sábado, 8 de novembro de 2014

FAO: Estabilidade nos preços mundiais dos alimentos

  07-11-2014 
 

 
O índice mensal d preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação manteve-se estável em Outubro, já que a alta dos preços do açúcar e do azeite compensou a descida dos preços dos lacticínios e da carne.

O Índice da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) baixou 192 pontos, tecnicamente a sua sétima queda mensal consecutiva, com uma ligeira descida de 0,2 por cento em relação aos resultados revistos em Setembro. Esta ligeira descida do índice é «muito positiva para os países importadores», declarou a economista da FAO, Concepción Calpe, uma variação que coincide com uma revisão em alta do prognóstico da FAO para um a produção mundial recorde de trigo nesta campanha agrícola.

Os preços dos lacticínios caíram cerca de 1,9 por cento, com descidas na manteiga e leite em pó devido ao aumento da produção na Europa, onde muito produtores enfrentam a proibição da Rússia às importações de queijo. O índice de preços da carne da FAO situou-se em 208,9 pontos, menos 1,1 por cento em relação a Setembro, mas mais de 10 por cento acima do nível registado 12 meses antes.

Os preços dos cereais, que sofreram uma forte queda durante os meses recentes, já que a produção mundial de trigo e milho parecia apontar para uma colheita recorde, manteve-se em geral estável nos 178,4 pontos em Outubro, tendo em conta que os atrasos da colheita de milho nos Estados Unidos e a deterioração das perspectivas para a colheita de trigo na Austrália conduziram a uma maior firmeza dos preços. Contudo, os preços do arroz baixaram, com achegada ao mercado da nova colheita. O Sub-índice dos cereais reduziu 9,3 por, ou seja, 18 pontos abaixo do nível do ano anterior. Em geral, segundo a FAO, os preços dos alimentos estão nos seus níveis mais baixos desde Agosto de 2010.

Fonte: Agrodigital

ONU disponibiliza 200 milhões para projetos em Angola até 2019


A Organização das Nações Unidas (ONU) vai financiar em 200 milhões de euros nos próximos cinco anos projetos de desenvolvimento em Angola, através das suas várias agências especializadas que atuam no país, foi hoje divulgado em Luanda.
Este novo acordo de parceria, rubricado quarta-feira entre a representação da ONU em Angola e o executivo angolano, prevê um apoio financeiro de 250 milhões de dólares (200 milhões de euros), a aplicar entre 2015 e 2019.
De acordo com informação do Governo angolano, esta verba será utilizada pelas agências especializadas da ONU na implementação de projetos em Angola, em «domínios privilegiados» como a Saúde, Educação, Proteção Social, Direitos Humanos, reforço da governação ou acesso da população à Justiça.
O apoio ao empreendedorismo, como forma de promover a inclusão social e económica da população mais jovem, também está previsto neste novo pacote financeiro.
Entre as agências especializadas com projetos em Angola contam-se o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
O investimento a disponibilizar pela ONU prevê a sua aplicação em projetos de desenvolvimento estabelecidos no documento "Angola Visão 2025" e no Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) 2013-2017, preparado pelo Governo.
Diário Digital com Lusa

Enólogo Anselmo Mendes distinguido como Personalidade do Ano na Polónia


Anselmo Mendes, enólogo, produtor e um dos nomes de referência na internacionalização dos vinhos portugueses, foi distinguido na Polónia com o prémio Personalidade do Ano 2014, pela revista Magazyn Wino, uma das mais prestigiadas publicações polacas para o sector do vinho.
Além de um novo reconhecimento internacional, o prémio traduz o impacto que os vinhos verdes de Anselmo Mendes conquistam num mercado cada vez mais atento aos vinhos internacionais.
A Magazin Wino também promoveu um concurso em que avaliou 400 vinhos de 30 produtores distintos e Anselmo Mendes acabou por ser novamente distinguido com uma Medalha de Prata para o seu «Muros Antigos Alvarinho 2013», na categoria para Melhor Vinho Branco até 24 euros. 
«Fui completamente surpreendido por esta distinção na Polónia e não podia ficar mais feliz porque, acima de tudo, é mais um reconhecimento do potencial dos vinhos verdes pelo mercado internacional e, em particular, da extraordinária casta que é o nosso Alvarinho, capaz de impor-se em qualquer mercado; acredito que vamos continuar a crescer, chamando também a atenção para as castas Loureiro e Avesso», afirma Anselmo Mendes.
 
Portugal exporta mais de 50% da produção de Vinhos Verdes, num volume de negócios que tem vindo a crescer nos últimos anos e que em 2013 representou 44 milhões de euros. Anselmo Mendes exporta 60 % da sua produção total – 400.000 garrafas – e a Polónia é apenas um dos 23 países onde estão presentes os vinhos da sua marca, nomeadamente os que nascem da sua casta de eleição, o Alvarinho, a mais nobre das castas brancas portuguesas e que na sub-região de Monção e Melgaço se exprime de forma excepcional.
Natural de Monção (1962), Anselmo Mendes conviveu desde cedo com a vinha e com o potencial da casta Alvarinho, assumindo-a como alvo de experimentação e alcançando resultados que o levaram a ser conhecido como o «Senhor Alvarinho». Para a crítica internacional, os vinhos de Anselmo Mendes atingiram níveis de excelência e de consistência que o colocam «entre os melhores enólogos portugueses» (Parker's Wine Buyer's Guide), ou que o tornam «uma das referências mundiais na produção de vinho verde» (Wine Enthusiast). Robert Parker, reconhecido como o melhor crítico de vinhos do Mundo, definiu Anselmo Mendes como «produtor de excelência» e atribuiu ao seu Parcela Única Alvarinho a nota mais alta já registada por um Alvarinho.
Em Portugal, Anselmo Mendes foi eleito pelo semanário Expresso, em 2012, uma das 100 personalidades mais influentes do país. Em 1998, a Revista de Vinhos destacou-o como enólogo do ano e, em 2011, como Produtor do Ano. 
A sua influência estende-se para lá dos Vinhos Verdes. Anselmo Mendes desenvolve produção própria, mas é ainda consultor de enologia em nove projectos distintos, nas regiões do Douro, Bairrada, Beira-Interior, Lisboa e Alentejo, e ainda no Brasil. Em Portugal, acaba por estar ligado a cerca de três milhões de garradas produzidas anualmente por todo o país.
 
