sábado, 13 de setembro de 2014

Mar e agricultura agora "são cool" garante Cristas

ESCOLA DE QUADROS DO CDS

por Valentina MarcelinoOntem11 comentários

Já lá vai o tempo em que as pessoas tinham "vergonha" de dizer que trabalhavam na agricultura, disse esta manhã a ministra da Agricultura e do Mar, na "Escola de Quadros" que o CDS-PP está a levar a cabo em Peniche. Agora "dizer eu vou fazer ervas aromáticas, eu vou fazer mirtilos" é um orgulho - "não é vergonha nenhuma".
Ainda antes de entrar na sala, Assunção Cristas confessava ao assessor do CDS que não tinha "preparado nada para a aula". "Sei bem o que quero dizer, não sei bem é como", reconhecia a sair do elevador, sorridente.
À sua espera tinha uma sala lotada dos jovens quadros do CDS, que estão em Peniche na primeira escola do partido. O improviso de Cristas não podia ser melhor. Os 'jotinhas' bebiam cada palavra da ministra que lhes falou do tempo em que "o discurso dominante era que a agricultura não tinha futuro" e em dizer que trabalhar na agricultura era uma "vergonha". Agora, assinalou, "dizer eu vou fazer ervas aromáticas, ou eu vou fazer mirtilos não é vergonha nenhuma".
A governante garante que as atividades económicas do "mar e agricultura são 'cool' porque somos um país de gente 'cool', somos a 'joalharia' agrícola, fazemos produtos de excelência". Para demonstrar estatisticamente o renovado interesse dos portugueses neste setor, Assunção Cristas lembrou que quando chegou ao governo "a execução dos financiamentos PRODER [Programa de Desenvolvimento Rural] era 10% abaixo da média europeia, agora é de 4%, acima dessa média". E mais dados: 12% de crescimento de emprego neste setor em 2013; 1600 candidaturas por mês a chegar ao ministério.
Assunção Cristas não deixava a 'turma' distrair-se, fez perguntas, interagiu. "Sabem qual é a idade média do agricultor português?", questionou. Alguns atiraram números à sorte, todos abaixo da realidade, mas ninguém acertou. "63 anos", respondeu Cristas, sublinhando a nova/sua política de apoiar os jovens agricultores. "Cerca de 7000 já foram apoiados" pelo PRODER (Programa de Desenvolvimento Rural), destaca, frisando também a cada vez maior presença das mulheres, jovens agricultoras, neste setor de atividade. "40% dos jovens agricultores são mulheres e em algumas regiões, como a serra da Estrela ou o Ave, com 60%", asseverou.

Parlamento aprovou por unanimidade projecto de resolução do Partido Socialista sobre a Estratégia Nacional das Florestas



O deputado Miguel Freitas, coordenador dos Deputados Socialistas da área da Agricultura e Mar, congratulou-se pelo facto de a Assembleia da Republica ter aprovado por unanimidade o Projeto de Resolução que o Grupo Parlamentar do Partido Socialista apresentou sobre a Estratégia Nacional para as Florestas.

O Deputado Socialista realçou que mais uma vez a floresta é um setor gerador de consensos e enalteceu a vontade dos diversos grupos parlamentares em manter a unanimidade que este setor tem merecido no Parlamento, lembrando que este Projeto de Resolução, proposto após audição dos principais agentes do sector florestal, "não tem a pretensão de definir uma nova estratégia nacional para as florestas, mas pretende contribuir para melhorar um documento que, pela sua importância, deve merecer o contributo de todos".

O Projeto de Resolução do GPPS foi apresentado durante o processo de consulta pública da atualização da atual Estratégia Nacional das Florestas (datada de 2006), promovida pelo Governo, e recomenda ao governo a identificação do seu financiamento, a concretização de uma estrutura de coordenação e de monitorização do plano, a concretização do previsto sistema nacional de informação sobre os recursos florestais, a priorização da gestão florestal sustentável, da organização e do aumento da escala de produção.

O Partido Socialista considera, ainda, a necessidade de realização de uma reunião do órgão de consulta do responsável pela área da tutela das Florestas para apresentação do documento final resultante do processo de atualização da Estratégia Nacional para as Florestas.

"Esta é uma matéria estruturante para o país e esta participação do Parlamento sinaliza mais uma vez a importância que atribuímos à floresta, quer para a economia nacional como para as políticas de desenvolvimento territorial" referiu Miguel Freitas.

Ministra Programa de Desenvolvimento Rural 'abre' a 15 de novembro


A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, anunciou hoje que as candidaturas para o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR), que vai suceder ao PRODER, abrem no dia 15 de novembro.


ECONOMIA Programa de Desenvolvimento Rural 'abre' a 15 de novembro Lusa
12:55 - 12 de Setembro de 2014 | Por Lusa

O anúncio foi feito na "escola de quadros" do CDS-PP, o acontecimento da ´rentrée' política centrista que decorre em Peniche, numa intervenção de Assunção Cristas sobre "como a terra e o mar se tornaram políticas ´cool'".

A ministra da Agricultura anunciou igualmente a aprovação de um diploma para "agilizar a execução do Promar", o programa operacional da pesca, na quinta-feira, em Conselho de Ministros.

Através desta simplificação, poderão, por exemplo, ser aceites candidaturas antes atribuição de licenças, mas também de melhor agilização entre serviços, referiu a ministra.

Relativamente ao Programa de Desenvolvimento Rural, Assunção Cristas salientou a importância de ter sido negociado com a União Europeia um "período de transição", uma medida que disse ser inédita e que vai permitir a abertura imediata de candidaturas para este "dinheiro novo".

"Conseguimos convencer a União Europeia devido à nossa elevadíssima taxa de execução", declarou, referindo que a execução do PRODER ultrapassa os 90%, 4% acima da média comunitária.

Cristas recordou que atualmente as candidaturas estão "em pausa" dada a "avalanche" de 1600 candidaturas mensais, estando em avaliação se voltarão a abrir.

A ministra explicou aos cerca de 150 jovens que participam na "escola de quadros do CDS" que todos os países do mundo, com exceção da Nova Zelândia, subsidiam a agricultura, combatendo a ideia de uma "subsídio-dependência" do setor, uma das questões que lhe foi dirigida.

Ministra da Agricultura desafia setor a ajudar a desenvolver economia do mar

12.09.2014  17:50

Assunção Cristas afirmou que o fundo disponível para esta área é de 400 milhões de euros.
A ministra da Agricultura lançou esta sexta-feira um "desafio" àqueles que no setor estão "habituados a tratar com Bruxelas", para que ajudem o Governo a desenvolver "uma nova economia" na área do mar.

Assunção Cristas falava numa sessão comemorativa dos 25 anos da Agro.Ges, Sociedade de Estudos e Projetos, realizada esta sexta-feira na Agroglobal, Feira das Grandes Culturas, que decorre desde quarta-feira em mais de 200 hectares de terreno junto ao Tejo, em Porto de Muge, no concelho do Cartaxo, pertencentes ao Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV).

A ministra afirmou que é necessária "garra" e "muita ajuda", sobretudo técnica, de "quem conheça os fundos comunitários, que esteja habituado a tratar com Bruxelas, a perceber Bruxelas", para "desenvolver uma nova economia e essa área é a área do mar".

Ministro da Economia realça contributo da agricultura para crescimento do emprego

Pires de Lima referiu a importância de responder às novas necessidades dos consumidores por alimentos mais saudáveis e aos nichos de produção para mercados "sofisticados"
O ministro da Economia realçou hoje, numa sessão realizada no âmbito da Agroglobal, Feira das Grandes Culturas, o contributo da agricultura portuguesa para o crescimento do emprego e da competitividade da economia.

António Pires de Lima justificou a sua presença no encontro que assinalou os 25 anos da Agro-Ges, Sociedade de Estudos e Projetos, com a ligação que o setor tem à indústria.

O ministro referiu os dados hoje divulgados sobre o crescimento do emprego na Europa no segundo trimestre do ano, que dão conta de um crescimento de 0,9% em Portugal (o segundo que mais cresceu em toda a União Europeia), afirmando que a agricultura tem vindo a dar um contributo positivo para este crescimento.

Pires de Lima apontou ainda o contributo do setor para o aumento da competitividade da economia portuguesa, que subiu 15 lugares no 'ranking' da competitividade mundial (de 51.º para 36.º), frisando a importância das exportações.

O setor da agricultura e da alimentação representou quase 10% da balança de exportação de bens, cerca de 3.000 milhões de euros, tendo o crescimento, até julho, sido 4% superior ao registado no mesmo período de 2013, afirmou.

Essa competitividade, disse, demonstra-se igualmente pelo ritmo da autossuficiência, sendo que, no mesmo período, as importações decresceram 3%.

Pires de Lima referiu a importância de responder às novas necessidades dos consumidores por alimentos mais saudáveis e aos nichos de produção para mercados "sofisticados".

Assunção Cristas quer fazer de Portugal «a joalharia da agricultura»


Publicado ontem às 14:38
A Ministra da Agricultura e do Mar confessou hoje a ambição de que Portugal seja conhecido como a «joalharia da agricultura».
  
A reporter Ana Catarina Santos ouviu a aula de Assunção Cristas
 
Assunção Cristas, para além de afirmar que gostaria de ver Portugal reconhecido como uma «joalharia da agricultura», esforçou-se ainda por convencer cerca de centena e meia de jovens da Juventude Popular de que a Agricultura é uma actividade sexy.
Tudo aconteceu numa aula oferecida pela ministra que acabou por revelar que em Portugal a taxa de execução do Proder está acima da média da União Europeia.
À aula também assistiu a repórter da TSF Ana Catarina Santos.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

25 anos da AGROGES

A Senhora Ministra da Agricultura e o Senhor Ministro da Economia estarão presentes na cerimónia de comemoração dos 25 anos da AGRO.GES, que decorrerá no dia 12 de Setembro, integrada na AGROGLOBAL 2014.

