sábado, 7 de junho de 2014

Comércio hortofrutícola entre Portugal e Espanha regista evolução positiva


5 DE JUNHO DE 2014 AGROTEC PUBLICAR UM COMENTÁRIO

portugal espanhaPortugal aumentou as exportações para o país vizinho, mas continua com a balança comercial deficitária.

O comércio hortofrutícola entre Portugal e Espanha aumentou consideravelmente, quer na importação de produtos espanhóis, com um crescimento nos últimos cinco anos de 43%, totalizando 377,8 milhões de euros, quer na exportação para Espanha, com um aumento de 50% no mesmo período, situando-se em 84,5 milhões de euros.

Do total de frutas e hortícolas importadas por Portugal, um total de 249,1 milhões de euros corresponde a frutas e 128,7 milhões de euros correspondem a hortícolas. Os principais frutos importados são banana, uva e morango e em vegetais é a batata e o tomate.

Relativamente às exportações em 2013, um total de 42,9 milhões de euros correspondeu a frutas e 41,5 milhões de euros a hortícolas. Os principais frutos exportados para Espanha foram o laranja e o kiwi e os principais vegetais o tomate – especialmente para transformação – e a batata.

Comparando exclusivamente o ano de 2013 com 2012, a exportação espanhola para Portugal cresceu 20% e a exportação portuguesa para Espanha apenas 5%.

Em 2014, no primeiro trimestre, a exportação espanhola para Portugal situou-se nos 86,2 milhões de euros, mais 4% do que o período homólogo de 2013, segundo os dados atualizados da Direção -Geral das Alfândegas do Ministério da Economia, processados pelo FEPEX.

Relativamente à exportação portuguesa para Espanha no mesmo período de 2014, esta chegou a 14 milhões de euros, mais 9% do que no período homólogo.

Incêndios: Secretário de Estado admite que tem sido difícil substituir pilotos da EMA


O secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, reconheceu hoje que tem sido difícil substituir os pilotos que têm saído permanentemente da Empresa de Meios Aéreos (EMA).
«Temos tido permanentes saídas» de pilotos da EMA, disse João Almeida aos deputados da comissão parlamentar de Agricultura e Mar, adiantando que esta situação tem «criado uma pressão muito grande».
João Almeida admitiu que não tem sido uma tarefa fácil substituir os pilotos que vão saindo, mas garantiu que estão asseguradas as condições para que as aeronaves da EMA possam operar durante a época crítica de incêndios florestais, entre 01 de julho e 30 de setembro.
Diário Digital / Lusa

Veneno de aranha pode salvar abelhas, diz estudo



O veneno de uma das aranhas mais venenosas do mundo pode ajudar a salvar as abelhas melíferas (produtoras de mel) ao servir de base para um bio-pesticida capaz de eliminar pragas, mas poupar os insectos que são polinizadores poderosos, revelou um estudo.
As populações de abelhas, tanto selvagens quanto criadas em cativeiro, estão em declínio na Europa, nas Américas e na Ásia por razões que os cientistas lutam para entender, e os pesticidas industriais são considerados os principais responsáveis.
No ano passado, cientistas alertaram que certos pesticidas usados para proteger cultivos ou colmeias podem confundir os circuitos cerebrais das abelhas, afectando a sua memória e suas habilidades de navegação das quais dependem para encontrar comida, colocando colmeias inteiras em perigo.
Desde então, a União Europeia impôs uma proibição temporária a alguns destes produtos químicos.
Agora, uma equipa da Universidade de Newcastle, em Inglaterra, descobriu que um bio-pesticida feito com uma toxina do veneno da aranha da família «Hexathelidae», natural da Austrália, e uma proteína da planta galanto, não prejudica as abelhas.
«Fornecer doses agudas e crónicas às abelhas, além dos níveis que experimentariam no campo, teve apenas um efeito suave na sobrevida das abelhas e nenhum efeito mensurável na sua aprendizagem e memória», informou a universidade em comunicado.
Nem as abelhas adultas, nem as lavras foram afectadas, reportou o estudo publicado na revista Proceedings of the Royal Society B.
Anteriormente, o bio-pesticida não demonstrou ter efeitos nocivos aos humanos, apesar de ser altamente tóxica para uma série de pragas importantes.
As abelhas respondem por 80% da polinização de plantas feita por insectos. Sem elas, muitos cultivos deixariam de dar frutos ou precisariam de ser polinizados manualmente.
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) informou que os polinizadores contribuem com pelo menos 70% dos grandes cultivos de alimentos humanos.
O valor económico dos serviços de polinização foi estimado em 208 mil milhões de dólares em 2005.
«Não haverá uma solução única», disse o co-autor do estudo, Angharad Gatehouse.
«O que precisamos é de uma estratégia de gestão integrada de pragas e pesticidas específicos e os insectos serão apenas uma parte disto», concluiu.

Sabe quanto vale uma rolha de cortiça?

O preço de uma simples rolha pode variar numa escala alargada, dos dois cêntimos aos dois euros. Mas a preferência dos consumidores também pesa nesta equação.

Margarida Cardoso |
11:21 Quarta feira, 4 de junho de 2014
Quando questionados sobre aquilo que um vedante pode aportar ao vinho, 93% dos americanos referem que a cortiça "representa alta qualidade" 
Quando questionados sobre aquilo que um vedante pode aportar ao vinho, 93% dos americanos referem que a cortiça "representa alta qualidade"  / Alexandre Bordalo
São os estudos de mercado que dizem: o consumidor americano está disposto a pagar mais um euro por uma garrafa de vinho com rolha de cortiça. E dizem, também, que a fidelidade do mercado norte-americano a este produto está a ter impacto direto nas vendas do sector.

A procura das garrafas de vinho fechadas com as rolhas criadas a partir da casca do sobreiro aumentaram 24%, enquanto o crescimento das vendas dos vinhos engarrafados com vedantes como a rosca metálica ou o plástico cresceram apenas 10%.

Mas há outros relatórios, como o trabalho da Tragon Corporation, uma empresa especializada na área vinícola, sobre a preferência do consumidor americano pelos diferentes tipos de vedantes. A cortiça é preferida por 60% dos inquiridos, contra a quota de 3% dos vedantes das cápsulas de alumínio e a indiferença dos restantes 36%.

Cortiça para oferecer, sempre

Já se estiver em causa a compra de uma garrafa para oferecer ou para partilhar num jantar especial, a cotação da cortiça aproxima-se dos 100% nos Estados Unidos, o maior mercado mundial de vinho e o segundo maior mercado de exportação para a cortiça portuguesa.

Quando questionados sobre aquilo que um vedante pode aportar ao vinho, 93% dos americanos referem que a cortiça "representa alta qualidade" e 50% dizem que as cápsulas de alumínio estão associadas a "vinho de baixa qualidade".

No Velho Continente, a cortiça também é o vedante que melhor combina com os melhores vinhos e a proteção ambiental. Um estudo da OpinionWay, empresa francesa de sondagens e estudos de mercado, mostra que 88% dos inquiridos estão convictos de que a cortiça é a melhor escolha para um "Grand Cru" (denominação de origem controlada) e 73% sabem que esta é a melhor opção ambiental.

No mesmo trabalho, 83% dos consumidores de vinho regulares preferem a cortiça e a percentagem sobe dois pontos percentuais quando está em causa a oferta de uma garrafa de vinho.

Em Itália, um trabalho da empresa de estudos de mercado Astra Ricerche revela que 85% dos italianos apontam a cortiça como vedante de eleição para assegurar a qualidade do vinho; e 88% acreditam que a sonoridade obtida no momento da abertura da garrafa aumenta o prazer do consumo do vinho.

A meta dos mil milhões

A liderar um programa de promoção internacional da imagem da cortiça que envolve, este ano, um investimento de 7,3 milhões de euros num conjunto de nove mercados selecionados entre clientes fiéis, como a França, e novos destinos, como a China, onde as vendas da fileira cresceram 55% em 4 anos, a APCOR está atenta a estes números.

O sua ambição é  continuar a impulsionar as exportações do sector e cumprir o objetivo de atingir os mil milhões de euros de vendas ao exterior em 2015.
Em 2013, depois de três exercícios a crescer ao ritmo de 7%/ano, as exportações caíram 1%. Seguiu-se mais uma quebra, de 1,15% no primeiro trimestre deste ano.

Rolhas valem 68,3%
A meta fixada para 2015 parece, assim, difícil de atingir, mas a fileira, que tem nas rolhas 70% das suas exportações, está confiante na valorização do seu produto, no crescimento do mercado mundial e em novas soluções.

É o caso da Helix, uma rolha inovadora de aglomerado de cortiça, apresentada há um ano pela Corticeira Amorim, pronta a saltar do gargalo da garrafa apenas pela pressão do polegar, sem perder a sonoridade característica associada à abertura das garrafas de vinho, e reutilizável.

Com 637 empresas e 8.591 trabalhadores, Portugal exporta 95% da sua produção de cortiça e o contributo das rolhas para o valor total exportado ainda é de 68,3%, apesar do peso crescente de novos produtos destinados a diferentes sectores, da construção aos transportes e moda.



Assunção Cristas defende mecanismos de regulação para prevenir problemas no sector leiteiro

A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, defendeu ontem a criação de mecanismos de regulação para minimizar o fim das quotas leiteiras na União Europeia, que permitam reagir nomeadamente às variações de preços.

Falando na Conferência "Dynamics in fully liberated UE-US Dairy market", que decorre em Lisboa, Assunção Cristas referiu que têm de "existir mecanismos de regulação para antecipar e prevenir problemas", nomeadamente as variações de preços e o aumento de produção de alguns países da União Europeia.

"Um aumento de 1% na Dinamarca ou na Holanda, que é o que Portugal produz na totalidade, é um risco para o sector dos laticínios, daí que estejamos atentos", salientou.

O eurodeputado Vital Moreira, presidente da Comissão de Comércio Internacional do Parlamento Europeu e relator desta Comissão para a Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP), participa também no encontro promovido pela Eucolait, a Associação Europeia do Comércio de Laticínios, que debate o impacto do Tratado de Comércio e Investimento em negociação entre a União Europeia e os Estados Unidos da América no sector.

Assunção Cristas realçou a "incontornável relevância" do sector leiteiro em Portugal por representar 11% do valor da produção agrícola, ter 7.000 produtores e as explorações terem aumentado em área e em número de efectivos, com a produtividade anual média, por vaca, a situar-se actualmente acima da média europeia.

"O sector leiteiro em Portugal tem mais de 100% em termos do grau de aprovisionamento de leite líquido, embora o país não seja autossuficiente, nomeadamente nos queijos e iogurtes", salientou.

A ministra garantiu que o sector leiteiro tem mecanismos para prevenir o impacto do fim do regime de quotas leiteiras, chamou a atenção para necessidade de haver "um equilíbrio ao nível da cadeia de produção" e disse que o Governo pode ajudar através dos fundos de desenvolvimento da agricultura para que haja mais "inovação e desenvolvimento e internacionalização".