Sobre Anselmo Mendes
Nasceu em Monção, em 1962, numa família ligada à agricultura e à vinha. Licenciado em Engenharia Agro-Industrial, pelo Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa, começou a carreira de enólogo em 1988, na Região dos Vinhos Verdes, dedicando particular atenção ao potencial da mais nobre casta branca portuguesa: o Alvarinho. Com uma pós-graduação em enologia na Escola Superior de Biotecnologia do Porto, da Universidade Católica Portuguesa, Anselmo Mendes seria reconhecido em Portugal como Enólogo do Ano, em 1998, apenas dez anos depois de começar a sua carreira. A Revista de Vinhos também o considerou Produtor do Ano (2011) e o semanário Expresso incluiu-o em 2012 na lista de 100 personalidades mais influentes do País. Apaixonado pelo estudo das particularidades que cada casta exprime em diferentes solos e climas, Anselmo Mendes reconhece a sub-região de Monção e Melgaço como palco de excelência para a produção de Alvarinho e desenhou vinhos como o Muros Antigos Alvarinho 2008, considerado o melhor vinho branco português e o melhor Alvarinho do Mundo. O reconhecimento nacional e internacional dos vinhos verdes, construído ao longo das duas últimas décadas, confunde-se com a sua carreira.

Eurodeputados rejeitam animais clonados como novos alimentos

07-11-2014 
 

 
A Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu quer participar na decisão da lista inicial de novos alimentos e também poder vetar as novas entradas.

Estas são duas das principais linhas da posição que adoptou em relação à proposta de regulamento de novos alimentos apresentada pela Comissão Europeia em 2008.

Por um lado, os eurodeputados apoiam que a nova norma proporciones uma definição clara e sem ambiguidade dos novos alimentos. A definição proposta pela Comissão Europeia devia ser actualizada, incluindo alimentos e ingredientes que têm modificado intencionalmente a sua estrutura primária molecular e os que são formados por microrganismos, fungos ou algas e outros materiais de origem biológica mineral.

Também deveria considerar-se novos alimentos que são obtidos por práticas de criação e propagação não tradicionais e que não têm uma história de uso alimentar seguro. Os eurodeputados rejeitam que os novos alimentos procedentes de animais clonados sejam incluídos nesta lista e pedem a criação de uma regulação independente para os mesmos.

Também consideram que na lista inicial de novos alimentos autorizados fosse incluindo como um anexo no novo regulamento e ser aprovado tanto pelo Conselho de Ministros como pelo Parlamento. Os eurodeputados querem ainda decidir sobre as novas inclusões na lista.

Fonte: Agrodigital

Abate de porcos na UE pode aumentar no primeiro semestre de 2015

  07-11-2014 
 

 
O mercado de porcos na União Europeia, que atravessa uma fase critica dentro do sector da carne, arrasta uma situação de queda de preços e suporta um embargo russo há nove meses.

A Comissão Europeia espera um aumento dos abates no primeiro trimestre de 2015, que poderá chegar aos 14 por cento em relação ao primeiro trimestre de 2014. O crescimento continuaria no segundo trimestre, mas em menor proporção, de apenas 0,6 por cento, segundo as estimativas apresentadas pela Comissão Europeia no último Comité de Gestão. Este aumento e oferta de carne pode pressionar o mercado caso não se consiga resolver o conflito russo e ampliar a novos mercados.

Em relação às margens na União Europeia, os dados apresentados pela Comissão mostram que durante os primeiros nove meses do ano de 2014 ficaram acima da margem média registada entre 2009 e 2012 e que ascende a 49,92 euros por cada 100 quilos. Pelo contrário, para o último trimestre do ano, espera-se que fique abaixo desta média.

A administração espanhola tem insistido em sucessivas ocasiões com a Comissão Europeia para a necessidade de campanhas de promoção para abrir novos mercados e consolidar os existentes, assim como estudar a possibilidade das restituições à exportação.

Fonte: Agrodigital

Castanhas e cogumelos em destaque este fim-de-semana no distrito de Vila Real

07-11-2014 
 

 
As castanhas e os cogumelos, que movimentam milhões de euros na economia transmontana, vão estar em desataque em feiras e roteiros gastronómicos que decorrem este fim-de-semana em Valpaços, Vila Pouca de Aguiar e Vila Real.

Hoje, arranca mais uma edição da Castmonte, a feira da Castanha de Carrazedo de Montenegro, em Valpaços, concelho onde, segundo disse o presidente da câmara, Amílcar Almeida, este fruto representa cerca de 30 milhões de euros para a economia local.

Organizado pela câmara e Junta de Freguesia de Carrazedo de Montenegro, o certame dá preferência aos produtores locais que garantem castanha em quantidade e qualidade, apesar do fungo que afectou este ano os soutos e provocou uma quebra média na produção de 50 por cento na zona de Denominação de Origem Protegida (DOP) da Padrela.

Os destaques desta feira vão para o já tradicional bolo de castanha de 600 quilos e também para o fim-de-semana gastronómico, que conta com 15 restaurantes aderentes que vão confeccionar pratos à base deste fruto.

A abertura da Castmonte contará, esta tarde, contará com a presença do ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro. No município vizinho de Vila Pouca de Aguiar realiza-se entre sábado e domingo, a XIII Mostra Gastronómica de Vila Pouca de Aguiar, onde as castanhas se juntam aos outros sabores da montanha, como os cogumelos e o cabrito.

O presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Alberto Machado, afirmou que os cogumelos «ganham cada vez mais importância» neste concelho transmontano, referindo ainda que este ano chuvoso foi favorável para a recolha deste fungo, com a apanha a «rondar as 20 toneladas».