A AGRO.GES, Sociedade de Estudos e Projectos, uma das mais experientes e conhecidas empresas de consultoria agrícola portuguesas, foi fundada em 1989, celebrando agora os seus 25 anos ao serviço do sector agrícola e rural.

Nestes 25 anos a empresa desenvolveu mais de um milhar de estudos e projectos para largas centenas de clientes, públicos, privados e associativos, nas áreas da economia e política agrária, investimento agrícola, agro‐industrial e florestal, análises sectoriais e regionais, análises de políticas e programas, apoio à decisão nas explorações agrícolas, entre outras. A sua actividade incidiu em Portugal (Continente e Regiões Autónomas), bem como na Europa, África e América do Sul.

No dia 12 de Setembro a empresa organizará uma sessão comemorativa subordinada ao tema "Os desafios e as políticas agrícolas do futuro". Esta sessão será aberta pela Senhora Ministra da Agricultura e do Mar e encerrada pelo Senhor Ministro da Economia.

Integrará, ainda, a apresentação do livro "A Agricultura Portuguesa: Caminhos para um Crescimento Sustentável", da autoria do Professor Francisco Avillez, e uma mesa redonda sobre o tema da sessão pública, com a participação de diversos especialistas.

Esta comemoração terminará com um beberete oferecido pela AGRO.GES aos seus convidados.

APOR - Associação Portuguesa dos Orizicultores

COMUNICADO

Amanhã em Benavente produtores de arroz vão reclamar medidas efectivas do Governo para o sector

A APOR - Associação Portuguesa dos Orizicultores com a colaboração da AADS - Associação Distrital dos Agricultores de Setúbal, vai levar a efeito amanhã sexta dia 12 de Setembro de 2014 o II Encontro Nacional de Produtores de Arroz do Vale do Sorraia, Vale do Mondego e Vale do Sado, em Benavente - Santarém no Cine-Teatro, entre as 14H00 e as 18H00.

Estarão presentes cerca de 200 produtores, para além de convidados que irão intervir, entre os quais a CNA-Confederação Nacional da Agricultura, Direcção Regional Agricultura de Lisboa e Vale do Tejo, Associação Nacional dos Industriais de Arroz e Câmara Municipal de Benavente.

Este Encontro pretende principalmente discutir e reclamar medidas no sentido de melhores preços á produção, que o Governo tenha uma maior intervenção na valorização do arroz carolino nacional, de um controlo efectivo á prática de Dumping e medidas no sentido de limitar as importações maciças desnecessárias de arroz durante a colheita nacional .

Livro “Inovação em Portugal Rural” vai ser apresentado em vários pontos do país


por Ana Rita Costa
8 de Setembro - 2014

O roteiro de apresentação do livro "Inovação em Portugal Rural – Detetar, Medir e Valorizar" vai percorrer Portugal com apresentações e debates regionais que terão lugar em Vila Real (17 de setembro), Fundão (22 de setembro), Évora (29 de setembro) e Lisboa (13 de outubro).

 
O livro, da autoria de Lívia Madureira, Teresa M. Gamito, Dora Ferreira e José Portela, propõe uma metodologia para detetar e medir a inovação desenvolvida pelas organizações localizadas nas áreas rurais, permitindo captar a inovação de pequena escala e baixa intensidade tecnológica ou praticada por organizações de pequena dimensão.

Este livro foi desenvolvido Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural e pode ser descarregado aqui.


Frulact abre fábrica na África do Sul


por Ana Rita Costa
9 de Setembro - 2014
O grupo português Frulact vai abrir uma nova unidade na África do Sul. Este projeto resulta de uma joint-venture com a empresa sul-africana Blendtonels. 

 
O objetivo da empresa é reforçar a sua posição no mercado africano. João Miranda, presidente e cofundador do Grupo Frulact, explica que "estabelecer esta unidade de produção em Pretoria foi a progressão lógica da presença global do Grupo Frulact no continente africano, que temos vindo a trabalhar há muitos anos, principalmente a região do Norte de África."

A Frulact produz preparados à base de frutas para a indústria alimentar e de bebidas. Esta nova unidade vai juntar-se às que a empresa já possui em Marrocos, França e Portugal e que empregam cerca de 600 colaboradores.

Ajudas agrícolas na OCDE caíram para metade em 30 anos


por Ana Rita Costa
9 de Setembro - 2014
As ajudas agrícolas aos países da OCDE caíram para cerca de metade nos últimos 30 anos. De acordo com um relatório publicado pela OCDE recentemente, em 1986, as ajudas agrícolas representavam cerca de 37% do total das rendas agrárias.

 
Em 2013, os apoios à agricultura alcançaram os 194 000 milhões de euros nestes países, cerca de 18% das rendas agrárias. Este valor é ligeiramente menor ao registado em 2012, ano em que os apoios representaram 19% das rendas agrárias.

O estudo indica ainda que apesar da quebra nos apoios, grande parte destes encontra-se de uma forma que "distorce" os mercados, sendo, por isso, necessário que "os governos façam mais para romper com a vinculação entre as ajudas agrárias e a produção, para garantir que a atenção se centra na produtividade e na sustentabilidade".

Espanhóis querem encerramento das fronteiras da UE para citrinos sul-africanos


por Ana Rita Costa
9 de Setembro - 2014

As organizações que representam os produtores de citrinos em Espanha reclamaram recentemente junto da Comissão Europeia o encerramento das fronteiras comunitárias aos citrinos importados da África do Sul, depois de terem sido detetados sete casos de Mancha Negra em envios provenientes do país.

 
A petição do setor espanhol, que reúne organizações como a ASAJA, COAG, UPA, Cooperativas Agroalimentares, Ailimpo e Comité de Gestão de Citrinos, coincide com o anúncio da África do Sul da decisão de suspender as exportações de laranjas provenientes de zonas infetadas pela praga.

Os produtores de citrinos espanhóis entendem que qualquer medida que não seja o encerramento imediato das fronteiras às importações da África do Sul constituirá "uma burla inaceitável por parte da Comissão Europeia."

Caso chegue à União Europeia, a praga de Mancha Negra poderá por em risco cerca de 600 000 hectares de citrinos, uma vez que até agora ainda não existem tratamentos eficazes para a doença que afeta regiões como Ásia, Oceânia, América e África, onde já causou perdas de cerca de 80% das produções.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Phil Hogan é o novo comissário europeu para a Agricultura e Desenvolvimento Rural

por Ana Rita Costa
10 de Setembro - 2014

O irlandês Phil Hogan vai suceder a Dacian Ciolos no cargo de Comissário para a Agricultura e Desenvolvimento Rural da Comissão Europeia. Hogan foi durante três anos ministro do Ambiente, da Comunidade e do Governo Local da Irlanda, cargo que abandonou em julho deste ano.

 
A pasta da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Comissão Europeia dividir-se-á durante o próximo mandato pelos serviços 'DG Agriculture and Rural Development (AGRI)' e 'Research Executive Agency (REA)'.

A nova Comissão Europeia, liderada por Jean-Claude Juncker, é composta por 19 homens e por nove mulheres e terá que aguardar pela aprovação do Parlamento Europeu. O português Carlos Moedas, ficará com a pasta da Ciência, Investigação e Inovação. 

“É importante reforçar o setor leiteiro para minimizar o impacto do fim das quotas”

por Ana Rita Costa
10 de Setembro - 2014

A Lactaçores inaugurou ontem (9 de setembro) uma nova unidade logística no complexo industrial de Vila Franca de Xira. Presente na cerimónia de inauguração, Vasco Cordeiro, Presidente do Governo Regional dos Açores, defendeu que é preciso "reforçar o setor leiteiro para minimizar os impactos do fim das quotas leiteiras", anunciado já para 2015.

 
De acordo com o Presidente do Governo dos Açores, têm sido desenvolvidas várias ações nos Açores para "reforçar a competitividade do sector agrícola, em especial o sector leiteiro", como a melhoria de acessibilidades às explorações e o fornecimento de água e energia elétrica às mesmas.

Vasco Cordeiro referiu ainda que "com menos de 3% do território nacional, os Açores são responsáveis por 30% da produção de leite nacional", o que "mostra a vitalidade do setor leiteiro na economia açoriana".

Gil Oliveira, Presidente da Lactaçores, também se revelou preocupado com o fim das quotas leiteiras: "2015 aproxima-se rapidamente, as nossas associadas estão dotadas de fábricas modernizadas e a Lactaçores estruturada com capacidade de venda. O fim das quotas está aí, e os problemas políticos internacionais todos os dias nos colocam preocupações face às pressões comerciais de cada momento."

Lactaçores quer chegar a seis novos países

A nova unidade logística da Lactaçores, um armazém de temperatura ambiente com 3000 metros quadrados, representou um investimento de um milhão de euros e vai criar 15 novos postos de trabalho diretos.

A União de Cooperativas de Lacticínios dos Açores constituída pela Unileite, pela CALF e pela Uniqueijo exporta atualmente para 16 países em todos os continentes, mas com esta nova unidade o objetivo é também chegar à China, à Índia, aos Emirados Árabes Unidos, ao Japão, à África do Sul e à Colômbia.

De acordo com as previsões da Lactaçores, as vendas deste ano representarão um volume de 59 milhões de litros de leite, 10 milhões de quilos (queijo e manteiga) transacionados e uma faturação de cerca de 71 milhões de euros, 10% da qual proveniente dos mercados externos. 

GNR apreende mais de mil embalagens de pesticida


11 de Setembro de 2014 139 vizualizações.