Nesta última vertente, chamou a atenção para o acordo ao nível do setor dos laticínios e da agroindústria fechado com a China.

"Nós últimos 20 anos o sector leiteiro reconverteu-se e aumentou a dimensão das suas explorações, agora é preciso aproveitar os mercados internacionais, pois somos um país com produtos de qualidade e que garante a segurança alimentar", concluiu.

Fonte:  Lusa

Presidência dos EUA considera uma exigência moral agir contra as alterações climáticas


A asma, as alergias ou a seca são alguns dos males que afetam cada vez mais os EUA, o que torna "uma exigência moral" a aplicação de um plano de ação, defendeu, esta sexta-feira, a Presidência norte-americana.

 
foto ALAIN JOCARD/AFP
Presidência dos EUA considera uma exigência moral agir contra as alterações climáticas
O presidente dos EUA, Barack Obama
 
O Executivo justificou, num documento com oito páginas, uma série de medidas, algumas das quais anunciadas há dias pelo Presidente Barack Obama, para reduzir a poluição e a emissão de gases com feito de estufa.

"Temos a obrigação moral para com as gerações futuras de lhes deixar um planeta que não esteja irremediavelmente poluído e estragado", escreveu-se no texto, intitulado "As consequências das alterações climáticas para a saúde dos americanos".

O texto lembrou que devido ao aquecimento global, a seca matou 7.800 pessoas entre 1999 e 2009 e as alergias desenvolveram-se, tal como as doenças infeciosas.

Durante os últimos 30 anos, a percentagem de norte-americanos com asma duplicou, para 08%.

No documento recordou-se também o lançamento por Obama de um plano de ação para o aquecimento global há um ano, bem como o anúncio há três dias de novas normas para reduzir, em 30% até 2030, as emissões de dióxido de carbono das centrais elétricas.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Assembleia da República: PCP questiona Governo sobre a «instalação do novo Programa de Desenvolvimento Rural e a futura autoridade de gestão»



O Grupo Parlamentar do PCP entregou na Assembleia da República uma Pergunta em que solicita ao Governo que lhe sejam prestados esclarecimentos sobre a «instalação do novo Programa de Desenvolvimento Rural e a futura autoridade de gestão», Pergunta que se passa a transcrever.
Destinatário: Ministério da Agricultura e do Mar

O Despacho nº 6697/2014 dos Ministérios das Finanças e da Agricultura e do Mar, publicado a 22 de Maio de 2014 criou a comissão operacional de instalação do PDR 2020 (COI PDR 2020). Esta estrutura, como o nome indica, tem por missão preparar o programa de desenvolvimento rural 2014-2020. A mesma será financiada a partir da componente de assistência técnico do PDR e terá apoio logístico e administrativo do GPP (Gabinete de Planeamento e Políticas).

A criação desta comissão é uma inovação uma vez que em anteriores quadros comunitários, não foram constituídas estruturas de natureza semelhante, tendo a missão que agora lhe é atribuída, sido desempenhada pelo GPP e pela Autoridade de Gestão do PRODER, estruturas que darão suporte técnico e financeiro a esta nova comissão.

O Ministério da Agricultura e do Mar tem vindo a assumir que faz uma avaliação positiva da estrutura de gestão do PRODER, contudo, não atribui como missão a instalação no novo quadro a essa estrutura que teria experiência, como nenhuma outra, para o fazer.

O referido Despacho menciona que a comissão cessará funções aquando da criação da Autoridade de Gestão do PDR 2020 pelo que funcionará como uma comissão instaladora da dita autoridade.

O Despacho também designa como coordenadora da COI PDR 2020 uma antiga gestora de projectos da Maltibérica, empresa do grupo UNICER, presidido até há pouco tempo pelo Ministro da Economia.

Posto isto, com base nos termos regimentais aplicáveis, vimos por este meio perguntar ao Governo, através do Ministério da Agricultura e do Mar, o seguinte:

1. Que carácter excepcional apresenta a presente transição entre quadros financeiros comunitários que justifique a existência de uma estrutura de instalação do novo PDR?

2. Esta comissão de instalação será transformada na Autoridade de Gestão do PDR 2020?

3. E a sua coordenadora será a nova gestora do PDR 2020?

4. Tendo em conta a preocupação com a clarificação dos processo de recrutamento de pessoal para a administração pública é intenção do Governo recorrer à CRESAP para nomeação do Gestor do PDR 2020?

Palácio de São Bento, sexta-feira, 6 de Junho de 2014

Deputado(a)s

JOÃO RAMOS (PCP)

Fonte:  Grupo Parlamentar do PCP

MP acusa quatro arguidos de burla à Federação dos Produtores Florestais

O Ministério Público (MP) acusou ontem quatro arguidos pela prática de crimes de burla qualificada de cerca de três milhões de euros da Federação dos Produtores Florestais de Portugal - Conselho Nacional da Floresta.

Segundo a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), a queixa-crime foi apresentada pela Federação dos Produtores Florestais de Portugal - Conselho Nacional da Floresta contra ex-dirigentes da estrutura, um deles indiciado também de falsificação de documentos.

A PGDL refere que "os ilícitos foram cometidos no quadro da apropriação de quantias relativas a fundos atribuídos para gestão florestal sustentável, no período compreendido entre 2005 a 2008".

Fonte:  LUSA

Deputados socialistas preocupados com o sector leiteiro questionam o governo



Os deputados do Grupo Parlamentar do Partido Socialista mostram grande preocupação com o sector leiteiro em Portugal.

Após o contacto com algumas cooperativas e indústrias do sector, Jorge Pereira realça "que fomos alertados para a subvalorização de determinados produtos lácteos no mercado com correcções de preço na ordem dos 25% no crash, que alguns industriais já disseram que foi o mais rápido de sempre, para além da imprevisibilidade do fim das quotas leiteiras e para o acordo comercial entre os EU e os EUA ".

A pouco menos de um ano do fim das quotas leiteiras, os deputados do PS questionam a Ministra da Agricultura e do Mar sobre como está o governo a acompanhar o mercado do sector leiteiro e se está atento a situações de dumping, das quais alguns industriais nacionais se queixam dos seus colegas europeus, relembrando que o último relatório da PARCA-Índices de preços na cadeia de abastecimento alimentar: Leite se remonta a Dezembro de 2012.

Os deputados questionam ainda a ministra sobre que medidas estão a ser pensadas no seio da UE e em Portugal de forma a minimizar os impactos do fim das quotas leiteiras junto dos produtores portugueses.

Finalmente e apesar de reconhecerem a importância do tratado comercial entre UE e EUA, os deputados socialistas alertam para a necessidade de se acompanharem estas negociações de forma a poderem defender os interesses da produção nacional, pois "estaremos a competir com um país líder mundial na produção agrícola, o que pode trazer implicações para os nossos produtores" adianta Jorge Pereira.

Fonte:  Grupo Parlamentar do Partido Socialista

As dúvidas sobre a certificação florestal

Paulo Pimenta de Castro

Desde a primeira hora que fui um entusiasta do conceito de gestão florestal sustentável. Integrei as primeiras subcomissões e comissões que se debruçaram sobre o mesmo e a forma de o implementar. Enquanto dirigente executivo de uma estrutura nacional da floresta privada familiar, promovi o primeiro estudo nacional para a operacionalização do conceito ao nível dos vários ecossistemas florestais portugueses. Durante um ano presidi a uma das entidades que entretanto se constituíram para promover a certificação da gestão florestal como sustentável.

É certo que, desde essa altura muito tempo já passou, muito foi desenvolvido, outro tanto não o foi. Os mecanismos para a comprovação da gestão florestal sustentável foram-se institucionalizando nos mercados, dando hoje lugar à existência de estruturas nacionais e transnacionais, nos quais se suportam negócios intermediários no ciclo de produção silvo-industrial, seja na consultoria para a certificação, nas auditorias e na emissão de certificados.

Mas, garantem hoje, tais negócios, a transparência à Sociedade na concretização de uma gestão florestal sustentável em áreas abrangidas por certificados?

Na sequência de uma recente questão formulada aos organismos que representam os dois principais sistemas de certificação florestal a operar em Portugal, o PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification) e o FSC (Forest Stewardship Council), foram-me surgindo todavia dúvidas sobre a transparência deste instrumento (a certificação florestal) como garante à Sociedade da prossecução do conceito de gestão florestal sustentável.

A questão, colocada através de uma organização cívica, respeita á aplicação de resíduos industriais em áreas florestais, e no caso em concreto, em áreas de floresta certificada, aquelas que o PEFC ou o FSC certificam como sujeitas a uma gestão florestal sustentável.

Em causa, está a necessidade de esclarecer se a aplicação de resíduos industriais em áreas florestais certificadas é consonante com os requisitos inerentes a uma gestão florestal, que se pretende reconhecer como sustentável.

Se o é, quais os procedimentos prescritos para garantir que tal aplicação não aporta riscos para os solos, para os lençóis freáticos, para a fauna e a flora e, sobretudo, para a saúde pública e qualidade de vida das populações?

Essa aplicação de resíduos industriais em solos de florestas certificadas decorre da carência de programas de fertilização dos solos, ou é resposta a uma necessidade da indústria de se desfazer dos resíduos? O impacto dos potenciais danos pode ser significativo consoante a origem subjacente a esta aplicação.

Curiosamente, do PEFC, quer a nível nacional quer internacional, não houve resposta. O tema parece não merecer importância no seio deste sistema de certificação florestal. Com certeza, sustenta a sua não resposta em estudos científicos independentes, realizados nos vários ecossistemas florestais nacionais. Ignorância minha, não conheço esses estudos. Ficou clara a postura do PEFC, adiante.

Já o FSC, a nível nacional enredou-se em procedimentos de secretaria. A nível internacional houve o mérito de uma resposta, facto que, no entanto, pareceu inadequado aos olhos da estrutura nacional, com mais uma justificativa de secretaria.

A resposta do FSC Internacional parece-me muito clara. Esta sustenta que tem que a aplicação de resíduos industriais em áreas certificadas "tem de ser documentada e os componentes químicos nos resíduos tem que ser exatamente conhecidos e relatados, especialmente em relação às substâncias que podem ter impacto no ambiente ou na saúde humana. Além disso, um sistema de monitorização tem que ser implementado no local para indicar potenciais impactos para os solos e cursos de água".

Expressa a posição do FSC Internacional, confrontemos com os procedimentos de auditoria levados a cabo por uma entidade certificadora acreditada pelo próprio FSC.

Em auditoria recentemente realizada à gestora das áreas de floresta certificada administradas pelo Grupo PORTUCEL SOPORCEL, de acordo com o resultado do respetivo relatório, fica claro que não foram recolhidas evidências que possam suportar a postura assumida pelo FSC Internacional sobre a aplicação de resíduos industriais em áreas florestais.