Aqui, segundo o autarca, a produção de castanha regista uma quebra de 80 por no concelho, devido a um fungo que afectou os castanheiros, enquanto o efectivo de cabrito é de seis mil neste território.

Ao evento aderiram 13 restaurantes do concelho que vão propor pratos como a "míscarada", um prato lançado pela Aguiarnature Sabores, actividade lançada pelo município para promover os produtos locais, ou ainda quiche ou pataniscas de cogumelos, caldo ou pudim de castanha e o cabrito assado.

Depois, no recinto da feira, dezenas de expositores vão vender cogumelos recolhidos no concelho, e haverá ainda alugar para o encontro nacional de produtores ou demonstrações de instalações de rega e de produção de fungos.

Alberto Machado destacou que Vila Pouca de Aguiar acolhe o único posto de certificação de cogumelos do país, onde técnicos especializados confirmam se o produto é de qualidade e comestível.

Já em Vila Real, decorre a "Mostra da floresta", que inclui a realização de um «mega magusto», na praça do município, com castanha produzida no vale da Campeã, no concelho de Vila Real, e a tradicional água-pé.

Há ainda lugar para uma montaria ao javali e para o primeiro "Encontro Micológico" do concelho, promovido pela recém-criada cooperativa Rupestris, sediada na incubadora de empresas da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, um evento que inclui saídas de campo para identificação de cogumelos silvestres e um jantar temático.

Este é ainda o primeiro fim-de-semana para o "Outono à mesa", um festival de gastronomia que se vai repetir ao longo de Novembro nos restaurantes aderentes. O presidente desta autarquia, Rui Santos, salientou que o objectivo das iniciativas é «potenciar o melhor» que o município tem.

Fonte: Lusa

Casa do Douro vai morrer e deixa como herança dívida de 167 milhões ao Estado

MANUEL CARVALHO 08/11/2014 - 10:55
No dia 1 de Janeiro, a outrora mais poderosa organização agrícola do país vai ser extinta. A associação que a substituir não terá natureza pública nem inscrição obrigatória. A sua dívida de 167 milhões e um stock de nove milhões de litros de vinho do Porto passam para o Estado. O sector, a braços com decisões urgentes, prepara-se para meses de vazio e incerteza.

 
A Casa do Douro tem no seu património um stock de vinho do Porto cuja gestão pode ser problemática MANUEL ROBERTO

 Uma dívida que consome 27 mil pipas de Porto
Depois de 82 anos de história como organismo de representação dos produtores de vinho da região, a Casa do Douro vai deixar de existir no dia 1 de Janeiro de 2015. O que está prestes a acabar não é apenas o último vestígio da organização corporativa do Estado Novo nem a única associação de agricultores de direito público e inscrição obrigatória; com o ano novo acaba também o impasse sobre um volume de dívidas que rondam os 167 milhões de euros acumulados pela Casa do Douro (CD).

Extinta a CD enquanto associação pública, fica também em aberto um buraco na representação dos agricultores que ameaça paralisar o processo de decisão de um sector que está longe de viver os melhores dias.

Há mais de 20 anos que a CD ocupa um lugar privilegiado nas agendas dos ministros da Agricultura. "Isto [a paralisia institucional e a dívida] tinha de acabar um dia", explica o secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, que tem gerido o processo. A megalomania da sua gestão no princípio dos anos de 1990 levou-a a adquirir enormes volumes de vinho para os quais teve de obter financiamento.

Num dos negócios mais polémicos dessa época, a CD adquiriu 40% do capital da Real Companhia Velha por 9,6 milhões de contos (pouco menos de 50 milhões de euros a preços actuais) e após anos de disputas judiciais nunca nomeou administradores na sociedade nem recebeu qualquer dividendo. Para acentuar a sua agonia, o Estado, sob pressão intensa dos exportadores, foi-lhe retirando funções e receitas. A CD que se prepara para fechar as portas é, por isso, apenas uma pálida imagem da que foi a mais poderosa, rica e influente organização de agricultores do país.

O clima de insolvência que paira sobre a CD afectou o ritmo de trabalhos do Conselho Interprofissional do IVDP, onde os problemas do Douro e do vinho do Porto são decididos. "No último ano, o conselho reuniu muito pouco", diz Isabel Marrana, da Associação de Empresas do Vinho do Porto, que explica a paralisia do órgão com o facto de a "representação da produção estar a termo fixo" que lhe retira a "estabilidade". Questões essenciais como o congelamento por parte do Governo das verbas pagas pelo sector para efeitos de promoção não estão sequer a ser discutidas. E, mais grave para os exportadores é o facto de não se saber quando haverá uma associação que substitua a actual.

O Governo tentou evitar vazios de poder concedendo à actual direcção a possibilidade de renomear os seus actuais corpos dirigentes, que se encarregariam de elaborar estatutos para uma associação privada. Era uma proposta de "mudança por dentro". Mas, a manutenção da actual equipa teria de ser decidida num prazo de 20 dias, que já terminou. Em duas tentativas, o Conselho Regional de Viticultores, a assembleia magna da região, composta por 125 membros, nunca conseguiu renuir conselheiros em número suficiente para cumprir a exigência de uma maioria absoluta.

Falhando esta meta, o Conselho poderia ter optado pela convocação de eleições. Mas, após 20 dias na tentativa de prolongar o mandato de Manuel António dos Santos, acabaria por concluir que já não tinha tempo para o fazer antes do dia 31 de Dezembro. "Os prazos impostos pelo Governo são inexequíveis", afirma António Januário, um dos directores da CD. Para o Ministério da Agricultura, o cenário é diferente. "A impossibilidade de a Casa do Douro conseguir quorum é sinal de alguma coisa", aponta José Diogo Albuquerque.  