A GNR anunciou hoje a apreensão, em Albergaria-a-Velha, de mais de mil embalagens de produtos fitofarmacêuticos, vulgarmente conhecidos por pesticidas, que estavam à venda num estabelecimento comercial que não dispunha de autorização para a sua comercialização.
A apreensão foi efectuada pelo Núcleo de Protecção Ambiental de Águeda da GNR, no âmbito de uma acção de fiscalização, que ocorreu na passada quarta-feira, num estabelecimento de venda de produtos fitofarmacêuticos em São João de Loure, Albergaria-a-Velha.
"Foi elaborado um auto de contra-ordenação por o estabelecimento não possuir autorização para comercialização de produtos fitofarmacêuticos tendo sido apreendidos 1091 embalagens de produtos fitofarmacêuticos", refere a GNR.
Os produtos fitofarmacêuticos destinam-se a proteger as plantas das doenças, pragas ou infestantes e estão disponíveis não só para utilização agrícola, mas também florestal e em jardinagem. A venda destes produtos só pode ser feita nos estabelecimentos autorizados pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária.

Moscatel Adega de Favaios considerado o melhor vinho do Douro 2014


A Adega de Favaios acaba de vencer seis medalhas e um troféu, na maior e mais prestigiada competição de vinhos e bebidas espirituosas da China e Hong Kong, o China Wine & Spirits Awards - CWSA 2014.

Nesta edição a adega arrecadou um dupla medalha de Ouro e um troféu de melhor vinho do Douro, para a edição Moscatel do Douro Clássico, uma dupla medalha de Ouro para o Moscatel do Douro Reserva e uma dupla medalha de Ouro para o Moscatel do Douro 10 anos.

Os prémios foram recebidos com grande entusiasmo, "Estamos orgulhosos por partilhar com todos a distinção que tivemos No CHINA WINE & SPIRITS AWARDS (CWSA) 2014, com três dos nossos moscatéis.

O nosso Moscatel de Favaios Clássico distinguido como melhor vinho do Douro e dupla medalha de ouro, o Moscatel de Favaios reserva com dupla medalha de ouro e o Moscatel de Favaios 10 anos também com medalha de ouro.

Desta forma a Adega de Favaios vê reconhecida a performance de toda a equipa que diariamente luta pela evolução nos mercados, nomeadamente neste mercado chinês, que aprovou com distinção os nossos vinhos."

Fonte:  ADBDCommunicare

Mirando do Douro tem novo projecto para promover raça bovina mirandesa


A Câmara de Miranda do Douro vai reactivar infraestruturas com décadas de existência para incrementar a produção de animais de raça bovina mirandesa, no sentido de aumentar o efectivo de uma espécie autóctone "com potencial reconhecido".

"O que pretendemos é revitalizar os produtos endógenos e o concelho de Miranda do Douro é forte em raças autóctones, com potencial reconhecido, como é caso dos bovinos de raça mirandesa. Estamos dispostos a apostar forte no sector pecuário", disse à agência Lusa o autarca de Miranda do Douro, Artur Nunes.

Um dos primeiros passos é a recuperação do centenário Posto Zootécnico de Malhadas (PZM), já que todo o processo de transferência dos terrenos e imóveis da unidade zootécnica para a autarquia se encontra em "estado avançado".

A unidade zootécnica foi criada em 1913 e está instalada numa área com cerca de 50 hectares, dotada de estábulos, uma unidade logística constituída por dois edifícios, posto de recolha e análise de sémen, áreas de pastagem, entre outros equipamentos.

O PZM esteve sob a tutela do Ministério da Agricultura até 1993, tendo passado para a gestão de duas associações de produtores pecuários da região, que se mantém até hoje.

A autarquia já se comprometeu a revitalizar as instalações do mercado de gado de Malhadas e instituir uma feira mensal para a compra e venda de animais de raças autóctones, como a bovina mirandesa, ou ovinos de raça churra mirandesa.

"Com estes projectos, queremos dizer aos produtores pecuários que vale a pena apostar na raça bovina mirandesa e este trabalho terá de ser feito em conjunto com todas as autarquias que integram o Solar da Mirandesa tais como Bragança, Mogadouro, Macedo de Cavaleiros, Vimioso e Vinhais", sublinhou o autarca de Miranda do Douro.

Apoiar os produtores de raça bovina mirandesa continua a ser "uma das prioridades" da Câmara de Miranda do Douro no sentido de promover a "fixação" de jovens produtores pecuários na região do planalto mirandês, acrescentou.

O planalto foi desde sempre um território propício para a criação de animais de raça bovina mirandesa. No entanto, os agricultores garantiram que precisam de mais apoios para aumentar o actual efectivo da raça, que ronda os 5.500 animais inscritos no livro genealógico e que está a cargo da Associação de Criadores de Bovinos de Raça Mirandesa.

Fonte:  Lusa

FSC e PEFC não monitorizam a eliminação de resíduos em florestas certificadas

Desde há um ano que a Acréscimo tem vindo a solicitar a visita a locais de eliminação de resíduos industriais em solos de florestas certificadas. Tal ainda não foi autorizado.

Subsequentemente, a Acréscimo desenvolveu contatos com entidades certificadoras, com o FSC (Forest Stewarship Council) e com o PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification), para averiguar do acompanhamento destas entidades gestoras de sistemas de certificação florestal à eliminação de resíduos em solos florestais. Do PEFC não houve qualquer esclarecimento. Do FSC houve resposta a nível internacional que contraria contudo as justificações dadas a nível nacional. Apesar de presentes em Portugal há mais de uma década, a monitorização à eliminação de resíduos em áreas de florestas certificadas não tem feito parte da agenda nas auditoriais realizadas no âmbito do FSC e do PEFC.

Para além de outras consequências para o ambiente, a aplicação de resíduos nos solos pode aportar consequências para a saúde pública.

A possibilidade de eliminar resíduos nos solos está enquadrada pela Diretiva 86/278/CEE, do Conselho, de 12 de junho (Diretiva Lamas), transposta ultimamente para o regime jurídico português através do Decreto-lei n.º 276/2009, de 2 de outubro.

No âmbito da aplicação da Diretiva Lamas, Portugal tem a obrigação de apresentar relatórios trienais de monitorização, conforme o disposto no Art.º 5.º da Diretiva 91/692/CEE, do Conselho, de 23 de dezembro. Desconhecem os eventuais relatórios produzidos após 2009.

Em Portugal, o Ministério do Ambiente fiscaliza a gestão dos resíduos, muito embora vários relatórios ponham seriamente em causa a eficiência do seu desempenho. Já o Ministério da Agricultura sustenta que as quantidades de resíduos aplicados nos solos são suportados de acordo com o preceituado em manual que não abrange as culturas florestais (Manual de Fertilização das Culturas do INIAV). Quanto à fiscalização, pelo Ministério da Agricultura, da eliminação de resíduos nos solos como fertilizante orgânico, a sua eficiência está por demonstrar publicamente, designadamente no que respeita às florestas e às operações realizadas a grandes players silvo-industriais, como o Grupo Portucel Soporcel e o Grupo Altri.

Apesar do disposto na legislação poder ser discutível, sobretudo na sua aplicação a culturas florestais, tendo em conta a ausência de estudos científicos independentes realizados nos ecossistemas nacionais (solos e clima diferenciados), a efetividade das ações de fiscalização desenvolvidas pelos Ministérios do Ambiente e da Agricultura, é ainda mais discutível. Desconhecem-se relatório de progresso neste domínio. Na fiscalização, está em causa não só o acompanhamento dos procedimentos de aplicação dos resíduos nos solos, mas sobretudo a monitorização subsequente sobre os potenciais impactos nos ecossistemas, mas sobretudo para as populações rurais, por exemplo nos odores emitidos, ou na qualidade das águas de abastecimento humano. As florestas ocupam geralmente áreas declivosas, de solos pobres, mais sujeitas a fenómenos de escoamento de componentes dos solos, ou adicionados aos solos, com capacidade para contaminar química e biologicamente os recursos aquíferos.

Nas áreas florestais certificadas, os requisitos inerentes à sua certificação afirmam assegurar como mínimo o cumprimento dos dispositivos legais. A adesão a tais requisitos é voluntária, no pressuposto de gerar mais valias nos mercados. Todavia, apesar da emissão para os consumidores dos benefícios da aquisição de produtos de base florestal certificados, o facto é que, quer o FSC quer o PEFC não têm dado garantias quanto à monitorização dos potenciais impactos associados à aplicação de resíduos nas florestas que certificam, sobretudo nas florestas geridas ou detidas por grupos industriais, eles próprios produtores desses resíduos. Sistematicamente, ou ignoram a situação, no caso do PEFC, ou manifestam grandes fragilidades na sua atuação, como é o caso do FSC. Estas atitudes geram fortes dúvidas sobre o seu comprometimento quanto aos objetivos e às normas que os próprios sistemas de certificação definiram.

Colocada a questão, apesar da sua presença em Portugal à longos anos, só este ano (2014), após intervenção da Acréscimo, o FSC argumenta ter dado início ao acompanhamento, em sede de auditoria externa, à aplicação de resíduos em solos de florestas certificadas. Todavia, só este acompanhamento é manifestamente insuficiente. A obrigação destes certificadores é de exigir a monitorização contínua destas aplicações e logo a partir do momento em que sustentam os certificados às entidades que admitem a aplicação destes resíduos nos solos que gerem (lamas de depuração, cinzas e suas misturas).

Documentação produzida para a Comissão Europeia sustenta várias preocupações sobre a aplicação destes resíduos em culturas agroflorestais, seja ao nível dos teores de azoto e de fósforo nos solos, seja nos de cádmio e zinco, noutros contaminantes inorgânicos e nos contaminantes orgânicos, nos gases de efeito estufa e nos odores.

Para estarem em consonância com os objetivos e as garantias que dizem sustentar perante a Sociedade, quer o FSC quer o PEFC têm de garantir a existência de instrumentos de monitorização contínua em áreas de floresta certificada sujeitas à aplicação de resíduos urbanos e industriais. As suas ações devem ter por suporte o conhecimento científico produzido por entidades independentes, que tenham por base os ecossistemas nacionais. Isso hoje não acontece.

