabilidade :: António Magalhães (Fladgate Partnership)
10h10 – Business & Biodiversity: A Actividade Económica Vitivinícola e a Protecção da Biodiversidade e da Paisagem Vitícola Duriense :: José Maria Soares Franco (Duorum Vinhos) e Nuno Vilela (Sinergiae)
11h40 – A Importância das Castas Autóctones :: António Graça (Sogrape)
11h10 – Coffee break
11h30 – A Biodiversidade e o Vinho do Douro :: Rui Soares (Real Companhia Velha)
12h00 – Evolução das Operações Culturais Vitivinícolas no Douro: da Modernidade do Séc. XX para a Sustentabilidade do Séc. XXI :: Fernando Alves (Symington Family Estates)
12h30 – Eno e Eco Turismo no Vale do Douro: Recurso em Crescimento :: Ana Correia (Adriano Ramos Pinto)
13h00 – Debate
13h30 – Encerramento
 
'Festival do Vinho do Douro Superior' afirma identidade dos vinhos da região
 
A realização de uma nova edição do 'Festival do Vinho do Douro Superior' vem reforçar a aposta da "capital do Douro Superior" (Vila Nova de Foz Côa) na valorização e promoção da sub-região vínica e nos seus demais sabores e produtos autóctones. Com a organização da Fundação Coa Parque, em colaboração com a Câmara Municipal de Vila Nova de Foz Côa, e produção da Revista de Vinhos este é um evento multifacetado – pelo carácter profissional em torno do vinho, mas também pela sua vertente de festa popular, que se desenrola em paralelo –  e que assim se destina a um público muito vasto.
 
No que toca ao elemento protagonista do Festival – o vinho –, para além da Feira de Vinhos e Sabores no ExpoCôa (prova de vinhos gratuita e possibilidade de aquisição dos mesmos a preços especiais), voltam a ter lugar as Provas Comentadas por Especialistas (três de vinhos e uma de azeites), o Concurso de Vinhos do Douro Superior, para além do Colóquio já referido. A novidade deste ano passa por um Jantar Vínico que se vai realizar na sexta-feira, dia 30, às 21h30, no restaurante do Museu do Côa, com a presença de vários produtores e grandes vinhos do Douro Superior. O acesso a todas as actividades anteriormente mencionadas implica inscrição prévia, uma vez que os lugares são limitados. O jantar é a única actividade paga.
 
A cidade de Vila Nova de Foz Côa vai ser palco de muita diversão e várias demonstrações artísticas ao longo dos três dias: números de magia, malabarismo, intervenções de teatro de rua, percussão tradicional portuguesa e um concerto de música ao vivo no Sábado à noite.
 
Esta edição do 'Festival do Vinho do Douro Superior' mantém o objectivo de afirmar a sub-região do Douro Superior como produtora de vinhos de qualidade e com identidade e carácter próprios, capitalizando para o aumento da notoriedade de ambos: território e vinhos. Integram este certame produtores de Vila Nova de Foz Côa, mas também dos concelhos vizinhos: Carrazeda de Ansiães, Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta, Mêda, São João da Pesqueira e Torre de Moncorvo.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Qualidade: Um Valor Essencial


Jaime Piçarra

Falar hoje de Qualidade deve ter por base uma abordagem holística e uma visão que vai muito mais para além da Indústria da alimentação animal, fixando-se igualmente nas explorações agrícolas, na pecuária (Boas Práticas) e na indústria agroalimentar.

Qualidade como conceito de segurança, de confiança, de afirmação num mercado que exige cada vez mais sustentabilidade e proteção dos consumidores. Tudo começa, de facto no produtor e na qualidade das matérias-primas que são fornecidas à Indústria, em particular o milho, já que a maior parte deste produto é canalizado para a alimentação animal. E o ano de 2013 foi um ano particularmente complicado devido a vários alertas no RASFF de contaminações de milho por aflatoxinas, aspeto que deve merecer da parte de todos os operadores uma atenção muito especial, pelo impacto negativo que daí decorre para toda a cadeia alimentar.

Olhando para o historial da IACA, nos Relatórios de finais da década de 70, as empresas interrogavam-se "como se poderia responsabilizar um setor pela qualidade dos produtos que fabrica, se não tem possibilidade de escolha das matérias-primas que utiliza, nem lhe tem sido permitido participar na aquisição das mesmas?" Perguntava-se ainda qual "tem sido a preocupação das entidades responsáveis sobre a qualidade das matérias-primas que são distribuídas à Indústria?"

É evidente que o contexto mudou de forma significativa desde então.

A integração na Comunidade alargou os mercados, reduziu a proteção nas fronteiras, expôs-nos à concorrência mas liberalizou e diversificou o aprovisionamento de matérias-primas para a alimentação animal. As crises alimentares, amplificadas pelos media e pelas ONG que foram surgindo, antiglobalização, " a favor da ecologia e do ambiente", da extensificação, a complexidade dos circuitos de produção e de distribuição, criaram uma imagem negativa das produções intensivas (ecologicamente eficientes como, felizmente, começam a ser hoje conhecidas) junto dos consumidores e da opinião pública. Por outro lado, surgiram maiores exigências por parte da Sociedade, legislação muito restritiva do ponto de vista da segurança alimentar a partir de Bruxelas e o nosso Setor passou da dependência da Agricultura (DG AGRI) para a Proteção e Saúde dos Consumidores (DG SANCO). Todos estes condicionantes significam maiores custos mas também mais responsabilidade.

No entanto, a nova visão da produção de alimentos na União Europeia trouxe alguns aspetos positivos: desde logo, a noção de que a alimentação animal é essencial para a saúde e bem-estar dos animais, bem como para a segurança dos produtos de origem animal, com consequências na saúde e na proteção dos consumidores; em segundo lugar e não menos importante, que existe uma cadeia alimentar, em que todos somos corresponsáveis, ou seja, exige-se uma responsabilidade e seriedade partilhadas, por todos os operadores, na Fileira da Alimentação Animal, o que inclui naturalmente os fornecedores de matérias-primas, sejam importadores ou produtores agrícolas.