Sem uma solução de continuidade, a associação que renascerá das cinzas da Casa do Douro, podendo usar o seu nome e receber parte do seu património, será escolhida por concurso. "Uma inovação", diz Isabel Marrana. Os critérios para a escolha da associação vencedora serão definidos por portaria e, para que não faltem candidatos, o Governo garantiu uma série de benefícios a quem ganhar a corrida. Para além de ficar com a sede, que historicamente é património dos lavradores durienses, a associação vencedora ficará com seis lugares garantidos no Conselho Interprofissional no seu primeiro mandato, poderá receber como quotas as taxas pagas pela produção no IVDP (referentes às declarações de colheita e produção) e terá direito aos bens remanescentes ao processo de liquidação da dívida. Se o gigantesco stock de vinho do Porto vai servir como pagamento das dívidas ao Estado (ver texto ao lado), a Casa do Douro é ainda dona de vários armazéns na Régua, de edifícios em várias vilas da região e da participação na Real Companhia Velha ligeiramente superior a 30%.

Conferência: investigação em fogos florestais


7 DE NOVEMBRO DE 2014 AGROTEC

fogosOs mais conceituados especialistas mundiais na temática dos incêndios florestais vão estar em Coimbra, entre os próximos dias 14 e 21 de novembro, para participar na "7th International Conference on Forest Fire Research", organizada pela Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial – ADAI -do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra (UC).

 Esta reunião científica, que se realiza de quatro em quatro anos, desde 1990, sempre em Coimbra, tem sido reconhecida como a mais relevante a nível internacional, na área dos incêndios florestais, e tem atraído a Portugal investigadores e técnicos de entidades operacionais de mais de 40 países do Mundo, interessados em apresentar os resultados da sua investigação ou em conhecer os mais recentes avanços nas diversas áreas de gestão dos incêndios.

 Apesar de «ser aberta a todos os temas relevantes do ponto de vista científico, desde os relacionados com a prevenção, com a análise de risco, a propagação do fogo, os efeitos ecológicos, até os de natureza socio económica e de organização dos sistemas de prevenção e combate, existe tradicionalmente um interesse expresso em aspetos relacionados com a modelização do comportamento do fogo e da segurança pessoal», explica o especialista Xavier Viegas, responsável pela organização da Conferência.

 Aproveitando a presença de especialistas de grande mérito, durante o encontro são realizados dois cursos especializados. Assim, no dia 14 de novembro, decorre o Curso sobre Segurança Pessoal nos Incêndios Florestais, coordenado por BretButler, dos Serviços Florestais dos Estados Unidos da América.

 O segundo curso acontece nos dias 15 e 16 de novembro e é dedicado ao tema da modelização do Comportamento do Fogo. Coordenado por AlbertSimeoni, diretor do Laboratório de Segurança contra o Fogo, da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, este curso destina-se principalmente a técnicos relacionados com a previsão do comportamento dos incêndios e a investigadores que se dedicam ao estudo dos incêndios.

 Os trabalhos da Conferência arrancam no dia 17, pelas 9 horas, no Hotel Vila Galé, e vão até dia 20 de novembro, com um intenso programa que envolve a apresentação de conferências plenárias por oradores convidados, posters e reuniões de trabalho sobre temas de interesse atual.

 No dia 18, pelas 16 horas, os participantes vão visitar o Laboratório de Estudos sobre Incêndios Florestais (LEIF), onde será apresentado o «novo sistema de duplo desfiladeiro, para o estudo da propagação do fogo neste tipo de configuração do terreno, que é relativamente comum na natureza. Será igualmente mostrado o sistema gerador de vórtices de fogo verticais (tornados de fogo), que se destina ao estudo sistemático da formação de turbilhões de fogo em incêndios e as suas principais características», realça o Catedrático da UC.

 Os visitantes vão ainda conhecer a «nova estrutura de ensaio de sistemas de proteção de viaturas. Trata-se de um equipamento de aquisição recente, cuja instalação e testes preliminares se encontram em curso. Esperamos com este recurso, que é único na Europa, trabalhar com as empresas que desenvolvem as viaturas, e os sistemas de proteção de cabines de autotanques, no aperfeiçoamento e autenticação destes meios e, ao mesmo tempo melhorar o treino dos Bombeiros na sua utilização, tendo em vista a salvaguarda das suas vidas», conclui.


Tribunal Europeu de Contas detecta irregularidades na distribuição dos apoios da PAC 2013

Novembro 07
09:35
2014

O Tribunal Europeu de Contas voltou a referir, no seu relatório sobre a aplicação dos apoios da Política Agrícola Comum (PAC) de 2013, graves irregularidades.

Esta situação foi detectada, sobretudo, nas ajudas do primeiro pilar (pagamentos directos), em que foram detectadas desconformidades em países como a Alemanha, a Grécia, a França, a Polónia e a Roménia, em que, por exemplo, áreas declaradas como prados permanentes, na realidade eram zonas de densa floresta.

Os auditores consideram que o erro na aplicação destas ajudas pode ser de 6,7%.

A razão principal destes erros é o incumprimento das regras dos critérios de elegibilidade, em especial os que têm a ver com questões ambientais, tendo sido citados casos em países como a Itália, a Hungria, a Holanda, a Polónia e a Roménia.

Em consequência disto, é proposto em regime de controlos muito mais rigorosos e é aconselhado que se actue rapidamente na França e em Itália, cujas bases de dados apresentam grandes deficiências.

A DG AGRI já saiu com um comunicado, em que se refere que vai tomar acções para resolver o problema, mas esclarece que estas irregularidades não têm qualquer efeito nos impostos pagos pela população europeia.

Portugal "convidado de honra" da Feira Internacional e Gastronómica de Dijon


LUSA7 de Novembro de 2014, às 11:22
A gastronomia e o vinho portugueses estão em destaque na 84.ª edição da Feira Internacional e Gastronómica de Dijon, na região da Borgonha, em França, que termina na próxima terça-feira e que começou a 31 de outubro.
A feira conta com 580 expositores e tem um "pavilhão de honra" dedicado a Portugal, com stands de artesanato, gastronomia, vinho, turismo, cortiça e espaços para espetáculos de fado e de folclore.