Para se ter uma ordem de grandeza, o governo português prevê para 2020 a produção de 750.000 toneladas anuais de lamas de depuração, mais 330.000 toneladas anuais do que as apontadas em 2010, com a aplicação de 50% em solos agroflorestais. Outros Estados Membros são mais restritivos quanto a aplicação destes resíduos em culturas agroflorestais, como a Áustria, a Bélgica, a Eslovénia, a Estónia, a Finlândia, a Grécia, a Polónia e a Suècia, ou não consideram sequer a aplicação destes resíduos nos solos, como na Holanda. Em Portugal, a pressão para a aplicação destes resíduos nos solos agroflorestais têm vindo a aumentar significativamente. As estimativas de produção de lamas de depuração em 1995 eram de 145.855 toneladas, com a aplicação de 60% em culturas agroflorestais, sendo que em 2005 a estimativa apontou para as 401.017 toneladas de lamas de depuração, com 56% aplicadas em culturas agroflorestais. As regiões do Norte, Lisboa e Vale do Tejo e do Centro assumem especial destaque neste domínio.

Com o anunciado aumento da capacidade industrial no setor da pasta e papel em Portugal, responsável por mais de 60% da área de floresta certificada no país, a pressão sobre o FSC e o PEFC está definitivamente assegurada.

Lisboa, 9 de setembro de 2014

Nova área de biológicos no agrozapp


O sistema de informação sobre factores de produção para a agricultura

A partir de ontem passou a estar disponível a pesquisa por produtos para a agricultura biológica no agrozapp, o sistema de informação sobre factores de produção para a agricultura .

Passa assim a ser possível aceder a factores de produção para agricultura biológica. A nova secção apresenta a mesma pesquisa facilitada e reúne todos os fertilizantes e fitofarmacêuticos autorizados em Portugal, para a produção em modo biológico.

O agrozapp é útil para todos os intervenientes agrícolas, desde produtores e técnicos a estudantes e produtores domésticos, entre outros.




O agrozapp é uma aplicação para a agricultura que agrega todos os produtos para agricultura biológica, fitofarmacêuticos, adubos e fertilizantes comercializados e autorizados em Portugal.

É uma solução multiplataforma com um motor de busca avançado que permite fazer pesquisas cruzadas, por vários critérios, com sugestões a partir de 3 letras.

O agrozapp é desenvolvido pela empresa Impactwave, que presta serviços de consultoria digital, estando neste momento com grande enfoque no sector agrícola.

Fonte:  Impactwave

Açores: Fim das quotas leiteiras obriga a reforço do sector


O presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, alertou ontem para a importância de reforçar a aposta no sector leiteiro daquela região autónoma, a fim de minimizar o impacto do fim das quotas leiteiras, em 2015.

Vasco Cordeiro, que presidiu ontem à inauguração de uma nova unidade logística da Lactaçores, em Vila Franca de Xira, apelou à necessidade de capacitar ainda mais o sector leiteiro dos Açores para enfrentar vários desafios, nomeadamente o do fim das quotas leiteiras.

"O Governo Regional tem desenvolvido um conjunto de medidas que visam reforçar a competitividade do sector agrícola, em especial o sector leiteiro. Essa não é uma ação de agora, já vem de há algum tempo, para fortalecer a posição dos lacticínios nos Açores", afirmou aos jornalistas.

Melhoria de acessibilidades às explorações, fornecimentos de água e energia elétrica às explorações, foram algumas das medidas enumeradas por Vasco Cordeiro que considerou o reforço da qualidade do leite dos Açores uma prioridade no sector.

"Os nossos desafios passam pela continuação do crescimento, sobretudo na valorização do produto, e termos capacidades de valorizar cada vez mais os laticínios nos Açores. O apelo que faço é que continuemos todos com a consciência nítida da importância que o sector leiteiro tem na economia dos Açores", concluiu Vasco Cordeiro no seu discurso.

A Lactaçores - União de Cooperativas de Laticínios dos Açores inaugurou ontem uma nova unidade logística em Vila Franca de Xira, num investimento de cerca de um milhão de euros e na qual serão criados 10 a 15 novos postos de trabalho directos.

No discurso da inauguração, o presidente da Lactaçores, Gil Oliveira, mostrou-se também "preocupado" com a aproximação do fim das quotas leiteiras.

"O final das quotas está aí. Os problemas políticos internacionais todos os dias nos colocam preocupações face às pressões comerciais de cada momento. Acreditamos que estamos no bom caminho, mas estamos preocupados. A União Europeia prepara mecanismos para minimizar os impactos negativos e acreditamos que o Governo Regional dos Açores estará igualmente atento para olhar para este sector", afirmou.

A Lactaçores prevê para este ano um volume de vendas de 59 milhões de litros de leite, 10 milhões de quilos de queijo e manteiga e uma facturação a rondar os 71 milhões de euros.

Fonte:  Lusa

Embargo da Rússia causa "grandes perturbações" ao sector leiteiro dos Açores


O presidente da Lactaçores - União de Cooperativas de Laticínios dos Açores, Gil Oliveira, lamentou ontem as "grandes perturbações" causadas pelo embargo da Rússia a produtos europeus e apelou aos governantes para a rápida solução do problema.

"A Lactaçores ia agora começar a enviar produtos para lá. Já tínhamos tudo articulado para arrancar com o mercado na Rússia e agora é uma porta que se fecha. É evidente que isso é uma grande perturbação para nós e afecta-nos, com certeza", afirmou Gil Oliveira.

O responsável falava à agência Lusa à margem da inauguração da nova unidade logística da Lactaçores, em Vila Franca de Xira.

Questionado sobre o impacto do embargo russo, Gil Oliveira apelou para a urgente resolução do problema.

"Apelo aos governantes para que se entendam e façam com que esta questão seja resolvida o mais rápido possível", disse.

Sobre as medidas de apoio financeiro que a União Europeia já anunciou, Gil Oliveira considera que "não trazem grandes mais-valias" no sector leiteiro.

"Os apoios são sempre importantes, mas não terão grande significado para nós. Vamos estar atentos ao que se vai passar", concluiu.

O embargo da Rússia a produtos europeus é a represália de Moscovo pelas sanções da União Europeia pelas violações russas da soberania da Ucrânia.

Fonte:  Lusa

Programas de informação e promoção de produtos agrícolas no mercado interno e em países terceiros

Setembro 10
14:10
2014

Tendo em conta que decorre até 30 de setembro de 2014, o período para apresentação de Programas de Ações de Informação e Promoção de Produtos Agrícolas no mercado interno e em países terceiros, informa-se o seguinte:

1. A participação Financeira para o setor do vinho, de acordo com o ponto nº 9 do Caderno de Normas[pdf:742 kb; 32 pág.], para os anos 2015 a 2017 será a seguinte:

Dotação ano 2015 – 65.000 euros
Dotação ano 2016 – 65.000 euros
Dotação ano 2017 – 135.000 euros
2. Adicionalmente, informa-se que a Comissão Europeia pretende aumentar o orçamento disponível, para programas de Promoção de Produtos Agrícolas, a iniciar em 2015, em €30 milhões, devido ao impacto do embargo da Rússia a certos produtos agrícolas provenientes da União Europeia, e incentiva a utilização desse reforço orçamental para a apresentação de programas, no concurso que agora decorre.

IFAP

ASAE apreende 775 mil ovos frescos e 19,8 toneladas de ovoproduto em Leiria


A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) anunciou hoje a apreensão de cerca de 775 mil ovos frescos e 19,8 toneladas de ovoproduto num centro de embalamento e classificação de ovos no concelho de Leiria.
Em comunicado, a ASAE adianta que a ação de fiscalização, realizada na terça-feira pela Unidade Regional do Centro, determinou também a instauração de um processo de contraordenação por falta de rastreabilidade, não marcação dentro do prazo, incorreta indicação de durabilidade e, ainda, por falta de licença para entrepostagem de ovoproduto.
Segundo a ASAE, o valor dos ovos frescos e do ovoproduto apreendidos é na ordem dos 133 mil euros.
Diário Digital / Lusa

Valada no Cartaxo recebe Agroglobal – Feira das Grandes Culturas

by Bruno Oliveira on 9 de Setembro de 2014 em Economia

Mais de 200 expositores ligados ao mundo agrícola vão demonstrar o potencial do setor em mais uma edição da Agroglobal, a Feira das Grandes Culturas, que decorre de 10 a 12 de setembro, em Valada, no Cartaxo, numa vasta área de exposição e de demonstração ao vivo das mais avançadas metodologias de cultivo.

A feira traz também grandes figuras da agricultura nacional para debaterem o futuro do setor e, em especial, das chamadas "grandes culturas" como é o caso do milho, designação inicial da feira, que decorreu pela última vez em 2012.

No primeiro dia, logo pelas 11h, realiza-se um debate sobre a reforma da PAC com a participação de Arlindo Cunha, ex-ministro da Agricultura, Eduardo Diniz (GPP), Patrícia Cotrim (PRODER), Luís Bulhão Martins e Luís Mira (CAP). O debate prossegue, às 14h30, com a intervenção do secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, de Luís Capoulas Santos (ex-ministro), Luís Souto Barreiros (IFAP), Ana Carrilho (CAP) e Manuela Nina Jorge (AGRO.GES).

No dia 11, é apresentado o projeto Mais Milho e vai ser abordada a importância da água para a agricultura portuguesa, com as intervenções de Eduardo Oliveira e Sousa, João Machado (presidente da CAP), José Pedro Salema (EDIA), Luís Palha da Silva (Galp) e Miguel Andrade (EDP). Neste dia, visita a Feira o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Francisco Gomes da Silva, pelas 11h. Também neste dia, pelas 14h30, o jornalista do Expresso, Nicolau Santos, modera um painel que vai abordar os setores produtivos da agricultura portuguesa, com a presença de Fernando Cardoso (FENALAC), João Coimbra, Miguel Teles Branco, João Portugal Ramos, Luís Folque (SOVENA) e Luís Mesquita Dias (Vitacress).