Perante as crises que vão surgindo e cuja gestão, nem sempre eficaz e lúcida da parte das autoridades, não raras vezes confundindo os consumidores, sem quaisquer culpas que possam ser atribuídas à nossa Indústria e perante uma legislação que não é aplicável da mesma forma na União Europeia e nos principais países exportadores de matérias-primas, com uma cultura de Administração Pública mais liberal e que responsabiliza as empresas, as questões colocadas pela IACA em finais dos anos 70, ganham a mesma atualidade mas agora maior importância porque a Qualidade não tem, nestes tempos modernos, a mesma dimensão de então. Hoje, e nestes tempos de particular exigência, é o mínimo a que uma empresa pode aspirar se quiser estar no mercado e é mais do que essencial: é, simplesmente, um valor inegociável.

A Indústria tem de exigir padrões de qualidade das matérias-primas, que assegurem os objetivos das empresas, ao nível da segurança dos produtos que fabricam, potenciando a imagem e qualidade dos alimentos e a competitividade dos seus clientes.

Num mercado cada vez mais volátil e com um reduzido número de operadores na cadeia de fornecimento, a qualidade, parametrização das matérias-primas, Fichas Técnicas e a eventual revisão de contratos de aquisição, são determinantes para alterar eventuais comportamentos e práticas comerciais.

Nesta perspetiva, projetos como o QUALIACA, onde pretendemos avaliar e monitorizar a qualidade, e os Códigos de Boas Práticas, Manuais e Recomendações fazem todo o sentido, bem como uma maior cumplicidade com as Autoridades. É da forma como nos relacionarmos e das exigências que formos capazes de assumir para o futuro relativamente aos nossos fornecedores, que dependerá muito do nosso sucesso como Setor.

Daí que a qualidade e segurança da oferta de matérias-primas, sobretudo a produção nacional que devemos potenciar, para reduzir o nível de dependência e de exposição ao exterior, sejam essenciais para o futuro da Fileira Pecuária em Portugal, mas também para os próprios Agricultores. Até porque, sem uma Fileira forte e organizada, cumpridora mas exigente, nada disto vale a pena. Afinal de contas, muitos dos estrangulamentos dependem, em grande parte, de nós próprios e do que queremos ser no futuro.

Jaime Piçarra
(Engº Agrónomo)
Secretário-Geral da IACA - Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais

Publicado em 24/04/2014

Intenção de aumentar impostos sobre o álcool e o tabaco criticada por toda a indústria

ANA RUTE SILVA 22/04/2014 - 15:56
Produtores de bebidas espirituosas defendem que só o congelamento ou a baixa de impostos aumentará a receita fiscal.

 
Imposto sobre o álcool aumentou 5% no caso das bebidas espirituosas em 2014 ADRIANO MIRANDA
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 Licor Beirão: impostos sobre o álcool vão diminuir investimento
Dos vendedores de tabaco, aos produtores de bebidas espirituosas ou do vinho do Porto, as críticas à intenção do Governo de aumentar os impostos sobre estes produtos para compensar as dívidas no sector da saúde avolumam-se.

O vice-primeiro ministro Paulo Portas confirmou, segunda-feira, que haverá agravamento da tributação sobre o álcool e o tabaco, mas a indústria argumenta que, se a intenção é obter mais receitas, não é aumentando os impostos que o objectivo é cumprido. Pelo contrário: é preciso congelar ou até baixar os encargos fiscais sobre estes produtos.

Apesar dos sucessivos aumentos de impostos sobre o álcool e o tabaco, o peso desta tributação nas receitas fiscais do Estado reduziu-se. Em 2012, o IABA (Imposto sobre o Álcool e as Bebidas Alcoólicas) e o Imposto sobre o Tabaco, juntos, representavam 4,46% do total. Um ano depois, valiam 4,09%.

Mário Moniz Barreto, secretário-geral da Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas (ANEBE), recorda que "em 2001 a receita [conseguida pelo Estado através do IABA,] chegava aos 134 milhões de euros e o IABA situava-se nos 836 euros por hectolitro de álcool. Em 2012, a receita caiu para 88 milhões de euros, e o IABA era de 1100 euros. Se a intenção é conseguir mais receita fiscal, este caminho com o agravamento expressivo não é o mais eficaz", diz o secretário-geral da ANEBE, que tem vindo a contestar os aumentos sucessivos do imposto sobre estes produtos.

A associação representa 70% do sector (inclui desde os produtores nacionais de licores, a bebidas internacionais como whiskies) e acredita que, para o Estado recuperar receita, deve apostar antes no "congelamento ou mesmo na ligeira redução [do imposto] para competir com Espanha, combater a compra transfronteiriça e fazer com que o consumidor transfira o consumo para produtos mais caros". É que, ao agravar os impostos, estimula-se o consumo de outras bebidas mais baratas o que, em consequência, rende menos aos cofres do Estado, refere.

Mário Moniz Barreto explica ainda que em Espanha a carga fiscal "é 22% mais baixa" do que em Portugal. "As compras transfronteiriças, quer lícitas quer ilícitas, estão a aumentar. Isto tem um efeito perverso. Os portugueses com disponibilidade para comprar sempre que podem contribuem para o ajustamento espanhol e não para o português", lamenta.

O Orçamento do Estado (OE) para 2014 agravou os impostos sobre as cervejas, vinho do Porto ou gin, mas de forma diferenciada. A subida mais expressiva é a das bebidas espirituosas (5%) e a ANEBE defende um aumento igual para todos, na ordem dos 3,5%. O aumento de impostos sobre as restantes bebidas alcoólicas oscila entre os 0,93% e 1% face ao OE de 2013, quando em causa estão produtos com um volume de álcool superior a 1,2%. Este ano, outras bebidas como o vinho do Porto ou aguardentes vínicas sofreram subidas de 4,9%, para 69,67 euros por hectolitro. "O que faz sentido é ser o mercado e não o Governo a regular a concorrência entre diferentes bebidas e sectores", critica o secretário-geral.