De facto, a entidade certificadora limitou-se a constatar a existência de um "código da estrada", de uma "carta de condução", mas não fez leituras ao "tacógrafo". Ou seja, independentemente do suporte legal, da evidência da posse de autorizações oficiais, de planos de gestão, o mais importante teria sido a recolha de evidências sobre os procedimentos inerentes ao usufruto dessas autorizações e da prossecução desses planos. Não o fez, pelo menos a ter em conta o expresso no relatório de auditoria. E, não o fez depois de ter sido alertada para essa necessidade, tendo sido inclusive sugeridos locais exatos para a recolha dessas evidências. Decidiu não os visitar. Bom, estamos todos de acordo que tal postura apenas adensa as suspeitas. Haverá motivo para esta postura? Deveremos ficar preocupados?

É certo que, entre entidade certificadora e entidade certificada se está perante David e Golias, ou seja, entre uma microempresa e um grupo industrial cotado em Bolsa. Será de esperar que este David consiga ter um desempenho adequado às suas obrigações?

A questão colocada incide pois sobre os resíduos produzidos pelo segundo maior exportador nacional, simultaneamente o gestor das áreas florestais onde estes são aplicados e o principal cliente nacional em área certificada das marcas PEFC e FSC, o Grupo PORTUCEL SOPORCEL.

Atualmente, as estruturas nacionais que representam em Portugal o PEFC e o FSC têm na presidência dos órgãos diretivos, respetivamente, o diretor geral da CELPA – Associação da Indústria Papeleira e quadro superior no Grupo PORTUCEL SOPORCEL, e um gestor da SONAE INDÚSTRIA.

Mas, o tema dos resíduos industriais nos solos agrícolas e florestais parece ainda mais obscuro. Em questões colocadas ao Ministério da Agricultura por um Grupo Parlamentar sobre a aplicação de resíduos industriais ao abrigo da sua valorização agronómica ou silvícola, o primeiro dá uma resposta que motiva preocupações acrescidas sobre potenciais impactos para a saúde pública. Grosso modo, nos mesmos moldes de atuação da entidade certificadora atrás citada, o Ministério menciona também que existe um "código da estrada", que os agentes que produzem, gerem e aplicam tais resíduos dispõem de "carta de condução", mas nada desenvolve sobre a fiscalização que exerce ou deveria exercer no âmbito das suas competências. Estarão os agentes que produzem, gerem e aplicam aos solos tais resíduos a atuar dentro dos "limites de velocidade"? O Ministério parece pretender também passar essa parte.

Lisboa, 5 de junho de 2014

Paulo Pimenta de Castro 
Engenheiro Silvicultor

Árvores de interesse público em Portugal estão desprotegidas desde 2012


Marta Lourenço

05/06/2014 - 07:50

Lei de 1938 sobre as árvores monumentais foi revogada há cerca de dois anos por nova lei — e, desde aí, está à espera de ser regulamentada. Até lá, estão por definir os critérios de classificação ou as sanções a aplicar.
Azinheira na Herdade do Monte Barbeiro, perto de Mértola, com uma copa com 24,65 metros de diâmetro
Associação Árvores de Portugal


As árvores contêm uma imensidão de vida e podem ser testemunhas da história de um povo. Podem ter troncos tão largos que é preciso várias pessoas para os abraçar ou tão finos como um pão de vassoura. Acolhem ninhos das aves e mais uns quantos bicharocos, as suas folhagens são esvoaçantes. Algumas, pela beleza, raridade, pelo tamanho, idade, forma ou factores históricos e culturais, podem ser classificadas como monumentos-vivos, ficando protegidas de várias ameaças. No entanto, desde 2012, quando foi publicada a nova lei sobre arvoredo de interesse público, que estas árvores estão desprotegidas — porque a nova legislação continua à espera de regulamentação.

"Constituem um património de elevadíssimo valor ecológico, paisagístico, cultural e histórico, em grande medida desconhecido da população portuguesa", assim descreve o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) as árvores de interesse público no seu site.

Ainda do tempo do Estado Novo, a lei portuguesa que passou a proteger estas árvores — de 1938, a mais antiga da Europa sobre esta questão, esteve em vigor até 2012. "O arvoredo, que constitui interessante moldura decorativa dos monumentos arquitectónicos e valoriza grandemente as paisagens, é por vezes impiedosamente sacrificado, sendo de esperar que a protecção que lhe for dada pela pelo Estado frutifique e seja seguida pelos particulares", mencionava o decreto-lei de 1938.

Há quase dois anos, para actualizar e reduzir as limitações da antiga lei (Decreto-Lei nº 28 468), considerada muito genérica e de difícil interpretação, foi aprovada uma nova legislação (Lei nº 53/2012), publicada em Diário da República a 5 de Setembro de 2012. Apesar de ter 60 dias para ser regulamentada, a nova legislação ainda hoje continua à espera desse passo da parte do Ministério da Agricultura e do Mar (MAM).

Actualmente, estão classificadas 472 árvores isoladas e 82 arvoredos (informações sobre elas podem encontrar-se na base de dados do ICNF). Como a nova lei revogou a antiga, todas estas árvores e arvoredos têm estado em perigo. "É uma coisa que nos preocupa seriamente. Há um vazio legal, porque a nova lei revoga a lei anterior. E também não se pode aplicar este decreto, porque não está regulamentado", alerta o biólogo Miguel Rodrigues, um dos fundadores da Associação Árvores de Portugal, em 2009, e professor do ensino básico. "Assim que regulamentarem a lei, as árvores voltam a estar protegidas."

Porém, o MAM nega esse vazio legal. "Não é verdade que com a publicação da nova lei o arvoredo classificado tenha ficado desprotegido ou que seja dificultada a classificação de novos exemplares. Os estatutos de protecção mantém-se", diz o ministério, por escrito, acrescentando que a futura regulamentação irá "definir aspectos do procedimento administrativo, que concretizam as soluções já previstas na lei".

Mas no texto da nova lei está dito que a futura regulamentação (uma portaria) é que irá definir os critérios de classificação e o regime de inventário, quais "as intervenções proibidas e todas aquelas que carecem de autorização prévia do ICNF", bem como as contra-ordenações e sanções. Uma resolução da Assembleia da República, de 21 de Março de 2014, já recomendou ao Governo que procedesse, "com urgência, à regulamentação da Lei nº53/2012".

Petição pelos monumentos-vivos
Entre estas árvores que são monumentos-vivos está o plátano da Quinta da Abrigada, em Alenquer, classificado logo em 1939 por ter um "porte majestoso e aspecto monumental". Há oliveiras milenares, como a de Santa Iria da Azóia, com cerca de 2850 anos, a de Monsaraz com 2450 anos e a de Pedras D'el Rei, em Tavira, já conhecida e destronada do título de "mais antiga", uma vez que "só" tem 2210 anos.

Ou, ainda, o eucalipto mais alto da Europa (72 metros), em Coimbra; um castanheiro de Vila Pouca de Aguiar, com 14,4 metros de perímetro; o carvalho mais antigo de Portugal, em Póvoa de Lanhoso; e até a azinheira das aparições de Fátima em 1917.

Intervenções em árvores de interesse público têm de ser comunicadas às autoridades e o corte do tronco, ramos ou raízes são punidos. Mas agora isto pode passar impune.

Um desses episódios ocorreu este ano, em Ponte de Lima, na Avenida dos Plátanos, que, segundo a sua classificação, é "uma magnífica alameda de 83 plátanos de grande porte e valor ornamental". Apesar de dois dos seus plátanos já se mostrarem fragilizados, e necessitarem de uma intervenção, Miguel Rodrigues relata que o corte da copa destas árvores não ocorreu nas devidas condições, deixando-as instáveis.

"Qualquer intervenção numa árvore classificada — dizia a lei antiga e diz a nova — não pode ocorrer sem que sejam informados os serviços florestais. E tem de estar um técnico presente para aprovar a intervenção", refere o biólogo.

Sumol avisa que tem uma estratégia clara para reforçar a liderança

Marca assume os efeitos da crise e do mau tempo, mas acredita que não é a chegada da Blue que a vai destronar


Ana Rita Martins, gestora de marketing dos Refrigerantes & Águas Sumol+Compal
05/06/2014 | 10:25 |  Dinheiro Vivo
É uma das marcas mais queridas dos portugueses. O segredo: ser uma bebida original. Se a crise não a destronou, não é a chegada de um novo concorrente, a angolana Blue, que a assusta. A marca faz 60 anos e fala na estratégia para reforçar a liderança.
"Mais do que uma bebida, Sumol desperta emoções e desafia os consumidores, acima de tudo, a serem originais", começa por definir Ana Rita Martins, gestora de marketing da área de Refrigerantes & Águas da Sumol+Compal.
Mesmo em crise? "O mercado português de bebidas de alta rotação sofreu uma contracção do consumo privado, consequência da situação económica do país e do agravamento da fiscalidade dirigida ao sector das bebidas e da restauração", explica a responsável. Contudo, a "Sumol conseguiu, neste enquadramento negativo, reforçar a sua liderança na categoria das bebidas de fruta com gás", destaca.
E o primeiro trimestre do ano não foi diferente. Além do efeito negativo do agravamento do IVA em várias categorias de bebidas e à restauração, as condições climatéricas foram também prejudiciais ao negócio, aponta Ana Rita Martins, acrescentando que a Sumol conseguiu, no entanto, aumentar vendas. Só não diz quanto.
Com a chegada de novas marcas ao mercado, caso da angolana Blue (distribuída pelo grupo Delta), a Sumol avisa que tem uma estratégia clara que visa reforçar a liderança. "Temos um plano de actividades robusto assente nos 60 anos da marca e que passa não só por uma nova campanha de publicidade, mas também por um programa de activação junto dos consumidores", diz a gestora da marca da Sumol+Compal.
Mas nesta estratégia há um marco importante: 2010, quando a Sumol iniciou uma nova etapa, uma nova história que começou com o manifesto e marcou uma mudança na comunicação da marca, procurando-se reforçar o elo emocional com os consumidores em torno de uma mensagem mais universal - "Mantém-te Original" - e transversal a um target mais alargado.
"A marca Sumol fala por isso para todas as gerações, dos 7 aos 77. Mais do que a idade, Sumol fala com todos os 'jovens de espírito', sejam aqueles que ainda não sabem o que é a vida adulta, ou aqueles que lhe ousam resistir", explica Ana Rita Martins.
Para dar continuidade a este espírito, a Sumol lança agora a campanha "60 anos, 1 verão", que junta todos os verões de há 60 anos num verão único, contínuo e original. Pegando neste espírito, a Sumol envolveu alguns dos seus colaboradores que, através de fotografias suas e de promessas, deram a cara em alguns suportes de comunicação interna.
Ler mais: Sumol lembra-nos as promesas que fizemos nos verões passados
A Sumol continua ainda a apostar no Sumol Summer Fest, que se realiza nos dias 26, 27 e 28 de junho, e no surf e bodyboard. Por outro lado, promete Ana Rita Martins, este ano vai haver novidades nas Festas de Lisboa, associados aos 60 anos da marca e ainda ativações que certamente irão surpreender os fãs de Sumol.