No último dia, 12 de setembro, vai falar-se de agricultura de precisão com Pedro Aguiar Pinto (ISA) a moderar João Serrano (Universidade de Évora), Luís Alcino Conceição (ESAE) e Ricardo Braga (ISA). À tarde, pelas 15h, assinala-se o 25º aniversário da AGRO.GES e a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, visita a Feira. Por esta altura é apresentado o livro de Francisco Avillez sobre "A Agricultura portuguesa: Caminhos para um crescimento sustentável", que é apresentado por Manuel Braga da Cruz. Segue-se um debate com António Gonçalves Ferreira a moderar um painel constituído por Armando Sevinate Pinto (ex-ministro da Agricultura), Augusto Mateus, Francisco Avillez, José Félix Ribeiro e José Lima Santos. Pelas 17h30, será a vez do ministro da Economia, Pires de Lima, visita a Feira.

O espaço terá disponível rede móvel para voz e banda larga móvel 4G.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Confederação de agricultores defende programa nacional para evitar mortes com tratores

08.09.2014  19:24

Os números de mortes relacionadas com tratores agrícolas é elevado e a CNA quer apoios para a sensibilização
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) defendeu hoje a necessidade de um programa nacional para ajudar a travar os acidentes com tratores, que classifica de "tragédia nacional".


A Guarda Nacional Republicana (GNR) registou entre janeiro de 2013 e julho deste ano 256 acidentes com tratores agrícolas no continente, que provocaram 115 vítimas mortais e 83 feridos graves, segundo dados facultados à agência Lusa no final de agosto.


"O que também é trágico é esta insensibilidade oficial perante um problema desta gravidade. Parece que se atiram os mortos e os estropiados para debaixo do tapete. Andamos a dizer isto há anos, que é uma tragédia crónica que se está agravar", afirmou João Dinis, dirigente da CNA.

FALTA DE SENSIBILIZAÇÃO AGRAVA O PROBLEMA

A "falta de reconhecimento oficial da gravidade do problema" é, segundo a CNA, um dos principais problemas que contribuem para aquele que é "um dos mais graves problemas a afetar a agricultura familiar".


De acordo com a organização, é preciso fazer um programa nacional de sensibilização e de formação dos agricultores "que fosse sistemático, que fosse executado com as organizações agrícolas de forma sistemática", com dinheiro disponível e que "não pode ser uma coisa a fazer de conta".


João Dinis defendeu que também é preciso avaliar de forma séria por que é que há tantos acidentes.

"E isto também cabe às próprias autarquias. Mas atenção: é preciso que o Governo financie", acrescentou.

Entre as razões possíveis, João Dinis destacou a perda de rendimentos dos agricultores, que têm de trabalhar de sol a sol nas épocas de maior intensidade do trabalho agrícola, aumentando o cansaço, a falta de dinheiro para substituir máquinas velhas e "alguns aspetos de mentalidades que é preciso alterar".

NÚMEROS DAS FORÇAS DE SEGURANÇA SÃO ALARMANTES

Em 2013, nos 18 distritos do país ocorreram 122 acidentes com tratores em terreno agrícola/privado, que causaram a morte a 52 pessoas, ferimentos graves em 24 vítimas e ferimentos leves noutras 44. Este ano, até maio, registaram-se 66 acidentes em terrenos agrícolas, que provocaram 22 mortos, 13 feridos graves e 33 feridos leves.

Em relação aos acidentes com tratores ocorridos na via pública, a GNR registou de norte a sul, em 2013, 48 acidentes, 26 mortes, 23 feridos graves e 11 feridos leves. Até julho deste ano, a GNR tem a informação de 20 destes acidentes, os quais causaram 15 vítimas mortais, 23 feridos graves e dois feridos leves.

A Polícia de Segurança Pública registou, na sua área de intervenção de Portugal continental, entre 2011 e o primeiro semestre deste ano, 116 acidentes, dos quais resultaram três mortos, dois feridos graves e 15 feridos leves, segundo informação enviada à Lusa.

De acordo com o Comando-Geral da GNR, as causas dos acidentes com tratores agrícolas devem-se a vários fatores.

"A falta de manutenção do veículo, a falta de uma estrutura de proteção (o denominado 'arco de Santo António´), a fadiga provocada por excesso de horas de trabalho, a condução sob o efeito de álcool e o excesso de carga", aponta a GNR.

Programa do auditório da AgroGlobal 2014

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Agricultura madeirense cresce 60% em 12 anos


O secretário do Ambiente e Recursos Naturais da Madeira disse ontem que o sector agrícola do arquipélago teve um "resultado excepcional" em 12 anos, pois registou um crescimento de 60%, representando um rendimento de 135 milhões de euros.

"Em 2000, o valor total da produção agrícola regional era de 84,5 milhões de euros e, em 2012, o último ano de estatísticas disponível, subiu para 135 milhões de euros, o que representa um crescimento de 60% em 12 anos", afirmou Manuel António Correia à margem da Festa da Uva e do Agricultor, na freguesia do Porto da Cruz, concelho de Machico.

Na opinião do governante madeirense, estes resultados são "excepcionais" e evidenciam o "grande trabalho por parte dos agricultores e dos produtores agropecuários da Madeira".

Fonte:  Lusa


Fábrica parada há mais de um ano à espera de autorização para exportar para os Estados Unidos

ANA RUTE SILVA 08/09/2014 - 09:31
Primeiro fungicida orgânico concebido pela Converde a partir de proteínas está bloqueado à espera de autorizações dos reguladores dos EUA.

 
A vinha é um dos mercados potenciais do fungicida da Converde

Um produto português, único no mundo, está armazenado na fábrica há mais de um ano à espera das autorizações para entrar no mercado norte-americano. As dificuldades em obter luz verde por parte dos reguladores obrigaram à paragem de produção do fungicida orgânico, o primeiro no mundo a ser concebido a partir de sementes germinadas de tremoceiros e fruto de uma investigação do Instituto Superior de Agronomia (ISA), que começou em 1991. A intenção era começar a vender em 2014, mas o processo estagnou na burocracia.

"Temos um acordo de distribuição com uma empresa americana, a FMC. A Environmental Protection Agency (EPA) [Agência de Protecção Ambiental americana] tem o produto registado, mas bloqueou a entrada nos Estados Unidos até que se supere um problema levantado pela Food and Drug Administration (agência federal americana reguladora dos medicamentos), que pediu estudos que evidenciassem que o produto não causará alergias. Depois destes estudos, devemos proximamente ter o caminho livre de venda na América do Norte (Estados Unidos e Canadá)", diz Mário Pinto, presidente executivo da Converde, a empresa portuguesa que criou o fungicida.

Com um investimento de mais de 31 milhões de euros, comparticipado por fundos comunitários, a Converde inaugurou a fábrica em Cantanhede em Janeiro de 2013 e empregava, na altura, 30 trabalhadores. A laboração propriamente dita arrancou em Fevereiro e foram produzidas 100 toneladas de fungicida, o equivalente à capacidade máxima de armazenamento disponível na unidade. "Como não tínhamos mais capacidade de armazenamento do produto, parámos a produção", continua o presidente executivo. Dos 30 trabalhadores, apenas se mantêm os efectivos (14) e, já este ano, os colaboradores com salários mais elevados aceitaram uma redução de ordenado. Os accionistas (a maioria empresas de capitais de risco) "disponibilizaram três milhões de euros até ao fim do corrente ano" para manter a empresa no activo até que seja possível exportar, adianta Mário Pinto.

Além do processo de autorização para os Estados Unidos, estão também a correr negociações para a entrada na União Europa, Japão e China. Neste último caso, a expectativa é começar a vender no início de 2016. Na Europa "o processo é mais lento por não ser a mesma entidade a avaliar a parte técnica e a parte da eficácia (testes de campo)", diz o responsável. Além disso, estes testes terão de ser feitos em três regiões europeias diferentes, o que atrasa ainda mais as autorizações de comercialização. Quanto ao Japão, Mário Pinto acredita que será um processo demorado. "Normalmente demora entre seis e oito anos, mas como não é um químico por ser que encurtem", afirma.

A Converde - que detém o estatuto IAPMEI Inovação e recebeu o Prémio Startup Portugal PME - já reuniu com o Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito, colocando, assim, o Governo a par do problema.

Demora nas autorizações
Tudo começou em 1991 com a investigação pioneira no ISA que identificou uma proteína multifuncional, produzida durante a germinação de uma variedade de tremoço. Há outros fungicidas orgânicos no mercado, mas este é o primeiro à base de proteínas.

Em 2011, foi estudada a sua viabilidade comercial, depois de uma participação no programa Cohitec (uma acção de formação em comercialização de tecnologias promovida pela Cotec, Associação Empresarial para a Inovação). Fundou-se a Converde, que tem como accionistas a CEV (com 80% do capital e que é detida por quatro investidores de capital de risco – Promotor, Change Partners, F. Ramada Investimentos e ES Ventures). Os professores do ISA Ricardo Ferreira, Virgílio Loureiro e Sara Monteiro têm, cada um, 10% de participação.

O Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional apoiou o projecto entre 2011 e 2013 "através da concessão de financiamento para os custos da investigação e do desenvolvimento do fungicida, o custo do novo edifício da Converde e a instalação do equipamento de fabrico", lê-se numa informação da comissão europeia.

O produto poderá ser usado para proteger videiras, tomates, morangos e amêndoas contra fungos e chamou a atenção da FMC, gigante química norte-americana que, logo em 2012, no seu relatório de sustentabilidade, dava nota do potencial do "Fracture", o nome comercial adoptado nos Estados Unidos (será Problad Plus na Europa). "Este produto protector, disponível em 2013, vai ajudar os agricultores da América do Norte a melhorar a qualidade da colheita", lê-se no documento. As previsões acabaram por não se cumprir.

"Estávamos preparados para encontrar obstáculos. Mas aprendemos que lidar com os reguladores é muito demorado e complexo", conclui Mário Pinto, quando questionado o sobre se a Converde esperava tantas dificuldades na exportação.