Por seu lado, o presidente da Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP), António Saraiva, também teme "repercussões muito negativas no sector" com o aumento da taxa sobre o álcool. À Agência Lusa, afirmou que qualquer agravamento vai "penalizar o consumo responsável de vinhos" e penalizar um sector "que já está bastante frágil".

Medida contraproducente
Além do álcool, também o tabaco – outro dos produtos considerados "nocivos para a saúde" - terá um novo agravamento fiscal. No OE deste ano, o imposto sobre os cigarros voltou a subir, tal com o do tabaco de enrolar, que sofreu aumentos de 33% Para a Federação Portuguesa de Grossistas de Tabaco a medida do Governo é "contraproducente" e a receita, diz João Rodrigues de Passos, terá tendência para diminuir.

"Se a intenção é arrecadar mais receitas fiscais, estamos convencidos que vai ser contraproducente, porque naturalmente a receita do tabaco vai ter tendência para diminuir", disse, em declarações à Lusa. João Rodrigues Passos, também presidente da Associação de Grossistas de Tabaco do Sul, sublinha que nos últimos anos a receita fiscal proveniente do tabaco "tem comprimido apesar dos aumentos" das taxas.

Em 2013, o Estado encaixou 1312 milhões de euros com o imposto sobre o tabaco, uma diminuição de 3% em comparação com o ano anterior. Este imposto pesou 3,6% sobre o total das receitas fiscais mas em 2012 representava mais: 4,2%.

Sector do vinho do Porto teme repercussões de nova taxa sobre álcool

O presidente da Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP), António Saraiva, disse que teme "repercussões muito negativas no sector" com o aumento da taxa sobre o álcool confirmada pelo Governo.

António Saraiva afirmou à agência Lusa que qualquer taxa que seja introduzida no sector, que já está "bastante frágil", vai "penalizar o consumo responsável de vinhos".

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, confirmou no Parlamento, na segunda-feira, um aumento da tributação sobre o álcool e o tabaco e uma redução de rendas na indústria fornecedora de medicamentos.

Para o presidente da AEVP, este anúncio é "muito mau".

"Isso preocupa-nos bastante. As empresas têm dificuldades, o crédito ainda está difícil de obter e tememos que isso tenha repercussões muito negativas no nosso sector", sublinhou.

Referiu ainda que Portugal é um país com uma forte componente agrícola, que a viticultura tem tido grandes dificuldades, com anos de fracas produções e que, só em 2013 é que se teve "uma vindima mais substancial".

"Temo que, pela situação que Portugal vive, que isso venha a penalizar o consumo responsável de vinhos", salientou ainda.

O presidente da AEVP lembrou o "trabalho didático" que tem vindo a ser feito nos últimos anos, junto das escolas de hotelaria, de alguma imprensa e consumidores, "no sentido de que as pessoas cada vez percebam melhor os vinhos e as regiões".

António Saraiva frisou que qualquer tributação sobre o álcool se irá reflectir numa quebra de vendas, devido às dificuldades sentidas actualmente pelas famílias e porque o vinho não é um produto de primeira necessidade.

De uma forma geral, apesar de se ter registado um decréscimo de 3,4% na quantidade total de vinho do Porto vendida em Portugal em 2013, assinalou-se um crescimento de 4,1% em valor relativamente a 2012, o que se traduz num volume de negócios de 54 milhões de euros.

Este aumento resulta de um acréscimo de 7,7% do preço médio, potenciado pelo crescimento das categorias especiais.

Neste tipo de vinho do Porto, onde se incluem os Vintage, Reserva, LVB, Tawnies envelhecidos, Crusted e os Colheita, verificou-se em Portugal um aumento de 5,6% na quantidade comercializada (196 mil caixas de nove litros) e de 10,5% em volume de negócios (21,5 milhões de euros).

Fonte:  Lusa

«Agricultura deve associar-se à agroindústria»


A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, afirmou que este pode ser um setor «para o futuro da economia»

Por: tvi24 / EC    |   2014-04-21 17:51
A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, disse esta segunda-feira, em Pombal, que «a agricultura nacional ganha muito se se puder associar à agroindústria», considerando que tem as condições para ser um setor «sustentado para o futuro da economia».

«Na minha perspetiva, a agricultura nacional ganha muito se se puder associar à agroindústria. A agroindústria é um motor muito relevante para nós aumentarmos a nossa produção e criarmos valor acrescentado», afirmou aos jornalistas Assunção Cristas, que hoje inaugurou a nova unidade de produção de sumo concentrado de uva da empresa Indumape.

A governante salientou ser «importante» a existência de «alianças estáveis, construtivas e mutuamente beneficiadoras, quer para a produção primária, quer para a indústria».

«Para isso precisamos que uns e outros tenham uma atitude construtiva, colaborativa e, também, de repartição na justa medida daquilo que são os ganhos e o valor com que cada um contribui», declarou.

Segundo Assunção Cristas, «as relações comerciais são, por vezes, menos fáceis», acreditando, contudo, ser possível «ter relações comerciais estáveis entre produção primária e indústria».

Questionada sobre se trata de um setor sustentável para o futuro da economia ou se o sucesso da agroindústria é um fenómeno temporário, Assunção Cristas respondeu: «Eu penso que tem todas as condições para ser um trabalho duradouro e prolongado no tempo, seja em virtude das necessidades do mercado interno, seja em virtude das necessidades do mercado internacional».

«Eu volto a dizer que quando falamos de alimentação estamos a falar de um dos dois ou três grandes assuntos que ocupam a Humanidade e que vão continuar a ocupar nos próximos anos», observou, referindo: «Temos neste momento sete mil milhões de habitantes no mundo, vamos ter nove mil milhões em 2050, quer dizer que precisamos de produzir mais de forma sustentável».