"Testar a cozinha portuguesa é provar a presença de diferentes terras, desde o Brasil, Angola, Moçambique, Goa e Macau. A cozinha portuguesa sempre conservou os sabores longínquos", pode ler-se no comunicado de imprensa da feira, que destaca ainda "as 365 formas de cozinhar o bacalhau, tantas quantos os dias do ano" e o gosto dos portugueses pelas couves, nomeadamente, pelo caldo verde.

Alfarroba, amêndoa, azeitona e figo são apostas de futuro para a agricultura do Algarve


POR HUGO RODRIGUES • 7 DE NOVEMBRO DE 2014 - 9:17
 
Jornadas Fruteiras Tradicionais do Algarve_1A alfarroba, a azeitona, a amêndoa e o figo são culturas «estratégicas para o Algarve» e os agricultores da região «podem apostar nelas». Dar pistas de como o fazer e promover o encontro dos produtores com «as pessoas certas» foi o que motivou as Jornadas Técnicas «Fruteiras Tradicionais do Algarve – Tradição e Inovação», que a ExpoAlgarve, em Loulé, acolheu de 30 de outubro a 1 de novembro.

Durante três dias, ficou patente que existe conhecimento técnico e científico suficiente, na região, para tornar a aposta nestas fruteiras típicas da região rentável. Ainda assim, há que ter cuidado para «não investir às cegas». E é aqui que entram estas jornadas, bem como o seminário na sequência do qual nasceram, realizado em Abril, em Tavira.

«Nestas iniciativas, foram dadas diversas pistas. Desde logo, no seminário de dia 30 de Abril, em que o engenheiro João Costa (Drapalg) falou muito sobre as características destes pomares e sobre a sua instalação. Ontem [dia 30 de Outubro], o engenheiro Florentino Valente (Drapalg) falou sobre os custos de instalação destes pomares e sobre a sua rentabilidade. Quem assistiu a estes dois momentos, certamente terá ficado bem mais esclarecido em relação ao seu futuro», ilustrou Ana Arsénio, da In Loco, uma das nove entidades regionais que se organizaram este evento.

Criar estas sinergias entre quem faz e quem estuda foi um dos grandes objetivos da jornadas. «Tentámos, aqui, que quem produz conhecesse as pessoas certas, que os possam ajudar a instalar e valorizar os seus pomares», ilustrou Ana Arsénio

A engenheira agrónoma salienta o contributo dado «pela Universidade do Algarve, pela Escola Agrária de Viseu e pelos técnicos de muitas entidades que estiveram nas jornadas», que dinamizaram workshops e seminários sobre as quatro culturas em foco – alfarroba, amêndoa, azeitona e figo – e sobre outros temas, como a vertente comercial e empresarial.

Jornadas Fruteiras Tradicionais do Algarve_2As culturas são tradicionais, mas isso está longe de significar que a forma ideal de as produzir seja com técnicas antigas. No fundo, trata-se de unir a tecnologia moderna à produção de espécies que por cá andam há muito tempo, para o bem da bolsa dos agricultores e da economia da região.

Produzir com maior eficácia e "ciência" é um primeiro passo, e dos mais importantes, mas não o único que se tem de dar, quando se fala de rentabilizar um investimento na agricultura. A montante há outras questões, nomeadamente a criação de redes, a comercialização e até uma dimensão de marketing, ainda pouco explorada.

«Tivemos um painel em que a exportação e as plataformas mundiais foram muito exploradas. Mas também houve uma comunicação sobre o Algarve Mais, que a ACRAL está a tentar implantar, que chamou a atenção de quem cá veio para a existência de um projeto para valorizar e escoar os seus produtos», segundo Ana Arsénio.

As Jornadas Técnicas «Fruteiras Tradicionais do Algarve – Tradição e Inovação» foram organizadas por: Associação In Loco, Associação Interprofissional para o Desenvolvimento da Produção e Valorização da Alfarroba, Câmara Municipal de Loulé, Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, Universidade do Algarve – Instituto Superior de Engenharia, Faculdade de Ciências e Tecnologia e CRIA, Escola Profissional de Alte, Comissão de Desenvolvimento Regional do Algarve, NERA – Associação Empresarial da Região do Algarve e ACRAL – Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve.

Serviços do Estado vão integrar 18 funcionários da Casa do Douro


07 Novembro 2014, 15:49 por Isabel Aveiro | ia@negocios.pt

A instituição, que neste momento está a ser alvo de transformação de associação pública para privada, terá uma verba que poderá usar para a manutenção dos empregos privados, sublinhou esta sexta-feira a tutela.
Do actual grupo de trabalhadores do Estado que são colaboradores da actual Casa do Douro, "12 aguardam reforma e 18 vão ser integrados nos serviços" públicos, contabilizou esta sexta-feira, 7 de Novembro, Diogo Albuquerque.
 
O secretário de Estado da Agricultura, que acompanhou a ministra Assunção Cristas, avançou estes dados na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública do Parlamento, que esta sexta-feira reuniu para discutir o Orçamento do Estado de 2015 na especialidade.
 
Diogo Albuquerque recordou ainda que, no âmbito da reestruturação da Casa do Douro de associação pública em privada, e do pagamento de dívidas ao Estado, está prevista uma verba para a instituição, que também poderá ser usada no pagamento de salários em atraso e na manutenção de postos de trabalho privados da instituição duriense.
 
São cerca de 8,3 milhões de euros, entre património vinícola que permanecerá no organismo (6,5 milhões) a que se soma uma outra verba (de 1,8 milhões de euros), do IVDP – Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, para o pagamento de salários em atraso, de acordo com a proposta do Governo apresentada no parlamento em Abril deste ano.
 
A Casa do Douro tem 70 colaboradores, 25 dos quais empregues pelo regime privado e com salários em atraso há, pelo menos três anos, incluindo a direcção.
 
A legislação que transforma a Casa do Douro, actualmente com o estatuto de associação de direito público, em "associação de direito privado" de inscrição voluntária – por oposição à existente até agora, de inscrição obrigatória dos vitivinicultores do Douro e do Porto –, e que determina a forma de regularização da dívida da instituição ao Estado, foi publicada a 15 de Outubro, em Diário de República.
 