Douro com cartão de benefício electrónico nesta vindima


O Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) introduziu nesta vindima o acesso por via electrónica à autorização de produção de vinho do Porto, o antigo cartão de benefício, que determina a quantidade destinada a cada viticultor.

A autorização de produção corresponde à quantidade que cada produtor pode beneficiar ou transformar em vinho do Porto. O total de benefício fixado para este ano é de 105.000 pipas de mosto (550 litros cada).

"Os viticultores passaram a poder descarregar a sua autorização de produção directamente em sua casa", afirmou hoje à agência Lusa o presidente do IVDP, Manuel de Novaes Cabral.

O acesso electrónico à autorização de produção visa "simplificar" e "acelerar" procedimentos, melhorando assim a relação entre os viticultores e o instituto público.

Desta forma, a informação sobre o benefício atribuído a cada produtor foi antecipada para 01 de Agosto, quando anteriormente era dada apenas no final desse mês.

Ao mesmo tempo, de acordo com o responsável, reduzem-se custos e adotam-se práticas mais amigas do ambiente.

Com 25 mil viticultores recenseados na Região Demarcada do Douro (RDD), eram impressas, pelo menos, 50.000 páginas em cada vindima, já que cada autorização de produção tem no mínimo duas páginas.

Manuel Cabral frisou que o processo está a correr bem e que, até hoje, houve 10.708 autorizações de produção descarregadas online, o que corresponde a 74.652 pipas de mosto generoso. Este valor equivale a 71% do quantitativo global.

Ainda restam entregar mais de 23.000 autorizações de produção, as quais estão a ser impressas e irão ser distribuídas aos viticultores pelo procedimento tradicional, em carta enviada por correio.

Este valor revela que grande parte dos produtores do Douro possui pequenas parcelas de vinha. A realidade do território revela ainda que muitos são já idosos e possuem dificuldades no acesso às novas tecnologias de informação.

Precisamente por causa disso, o processo vai ser introduzido gradualmente, coexistindo a fórmula tradicional e o acesso online.

Para ajudar na divulgação desta medida, o IVDP contactou com as câmaras que fazem parte da Comunidade Intermunicipal do Douro e todas as juntas de freguesia da região demarcada, algumas as quais, inclusive, se mostraram disponíveis para ajudar os mais idosos a aceder à internet.

Durante a época de vindimas, o IVDP intensifica também as acções de fiscalização.

"A nossa fiscalização está no terreno todo o ano. Agora, as vindimas são um período de particular atenção relativamente a determinadas acções de fiscalização", frisou Manuel Cabral.

O objetivo é controlar a produção e circulação dos produtos do Douro, garantir o cumprimento das normas em vigor e a genuinidade das denominações de origem Douro e Porto, ou seja, atestar que estes vinhos são feitos com uvas provenientes exclusivamente da região demarcada.

Na vindima de 2013, o IVDP fiscalizou 236 centros de vinificação, 277 viaturas e 20 parcelas de vinha, operação que resultou em sete autos de notícia, menos dois do que em 2012.

O controlo foi feito em todas as fases da vindima, desde o corte das uvas ao transporte e nos centros de vinificação.

Este ano, o IVDP formalizou também um protocolo de colaboração com a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) com vista a um trabalho conjunto na defesa e protecção das denominações de origem Douro e Porto.

Fonte:  Lusa

Agricultura: Ministros europeus debatem medidas para aliviar embargo russo


 
Os ministros da Agricultura da União Europeia (UE) reúnem-se hoje à tarde, em Bruxelas, com as medidas para aliviar o impacto do embargo da Rússia a produtos europeus em agenda.

Na quarta-feira, a Comissão Europeia propôs o reforço, em 30 milhões de euros, das verbas para promoção de produtos agrícolas e procura de novos mercados.
A Comissão Barroso considera ainda a possibilidade - que tem que ser aprovada pelos ministros - de adotar medidas específicas para ajudar pequenos produtores.
Portugal estará representado pela ministra da Agricultura e das Pescas, Assunção Cristas.
A 20 de agosto, a ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, disse que o Governo estava preocupado com os produtores de carne afetados pelo embargo russo e que iria discutir, em Bruxelas, a possibilidade de o setor receber ajuda europeia.
Diário Digital com Lusa

Dia do vinho do Porto assinalado pela primeira vez a 10 de Setembro

05-09-2014 às 12:080

Dia do vinho do Porto assinalado pela primeira vez a 10 de Setembro


A primeira edição do Dia do Vinho do Porto, que se assinala a 10 de setembro, faz uma homenagem aos viticultores, comerciantes e ao vinho produzido no Douro, a mais antiga e regulamentada região demarcada do mundo.
Foi precisamente a 10 de setembro de 1756 que foi criada a Região Demarcada do Douro, através da criação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, pelo Marques de Pombal.
«O Port Wine Day (Dia do vinho do Porto) é um dia de celebração mais especial do vinho do Porto», afirmou hoje à agência Lusa o presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), Manuel de Novaes Cabral.
É um dia também, acrescentou, de homenagem aos produtores, comerciantes e todos os intervenientes que, ao longo da história, ajudaram a consolidar o vinho do Porto como «embaixador da região, da cidade e do país no mundo».
E, para esta primeira edição, o IVDP organizou um seminário, que se realiza no Porto, onde vão ser debatidos temas como os 'Desafios do mercado asiático' e 'O futuro da harmonização da gastronomia e vinhos'.
Manuel Cabral salientou que o mercado asiático, desde a China, à Coreia do Sul ou outros países, «é relevante e levanta muitas expectativas».
Para este seminário foram convidados especialistas que conhecem bem este território e que, por isso, podem desvendar a «efetiva valia desses mercados» e qual a «melhor maneira de os abordar e aí penetrar».
«Valia dos mercados e como abordar esses mercados, este é o principal objetivo deste nosso debate», sustentou o presidente do IVDP.
Entre os convidados destacam-se a especialista Debra Meiburg, que chega de Hong Kong e é considerada a sétima mulher mais influente no mundo dos vinhos, bem como o sommelier Ferrán Centelles.
Manuel Cabral disse que «ainda há muito trabalho a fazer na diversificação dos mercados» de vinho do Porto, mas também na «sustentação dos mercados tradicionais».
Atualmente, verifica-se uma grande concentração de vendas deste produto em países como a França, Portugal, Holanda, Bélgica, Estados Unidos da América e Grã Bretanha, os quais compram mais de 80% deste vinho.
«Temos que encontrar novos mercados, mas é preciso também trabalhar melhor nos atuais, sobretudo encontrar formas de penetrar com os produtos de valor acrescentado, em particular as categorias especiais de vinho do Porto», frisou.
O responsável salientou que as «linhas da comercialização estão em terreno positivo».
Entre janeiro e junho deste ano, foram vendidos 141 milhões de euros de vinho do Porto, mais 2,3% do que em igual período do ano passado, com um aumento significativo nas categorias especiais.
«Estamos no caminho da valorização do produto», salientou.
Vendas que se prevê que aumentem ainda mais nos últimos quatro meses do ano, período durante o qual a comercialização de vinho do Porto costuma ter um acréscimo na ordem dos 40%.
Durante a tarde do Port Wine Day, os protagonistas são os produtores que vão dar a conhecer e a provar os melhores vinhos vintage da primeira década do século XXI.
No dia a seguir, os especialistas e jornalistas que participarem no evento são convidados para uma visita ao Douro.
Diário Digital com Lusa

Vinhos do Pico duplicaram de preço em cinco anos

AÇORES

por Lusa, publicado por Marina AlmeidaOntem3 comentários

Vinha do Pico é classificada pela UNESCO
Vinha do Pico é classificada pela UNESCO
Os vinhos do Pico, nos Açores, mais do que duplicaram de preço em cinco anos, nos mercados para onde são escoados, segundo declarou à agência Lusa o presidente da associação empresarial da ilha.
"Neste momento, a grande aposta são os vinhos brancos. Nos últimos cinco anos, mais do que duplicamos o preço dos vinhos. Ou seja, uma garrafa de vinho saía do produtor a pouco mais de três euros e, agora, atinge seis euros, e algumas até sete euros", disse Daniel Rosa.
O dirigente da ACIIP exemplificou que foi desenvolvido, no ano passado, um trabalho com o enólogo António Maçanita, da empresa Fita Preta Vinhos, que produziu um vinho que está ser comercializado a 60 euros, por garrafa, em restaurantes europeus com estrelas Michelin.
O empresário explicou que o papel da Associação Comercial e Industrial da Ilha do Pico (ACIIP) tem vindo a desenvolver é de promoção dos vinhos da "ilha montanha" dos Açores no mercado nacional, realizando mostras e associando-os à gastronomia, através de uma parceria com a Escola de Formação Turística e Hoteleira de Ponta Delgada.
Daniel Rosa frisou que o objetivo é a "valorização dos vinhos", que são produzidos numa zona classificada há dez anos como património da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
"Estivemos em Lisboa, há bastante pouco tempo, numa prova cega em que estiveram presentes dos melhores enólogos e críticos de vinhos do país, e os nossos produtos saíram-se muito bem", revelou.
Por seu turno, o presidente da Comissão Vitivinícola Regional dos Açores (CVRA) destacou que os vinhos do arquipélago, que possuem "qualidade em todas as ilhas" em que são produzidos, têm vindo a registar uma procura crescente em termos comerciais.
O dirigente acentuou que a maior procura é dos vinhos do Pico, devido à extensão da zona de vinha, o que se traduz em maior volume de produção.
"Os vinhos dos Açores são cada vez mais procurados devido à sua tipicidade, singularidade e ao facto de sermos uma região muito específica, com castas próprias, com condições de solo e clima singulares", disse à agência Lusa.
Paulo Machado considerou mesmo que há um "despertar por parte do consumidor mais atento e exigente para produtos diferentes", como é o caso dos vinhos açorianos.
"Este despertar é nacional e mesmo internacional. Nos últimos tempos, têm passado por cá pessoas de outros países, ligadas ao setor, que têm apreciado os nossos vinhos", declarou.
O presidente da CVRA referiu que os vinhos brancos são os que registam melhor saída em termos comerciais, sendo produzidos com castas tradicionais da região, como o Verdelho, Arinto dos Açores e Terrantez do Pico.
Neste momento, existem 25 marcas de vinho nos Açores, distribuídas pelos tintos, brancos, rosé e licores.
Atualmente, os vinhos do Pico, e açorianos em geral, são exportados para o denominado "mercado da saudade" dos EUA e Canadá, alguns países europeus e Macau, além de serem vendidos nos mercados regional e nacional.

domingo, 7 de setembro de 2014

Vindimas: Chuva condiciona produção de vinhos dos Açores



As vindimas nos Açores estão a decorrer este ano de forma "atípica" devido à chuva que tem caído, o que se irá refletir na produção dos vinhos, segundo o presidente da Comissão Vitivinícola Regional dos Açores (CVRA).