Para Assunção Cristas, trata-se de um «setor com possibilidades de médio e longo prazos».

A Indumape, que se anuncia como o maior transformador de fruta portuguesa, com recolha a nível nacional, iniciou a atividade produtiva em 2007.

Com uma média de 20 trabalhadores ¿ que pode chegar até 30 no pico da campanha -, a unidade atingiu em 2013 um volume de negócios de cerca de 5,7 milhões de euros, destinando ao mercado externo mais de 70% da produção.

A nova unidade de produção de sumo concentrado de uva, que completa a atual gama de produções de sumos concentrados de maçã e de pera, custou 1,3 milhões de euros e criou «três novos postos de trabalho», mas «o investimento também permite utilizar melhor o pessoal existente nas épocas de menor produção dos nossos produtos atuais».

Na inauguração, o presidente do conselho de administração da Indumape, Carlos Botelho, realçou a «forte inclinação» da empresa para a exportação, mas também a «parceria» com a fruticultura nacional.

A este propósito referiu que a empresa é o «mais importante operador/comprador da designada "fruta da indústria", aquela que pelo seu calibre ou grau de maturação não deve ser comercializada no mercado de consumo».

«Assim, ajudamos o setor primário em duas vertentes fundamentais, por um lado recolhendo os excedentes não vendáveis e, por outo, pagando estas produções ao melhor preço», referiu Carlos Botelho.

Vinhos portugueses de castas estrangeiras: bom ou mau?


Já escrevemos que, ao contrário do que acontece em outros países, a tradição dos vinhos portugueses é serem de lote, isto é, mistura de várias castas e não apenas de uma única. Há cerca de vinte anos começaram a plantar-se mais castas estrangeiras e alguns anos depois começaram a surgir produtores com vinhos monocastas de uvas estrangeiras. Todos os vinhos de que damos nota de prova hoje são disso exemplo. É bom ou mau? Depende. Se com eles queremos chegar ao mercado de exportação creio que não é boa ideia, porque não me parece que alguém se deixe tentar por um petit verdot ou um pinot noir português. Mas como normalmente os nossos produtores não os produzem em grandes quantidades e o destinam ao mercado nacional, é interessante saboreá-los para poder perceber como o nosso terroir os pode influenciar, dando origem a vinhos diferentes quer dos produzidos em França ou em Itália, quer até de alguns do Novo Mundo. É uma experiência agradável e que ainda o pode levar a perceber melhor como Portugal é um país abençoado para a produção de vinhos.

 

Quinta do Gradil Petit Verdot 2012

Um extreme da casta da região francesa de Bordéus produzido e marcado pelo excelente terroir desta quinta da região Lisboa. Mineral, notas de tinta-da-china, menta e sugestões de turfa. Excelentes taninos. Um belo Vinho!
Preço 6,99€
Quinta de Cidrô Semillon 2013

Os aromas com notas florais e especiadas que evoluem para frutas brancas como pêssego e ameixa. Na boca sabores a fruta com notas limonadas. Boa acidez e um final longo e persistente.
Preço 9€
Quinta de Cidrô Gewurztraminer 2013

É um extreme da casta gewurztraminer (típica da Alsácia), um vinho branco muito aromático com notas de líchia e rosa (tão típicas desta casta) muito evidentes, mas às quais o terroir de Cidrô confere muita mineralidade e boa acidez. Bom para peixes e saladas bem temperadas.
Preço 10,70€
Quinta de Cidrô Sauvignon Blanc 2013

Alia a potência dos brancos do Douro com a elegância reconhecida da casta francesa. Perfumado, com notas de relva cortada e toranja, cítrico. Encorpado, com fundo herbáceo, exuberante, a terminar com ligeiros amargos. 
Preço 9,15€
Quinta de Cidrô Pinot Noir 

Mais uma vez se nota a influência do terroir de Cidrô neste vinho da casta tinta francesa. Cor mais intensa do que o típico, aromas de cereja preta, violeta e leve baunilha. Encorpado, com taninos maduros e acidez viva. Muito fresco.
Preço 11€
Quinta de Cidrô Chardonnay 2012

Não é um chardonnay exuberante. Aroma com notas de pêssego, baunilha, leve caramelo, suave madeira em que estagiou. Suave e elegante tem o carácter da casta. Boa acidez, fresco e equilibrado.
Preço 8,25€ 
Grand'Arte Pinot Noir 2006

Cor aberta, notas de cacau, chá verde e algas no aroma. Estruturado, potente, frutado, com notas de compota de amora e um toque de chocolate. Sirva com carnes vermelhas guisadas e assados no forno ou caça.
Preço 9€ 
Monte da Ravasqueira Sangiovese 2012

Este vinho deve ser decantado e bebido algum tempo depois. Guarde-o por mais 4 ou 5 anos. Frutos secos, café e leve chocolate no nariz. Complexidade na boca, bons taninos. Pede comida.

Preço 12€ 

Dois azeites portugueses entre os melhores do mundo

PRÉMIO MÁRIO SOLINAS

22.04.2014 Por Life&Style

Dois dos melhores azeites do mundo são portugueses. Duas marcas nacionais foram reconhecidas com as mais altas distinções num concurso internacional de azeites, o Prémio Mário Solinas.

Todos os anos realizam-se os prémios de qualidade do Conselho Oleícola Internacional (COI), a mais importante cerimónia deste sector, que distingue azeites de todo o mundo em quatro categorias diferentes: Verde Intenso, Verde Médio, Verde Ligeiro e Maduro.

O azeite da Casa Agrícola Roboredo Madeira e o da Sociedade Agrícola Vale de Ouro, mais conhecido por Azeite Oliveira da Serra, foram os dois azeites portugueses que "brilharam", saindo distinguidos com a medalha de ouro nas categorias Verde Médio e Verde Ligeiro, respectivamente.