Exportações horto-frutícolas para Espanha aumentaram 50% nos últimos 5 anos, mas saldo mantém-se favorável ao país vizinho

O comércio de frutas e hortícolas entre Espanha e Portugal aumentou significativamente, tanto as importações de Espanha, com um crescimento nos últimos cinco anos de 43%, para € 377.800.000, como as exportações nacionais para aquele país, com um aumento de 50 % no mesmo período, atingindo € 84.500.000.

Das importações de Espanha, em 2013, € 249.100.000 correspondem a frutas e € 128.700.000 foram produtos hortícolas. De acordo com a FEPEX, federação espanhola sectorial, as principais frutas importadas foram bananas, uvas e morangos e as hortícolas foram batata e tomate.

Em termos de exportações nacionais para Espanha, em 2013, € 42.900.000 corresponderam a frutas e € 41.500.000 a hortícolas. As principais frutas exportadas foram a laranja e o kiwi e os principais vegetais foram o tomate, especialmente para transformação, e a batata.

Comparando 2013 com apenas 2012, as importações de Portugal aumentaram 20% e as exportações nacionais para o país vizinho em 5%.

Em 2014, no primeiro trimestre, a exportação espanhola para Portugal situou-se em € 86.200.000, um aumento de 4 % em relação ao primeiro trimestre de 2013, segundo os últimos dados actualizados do Departamento das Alfândegas do o Ministério Economia, dados processados pela FEPEX .

Quanto às frutas e hortícolas compradas por Espanha a Portugal no primeiro trimestre foram de 14 milhões de euros, um aumento de 9 % relativamente ao período homólogo de 2013.

Estes dados foram revelados pela FEPEX a propósito da Cimeira Luso-Espanhola realizada esta semana em Vigo.

Portugal é também um dos países presentes na feira internacional de frutas e legumes, FRUIT ATTRACTION, desde as primeiras edições. Portugal participa com um stand próprio organizado pela Portugal Fresh, Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal. É também um dos países que levam mais visitantes a esta feira, que este ano será realizada de 15 a 17 de Outubro, em Madrid.

Fonte:  FEPEX

Grupo Portucel Soporcel reforça presença do sector florestal na Feira Nacional de Agricultura

   
 GERSON INGRÊS , 4 DE JUNHO DE 2014 / 112 0 COMENTÁRIOS

LISBOA – O grupo Portucel Soporcel, segundo maior exportador nacional em 2013, vai estar presente na 51ª Feira Nacional de Agricultura/61ª Feira do Ribatejo, a realizar no Centro Nacional de Exposições, em Santarém, entre os dias 7 e 15 de Junho, numa presença que pretende contribuir para realçar a importância do sector florestal no desenvolvimento da área agrícola e da economia do nosso País.

A participação do grupo Portucel Soporcel estará integrada num espaço de 1000 m2 promovido pela AIFF – Associação para a Competitividade das Indústrias da Fileira Florestal, cujo espaço irá recriar toda a envolvência de uma verdadeira floresta, com a presença de variadas espécies florestais e ornamentais provenientes dos Viveiros Aliança, empresa do grupo Portucel Soporcel. A importância dos Viveiros Aliança no processo de reflorestação do País é facilmente reconhecida devido não só à quantidade (mais de 12 milhões de unidades/ano), mas também à qualidade e diversidade de espécies florestais e ornamentais disponibilizadas.

Incêndios: 10 detidos e 169 suspeitos identificados em 15 dias

Dez pessoas detidas em "flagrante delito", 169 suspeitos identificados e mais de 135 mil terrenos fiscalizados é o balanço dos primeiros dias da operação "Floresta Segura", anunciou hoje a GNR.

A Guarda Nacional Republicana adianta, em comunicado, que, entre 15 e 31 de Maio, foram realizadas 8.428 patrulhas e destacados 32.528 militares do Grupo de Intervenção Protecção e Socorro e do Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente.

Neste período, foram registados 1.537 incêndios, tendo sido investigadas as causas de 1.391, refere a GNR, informando que 10 pessoas foram detidas em "flagrante delito" e que foram identificados 169 suspeitos.

No âmbito da operação «Floresta Segura», os militares realizam ações de patrulhamento e vigilância das zonas florestais em todo o país e ações de primeira intervenção no combate a incêndios florestais.

Nos primeiros 15 dias da operação foram fiscalizados 135.469 terrenos e passados 28 autos de contraordenação, no âmbito do Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios (DFCI).

Em declarações à agência Lusa, o major Marco Cruz, relações públicas da GNR, explicou que numa primeira fase os militares da GNR alertam os proprietários para a necessidade de limparem os terrenos para evitar incêndios.

No caso de os proprietários não o fazerem, serão aplicadas multas, disse o major Marco Cruz, sublinhando que a «grande maioria» tem acatado os conselhos dos militares.

Os militares da GNR participaram, neste período, em 13 ações de combate a incêndios por via terrestre e em 70 missões helitransportadas de primeira intervenção em incêndios florestais (com uma taxa de sucesso de 100%).

A operação, que vai decorrer em todo o país até 31 de Outubro, tem também como finalidade reprimir as actividades ilícitas contra o património florestal, segundo a GNR.

Para tal, a Guarda Nacional Republicana vai empenhar 591 militares do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) em ações de primeira intervenção de combate a incêndios florestais, operacionais que vão dar apoio à Autoridade Nacional de Proteção Civil.

A GNR adianta que vão estar também envolvidos 948 militares e civis do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), que vão validar e medir as áreas ardidas e investigar as causas dos incêndios.

Para coordenação das actividades de vigilância foi criada junto de cada Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) uma equipa de manutenção e exploração de informação florestal, constituída por militares da estrutura territorial da GNR, refere a corporação.

A GNR tem ainda sob a sua responsabilidade 229 postos de vigia.

Fonte:  Lusa


Emparcelamento rural em Moura permite projecto de rega integrado no Alqueva


O emparcelamento rural dos Coutos de Moura, zona de olivais decrépitos e abandonados situada à volta da cidade, foi aprovado, o que vai permitir um projecto de rega integrado no sistema global do Alqueva.

Em comunicado, a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) refere que o projecto de Emparcelamento Rural Integrado dos Coutos de Moura foi aprovado pelas entidades locais e por 99,8% dos proprietários, tendo já terminado a terceira e última fase de exposição.

A aprovação do projecto, explica a empresa, vai permitir à EDIA "avançar com um projecto de rega conjunto e ambientalmente sustentável, integrado no sistema global de rega do Alqueva".

Segundo a EDIA, os Coutos de Moura abrangem uma área de 4671 hectares situada num anel à volta do perímetro urbano da cidade de Moura, "onde a cultura ancestral e de sequeiro resulta hoje numa zona de olivais decrépitos, com baixa produtividade e um elevado grau de abandono".

A situação, "consequência de uma teia fundiária de muito pequena dimensão e de um enorme fraccionamento e dispersão de prédios rústicos, tornou inviável uma actividade que muito contribuía para o autoconsumo e a economia familiar, mas deixou de ter estrutura compatível" com a actual actividade de olivicultura, explica a EDIA.

Neste sentido, a EDIA, em colaboração com a Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos e o apoio da Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), desenvolveu desde 2008 o projecto de emparcelamento rural dos Coutos de Moura, o qual envolveu 2020 prédios rústicos e cerca de 760 proprietários.

A intervenção permitiu reduzir em 34% o número de prédios por proprietário, aumentar em 50% a área média por prédio e corrigir a configuração geométrica dos prédios rústicos, precisa a EDIA. "A garantia de uma estrutura fundiária mais competitiva, com uma rede de caminhos e drenagens adaptada e corroborada com a vontade de reconverter a actividade abandonada de olivicultura de sequeiro num produto com garantias de viabilidade económica e sustentabilidade do próprio concelho de Moura", permite à EDIA avançar com um projecto de rega na zona dos Coutos de Moura, frisa a empresa.

Segundo a EDIA, o concelho de Moura é considerado uma das zonas do país "com maior importância no que se refere à fileira do azeite", produto que é "a maior realidade económica da região".

Fonte:  Lusa

UE: Duração do transporte não é fator mais importante no bem-estar animal


3 DE JUNHO DE 2014 AGROTEC PUBLICAR UM COMENTÁRIO

O bem estar animal durante o transporte voltou a ser tema de debate no seio da UE (na próxima edição da AGROTEC, poderá ver também um artigo sobre Bem-estar em suínos abatidos em matadouro – Transporte, de Madalena Vieira-Pinto, Alexandre Nande e Antoni Dalmau).

A Dinamarca introduziu o tema como ponto na ordem do dia no Conselho de Ministros da UE do mês de maio. A sua intenção é que a Comissão Europeia reveja o atual regulamento, para fixar um limite máximo de 8 horas de transporte. Suécia, Áustria, Bélgica, Bulgária, Alemanha e República Checa apoiaram a proposta.

A Comissão Europeia não considera propor uma redução das horas de transporte para o matadouro. Apesar de, frequentemente, quando se aborda o tema de bem estar animal durante o transporte, o tema centrar-se na duração do mesmo, na opinião da Comissão, este não é o fator mais importante. Inclusivamente, a CE considera que o tema da duração distrai a atenção sobre o que é verdadeiramente importante, como a implementação da atual normativa e o seu cumprimento, assim como outras medidas, tais como a melhora da gestão em Pontos de Inspeção Fronteiriça (PIF), o estabelecimento de um programa de certificação de qualidade e diretrizes de boas práticas.

Portugal, Itália, Espanha, França, Irlanda e Roménia opõem-se à limitação do transporte em função da duração da viagem, mais ainda quando a pretendida limitação baseia-se num "critério discriminatório" em função do destino dos animais transportados. Defendem que as propostas apresentadas não têm base científica e vão contra o principio da libre circulação no mercado comunitário.

Ler aqui.