A actual direcção tem o "prazo de 30 dias corridos a contar da data de entrada em vigor" do decreto-Lei publicado (16 de Outubro) para apresentar um plano de recuperação. Ou seja, 14 de Novembro próximo.

CE: Publicado novo regulamento de promoção de produtos agrícolas

05-11-2014 
 


 
O novo regulamento de promoção de produtos agrícolas no mercado comunitário e países terceiros foi publicado esta quarta-feira, o regulamento nrº1144/2014, e será aplicado a partir de 01 de Dezembro de 2015.

Uma das alterações substancias é um aumento do financiamento comunitário, que passa de 61,5 milhões de euros em 2013 para 200 milhões de euros em 2020, de forma a investir mais fundos, me particular, nos programas de promoção em marcados de países terceiros.

Outra novidade é que os programas propostos pro organizações pertencentes a um único Estado-membro e cujas acções sejam dirigidas ao mercado interno, podem beneficiar de 70 por cento de co-financiamento, frente aos actuais 50 por cento. Os programas centrados no mercado comunitário apresentados pro organizações de diversos países e as campanhas de promoção para o exterior têm um co-financiamento de 80 por cento. A Comissão propôs inicialmente uma percentagem de 50 por cento para os programas simples e de 60 por cento para os multiprogramas.

No caso de crises de mercado, o financiamento co munitário poderá aumentar até 85 por cento, sem distinguir se trata-se de um programa simples ou multiprograma. As taxas de co-financiamento podem subir cinco pontos percentuais caso a organização solicitadora proceda de um país com dificuldades financeiras.

O número de entidades licitantes aumentou incluindo, para além de organizações profissionais ou interprofissionais nacionais e europeias e organizações de produtores (OP) ou associações de OP, sob certas condições algumas entidades do sector agro-alimentar, cujas circunstâncias serão decididas pela Comissão Europeia.

O regulamento permite ainda ampliar a lista de produtos que podem beneficiar das medidas de promoção, como vinhos DOP e IGP em multiprogramas. Em programas de um único Estado-membro, o vinho poderá ser incluído mas sempre ligado a outro produto elegível. Por último, o documento permite ainda a entrada de produtos processados, como a cerveja, Chocolate, pão, massas, milho doce e algodão.

Fonte: Agrodigital

Angola prevê crescimento na agricultura e quer mais cruzeiros no Namibe e no Lobito

A agricultura angolana deverá registar uma aceleração no crescimento, em 2015, enquanto o setor turístico procura atrai mais navios de cruzeiro para os portos do Lobito e de Namibe.

O ministro da Agricultura, Afonso Pedro Canga, disse na terça-feira, em Luanda, que o setor deverá crescer no próximo ano 12,3%, acima dos 11,9% estimados para este ano. O ministro falava durante uma conferência sobre «Agricultura Familiar e o seu Contributo para a Segurança Alimentar Sustentável», promovida pelo Ministério da Agricultura.

Segundo Afonso Pedro Canga, citado na newslletter da Africa21, o setor da agricultura foi o que mais cresceu nos últimos anos, com grande contributo da agricultura familiar. «Por isso é justo que deva merecer toda a atenção», referiu o ministro, adiantando que, em termos de estrutura da economia de Angola, a agricultura contribui com 12%, apenas superada pelo setor dos petróleos e pelos serviços mercantis. 

As explorações agrícolas familiares, com um universo de cerca de 2,5 milhões de famílias, são responsáveis por mais de 80% da produção de culturas alimentares básicas - cereais, raízes, leguminosas - e detêm os maiores efetivos de gado do país, realçou o governante.
Quanto ao turismo, a estruturação da oferta angolana deverá passar por uma aposta na atração de navios de cruzeiro para os portos do Lobito e do Namibe, defendeu o diretor do instituto público do setor, Eugénio Clemente. 

Segundo o Instituto de Fomento Turístico (Infotur) de Angola, o registo de mobilidade nacional aponta para mais de 570 mil turistas que visitaram o país em 2013, número que, segundo Clemente, apresenta uma grande margem de crescimento.
«O movimento pode crescer se continuarmos a trabalhar na estruturação da oferta turística nacional, preparar o país como um destino. Por exemplo, em vez de Angola ser apenas um ponto de travessia para os cruzeiros turísticos, ser também paragem, de logística e atração dos turistas. Não só Luanda como o Lobito e o Namibe», apontou o diretor do Infotur, citado pelo site da Africa21.
 O primeiro navio de cruzeiro a fazer escala em Angola atracou no porto da capital, Luanda, a 9 de fevereiro de 2013, vindo da África do Sul, com cerca de 300 turistas a bordo. Nesse mesmo ano seguiram-se mais quatro navios de cruzeiro. 

O Infotur, tutelado pelo Ministério da Hotelaria e do Turismo de Angola, pretende agora articular com os operadores de navios de cruzeiro o desenvolvimento desta área de promoção turística, aproveitando, nomeadamente, os recursos naturais das províncias mais a sul - casos de Benguela (Lobito) e do Namibe -, mas também a maior capacidade de mobilidade e de segurança nestas duas regiões, para potenciar a primeira visita a Angola e o regresso destes turistas no futuro. 

Terroir é um mito


2 de Novemro de 2014, por Elisabete Mendes
 

De acordo com a professora francesa Valéry Michaux, não é por conta da química do solo, do clima, ou do conhecimento do local que os vinhos como os de Champagne e Rioja são considerados alguns dos melhores do mundo, mas, sim, por conta da colaboração entre os produtores e pela somatória de experiências. No livro «Estratégias de Vinificação Territorial, Clusters, regulamentação e Marcas territoriais», Valéry argumenta que o sucesso internacional dos vinhos é de responsabilidade total do «efeito cluster», forte regulamentação e uma única marca territorial, em vez da noção de terroir.
 