Os outros dois primeiros lugares, o de Verde Intenso e Maduro, foram para azeites espanhóis.

Este ano estiveram a concurso 138 azeites provenientes de diferentes países: Alemanha, Argélia, Israel e Uruguai, todos com um azeite a concurso; o Chile, o Irão e Itália com dois; a Turquia com três; a Grécia e a Tunísia com seis; Portugal com 38 e Espanha com 75.

Portugal foi ainda distinguido com o segundo prémio na categoria de Verde Médio para o azeite Gallo; e com o segundo e terceiro prémio na de Verde Ligeiro com o azeite da Elosua e o da Cooperativa de Olivicultores de Valpaços, respectivamente.

Os azeites apresentados a concurso foram avaliados por um painel de jurados reconhecido pelo COI, de onde foram seleccionados seis finalistas. Estes foram apresentados a um júri internacional, responsável por encontrar o top 3 de cada categoria. Este painel teve em conta uma série de características, tais como as sensações olfactivas e gustativas bem como a harmonia, a complexidade e a persistência do azeite.

A cerimónia de entrega dos Prémios Mário Solinas irá ocorrer no dia 5 de Junho na sede do Conselho Oleícola Internacional, em Madrid, Espanha.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Inovar também é valorizar o património das raízes do campo…

A Ovibeja, que revela em todo o seu espaço inovações de produtos e serviços por via de "Terra Fértil", vai abrir portas no dia 30 de Abril a um rebanho de mais de 300 ovelhas raça Campaniça numa demonstração, à luz dos novos tempos, de uma transumância. Esta é uma forma de demonstrar a importância da pecuária na região, especialmente de ovinos e caprinos, e da necessidade de uma reflexão séria sobre a perda de cerca de 20 mil animais por ano. Foto: Ruralbit


A recriação, no dia da inauguração da Ovibeja, de uma antiga rota de transumância existente na cidade de Beja, vai ao encontro da riqueza do património cultural e histórico trazendo para a cidade um dos mais ricos legados das raízes do campo. Um património que também é de fé e se liga aos Caminhos de Santiago.

Numa parceria entre a ACOS – Agricultores do Sul e o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, a Ovibeja vai recriar a transumância de ovinos que junta, no dia da inauguração da feira, um rebanho de mais de 300 ovelhas da raça Campaniça. As ovelhas fazem um percurso pelas ruas da cidade e desembocam na avenida principal da feira, onde está prevista uma cerimónia de bênção do gado.

De acordo com o historiador e investigador José António Falcão há uma ligação fundamental entre a actividade pecuária e a fundação de alguns dos principais santuários do território. Uma "estreita articulação entre o património edificado, as vias privilegiadas para os rebanhos – as canadas reais – e a prática religiosa, tendo como pano de fundo o desenvolvimento da região".

O Baixo Alentejo é uma região moldada pela actividade pecuária, outrora destino de extensos rebanhos de ovinos transumantes, provenientes da Serra da Estrela ou de áreas serranas espanholas que a partir, sensivelmente, do século XIII aqui vinham passar o período de Inverno.

Neste momento, o sector da ovinicultura no Alentejo está em decrescendo e, embora ainda concentre metade do efectivo nacional, a região tem vindo a reduzir cerca de 20 mil fêmeas por ano (entre 2000 e 2009) o que representa uma perda de aproximadamente 30 por cento do efectivo.

Esta é uma questão que vai estar implícita na transumância que inaugura a Ovibeja, no dia 30 de Abril.

A Ovibeja, a principal feira agrícola do País junta tradição e inovação, reflexão e festa.

Organizada pela ACOS – Agricultores do Sul, a Ovibeja realiza-se de 30 de Abril a 04 de Maio no Parque de Feiras e Exposições de Beja.

Fonte:  ACOS

Anpromis: "O regadio é um passo fundamental para termos uma agricultura competitiva em Portugal"



"O regadio é um passo fundamental para termos uma agricultura competitiva em Portugal"

A 31ª Edição da Ovibeja, que se realiza de 30 de Abril a 04 de Maio, apresenta como tema central "Terra Fértil – Mostra de Inovação Agrícola e Agrobusiness". Para a Anpromis o tema não poderia ser mais pertinente uma vez que o Alqueva trouxe para Portugal e, em particular, para a região, uma nova realidade baseada na inovação agrícola e no agronegócio. "O regadio é um passo fundamental para termos uma agricultura competitiva em Portugal", acrescenta Luis Vasconcellos e Souza o Presidente da associação que representa cerca de 75.000 produtores de milho.

Numa altura em que são evidentes os resultados dos investimentos agrícolas criados em torno do Alqueva, a Anpromis – Associação Nacional de Produtores de Milho e Sorgo, volta a marca presença na 31º edição da Ovibeja, onde estarão em destaque os investimentos efectuados nas culturas de regadio, nas quais se destaca o milho, ocupando uma área de 6882 ha, com um crescimento de 142% nas últimas duas campanhas agrícolas.

Para a Anpromis, a Ovibeja constitui um espaço privilegiado para apoiar as novas áreas de regadio e dar a conhecer o elevado grau de profissionalismo de alguns dos agricultores da região que, suportados pelas novas tecnologias e por uma notória aposta na formação e no aprofundando dos seus conhecimentos, têm atingido elevados níveis de competitividade por hectare.

Luis Vasconcellos e Souza que desde sempre encarou o regadio como a base de uma agricultura competitiva não deixa de evidenciar o papel do Alqueva para o crescimento de culturas como a do milho. "Com uma ocupação, em 2013, da área de regadio na ordem dos 18%, o milho apresenta-se como a segunda maior cultura na região do Alqueva, tendo apresentado um crescimento de 66% na última campanha agrícola. Trata-se de uma cultura que tem vindo a conquistar o reconhecimento dos mais variados decisores da política agrícola nacional", acrescenta.