Vento e chuva fortes colocam na sexta-feira oito distritos sob aviso amarelo

Vento e chuva fortes colocam na sexta-feira oito distritos sob aviso amarelo

Oito distritos de Portugal vão estar na sexta-feira sob aviso amarelo, o segundo menos grave de uma escala de quatro, devido a chuva e vento fortes, informou hoje o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
A previsão de períodos de chuva, por vezes forte, passando a aguaceiros, e de condições favoráveis à ocorrência de trovoada, vão colocar sob aviso amarelo, entre as 10:00 e as 18:00 de sexta-feira, os distritos de Viseu, Vila Real, Leiria, Aveiro e Coimbra.
O aviso devido à chuva vai vigorar nos distritos do Porto, Braga e Viana do Castelo entre as 08:00 e as 16:00.
Devido ao vento por vezes forte, com rajadas até 85 quilómetros hora, estarão sob aviso amarelo, entre as 09:00 e as 15:00 de sexta-feira, os distritos de Bragança, Viseu, Porto, Guarda, Vila Real, Viana do Castelo, Aveiro e Braga.
Diário Digital com Lusa

Quarenta e quatro concelhos em risco elevado de incêndio

05-06-2014 


 
Quarenta e quatro concelhos de Portugal continental apresentam esta quinta-feira risco elevado de incêndio, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
 
O distrito de Castelo Branco destaca-se, com dez concelhos em risco elevado de incêndio, seguindo-se a Guarda e Viseu, com sete, seis em Bragança e Faro, quatro em Viana do Castelo, três em Vila Real e um em Beja.
 
O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis, variando entre reduzido e máximo. O cálculo é feito com base nos valores observados às 13:00 horas de cada dia, relativamente à temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação ocorrida nas últimas 24 horas.
 
A Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) registou na quarta-feira 37 incêndios, os quais foram combatidos por 409 bombeiros, apoiados por 109 veículos.
 
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê para hoje céu pouco nublado, tornando-se temporariamente muito nublado a partir da manhã, nas regiões Norte e Centro. São esperados períodos de chuva no Minho e Douro Litoral a partir do fim da manhã.
 
O vento soprará fraco, tornando-se moderado, de sudoeste no litoral e nas terras altas a partir da tarde. Prevê-se também uma pequena descida da temperatura mínima.
 
Évora e Beja serão as cidades mais quentes de Portugal continental com 27 graus Celsius de máxima, em Castelo Branco são esperados 24, Leiria, Coimbra, Vila Real, Bragança e Funchal com 23, 22 em Lisboa e Faro, 19 no Porto, Santa Cruz e Angra do Heroísmo.
 
Fonte: Lusa

Câmara da Proença-a-Nova diz ser urgente revitalizar a indústria da resina

 05-06-2014 
 


 
O presidente da Câmara de Proença-a-Nova disse ser urgente revitalizar a indústria da resina e considerou o projecto apresentado pela Associação de Destiladores e Exploradores de Resina (Resipinus) como uma «excelente solução».
 
«É um excelente projecto, que vem ao encontro daquilo que tenho vindo a defender, ou seja, há necessidade e é urgente revitalizar a indústria da resina e por essa via alavancar a produção do pinheiro bravo», referiu à agência Lusa João Paulo Catarino.
 
A Associação de Destiladores e Exploradores de Resina (Resipinus) defendeu e a reactivação do sector da resinagem e disse já ter apresentado um programa de acção que quer ver integrado no Plano de Desenvolvimento Regional (PDR) 2014-2020.
 
«O programa foi enviado ao secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural em Março e, até hoje, não teve qualquer resposta. O objectivo é reactivar uma produção que tem escoamento garantido e que presta um serviço público de enorme importância na defesa contra os incêndios», disse à agência Lusa Pedro Cortes, dirigente da Resipinus.
 
O presidente da Câmara de Proença-a-Nova e da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) falava no final do encontro promovido pela Resipinus, na vila de Proença-a-Nova.
 
O autarca referiu que o projecto «é uma forma que o sector encontrou de, no novo quadro comunitário de apoio, arranjar uma solução para que volte a haver resineiros e também, por essa via, fazerem um trabalho de vigilância da floresta».
 
«Se a ministra da Agricultura e do Mar estiver sensível, como espero que esteja, para esta proposta, isto possibilita que no próximo quadro comunitário os proprietários de pinhal adulto possam beneficiar de um rendimento que de outra forma não tinham e incentiva as pessoas a limpar a floresta», sublinhou.
 
João Paulo Catarino disse que com este projecto «possibilita-se que volte a haver um rendimento periódico anual ao proprietário», uma das grandes lacunas do pinheiro bravo.
 
«As pessoas levam muito tempo a retirar rendimentos da sua propriedade de pinheiro bravo e isso tem sido um grande incentivo ao abandono» da floresta, adiantou o autarca.
 
A criação de postos de trabalho na região foi outro dos pontos que o presidente do município de Proença-a-Nova realçou.
 
«Estamos numa região em que grande parte das pessoas teve emprego na floresta. Foi uma das principais fontes de rendimento desta região e por esta via julgo que podemos voltar a ter gente na floresta», concluiu.
 
Na década de 1970, Portugal tinha 1,3 milhões de hectares de pinho bravo e, actualmente, a mancha florestal pouco ultrapassa os 500 mil hectares. Nesse período, o país chegou a produzir 100 mil toneladas de resina, sendo que hoje não consegue ultrapassar as seis mil toneladas/ano.
 
Fonte: Lusa

Portugal recebe cerca de 3,3 milhões de euros para distribuir fruta nas escolas

 05-06-2014 
 


 
Portugal vai receber quase 3,3 milhões de euros de financiamento para o programa de distribuição de fruta e legumes nas escolas no próximo ano lectivo, divulgou a Comissão Europeia nesta quinta-feira.
 
Bruxelas financia o programa nacional de distribuição de fruta e legumes nas escolas a 85 por cento, num valor de 3.284.967 euros. No ano lectivo 2012/2013, segundo Bruxelas, 8,6 milhões de crianças receberam frutas e legumes nas escolas dos Estados-membros participantes, mais seis por cento do que no ano lectivo anterior.
 
O programa europeu, que envolve uma verba, por parte da Comissão Europeia, de 150 milhões de euros, tem como objectivo a promoção de hábitos alimentares saudáveis junto da população escolar, combatendo a obesidade infantil.
 
Segundo a Comissão Europeia, Portugal está entre os países da Europa com maior número de crianças com excesso de peso: 32 por cento das crianças entre os seis e os oito anos têm excesso de peso e 14 por cento são obesas. O sexo feminino apresenta valores superiores aos do sexo masculino.
 
O último estudo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre obesidade infantil revela também que mais de 90 por cento das crianças portuguesas come fast-food, doces e bebe refrigerantes, pelo menos quatro vezes por semana. Isto ao mesmo tempo que menos de um por cento das crianças bebe água todos os dias e só dois por cento consome fruta fresca diariamente.
 
Fonte: Público

Evolução positiva do comércio de frutas e hortícolas entre Espanha e Portugal

 05-06-2014 
 


 
O comércio de frutas e hortícolas entre Espanha e Portugal demonstra um crescimento notável, tanto no que diz respeito à exportação espanhola para Portugal, como a importação de Espanha.
 
Nos últimos cinco anos, a exportação de Espanha para Portugal aumentou cerca de 43 por cento, com um total de 377,8 milhões de euros, e a importação cresceu 50 por cento no mesmo período, situando-se nos 84,5 milhões de euros.
 
Do total de frutas e hortícolas exportadas em 2013 por Espanha para Portugal, 249,1 milhões de euros corresponde a frutas e 128,7 milhões a produtos hortícolas. As principais frutas exportadas são abananas e uva e batatas e tomates, em hortícolas.
 
Em relação às importações em 2013, um total de 42,9 milhões de euros correspondem a frutas e 41,5 milhões a hortícolas. As principais frutas importadas por Espanha procedentes de Portugal são a laranja e o kiwi, enquanto as hortícolas são a batata e o tomate, este último, sobretudo para transformação.
 
Comparando apenas o ano de 2013 com 2012, a exportação espanhola para Portugal cresceu cerca de 20 por cento e a importação 50 por cento. Em 2014, no primeiro trimestre, a exportação de Espanha para Portugal registou um total de 86,2 milhões de euros, o que supõe mais quatro por cento que no primeiro trimestre de 2013, segundo os últimos dados actualizados da Direcção -Geral das Alfândegas do Ministério da Economia, processados pelo FEPEX.
 
As compras espanholas de frutas e hortícolas a Portugal no primeiro trimestre ultrapassaram os 14 milhões de euros, mais nove por cento em relação ao período entre Janeiro e Março de 2013.
 
Portugal é também um dos países presentes na feira internacional de frutas e hortícolas, a Fruit Attraction, desde as primeiras edições, onde participa com um stand próprio organizado pela Portugal Fresh, que agrupa as empresas nacionais, para além de ser um dos países que contribui com o maior número de visitantes para a feira, que este ano decorre entre os dias 15 e 17 de Outubro, em Madrid.
 
Fonte: Agrodigital

Festa de Cereja do Fundão deve injectar meio milhão de euros na economia local

 05-06-2014 
  
A Festa da Cereja do Fundão, que se realiza em Alcongosta entre sexta e terça-feira, deverá contribuir para injectar meio milhão de euros na economia local, disse à agência Lusa o presidente da Câmara, Paulo Fernandes.
 
«As expectativas estão muito elevadas e acreditamos que, à semelhança dos outros anos, a Festa da Cereja continue a ser um sucesso a todos os níveis, contribuindo para injectar na economia local cerca de 500 mil euros, o que representa um gasto médio de cerca de 20 euros por visitante», afirmou.
 
Paulo Fernandes explicou que, quer pela adesão das últimas edições, quer pelo número de excursões esperadas, pelo menos 150 autocarros, quer pelo número de inscritos nos programas de apanha, com mais de mil pessoas, a organização estima que o certame receba «cerca de 25 mil visitantes» e que sejam comercializadas «pelo menos 30 toneladas» de cereja.
 
Fonte: Lusa

Prorrogamento até 27 de Junho para as candidaturas ao Prémio Europeu para Inovação Cooperativa

05-06-2014 
  
De acordo com o comité de Organização do Prémio Europeu para a Inovação Cooperativa (PEIC), e tendo em conta com o prazo estabelecido para a preparação e apresentação dos dados sobre as cooperativas de cada Estado-membro, ficou decidido facilitar o processo de apresentação alargando o tempo para a coordenação destas acções.
 
Por conseguinte, o novo prazo foi fixado para 27 de Junho de 2014 para ambas as candidaturas, nomeadamente ao PEIC e dados recentes para a publicação da COGECA.
 
Todos os potenciais patrocinadores para o PEIC e a universidade de Wageningen confirmaram a sua intenção de patrocinar o prémio, oferecendo uma entrada gratuita para o Programa de Formação para Dirigentes de cooperativas a um dos vencedores.  
 
Fonte: COGECA

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Siza homenageado pela Adega Mayor


1 de Junho de 2014, por Elisabete Mendes
 

Adega Mayor
  
A Adega Mayor lançou uma edição especial e limitada de 2.500 garrafas em homenagem ao arquitecto Siza Vieira. Responsável pelo projecto desta adega, Siza Vieira é agora homenageado através deste vinho. Denominado Siza, é um vinho monocasta, com 100% Alicante Bouschet, intenso, de cor granada profunda com o aroma complexo e concentrado da casta, com  notas de pimenta, fumado e chocolate. Na boca é denso e rico, com taninos vincados, maduros e perfeitamente integrados no conjunto. Termina de uma forma longa e persistente onde se confirmam e acentuam as notas de café e chocolate negro. Um vinho inédito, com bom potencial de envelhecimento. Na mesa, revela-se um excelente complemento para pratos de carne vermelha bem condimentados, borrego ou cabrito assados, pratos de caça ou mesmo doces conventuais e queijos de pasta dura e paladar forte, queijo da ilha ou queijo de Castelo Branco picante.
 