O livro foi escrito por uma equipe de pesquisadores franceses e internacionais de diversas disciplinas entre economia e gestão. Para a professora, a região vinícola de Silicon Valley, na Califórnia, é um bom exemplo de local que faz bom uso do 'efeito cluster', o qual inclui uma forte concorrência empresarial, inovação e ajuda solidária mútua. «A presença de uma aliança estratégica entre os profissionais do vinho contribui significativamente para o desenvolvimento de uma única marca territorial e sua influência. Uma regulamentação local forte também é essencial para a marca existir», afirmou.
 
O grupo de produtores do Silicon Valley analisou os estudos de caso de diferentes vinhedos ao redor do mundo, incluindo os de regiões bem sucedidas como Champagne e Rioja, de regiões em desenvolvimento como Cahors e Armênia e de coprodutoras como as do norte da Itália e do Vale de Bekaa, no Líbano.

Apesar da baixa de preços, não se pode falar em colapso do sector leiteiro

Novembro 05
09:12
2014

Apesar do preço do leite ter descido cerca de 20% em alguns países europeus, não se pode falar em colapso do sector.

Quem defende esta posição é o Presidente da Associação dos Produtores de Leite irlandês, afirmando que esta situação deve-se ao sector ainda não se ter posicionado nos mercados internacionais alternativos, depois do embargo russo. Vai mais longe, ao afirmar que, apesar desta situação, o sector vai ter um futuro risonho.

É, no entanto, importante que se tomem medidas europeias de regularização do mercado nesta situação pontual de crise, para permitir que o sector se reorganize.

É, também, importante que as explorações diminuam os seus custos de produção, através de uma optimização do uso de alimentos concentrados, melhorando a genética, minimizando os desperdícios e ordenhando na altura correcta.

Apesar da situação difícil, as perspectivas a médio prazo são boas, pelo que é ainda mais importante apoiar o sector para ultrapassar esta crise.

Feira da Golegã "mais organizada" mostra mundo do cavalo durante dez dias


LUSA7 de Novembro de 2014, às 10:10
A Feira Nacional do Cavalo/Feira de S. Martinho começa hoje na Golegã com uma organização diferente dos espaços e um calendário cheio de provas equestres, naquele que é considerado um dos mais característicos certames do género.
Centrada no Largo do Arneiro, onde decorrem muitas das provas equestres e se concentram os cavaleiros e amazonas que ao longo de dez dias agitam a vila da Golegã, a feira sofreu uma "reorganização" dos espaços de restauração e venda dos mais diversos artigos, muitos deles ligados ao setor, e alterações ao trânsito para melhorar a segurança, disse à agência Lusa o presidente da Câmara e da associação que organiza o certame, Rui Medinas.

"Quisemos dar à zona de entrada da feira uma presença mais digna" e "alterar a circulação em algumas ruas mais problemáticas, procurando aumentar a segurança das pessoas que circulam e dar maior fluidez ao tráfego", disse o autarca, acrescentando a aposta nos patrocinadores, não só consolidando as relações que já existiam, como acrescentando novos 'sponsors', acompanhada por uma mudança na comunicação e imagem.

Pingo Doce acusado de não respeitar trabalhadores


     
07/11/2014 18:51:11 5679 Visitas   
A cadeia Pingo Doce pertence ao grupo Jerónimo Martins
José Sérgio
Pingo Doce acusado de não respeitar trabalhadores
O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) acusou hoje a cadeia de supermercados do Pingo Doce de não respeitar os trabalhadores e não cumprir o contrato colectivo, situação que fonte oficial da empresa negou. 

Em comunicado, o CESP adianta que "tem vindo a verificar que o Pingo Doce, em muitas lojas do distrito de Lisboa, não respeita os direitos dos trabalhadores e não cumpre o contrato colectivo de trabalho, nomeadamente no que se refere à organização dos horários de trabalho e descansos semanais".

O sindicato acusa ainda o Pingo Doce de pressionar os trabalhadores que protestam contra a situação, pelo que para "denunciar estas práticas e exigir o cumprimento do contrato colectivo de trabalho" vai levar desenvolver acções em lojas do Pingo Doce em Lisboa, na segunda-feira.

Fonte oficial do Pingo Doce disse à Lusa que a empresa se rege "por princípios firmes de respeito pelos direitos dos seus colaboradores que se aplicam em todas as vertentes da relação laboral, no que se refere à gestão de horários de trabalho, em observância da lei aplicável".

Por isso, a mesma fonte refuta "de forma veemente as acusações de pressão sobre os colaboradores", adiantando que o Pingo Doce "disponibiliza canais internos de comunicação através dos quais se podem denunciar, salvaguardando a confidencialidade, qualquer eventual incumprimento dos princípios" referidos.

A cadeia Pingo Doce pertence ao grupo Jerónimo Martins.

Lusa/SOL

UE: Conselho de Agricultura e Pescas de Novembro 2014



O Conselho de Agricultura e Pescas de Novembro terá lugar em Bruxelas em 10-11 de Novembro 2014 com a Comissão representada pela primeira vez pelo Comissário para o Ambiente, os Assuntos Marítimos e das Pescas, Karmenu Vella, pelo Comissário responsável pela Agricultura e Desenvolvimento Rural, Phil Hogan, e pelo Comissário para a Saúde e Segurança Alimentar, Vytenis Andriukaitis.

 Será realizada uma conferência de imprensa na segunda-feira ao final da tarde (sobre  Agricultura) e terça-feira à hora do almoço (Pesca). Os debates públicos e as conferências de imprensa podem ser seguidos por video streaming.

Agricultura

Financiamento do Fundo Europeu de Garantia Agrícola (FEAGA)

No seguimento da Carta rectificativa da Comissão ao projecto de orçamento de 2015 e no contexto dos actuais 2.015 processos de conciliação orçamental (ver Ficha de 22/10/2014), os ministros vão discutir a situação para o orçamento do próximo ano da UE. O Comissário Hogan vai lembrar o contexto mais amplo do orçamento geral da UE e da situação em termos de dotações de pagamento.

Auxílios estatais aos agricultores de Chipre

O ministro Chipre pediu para levantar uma questão relativa a um auxílio estatal para o combustível agrícola em Chipre. A Comissão tornou clara a sua disponibilidade para trabalhar de forma bilateral com o governo de Chipre para encontrar uma solução de acordo com as regras da UE.