Com a cultura do milho a ganhar espaço na região, os produtores de milho acreditam que o novo quadro comunitário de apoio trará para a região o incentivo que esta necessita para continuar a crescer e a acompanhar os investimentos que vão surgindo com as novas áreas de regadio. Esta é uma visão otimista partilhada pela Anpromis que sublinha que "os nossos produtores são competentes e eficientes e possuem conhecimento e tecnologia avançada para explorar o elevado potencial produtivo da região. Só assim se explica o facto de o Milho ser uma das culturas que tem resistido ao abandono que em tantas outras culturas se tem vindo a verificar."

Acidente de tractor faz mais um morto no distrito de Bragança

Escrito por Informação, Sim 21-04-2014 08:15

Um acidente de tractor fez mais uma vítima mortal, desta vez no concelho de Mirandela.

De acordo com fonte do comando dos Bombeiros Voluntários locais, o alerta foi dado por volta das 10 horas da manhã de sexta-feira. O acidente ocorreu na aldeia de Miradezes. Luciano Augusto Lino, de 58 anos, terá sido projectado do veículo agrícola e a roda passou-lhe por cima do abdómen, o que lhe terá provocado hemorragias internas. A vítima ainda foi transportada de helicóptero para o hospital de Vila Real, onde acabou por morrer dois dias depois. De recordar, que os acidentes de tractores, só este ano, já fizeram sete vítimas mortais no distrito de Bragança. Escrito por Brigantia

Agrocluster Ribatejo organiza encontro de agronegócio em Santarém

por Bruno Oliveira a 21 de Abril de 2014 em Economia

O AgroCluster Ribatejo, com o apoio da Nersant, organiza o primeiro Agribusiness, o primeiro encontro internacional de negócios do setor agroalimentar, que vai decorrer entre 28 e 30 de abril em Santarém, no CNEMA. A iniciativa traz a Portugal mais de 20 importadores estrangeiros de oito países (Holanda, Dinamarca, Reino Unido, Luxemburgo, Alemanha, Polónia, Emirados Árabes Unidos e Brasil) e reúne 100 empresas nacionais e internacionais no Ribatejo. Estão previstas mais de 250 reuniões de negócios.
"A primeira edição do AGRIBUSINESS materializa um objetivo que o AgroCluster Ribatejo tem desde a sua criação: organizar um encontro internacional na região que proporcione efetivas oportunidades de negócios e que sente à mesma mesa empresas portuguesas e estrangeiras do setor agroalimentar, vindas de vários pontos do mundo. Este evento enquadra-se numa das principais missões do cluster, que passa por promover a internacionalização das empresas e dos produtos da região, assim como a sua exportação. É também uma oportunidade para mostrar os resultados do trabalho realizado ao nível da inovação, investigação e desenvolvimento", afirma Carlos Lopes de Sousa, presidente do AgroCluster Ribatejo.
O objetivo central deste encontro passa por proporcionar oportunidades de negócio para os empresários da fileira agroalimentar da região do Ribatejo e os empresários estrangeiros presentes e promover a internacionalização das empresas e dos produtos da região, assim como a sua exportação.

O Agribusiness 2014 é um projeto cofinanciado pelo INALENTEJO, União Europeia, Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. É organizado pelo AgroCluster Ribatejo e conta com o apoio da NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém.

O Agrocluster Ribatejo foi criado e constituído em 2009 pela Nersant e conta com 108 empresas associadas (30 das quais são fundadoras), responsáveis por um volume de negócios de 1900 milhões de euros, dos quais 500 milhões em exportações, e emprega 9 mil pessoas. Depois de expandir a sua ação para a região do Oeste, abarca agora 63% da área agrícola de Portugal. É reconhecido pelo Governo Português como Estratégia de Eficiência Coletiva e foi galardoado pela "European Cluster Managers' Club" com o selo de bronze, num projeto criado pela Comissão Europeia para a promoção da gestão de excelência nos clusters.

800 crianças vão plantar 10 mil alfaces numa ação de solidariedade


Iniciativa chama-se "Alfacinhas Solidários"

Publicado a: 2014-04-21 09:14:00
Cerca de 800 alunos do ensino básico de várias escolas de Lisboa serão os protagonistas de uma festa de solidariedade – os "Alfacinhas Solidários" –, promovida pela Vitacress, multinacional portuguesa de saladas, em parceria com o Verde Movimento, Associação Alumni do Instituto Superior de Agronomia (alumnISA) e com o Instituto Superior de Agronomia (ISA).
 
A plantação acontece a 29 de abril no Instituto Superior de Agronomia na Tapada da Ajuda e as alfaces colhidas serão entregues ao Banco Alimentar.
No âmbito deste projeto de comunicação escolar e agricultura sustentável – que terá lugar no ISA, na Tapada da Ajuda, em Lisboa –, as crianças vão pôr as mãos na terra.
 
Ao longo de um dia, e de forma divertida, plantarão cerca de 10 mil alfaces que, depois de colhidas, serão entregues ao Banco Alimentar Contra a Fome. A iniciativa "Alfacinhas Solidários" divide-se em dois momentos: no primeiro, a 29 de abril, a comunidade escolar troca a sala de aula pelo campo agrícola. Assim, as crianças adquirem noções de agricultura e aprendem a plantar alfaces. A 31 de maio, decorre a segunda fase do evento: a Festa da Colheita, ação aberta a todos aqueles que pretendem participar na apanha das alfaces.
 
Serão dois dias de animação, com foco na agricultura sustentável e na solidariedade, despertando nos mais novos o respeito pelo ambiente e a vontade de ajudar quem mais precisa.
 
Festa solidária para miúdos e graúdos
 
A Festa da Colheita é de entrada livre e o público é convidado a participar em várias atividades, todas gratuitas, como o batismo equestre ou os workshops de sustentabilidade, alimentação saudável e bem-estar.
 
A Tapada da Ajuda contará ainda com um mercado de produtos tradicionais portugueses e espaços de venda de bens alimentares, como a carrinha da conceituada marca de gelados Santini. Também a Vitacress terá uma banca onde dará a conhecer a sua vasta gama de produtos.
 