"A vindima está a ser bastante atípica porque tem chovido imenso. Praticamente todos os dias chove, e as uvas brancas, que são as que estão a ser colhidas nesta altura, apresentam um estado sanitário bastante fraco, muita podridão, apesar de não estarem completamente maduras", disse à agência Lusa Paulo Machado.

Os Açores possuem atualmente três zonas demarcadas de vinho, designadamente as ilhas do Pico e da Graciosa e a zona dos Biscoitos, na Terceira.
Em 2003, o Governo Regional criou a Indicação Geográfica Protegida (IGP) -- Açores, destinada aos vinhos brancos e tintos que satisfaçam determinados parâmetros de qualidade e que, em alternativa, poderão usar a menção "Vinho Regional Açores".
Paulo Machado frisou que as condições climatéricas "inviabilizarão o ano de grande qualidade que se chegou a perspetivar", recordando que o ano passado foi "excecional", embora não na quantidade.
"Este ano havia muito mais uva, mas com a diminuição do que se consegue colher em perfeitas condições sanitárias, vai haver uma quebra", frisou.
O presidente da CVRA acentuou que 2014 "será, provavelmente, o pior de sempre em termos qualitativos".
Paulo Machado referiu que este cenário vai condicionar a produção do vinho, uma vez que se as uvas não chegam com qualidade às adegas, não poderão adquirir a excelência do ano anterior.
A paisagem da vinha do Pico é património da humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), estando disponíveis apoios aos produtores para a sua reconversão e reestruturação.
Na última década, a área de produção da vinha na ilha do Pico passou de 100 para 200 hectares e, até 2016, vão surgir mais 100 hectares.
A vinha do Pico produz vários vinhos, entre os quais o verdelho, que já foi servido à mesa dos czares da Rússia.
Desde 1460 que as vinhas de verdelho são plantadas em solo batido de rochas vulcânicas da ilha do Pico, conferindo ao vinho características especiais.
Dinheiro Digital com Lusa

Produção de vinho em Portugal cai 5,7% este ano devido ao mau tempo e doenças no campo

JOSÉ MANUEL ROCHA 07/09/2014 - 07:38
Problemas na floração e ataques de míldio e oídio fazem recuar a produção vinícola para 5,9 milhões de hectolitros na campanha 2014/2015 cuja vindima está no terreno.

 
Brancos com qualidade elevada este ano PEDRO CUNHA/ARQUIVO

A produção de vinho na campanha 2014/2015, que se inicia com a vindima em curso, deverá recuar 5,7% face à anterior. Num ano amargo para os produtores, com condições climatéricas muito difíceis e ataques frequentes de doenças, há nove regiões vitivinícolas com decréscimos de transformação de uva em vinho, quatro que têm uma melhoria de desempenho e uma que mantém o registo (Alentejo). Dão, pela negativa, e Península de Setúbal, pela positiva, são os destaques do ano vinícola.

As previsões de produção de vinho em Portugal, produto que garante exportações superiores a 700 milhões de euros por ano, foram divulgadas pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), com base nas indicações colhidas no terreno pelos técnicos das várias regiões vitivinícolas, incluindo os Açores e a Madeira. Para a campanha que está a arrancar, o IVV aponta para a produção de 5,9 milhões de hectolitros de vinho, face aos 6,2 milhões que tinham sido registados na campanha anterior.

O volume de vinho que irá ser produzido está cerca de 6% abaixo da média das últimas cinco campanhas e constitui o segundo pior registo para o período – apenas na campanha de 2010/ 2011 é encontrado um voluma de produção abaixo dos 5,8 milhões de hectolitros. Entre 2009 e 2014, o recorde de produção foi atingido na campanha de 2010/1011 com um total de 7,2 milhões de hectolitros a saírem das adegas.

Frederico Falcão, presidente do IVV, confirma que foram mesmo as condições climatéricas que determinaram este mau ano na vinha. "Até seria expectável que a produção aumentasse, porque na última década Portugal reestruturou cerca de um quarto da vinha. As velhas vinhas foram substituídas por novas, com recurso a castas que garantem uma maior produtividade".

O tempo é que não ajudou. "A Norte, diz o responsável, os problemas começaram logo no período da floração, num estágio ainda primário das culturas". Tempo frio e chuvoso acabou por provocar desavinho (que acontece quando a flor não se transforma em fruto) e bagoinha (cachos com bagos de dimensões reduzidas, muitas vezes sem grainha). No Centro e Sul, os problemas tiveram mais a ver com ataques de míldio e oídio que, apesar dos tratamentos fitossanitários aplicados, tiveram impactos significativos nos volumes de uva que entretanto tinha vingado.

A região vitivinícola mais afectada pelas más condições climatéricas foi a de Terras do Dão. A previsão de colheita aponta para os 228 mil hectolitros, um valor que representa um recuo de 25% face à campanha anterior. A diferença para a média das últimas cinco campanha é de quase 100 mil hectolitros.

Arlindo Cunha, presidente da comissão vitivinícola local, afirma que os problemas começaram logo no período da floração, mas "o principal problema consistiu nos ataques de míldio e oídio", fungos que acabam por destruir os cachos de uva. "Apesar de terem sido efectuados tratamentos em vários momentos, o certo é que muitos deles não funcionaram. A previsão é de um recuo de 25% para toda a região, mas há casos de produtores em que as perdas podem chegar aos 45%", revelou o responsável.

No Dão, com a vindima já adiantada, espera-se agora que menos quantidade signifique mais qualidade. "As uvas têm muita doçura, são muito aromáticas, o que gera expectativas de que a qualidade seja boa nesta campanha em que os produtores enfrentaram custos acrescidos dada a quantidade de tratamentos que tiveram que realizar", afirmou Arlindo Cunha.

As zonas do Minho e do Douro são outros dois exemplos dos impactos negativos que o clima teve no ano de vinhos. A região onde o verde predomina deverá ter um recuo na produção de 10%, semelhante ao que irá verificar-se no terreno duriense, que, no entanto, manterá a liderança na produção com uma colheita de 1,3 milhões de hectolitos. Na segunda posição manter-se-á o Alentejo, com uma colheita superior a 1,1 milhões de hectolitros, idêntica à da campanha anterior.

No outro lado do quadro vitivinícola 2014/2015 está a Península de Setúbal, que deverá registar 490 mil hectolitros na adega, 20% acima do que tinha sido conseguido na campanha anterior. Ana Oliveira, técnica da comissão vitivinícola local afirma que "o clima foi favorável, com equilíbrio entre frio e calor que potenciou a vindima. Temos mais uma boa colheita em perspectiva, mas desde 1993 que temos vindo a crescer."

Pelo que tem visto na vindima, que está muito adiantada, Ana Oliveira acredita que a qualidade será este ano elevada. "A maturação das uvas é boa e, por isso, no plano teórico, a qualidade será boa. Mas só depois da adega é que se vê". A diversidade de solos que caracteriza a região, bem como as influências marítimas na cultura, aliadas a condições climatéricas favoráveis vão permitir à península manter a aposta numa elevada a relação qualidade-preço.

Agricultores guardam abóboras à espera de melhor preço

Os agricultores da região Oeste, com 74% da produção nacional de abóboras, estão a armazená-las para serem vendidas de Inverno e assim combaterem os actuais preços baixos resultantes da oferta.

"Ofereceram-me a quatro cêntimos o quilo e nos hipermercados é vendida a 60 cêntimos. Nem dá para o adubo. Há agricultores que não têm a noção daquilo que gastam e entregam o produto a qualquer preço e estão a dar cabo dos preços", lamentou o produtor Adriano Lúcio.

À semelhança de Adriano Lúcio, também Carlos Malaquias optou por armazenar as abóboras para as escoar entre os meses de Novembro e Março, quando começam a escassear e têm saída para a exportação.

Com a despesa de embalar e carregar a partir do armazém, "se [as conseguir] vender na ordem dos 20 cêntimos já é um bom negócio", admitiu.

A elevada oferta, que justifica os baixos preços e quebras estimadas de 20% nas vendas, acontece depois de 2013 ter sido um bom ano de colheita e de lucro, o que levou muitos agricultores a terem apostado na cultura, que aumentou em 20% a área de cultivo em apenas um ano.

De uma cultura secundária destinada à alimentação animal, tem vindo a conquistar os hábitos alimentares, ao ser usada sobretudo na confeção de doces e de sopas, e a ganhar valor de mercado. 60% da produção é exportada para Inglaterra, França e Alemanha.

Adriano Lúcio, produtor há meia dúzia de anos, produz entre 300 e 400 toneladas numa área de 15 a 20 hectares.

"Produzo abóbora para fazer a rotação das culturas e também vejo que é uma das culturas mais rentáveis, desde que haja exportação", explica o produtor.