O Vinho Siza está disponível em restaurantes selecionados, nas lojas Delta Q e na loja online da Adega Mayor.  «A associação à arquitetura enquadra-se com o posicionamento da Adega Mayor e com o envolvimento em áreas que ultrapassam o universo vitivinícola. Pretendemos sempre valorizar e enaltecer o que Portugal tem de melhor. A Adega Mayor é uma Adega singular onde o vinho e a arte formam o encontro perfeito. Uma Adega que pauta pela qualidade distinta dos seus vinhos», sublinha Rita Nabeiro, Administradora da Adega Mayor.
 
Recorde-se que a Adega Mayor, inaugurada em 2007, é a aposta do Grupo Nabeiro na área vitivinícola. Com vinhas localizadas na Herdade das Argamassas e na Herdade da Godinha, em Campo Maior, a adega tornou-se desde logo uma referência no enoturismo português ao ser a primeira adega de autor construída em Portugal.

ÁGUA: O recurso mais básico mas também o mais essencial


4 DE JUNHO DE 2014 AGROTEC PUBLICAR UM COMENTÁRIO

Calcula-se que o mundo contém cerca de 1.400 milhões de km3 de água. Apenas 0,003% desta enorme quantidade, cerca de 45.000 km3, são os chamados "recursos de água doce": a água que teoricamente pode ser utilizada para beber, higiene, agricultura e indústria. Porém nem toda esta água é acessível. Por exemplo, as inundações sazonais tornam difícil que se possa reter a água antes que esta flua até rios remotos.

De facto, apenas cerca de 9.000 a 14.000 km3 estão disponíveis a nível económico para o uso humano: uma simples colher de chá numa banheira, se compararmos com a quantidade total da Terra. Com uma população em rápido crescimento, teremos água suficiente para sustentar a vida humana? Ainda por cima, a quantidade não é o único problema: a qualidade do fornecimento de água também é importante.

Sabia que?

A agricultura é, destacadamente, o maior utilizador de água, com quase 70% do consumo total, e até 95% em alguns países em desenvolvimento.

Em média, a água necessária para os cultivos ascende a 1500 m3 por tonelada de cereal colhido. Dito de outra forma, são precisas 1,5 tn de água para produzir 1 kg de cereais.

Uma pessoa necessita entre 2 e 4 litros de água potável por dia. Contudo, são necessários cerca de 3.000 litros de água para produzir os alimentos que uma pessoa consome por dia.

A água é importante para a segurança alimentar, que se define como o acesso regular das pessoas a alimentos suficientes e de boa qualidade para levar uma vida ativa e saudável. Este conceito é especialmente compreendido nos países em desenvolvimento.

Sabia que?

A seca é a causa individual mais comum da grave escassez de alimentos nos países em desenvolvimento.

Apenas nos países em desenvolvimento serão necessários 103.000 milhões de dólares americanos por ano para financiar o tratamento e saneamento de águas residuais até 2015.

Em 2011, 758 milhões de pessoas não utilizavam uma fonte de água potável de qualidade e 2.500 milhões de pessoas não usufruíam de um saneamento adequado.

O direito à alimentação não é negociável. Alimentar a crescente população e reduzir a fome só será possível se os rendimentos agrícolas puderem aumentar de forma significativa e sustentável.

Grande parte da água do planeta é utilizada para a agricultura, por isso, é evidente que melhorar a gestão de água nos usos agrícolas é um fator chave para alcançar a segurança alimentar mundial.

- A FAO calcula que a crescente população mundial necessitará de mais 60% da quantidade total de alimentos para 2050, em comparação com 2006. Nos últimos 30 anos a produção de alimentos aumentou em mais de 100%.

- Nos próximos 35 anos espera-se que 70% do aumento da produção de cerais provenha de regadio.

- A FAO estima que a produção de alimentos de regadio aumentará 8% em 2050, mas a quantidade de água utilizada pela agricultura aumentará apenas 10%, graças à melhoria nas práticas de rega.


Resíduos de produtos fitofarmacêuticos em conformidade

Associação Nacional da Indústria para a Protecção das Plantas



O Relatório da EFSA (European Food Safety Authority), publicado em 20 de Maio de 2014, demonstra uma contínua e elevada taxa de conformidade em relação aos resíduos de produtos fitofarmacêuticos nos alimentos.

O último relatório anual da EFSA revela que 97,5% dos produtos alimentares analisados se encontravam dentro dos limites máximos de resíduos (LMR's) de produtos fitofarmacêuticos autorizados na União Europeia. Os dados resultam de testes realizados em 2011, a um número recorde de 79.000 amostras de alimentos.

Dos produtos analisados que revelaram limites máximos de resíduos acima dos autorizados, 6,3% foram importados de países fora da EU e apenas 1,5% de países dentro da EU e EFTA.

O relatório da EFSA concluiu que não existe risco a longo prazo para a saúde dos consumidores considerando a exposição diária da dieta alimentar em 99% dos 171 Produtos Fitofarmacêuticos avaliados.

"Estas são boas notícias! As análises, nas quais se incluem também as que foram feitas pelas autoridades portuguesas, revelam a elevada qualidade e segurança dos alimentos produzidos no velho continente, o que nos transmite conforto enquanto consumidores. Mas revelam também, que a importação de alimentos de fora da EU deve ser acompanhada de exigências muito apertadas quanto à forma como são produzidos naqueles países". António Lopes Dias, diretor executivo da ANIPLA.


Terraprima conquista prestigiado Energy Globe Awards Portugal

Após vencer o 'Dryland Champions' das Nações Unidas e o 'A world you like' da Comissão 
Europeia em 2013


A Terraprima – Serviços Ambientais acaba de receber o Energy Globe Awards Portugal 2014, pelo projecto 'Pastagens Semeadas Biodiversas para mitigação das alterações climáticas e protecção do solo'. A entrega do prémio, promovida pelo Advantage Austria, Departamento Comercial da Embaixadas da Áustria, acontece amanhã, 5 de Junho, Dia Mundial do Ambiente.

"Crescimento verde, protecção do solo, combate e adaptação às alterações climáticas. São estes os princípios fundadores da Terraprima e de 'Pastagens Semeadas Biodiversas', projecto pioneiro na remuneração a larga escala de serviços ambientais prestados pelas actividades agrícolas, adaptável a outros locais de clima mediterrânico e agora distinguido com o Energy Globe Awards Portugal 2014", afirma Tiago Domingos, Director-Executivo da Terraprima.

Para o responsável da PME portuguesa, "com este projecto estamos a implementar estratégias de triple-­‐win para o sequestro de CO2 no solo em larga escala, contribuindo para (i) o combate às alterações climáticas, (ii) a viabilidade económica das explorações e (iii) a protecção do solo". Desenvolvido com o apoio do Fundo Português de Carbono, o projeto 'Pastagens Semeadas Biodiversas' envolve mil agricultores e explorações, uma área de 50 mil hectares (cinco vezes a cidade de Lisboa), que contribuem com 1,5 milhões de toneladas de CO2 sequestradas (essenciais no âmbito do Protocolo de Quioto), recorrendo à sementeira de Pastagens Semeadas Biodiversas (mais de 20 espécies ou variedades).

No final de 2013, a PME portuguesa pioneira em projectos de Sequestro de Carbono foi distinguida com o galardão 'Dryland Champions' da UNCCD e o prémio 'A world you like with a climate you like' da Comissão Europeia (entre 269 candidaturas de toda a Europa). Na altura em que a Terraprima recebeu esta última distinção, a Comissária Europeia da Acção pelo Clima, Connie Hedegaard, sublinhou o seu "contributo para o combate às alterações climáticas e a protecção do solo".

Festa da Cereja em Alcongosta

Vai realizar-se, entre os dias 6 e 10 de Junho, mais uma edição da Festa da Cereja, em Alcongosta, concelho do Fundão, onde poderá encontrar a Cereja do Fundão e degustar diversos produtos à base de cereja, como é o caso do Pastel de Cereja do Fundão.

Na edição 2014 da Festa da Cereja em Alcongosta, estarão presentes Chefs de renome nacional que, em live-cookings itinerantes, confeccionam pratos inspirados na Cereja do Fundão. Luís Américo, Bruno Caseiro, Francisco Siopa, Hugo Nascimento, Luís Espadana e António Melgão são os chefs que aceitaram o desafio de criar verdadeiras obras de artes com a Cereja do Fundão e mostram a versatilidade e as potencialidades deste fruto. Joana Biscaya é a Chef que estará ao serviço das crianças – Ateliers Petits Chefs – para lhes ensinar a essência de comer de forma saudável.

Ao longo destes quatro dias de festa, os visitantes do certame podem assistir à inauguração da "Rota da Cereja"; ao lançamento do livro "Alcongosta, a festa e o fruto de uma terra emblemática", de Luís Agostinho, e à apresentação do livro "Cerejeiras em Paris", de Gabriel Raimundo; aos concertos de Anaquim, dos Toques do Caramulo, do Grupo de Música Popular da Casa do Povo de Alpedrinha e da Banda Filarmónica União de Santa Cruz – Aldeia Nova do Cabo; e haverá muita animação; tasquinhas e artesanato.

Fonte:  Chefs Agency

AGROTEC Nº 11: DO VINHO À RESINAGEM


4 DE JUNHO DE 2014 AGROTEC PUBLICAR UM COMENTÁRIO
face_agroA edição nº 11 da AGROTEC estará disponível no final da semana. Nesta edição, o Dossier é dedicado ao Vinho e Viticultura. O número 11 da revista conta ainda com uma reportagem sobre o Setor da Resinagem, um artigo de Luis Marquéz, sobre "Como Melhorar a Eficiência do Trator com a Escolha dos Pneus Apropriados", entre muitos outros.

Na Pequenos Frutos, destaque para o fruto Physalis, a entrevista a Nuno Simões, Diretor de Operações do gigante norte-americano Driscoll´s, à Biobaga (produção de mirtilo em modo biológico), ou a produção de maracujá roxo de um produtor algarvio.