O Instituto Superior de Agronomia, AlimunISA e AEISA materializam esta iniciativa através do "SolidarISA". Trata-se de projeto de solidariedade que arrancou em 2011 e que funciona como atividade escolar, permitindo aos alunos porem em prática as matérias lecionadas nas licenciaturas.

Indústria agroalimentar e sector agrícola estão "muito interessados" nos EUA


O secretário de Estado explicou que nestas áreas os Estados Unidos têm "custos muito mais baixos", o que têm a ver com "a dimensão"
O secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Bruno Maçães, afirmou hoje que a indústria agroalimentar portuguesa, tal como o setor agrícola, estão "muito interessados" nos Estados Unidos e na abertura de novos mercados para que as exportações cresçam mais.

Em declarações à Lusa, Bruno Maçães, que hoje teve uma reunião com um conjunto de associações e empresas do setor agrícola para recolher os contributos que permitirão ao Governo português assegurar a defesa dos interesses nacionais nas negociações sobre o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento entre a Europa e os Estados Unidos (sigla em inglês TTIP), afirmou que o setor industrial agroalimentar tem "uma atitude muito ofensiva" e "está interessado", tal como o setor agrícola, "em entrar no mercado americano e em abrir novos mercados".

O responsável governamental disse ainda à Lusa que se trata de "um setor que, até um certo ponto de vista, é mais importante que o industrial", por causa das ligações aos Estados Unidos (EUA), que "são mais fortes".

"Os números dizem isso", mas no caso das negociações agrícolas este "é sempre um setor delicado", no qual "não queremos que as transformações sejam súbitas e onde têm de haver transições bem mais suaves", frisou.

Isto deve-se à necessidade de proteger os interesses portugueses: "É é assim do lado americano, será assim do lado europeu e do lado português", salientou.

Esta reunião foi a oitava que se realizou para ouvir empresas e associações nacionais de diferentes setores de atividade com o propósito de recolher contributos para as negociações ao nível do TTIP.

Segundo esclareceu Bruno Maçães à Lusa, o Governo quis ver onde é que existem "oportunidades de crescimento e onde é que há vulnerabilidades", as quais têm de ser "adequadamente protegidas ou pelo menos têm que ser criadas as condições para uma transição tão suave quanto possível".

As áreas vulneráveis "estão identificadas", disse sublinhando que "não vale a pena fazer segredo sobre isso. São, por um lado, produtos de carne bovina e, depois, no agroindustrial, os processados e concentrados de tomate ou de laranja".

O secretário de Estado explicou que nestas áreas os Estados Unidos têm "custos muito mais baixos", o que têm a ver com "a dimensão".

Ao nível do concentrado de tomate, Bruno Maçães deu como exemplo a Califórnia onde há cinco fábricas que produzem tanto como os cinco países da União Europeia que fabricam este produto, o que "diz tudo sobre as diferentes condições de concorrência", sublinhou.

Daí que Portugal tenha que garantir, que apesar de o acordo prever "mais concorrência", o que considera "positivo", as condições para as empresas portuguesas poderem competir com as norte-americanas vai implicar uma aproximação nos custos de contexto, nos custos de energia, nos padrões ambientais e nas regras e regulações onde os Estados Unidos têm vantagens.

O governante lembrou ainda que existem oportunidades de crescimento quer no setor agrícola, quer na indústria agroalimentar, e que também há oportunidades para exportar "muito mais" para os Estados Unidos.

Bruno Maçães referia-se a produtos agrícolas e agroalimentares de qualidade, onde Portugal, tem "enormes capacidades", caso dos vinhos, queijos e frutas.

Quanto a algumas frutas, maçãs e peras, estas estão excluídas do mercado norte-americano por questões fitossanitárias.

"Se isso for resolvido, o potencial de crescimento é enorme", disse à Lusa.

Já nos vinhos, se Portugal resolver as questões de etiquetagem e de regulação, nomeadamente a obrigação de ter caixas de 12 garrafas em vez de ter outras dimensões que são usadas, serão ultrapassados diversas barreiras ao comércio.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa

Portas: Avança taxa sobre álcool e tabaco, sal e açúcar de fora

Taxa sobre produtos alimentares nocivos para a saúde ficou na gaveta. Fornecedores e medicamentos também vão contribuir para a saúde

Paulo Portas, vice-primeiro-ministro
Paulo Portas
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21/04/2014 | 18:00 | Dinheiro Vivo
O Governo vai mesmo aumentar a tributação sobre o álcool e o tabaco, confirmou esta segunda-feira o vice-primeiro-ministro.
Para este ano, o executivo de Passos Coelho vai avançar com cortes de 300 milhões de euros na saúde pública.
"Em 2014 terá de ser feito um esforço suplementar de 300 milhões de euros para que sejam saldadas as contas" de forma a "alcançar um equilíbrio maior no futuro" na área da saúde, disse Paulo Portas durante a audição parlamentar sobre a conclusão da 11ª avaliação da troika.
Esta meta vai ser alcançada "através de uma redução de rendas na indústria fornecedora de medicamentos e também na área da tributação do tabaco e do álcool", revelou o vice-primeiro-ministro.
Os fornecedores de medicamentos também vão, desta forma, ser chamados a contribuir para esta receita.
O tiro de partida para angariar mais receitas para o sector da saúde foi disparado a semana passada pela ministra das Finanças. Maria Luís Albuquerque reconheceu a "necessidade de continuar a diminuir as dívidas acumuladas no sector da saúde".
Com esse objetivo em mente, o Governo estava a equacionar  "contributos adicionais, designadamente do lado da indústria farmacêutica ou de tributação sobre produtos que têm efeitos nocivos para a saúde", disse a ministra.
O ministro da Saúde também assinalou a "necessidade"  de resolver as "dívidas que se vão acumulando ao longo dos tempos por parte dos hospitais. Entendemos que há também lugar a que haja receitas que possam estar ligadas à saúde que devam contribuir para este esforço", disse à agência Lusa.
Paulo Macedoapontou como possibilidades o aumento dos impostos sobre o tabaco e bebidas alcoólicas, assim com tributar alimentos ou bebidas com excesso de açúcar ou sal.
Durante o fim-de-semana, o ministro da Economia já tinha dado sinal de que a taxa sobre produtos alimentares nocivos à saúde não iria sair da gaveta, depois de ter sido avançada pela ministra das Finanças.
"Não há taxa. É uma ficção, um fantasma que nunca foi discutido em Conselho de Ministros e cuja especulação só prejudica o funcionamento da economia", disse Pires de Lima ao Público.