Com 600 a 700 toneladas e 25 hectares, Carlos Malaquias é um dos maiores e mais antigos produtores. À medida que o produto vai tendo procura no mercado da exportação, tem vindo a aumentar a área de cultivo e a diversificar as espécies.

"Temos à volta de 15 hectares de abóboras manteiga, que são vendidas para Inglaterra. É o terceiro ano que estamos a apostar nessa variedade, aumentámos a área em 50% do ano passado para este ano em função das exigências do mercado", refere o agricultor, para quem a abóbora já pesa 10 a 15% da sua facturação anual.

Por ser o concelho com a maior produção da região, a Lourinhã acolhe de 31 de Outubro a 02 de Novembro o I Festival da Abóbora, organizado pela União de Freguesias de Atalaia e Lourinhã.

No pavilhão multiusos da Atalaia, o evento vai ter "chefs' a trabalhar ao vivo, mostra de doçaria e pratos gastronómicos confeccionados a partir da abóbora, exposição de abóboras do "Halloween" pelas escolas e jornadas técnicas.

Na região Oeste, onde existe clima e solos propícios, a abóbora tem vindo a ganhar expressão desde há uma década. Não só a produção aumentou vinte e cinco vezes mais para cerca de 2500 hectares e passou de três mil para 40 mil toneladas por ano, como rende 10 milhões de euros anualmente aos agricultores, de acordo com dados da Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste.

Fonte:  Lusa

Produtores de frutas e hortícolas recebem 500 mil euros para compensar embargo russo

A União Europeia vai pagar cerca de 500 mil euros a empresas portuguesas de frutas e hortícolas para as compensar pelo embargo da Rússia aos seus produtos, um valor que poderá vir a subir, disse ontem a ministra da Agricultura.

Para minimizar o impacto do embargo russo, a Comissão Europeia aprovou um pacote financeiro de 125 milhões de euros para compensar os produtores hortícolas europeus afectados pelo embargo de um ano decretado pela Rússia.

À saída do Conselho de Ministros da Agricultura, em Bruxelas, realizado para avaliar o impacto do embargo russo no sector agrícola europeu, Assunção Cristas disse que, na primeira fase de candidaturas a apoios financeiros, as empresas portuguesas do sector de frutas e hortícolas pediram apoios, no total, de cerca de 500 mil euros.

"No primeiro impacto, são as frutas e hortícolas [as mais impactadas pelo embargo] e foram essas que se candidataram a essa ajuda, com candidaturas de cerca de meio milhão de euros", disse a ministra da Agricultura aos jornalistas, acrescentando que o valor deverá ser aprovado e que será completamente financiado pelo orçamento comunitário.

A governante disse ainda que, se for necessário, mais fases de candidaturas se seguirão.

Nestes casos, a Comissão Europeia compra aos produtores os produtos que deveriam ir para o mercado russo, retirando-os do mercado. Em Portugal, esses produtos são depois distribuídos às famílias carenciadas através do Banco Alimentar.

Também ontem, a ministra disse que o embargo da Rússia a produtos europeus poderá ter um impacto directo de até 15 milhões de euros em Portugal: "Dos 50 milhões de exportações [anuais] que temos para a Rússia, apenas 15 milhões de euros é que têm impactos, uma vez que há vários sectores, como vinho e azeite, que não estão abrangidos".

Assunção Cristas lembrou, no entanto, que o impacto pode vir a ser maior, tendo em conta os efeitos indirectos, que dependem também do tempo que o embargo demorar.

Mesmo empresas portuguesas que não exportam directamente para a Rússia, podem ver os mercados em que estão saturados com produtos de produtores que exportavam para a Rússia e que agora tentam vendê-los ali, o que terá consequências negativas no negócio.

O sector da carne de porco, disse Assunção Cristas, será um dos que poderá vir a sofrer com a saturação do mercado europeu.

"A discussão hoje entre ministros foi sobre como aproveitar os mecanismos existentes e sinalizar [à Comissão Europeia] que é preciso ter muita atenção a todos os sectores, para que se vierem a ter um impacto negativo virem a ser apoiados", afirmou.

Para a ministra, minimizar o impacto desse embargo passa também por os produtores procurarem novos mercados, assim como pelos consumidores preferirem produtos portugueses.

Sobre leite e laticínios, a ministra disse que as empresas que se considerem afectadas podem recorrer às ajudas da União Europeia para a armazenagem privada, que já existem.

O embargo da Rússia a produtos europeus é a represália de Moscovo pelas sanções da União Europeia pelas violações russas da soberania da Ucrânia.

Fonte:  Lusa

Nuno Melo reivindica medidas financeiras urgentes da Comissão Europeia para compensação aos agricultores portugueses afectados pelo embargo Russo às exportações

Na reunião da Comissão de Agricultura realizada esta quinta-feira em Bruxelas, o Eurodeputado Nuno Melo recordou aos representantes da Comissão Europeia (CE) que, com base em dados de 2013, o embargo da Rússia às exportações europeias, significará um impacto negativo de 15,9 milhões de euros para a economia nacional, correspondente a uma redução de 16% do total das exportações do sector agro-alimentar para a Rússia e a 1,5% do total das exportações nacionais desses produtos.

Na mesma reunião, Nuno Melo contestou a possibilidade anunciada pela CE, de vir a reduzir o montante de pagamentos directos efectuados aos agricultores, no caso de serem decididas compensações directas de nível europeu ou nacional, em razão do mesmo embargo.

Em alternativa, o Eurodeputado pronunciou-se no sentido de quaisquer compensações directas a decidir, deverem acrescer aos pagamentos directos, assegurando-se antecipadamente no plano europeu, as verbas necessárias para o efeito.

Fonte:  Gabinete do Eurodeputado Nuno Melo

Comissão Juncker, agricultura e milhões poupados em juros

Visto de Bruxelas (05/09/14)
Temas analisados no Visto de Bruxelas desta sexta-feira. 05-09-2014 20:51 por Manuela Pires, Anabela Góis e Daniel Rosário

Já se conhecem os nomes, faltam os cargos. A nova composição da Comissão Europeia, era Juncker, dominou o Visto de Bruxelas desta sexta-feira.
Juncker entrevistou quinta-feira Carlos Moedas, o secretário de Estado indicado por Pedro Passos Coelho para integrar o colégio de comissários. O cargo de Moedas foi alvo de rumores, analisados pelo correspondente da Renascença em Bruxelas Daniel Rosário.
 
O Visto de Bruxelas, uma colaboração Euranet/Renascença, olhou também para o conselho extraordinário da agricultura. Os 28 procuram soluções para ajudar os produtores europeus que deixaram de poder exportar para a Rússia devido ao embargo em vigor, na sequência da situação na Ucrânia.
O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, João Machado, afirma, em entrevista, que este é um problema político que tem de ter uma resposta urgente.
Outro tema em análise foi a proposta irlandesa de dar aos Estados-membros que foram alvo de resgate a possibilidade de pagar antecipadamente os empréstimos ao FMI, permitindo assim uma poupança de milhões de euros em juros.

Japonesa Kagome investe em centro de investigação do tomate em Portugal


O grupo português HIT, detido maioritariamente pela multinacional japonesa Kagome, anunciou hoje que investirá 1,5 milhões de euros na criação de um novo Centro de Investigação na área do tomate em Portugal, na zona da Lezíria, no Ribatejo.

De acordo com o administrador-delegado do grupo HIT, Martin Stilwell, o centro está já em funcionamento, sendo uma extensão do Centro Japonês em Nasushiobara, em "cinco hectares plantados no Ribatejo", prevendo-se um reforço do investimento já no próximo ano.
Martin Stilwell falava aos jornalistas no final de uma reunião do 'chairman' (presidente do Conselho de Administração) do grupo japonês Kagome, Hidenori Nishi, com o vice primeiro-ministro, Paulo Portas.
O governante português valorizou a importância desta aposta em Portugal no setor agroalimentar, sublinhando o facto de se tratar do primeiro investimento do grupo japonês -- que produz 'ketchup' para a McDonalds -- fora do Japão.
"Este grande grupo mundial de tomate e derivados de tomate fez pela primeira vez um investimento no setor de pesquisa e desenvolvimento fora do Japão e escolheu Portugal para fazer esse investimento", disse.
Na base desta decisão, de acordo com o administrador-delegado do grupo HIT, estão as condições de produção "únicas" e a qualidade da matéria-prima produzida em Portugal.
Nesta fase, estão já dois cientistas japoneses a acompanhar o trabalho de investigação do centro e a ser instalados laboratórios e estufas nas instalações do grupo HIT.
Até agosto, será implementada uma planta industrial piloto, que viabilizará trabalhos de investigação de novos produtos e processos, e serão contratados mais dois cientistas portugueses.
De acordo com o responsável pelo grupo HIT, o grupo japonês olha para Portugal "como uma fonte de abastecimento de derivados do tomate muito importante", estando a comprová-lo o facto de o país ter conseguido elevar as exportações para o japão nos últimos anos em 37%.
Em termos de produção, segundo Martin Stilwell, o ano de 2014 está "a correr muito bem" e o setor deverá conseguir chegar à produção de 1,6 milhões de toneladas, o que compara com o um milhão de toneladas que era produzido há cerca de 7/8 anos.
"O Governo português vê com bons olhos este investimento, uma vez que nos faz avançar em termos tecnológicos. Estamos interessados em criar condições para que se possa estender produção e chegar aos 2 milhões de toneladas. Estamos aqui para facilitar e não dificultar", sublinhou Paulo Portas.
O governante destacou ainda o facto de as fábricas da Kagome em Portugal exportarem 99% do que produzem e competirem diretamente com a China para ganhar o mercado Japonês.
"A nossa seta está para cima, o que e bom sinal", disse Portas.
"Hoje em dia, os produtos agroalimentares, agroindustriais e agroflorestais significam mais 20% das exportações portuguesas. A aposta no mundo rural com uso eficiente dos fundos comunitários está a dar resultados. Quem pensava que o setor agrícola era uma coisa do passado enganou-se completamente", concluiu.