AGROTEC:

A ligação da vinha e de vinho com a Humanidade vem desde o início dos tempos. A antiguidade da viticultura deve-se às características naturais da uva: é um fruto sumarento, cheio de açúcares e o único com uma tendência natural para a fermentação. A viticultura portuguesa é, hoje, das melhores e mais cobiçadas do mundo, mas a viticultura enfrentará novos desafios e oportunidades, tais como as alterações climáticas e a mudança de paradigma, com a inovação tecnológica aplicada à agricultura, que permitirá a racionalização de custos e a redução do desperdício. O Dossier da AGROTEC nº 11 é dedicado a esta bem-amada atividade. Rolhas com ship para medir a qualidade do vinho, A viticultura portuguesa face às alterações climáticas,Poda mecânica e o Efeito na casta "Syrah", a Doença da Flavescência Dourada e Preservação de Castas Autóctones no Noroeste Português (variedades brancas), são alguns dos artigos que poderá encontrar.

O setor da Resinagem em Portugal, depois das fulgentes décadas de 60, 70 e 80, e posterior declínio, parece voltar agora a despertar interesse para os profissionais do setor. Esta atividade, para além de ser uma atividade económica, pode paralelamente atuar como fator chave na prevenção de incêndios.

A Drenagem em cultivos sem solos, Distribuição Eficiente de Adubo, Melhorar a Eficiência do Trator com a Escolha dos Pneus Apropriados, Produção de Crisântemos, Melhoramento em fruticultura, A importância do sono nas Vacas Leiteiras, ou o Bem-estar dos Suínos – Transporte, são mais alguns dos artigos que poderá encontrar.

Pequenos Frutos:

A Physalis é a capa da edição 7 da Pequenos Frutos. Numa entrevista a Tiago Baptista, produtor deste fruto, ficará a saber mais sobre este fruto que tem suscitado a curiosidade dos produtores. Nesta edição da revista, poderá ver também a entrevista a Nuno Simões, Diretor de Operações da Região South EMEA da norte-americana Driscoll´s, à Biobaga e o seu modo de produção biológico do mirtilo, e à Quinta da Charneca, produtores da região algarvia de frutos exóticos.

A morte súbita do mirtilo, a página de mercados dos destaques nos pequenos frutos e a comercialização do baby kiwi são outros temas abordados nesta edição.

Projeto da EDIA de emparcelamento rural dos Coutos de Moura aprovado


por Ana Rita Costa
4 de Junho - 2014
O projeto de emparcelamento rural integrado dos Coutos de Moura, executado pela EDIA, foi aprovado pelas entidades locais e por 99,8% dos proprietários. Esta aprovação vai permitir à organização avançar com um novo projeto de rega integrado no sistema global de rega de Alqueva.

 
Os Coutos de Moura representam uma área geográfica de 4671 hectares, nas freguesias de Santo Agostinho e São João Baptista, em volta do perímetro urbano da cidade de Moura, onde existe atualmente uma zona de olivais com baixa produtividade e um elevado grau de abandono.

Neste sentido, a EDIA, em colaboração com a Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos e o apoio da Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), desenvolveu, desde 2008, um processo de emparcelamento rural integrado dos Coutos de Moura que envolveu 2020 prédios rústicos e cerca de 760 proprietários. Desta intervenção resultou uma redução de 34% do número de prédios por proprietário e um aumento da área média por prédio de 50%, bem como a correção da configuração geométrica dos prédios rústicos.

"A garantia de uma estrutura fundiária mais competitiva, com uma rede de caminhos e drenagens adaptada e corroborada com a vontade de reconverter a atividade abandonada de olivicultura de sequeiro num produto com garantias de viabilidade económica e sustentabilidade do próprio concelho de Moura, permite à EDIA avançar com um projeto de rega conjunto e ambientalmente sustentável, integrado no sistema global de rega de Alqueva", refere a EDIA em comunicado.

Produção comunitária de leite dispara na campanha de 2013-2014


por Ana Rita Costa
3 de Junho - 2014
Os seis maiores produtores de leite da União Europeia, França, Alemanha, Itália, Holanda, Polónia e Reino Unido, aumentaram a sua produção de leite na campanha de 2013-2014, o que levou a um aumento da produção comunitária em cerca de 3%.

 
De acordo com os dados revelados pelo Eurostat, os fatores que impulsionaram este resultado foram a redução dos custos de produção e as condições meteorológicas, que nesta campanha foram mais favoráveis.

A maioria dos países da UE já estão em fase de preparação para a extinção das quotas leiteiras em 2015, preparando-se, assim, para produzir grandes volumes como forma de favorecer a competitividade do mercado.

Agricultores afectados pelos incêndios florestais não vão ser apoiados


Escrito por Jornal A Guarda. Postado em Região

Vale do Mondego
Agricultores afectados pelos incêndios florestais não vão ser apoiados

Os agricultores do Vale do Mondego, no concelho da Guarda, que em 2013 foram afectados pelos incêndios florestais não vão ter qualquer tipo de apoio financeiro por parte do Estado.
As Juntas de Freguesia de Aldeia Viçosa, Cavadoude, Faia, Mizarela, Porto da Carne, Sobral da Serra e Vila Cortês do Mondego efectuaram um levantamento dos prejuízos agrícolas e pediram apoio ao Ministério da Agricultura, mas o pedido foi rejeitado. Na resposta enviada este mês aos autarcas, a Delegação da Guarda da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, informa que "face à avaliação realizada" os serviços entendem "não estarem reunidas as condições de enquadramento para a abertura da medida 152 do PRODER - Restabelecimento do Potencial Produtivo". "Esta medida de apoio só é susceptível de aplicação em situações de catástrofe ou calamidade identificadas e reconhecidas pelas autoridades nacionais, pelo carácter excepcional, impacto, localização e pela abrangência regional ou nacional, conforme disposto no Reg. (CE) n.º 1698/2005", esclarece aquela entidade.
A resposta não agradou aos autarcas do Vale do Mondego nem aos agricultores que tiveram prejuízos com os fogos florestais do Verão passado, que lamentam a decisão. "Não esperávamos esta resposta. Esperávamos algo mais, dada a catástrofe que ocorreu no Vale do Mondego e os prejuízos causados aos pequenos agricultores", disse ao Jornal A Guarda o presidente da Junta de Freguesia de Aldeia Viçosa, Luís Prata.
O autarca disse que o levantamento efectuado nas várias Freguesias atingidas pelas chamas indica que foram destruídas "quase 25 mil árvores de fruto (oliveiras e cerejeiras em maior número), mas também castanheiros, sobreiros e pinheiros". "Só na área da Freguesia de Aldeia Viçosa foram destruídas mais de 10 mil árvores", apontou. O fogo também queimou casas de arrumos, sistemas de rega, colmeias, fardos de palha, animais e equipamentos agrícolas. "A um pequeno e médio agricultor arderam-lhe todas as oliveiras e ele, desanimado, já abandonou o cultivo das terras", disse o autarca, temendo que a mesma atitude possa ser tomada por outros agricultores do Vale do Mondego.
Luís Prata referiu ainda que a ausência de ajudas financeiras está a provocar "a revolta das Juntas e dos pequenos agricultores" daquela zona do concelho da Guarda. "Há uma derrocada de uma praia do Litoral e aparecem ajudas e nós aqui, face a esta calamidade, não temos ajudas nenhumas. A situação revolta-nos ainda mais quando fomos recebidos na Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro e nos disseram que devíamos ter ido ter com eles logo na altura e que errámos porque não o fizemos. Ora, nós não o fizemos porque ninguém nos informou disso", denunciou.
Após os incêndios de 2013, as Juntas de Freguesia do Vale do Mondego e alguns particulares, criaram uma comissão para a prevenção de incêndios florestais, que está a trabalhar com a Câmara Municipal da Guarda no sentido de serem tomadas medidas no terreno.
Entretanto, a Junta de Aldeia Viçosa também teve conhecimento de candidaturas para limpeza de galerias ripícolas, redes primárias e secundárias, apoiadas a 100%, mas não pôde avançar com os projectos "porque o Parque Natural da Serra da Estrela barrou essa possibilidade", segundo Luís Prata. "Estamos à espera que a equipa de sapadores de Fernão Joanes nos ajude nos projectos de salvaguarda de males futuros", concluiu o autarca.

Libório, o porco preto, é a figura do momento em Braga



Samuel Silva

04/06/2014 - 22:41

Recuperação de corrida medieval das festas de S. João está a motivar debate na cidade, com uma petição online a exigir o seu cancelamento. Organização garante que o animal não será maltratado.
Daniel Rocha


Libório é um porco preto. Nos últimos dias, são raras as pessoas que não falam dele em Braga. No próximo dia 20 de Junho, o bicho vai correr 500 metros numa rua da cidade, recriando uma tradição medieval que a organização do S. João bracarense quis agora recuperar. Os defensores dos direitos dos animais não aceitam a sua utilização num espetáculo de entretenimento. A organização garante que o animal não será maltratado durante o evento.

De sexta-feira a duas semanas, o porco Libório vai correr entre o largo Paulo Orósio, junto ao quartel dos Bombeiros Voluntários, e o sopé da colina da Cividade, próximo do Museu D. Diogo de Sousa. No final do percurso, haverá uma bifurcação, onde estarão dois grupos de estudantes da Universidade do Minho a tentar "convencer" o animal a seguir o caminho indicado. Ninguém está autorizado a tocar-lhe e o percurso será curto e estará vedado. No entanto, a corrida será feita numa rua íngreme e com piso empedrado, motivo pelo qual um grupo de cidadãos de Braga teme que possa "haver algum tipo de acidente" com o animal.

"Toda e qualquer utilização de animais para entretenimento humano é condenável", defende também Rui Barbosa, porta-voz do grupo que, na semana passada, poucas horas depois da apresentação do programa das festas de S. João deste ano, lançou uma petição online, contestando a realização do evento.

O texto reuniu 3000 assinaturas nos primeiros três dias em que esteve online e neste momento já ultrapassou os 3500 subscritores. No Facebook, o grupo Contra a Corrida do Porco Preto tem quase 3000 seguidores e tornou-se o fórum onde são expostos os argumentos de um e outro lado desta contenda. Defensores dos direitos dos animais contestam a recuperação de uma tradição da Idade Média. Quem apoia a corrida, garante que o porco Libório não sofrerá qualquer tipo de dano durante o evento.

É isso também que assegura Rui Ferreira, que este ano preside pela primeira vez à comissão de festas do S. João de Braga. "Nunca validaria o que quer que fosse que pusesse em causa os animais", afirma, assegurando que é contrário, por exemplo, à realização de touradas.

O organização quer recuperar a força da mais antiga festa popular nacional e por isso decidiu recuperar alguns números históricos como o cortejo medieval, que recuperará alguns quadros da época, e que vai anteceder a corrida. Os dois momentos estavam intimamente ligados na história das festas bracarenses e eram o elemento central do S. João nos séculos XVI e XVII. Na altura, a corrida opunha moleiros e sapateiros que perseguiam o animal entre o monte Picoto e a ponte sobre o Rio Este. De resto, a sua realização terá estado associada à construção da capela de S. João, no Parque da Ponte, um dos epicentros da festa actualmente. É esse legado histórico que a organização quer sublinhar com esta recuperação.