ACOS não desiste de Escola Profissional de Agricultura


Rádio Pax - 18/04/2014 - 00:06

ACOS não desiste de Escola Profissional de Agricultura 

    
A ACOS- Agricultores do Sul, está há mais de dois anos a tentar instalar uma Escola Profissional de Agricultura para o regadio na região.  

Castro e Brito, presidente da ACOS, assegurou em entrevista à Rádio Pax, que o projecto anda de "direcção em direcção, em organismo de Estado em organismo de Estado" sem respostas. O mesmo responsável considera que o sucesso de Alqueva passa pela formação das camadas jovens. O presidente da ACOS não compreende as razões que levam o Governo a não dar luz verde à instalação da Escola Profissional.

Esta é uma das preocupações que Castro e Brito vai voltar a apresentar aos governantes que visitarem a Ovibeja.

Governo vai adequar IRS de proprietários a ciclo de produção florestal

Lusa
21:28 Segunda feira, 21 de abril de 2014

Coimbra, 21 abr (Lusa) -- A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, disse hoje em Coimbra que o Governo está a trabalhar para adequar o IRS (Imposto sobre o Rendimentos de Pessoas Singulares) aos longos ciclos produtivos da floresta.

"Estamos a trabalhar para adequar a fiscalidade àquilo que são os ciclos produtivos muito longos da floresta", no sentido de permitir "amortizações em 25 anos" em sede de IRS, à semelhança daquilo que já sucede em relação ao IRC (Imposto sobre os Rendimentos de Pessoas Coletivas), afirmou a ministra.

"Agora já é possível abater investimentos" na floresta em sede de IRC, sublinhou Assunção Cristas, adiantando que o Governo está a "tentar fazer algo simétrico para o IRS, até porque a propriedade florestal em Portugal é de pequenos proprietários que, muitas vezes, nem sequer têm uma empresa", são proprietários individuais que têm na floresta "um complemento de rendimento".


Agricultura 'ganha muito' se associada à agro-indústria

21 de Abril, 2014

A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, disse hoje, em Pombal, que "a agricultura nacional ganha muito se se puder associar à agro-indústria", considerando que tem as condições para ser um sector "sustentado para o futuro da economia".
"Na minha perspectiva, a agricultura nacional ganha muito se se puder associar à agro-indústria. A agro-indústria é um motor muito relevante para nós aumentarmos a nossa produção e criarmos valor acrescentado", afirmou aos jornalistas Assunção Cristas, que hoje inaugurou a nova unidade de produção de sumo concentrado de uva da empresa Indumape.

A governante salientou ser "importante" a existência de "alianças estáveis, construtivas e mutuamente beneficiadoras, quer para a produção primária, quer para a indústria".

"Para isso precisamos que uns e outros tenham uma atitude construtiva, colaborativa e, também, de repartição na justa medida daquilo que são os ganhos e o valor com que cada um contribui", declarou.

Segundo Assunção Cristas, "as relações comerciais são, por vezes, menos fáceis", acreditando, contudo, ser possível "ter relações comerciais estáveis entre produção primária e indústria".

Questionada sobre se trata de um sector sustentável para o futuro da economia ou se o sucesso da agro-indústria é um fenómeno temporário, Assunção Cristas respondeu: "Eu penso que tem todas as condições para ser um trabalho duradouro e prolongado no tempo, seja em virtude das necessidades do mercado interno, seja em virtude das necessidades do mercado internacional".

"Eu volto a dizer que quando falamos de alimentação estamos a falar de um dos dois ou três grandes assuntos que ocupam a Humanidade e que vão continuar a ocupar nos próximos anos", observou, referindo: "Temos neste momento sete mil milhões de habitantes no mundo, vamos ter nove mil milhões em 2050, quer dizer que precisamos de produzir mais de forma sustentável".

Para Assunção Cristas, trata-se de um "sector com possibilidades de médio e longo prazos".

A Indumape, que se anuncia como o maior transformador de fruta portuguesa, com recolha a nível nacional, iniciou a actividade produtiva em 2007.

Com uma média de 20 trabalhadores -- que pode chegar até 30 no pico da campanha -, a unidade atingiu em 2013 um volume de negócios de cerca de 5,7 milhões de euros, destinando ao mercado externo mais de 70% da produção.

A nova unidade de produção de sumo concentrado de uva, que completa a actual gama de produções de sumos concentrados de maçã e de pêra, custou 1,3 milhões de euros e criou "três novos postos de trabalho", mas "o investimento também permite utilizar melhor o pessoal existente nas épocas de menor produção dos nossos produtos actuais".

Na inauguração, o presidente do conselho de administração da Indumape, Carlos Botelho, realçou a "forte inclinação" da empresa para a exportação, mas também a "parceria" com a fruticultura nacional.

A este propósito referiu que a empresa é o "mais importante operador/comprador da designada 'fruta da indústria', aquela que pelo seu calibre ou grau de maturação não deve ser comercializada no mercado de consumo".

"Assim, ajudamos o sector primário em duas vertentes fundamentais, por um lado recolhendo os excedentes não vendáveis e, por outro, pagando estas produções ao melhor preço", referiu Carlos Botelho.

Lusa/SOL