Apesar da contestação, o movimento que critica a recuperação desta tradição garante que não se vai manifestar no dia da realização da corrida, caso esta venha a acontecer. "Se o fizéssemos, mancharíamos o S. João e as festas são demasiado valiosas para que isso aconteça", defende Rui Barbosa.

Já o porco Libório, enquanto não é colocado dentro de uma carrinha de transporte a caminho do local da largada, continua a sua vida sossegada numa quinta do concelho vizinho de Vila Verde, onde, desde o Outono passado, está a ser preparado para a corrida em Braga.

CoolFarm, agricultura “high-tech” para quem não sabe cuidar de plantas


Start-up portuguesa esta a desenvolver um robô que faz crescer plantas sem a intervenção do utilizador. O CoolFarm tem ligação à Internet e não utiliza terra, só água. Campanha de crowdfunding a decorrer no IndieGoGo até 4 de Julho
Texto de Ana Maria Henriques • 04/06/2014 - 13:10

É um robô, mas sem rodas, e cresce plantas, mas sem terra. "O CoolFarm é um sistema inteligente que permite fazer crescer plantas sem intervenção do utilizador", define Gonçalo Gabrita, um dos criadores do produto, e da empresa CoolApps(e), que pode ser controlado através de uma aplicação para smartphone ou tablet. Não precisa de terra porque se faz valer de uma técnica milenar que apenas usa água para cultura, a hidroponia.
 
"Hoje em dia estima-se que, só em Lisboa, uma em cada seis famílias tenha uma horta urbana", continua o jovem de 29 anos. "O problema é que com o tempo, em Portugal — e pelo mundo fora —, as pessoas perderam a ligação à terra. Gostam do contacto com a Natureza mas não têm a mínima ideia de como as coisas de fazem." Daí nasceu a ideia de uma "agricultura high-tech" e de um robô como o CoolFarm, que toma conta das plantas por nós e nos avisa quando estão prontas a ser colhidas.
 
A escolha da hidroponia prende-se com o facto de ser uma técnica que permite gastar, em média, cinco vezes menos água do que quando se cultiva com terra. Quem o diz é João Igor, também com 29 anos, que salienta ainda outra vantagem da hidroponia: "dá para controlar exactamente quais os nutrientes que vão na água, o que em termos de saúde é bestial porque uma pessoa sabe o que está a comer".
 
Em casa, com o CoolFarm, vai ser possível cultivar alfaces, tomates, cebolas, morangos e ervas aromáticas, entre outras coisas. "O CoolFarm toma conta da planta, mede parâmetros relacionados com a água e com o ar e controla esses mesmos parâmetros na água: dá nutrientes à planta, avisa o utilizador quando está na hora de trocar a água e faz a rega automaticamente", resume Gonçalo.
 
Como tem ligação à Internet, o utilizador tem acesso a tudo o que está a acontecer através "de uma 'app' que permite andar com a planta no bolso" — fins-de-semana e férias não serão, portanto, um problema.
 
Há quase um ano que João e Gonçalo, juntamente com Liliana Marques e Eduardo Esteves, estão a trabalhar neste projecto, que ainda está em fase de protótipo. Por estarem a participar no Lisbon Challenge estão incubados na Beta-i para criação do plano de negócios e contactos com possíveis parceiros. Para conseguirem, de facto, transformar esta ideia numa marca e num negócio, lançaram uma campanha de crowdfunding na plataforma IndieGoGo: têm até 4 de Julho para angariar os três mil euros pedidos.

AGROVETE apresentou novas variedades de trigo de qualidade, resistentes à nova estirpe de ferrugem amarela e do agrado da produção e indústria

Um dos campos de trigo visitados – variedade HYSTAR. Foto: Agrovete


Realizou-se no passado dia 23 de Maio o dia de Campo de cereais da AGROVETE. A apresentação - que contou com toda a equipa AGROVETE - realizou-se em diversos campos de cultivo na região envolvente de Beja, tendo contado com a participação de cerca de 150 agricultores oriundos de diversas regiões.

Nos diversos campos visitados foram apresentadas as variedades de modernos trigos de qualidade para as futuras campanhas. Estas variedades, resistentes à nova estirpe de ferrugem amarela, são do agrado quer da produção quer da indústria.

O evento teve início na Quinta da Saúde onde foi possível observar o ensaio de regadio de variedades de trigos híbridos e convencionais realizado pela Universidade de Beja.

Em seguida teve lugar a visita ao ensaio de campo da ANPOC onde foi possível observar as variedades AGROVETE candidatas à LVR (Lista de Variedades Recomendadas). No percurso até à Herdade da Chaminé - onde se observou a produção de semente - foi possível ver diversos campos de produção e multiplicação de diversas variedades AGROVETE.

Durante as diversas visitas, a equipa técnica AGROVETE realçou a importância da semente certificada produzida em Portugal na qualidade do produto final, bem como a evolução das produtividades e das resistências ao longo dos anos. Não menos relevante é a importância da organização dos agricultores não só para a comercialização das suas produções, como é o caso da LVR - com cada vez mais destacada importância -, mas também para ensaiarem e testarem a eficiência dos factores de produção utilizados. Nunca é demasiado realçar a importância da correcta escolha dos factores de produção mais adequados para as condições edáfo-climáticas individuais.

Foi ainda possível apresentar um ciclo de conferências subordinado ao tema "Valor acrescentado na produção de cereais", com a intervenção de Pedro Manoel (Atalaya) da ANPOC, José das Dores do Instituto Politécnico de Beja e Odete Mestre da AGROVETE.

O evento terminou com um agradável almoço convívio realizado no Monte da Chaminé, com a participação do nosso accionista Dr. Pedro Ferraz da Costa que manifestou a sua confiança no futuro da agricultura nacional e da actividade da AGROVETE – comercialização e multiplicação de sementes certificadas e equipamentos agro-pecuários.

Certificação dos produtos. Ainda à espera

António Ventura
Em 2005, o PSD apresentou na Assembleia Legislativa Regional um Projecto de Resolução para a certificação de um conjunto de produtos açorianos. Uma iniciativa que mereceu a unanimidade parlamentar.

O Leite dos Açores, o Chá de São Miguel, a Meloa da Graciosa, o Alho da Graciosa, a Meloa de Santa Maria e a Banana dos Açores são produtos tradicionais açorianos que merecem ser detentores de uma qualificação comunitária, pois resultam de um conjunto de condicionalismos, de natureza climática, geográfica e de usos e práticas de produção das populações locais, que lhes conferem propriedades físicas, químicas, microbiológicas e organoléticas distintas dos seus congéneres produzidos noutra qualquer região.

Em 2008, propusemos a qualificação da manteiga, outra proposta que foi aprovada por unanimidade.

Ora, apesar do reconhecimento da necessidade de se qualificar estes produtos, a verdade é que volvidos nove anos ainda não temos todos os produtos com este galardão, em especial, o "Leite dos Açores", muito mais quando se caminha para o fim do sistema da disciplina produtiva.

No nosso entender esta morosidade trava uma das principais estratégias para os Açores que passa por uma ativa aplicação da riqueza dos nossos recursos endógenos agroalimentares, principalmente pela valorização e promoção da qualidade intrínseca dos alimentos com a saúde humana.

Em paralelo seria útil a existência de políticas fiscais que tivessem em conta os problemas de saúde humana, como acontece com o álcool ou o tabaco. Isto significa, por exemplo, direcionar determinados apoios públicos de produção na vertente da qualidade nutricional dos alimentos e, aqui, o leite e seus derivados deviam ser contemplados.

Já existem Países como a Dinamarca, a França, a Hungria e a Finlândia que criaram impostos que correlacionam o conteúdo nutricional dos alimentos com o pagamento de taxas. O contrário também se aplica, ou seja, os alimentos seguros e nutricionais têm decréscimos nos impostos.

Com efeito, a produção tradicional de um país ou região representa um património socioeconómico com elevado potencial de desenvolvimento, uma vez que na atualidade constitui uma vantagem comparativa e competitiva. No nosso caso é mais do que isso, assume um "fator de diferenciação" que comanda as oportunidades do nosso presente e do futuro.

Nos países da União Europeia, os produtos tradicionais podem merecer de um reconhecimento específico (DOP, IGP e ETG) com proteção jurídica, desde que, para o efeito, exista a comprovação geográfica e humana associada às características únicas destes produtos.

Importa, também dizer que estas qualificações estão num processo de negociação para além do espaço da União Europeia, como é caso do acordo para a livre circulação de comércio entre os Estados Unidos da América e a União Europeia.

A autenticidade comunitária, acima de tudo, oferece aos consumidores um reforço nas garantias ao consumo em aspetos como: a origem geográfica, a especificidade, a tipicidade do saber fazer tradicionais ligados aos produtos. A via legislativa possibilita aos consumidores uma maior protecção e segurança alimentar em relação ao valor intrínseco e à identidade própria de cada produto.

Uma iniciativa que permitirá vincar, nestes produtos marcados pela cultura açoriana, um valor acrescentado com vantagens ao nível da criação de emprego e de riqueza, da fixação de pessoas e da sustentabilidade dos recursos próprios.

Continuamos, assim, com uma "oportunidade adormecida" que em muito ajudava a combater o empobrecimento que se assiste.

António Ventura 
Deputado à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores

Publicado em 04/06/2014

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Oliveira da Serra “conquista” China e Japão



O mundo está cada vez mais rendido à qualidade dos azeites nacionais, e a Ásia não é exceção. Nos concursos Oil China e Olive Japan, Oliveira da Serra conquista mais seis medalhas de ouro, reforçando o posicionamento dos azeites portugueses como os melhores do mundo.

Em ambos os concursos, os azeites Oliveira da Serra Lagar do Marmelo, Oliveira da Serra Ouro, e Oliveira da Serra Gourmet, conquistaram os juízes asiáticos, tendo cada um recebido a mais alta distinção, a medalha de ouro.

Para Isabel Roseiro, Strategic Marketing Manager de Oliveira da Serra, "Estes prémios têm um sabor especial. O mercado asiático é um mercado que está a crescer, é muito exigente e competitivo, pelo que o reconhecimento da qualidade de Oliveira da Serra representa uma oportunidade que não podemos desperdiçar" e acrescenta ainda que "estes prémios são uma excelente notícia para Oliveira da Serra mas acima de tudo, para Portugal, uma vez que reforçam a qualidade crescente do nosso azeite, um reflexo da aposta que temos feito no olival português".

Nos primeiros seis meses de 2014, Oliveira da Serra recebeu um total de 28 prémios, distribuídos por 12 concursos a nível nacional e internacional. Entre os quais estão incluídos os concursos Ovibeja, OlivoMoura, Mario Solinas, Los Angeles International Olive Oil competition e New York International Olive Oil Competition.

Fonte:  GCI