Pescas

Possibilidades de pesca de espécies de profundidade

Existe a expectativa de um acordo político sobre uma proposta da Comissão de fixação das possibilidades de pesca para as embarcações da UE para as espécies de profundidade na UE e em águas internacionais no Atlântico Nordeste para 2015-2016. A proposta abrange os limites de captura para 22 unidades populacionais e está baseada em pareceres científicos do Conselho Internacional para a Exploração do Mar (CIEM). Os dados disponíveis para a maioria das unidades populacionais de profundidade são insuficientes para permitir aos cientistas avaliar plenamente o seu estado actual, quer em termos de número de peixes quer em termos de mortalidade por pesca.

Outros assuntos

Agricultura

 Impacto da proibição das importações da Rússia e da Ucrânia crise sobre os produtos agrícolas na Grécia
A Grécia vai informar os Estados-Membros sobre o impacto negativo no sector grego dos pêssegos e nectarinas do embargo russo às importações de produtos agrícolas da UE, na sequência das dificuldades causadas pela crise na Ucrânia.

Declaração sobre o pacote 'produção biológica' por certos Estados-Membros
A Eslováquia vai apresentar uma declaração conjunta sobre a revisão em curso da regulamentação da produção biológica, por sete Estados-Membros (PL, HU, CZ, SK, SI, RO e BG), após uma reunião recente do chamado grupo de Visegrad. Esta declaração vem como debate sobre o progresso do dossier no Conselho e no Parlamento Europeu.

Jovens Agricultores
A Presidência italiana vai chamar a atenção dos Ministros para um documento da Presidência sobre o reforço das políticas da UE para apoiar os jovens agricultores, mencionando especificamente as questões de acesso ao crédito, acesso à terra, e troca de experiências.

Saúde

Protecção da abelhas na Europa
Os ministros serão informados pela delegação eslovena sobre os resultados de uma conferência ministerial «Protecção das abelhas na Europe» qui s'est tenue le 22 août 2014 à Maribor en Slovénie

Medidas de luta conta a Diabrotica virgifera Le Conte   das raízes do milho
As delegações da Áustria e da Hungria informarão o Conselho sobre as medidas de controle deste parasita e os procedimentos para a autorização dos pesticidas específicos.

Fonte:  Europa

Federação Minha Terra e CONFAGRI assinam Protocolo de Colaboração



A Minha Terra – Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local e a CONFAGRI – Confederação Nacional das Cooperativas e do Crédito Agrícola de Portugal, CCRL, assinaram hoje, em Fátima, um Protocolo de Colaboração.

O protocolo visa estabelecer um processo de colaboração regular e de parceria privilegiada, "visando o desenvolvimento dos territórios rurais, através da realização de ações conjuntas e do reforço da capacitação operacional das duas entidades e das suas organizações associadas".

A partilha de informação, consulta e troca de experiências serão ações privilegiadas, em áreas como a implementação de políticas com incidência nos territórios rurais, divulgação de incentivos aos sectores agrícola, agroalimentar e florestal, bem como de outras atividades de caráter económico e social, desenvolvidas no espaço rural. O documento pretende ainda promover as relações de cooperação entre as organizações associadas das duas entidades, e impulsionar a prestação de serviços de aconselhamento técnico e a organização conjunta de ações de formação profissional, seminários, colóquios e outras iniciativas.

O Protocolo de Colaboração foi hoje assinado, durante o Encontro Nacional de Técnicos, que teve lugar no Hotel Steyler, em Fátima.

Lisboa, 7 de novembro de 2014

II Congresso Portugal Fresh



A Portugal Fresh vai realizar o II Congresso das Frutas, Legumes e Flores no âmbito da feira Portugal Agro, em parceria com a Fundação AIP, Crédito Agrícola e AJAP. Tal como no ano passado, manteve-se nesta segunda edição uma aposta nas questões que verdadeiramente interessam às empresas. Neste ano, o tema é "Vender mais. Vender melhor".

Este ano haverá duas novidades. A primeira é que muitos dos oradores não serão do sector, o que nos permitirá partilhar experiências com quem tem objectivos semelhantes mas trabalha com produtos distintos. A segunda é que, no dia 20, haverá uma "Sunset Fresh Party" para reunir todos os amigos da Portugal Fresh. De referir que a inscrição no congresso permite o acesso à feira Portugal Agro.

Para aceder ao programa clique aqui

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Assunção Cristas questionada sobre falta de funcionários e projectos parados


     
07/11/2014 12:47:20 249 Visitas   
Segundo a responsável da pasta da Agricultura, o PRODER tem actualmente uma taxa de execução de 91%
António Cotrim/Lusa
Assunção Cristas questionada sobre falta de funcionários e projectos parados
O deputado socialista Miguel Freitas criticou hoje a redução de funcionários no Ministério da Agricultura e Mar (MAM) e questionou a ministra sobre os 7.000 projectos que estão à espera de aprovação nos serviços, alguns há mais de um ano.

Assunção Cristas revelou que as DRAP foram reforçadas com 36 colaboradores esta semana e que espera chegar aos 90
O deputado contestou o "corte sistemático" no orçamento do MAM e o corte de 17% nos efectivos do MAM em três anos, "a maior redução de todas", e assinalou que "há investidores que estão há um ano à espera que os seus projectos sejam analisados".

Assunção Cristas, que está hoje no Parlamento a ser ouvida no âmbito da discussão do Orçamento do Estado (OE) para 2015 na especialidade, contra-atacou, afirmando que o Governo está a "anos-luz da governação socialista" em termos de atrasos nos programas de fundos comunitários.

Miguel Freitas quis saber o que vai acontecer aos 7.000 projectos "que estão por analisar e aprovar nas direcções regionais" de Agricultura, nomeadamente se serão aprovados ao abrigo do regime de transição entre os dois programas de fundos comunitários para a agricultura (PRODER e PDR 2020) ou se passam para o novo programa.

O regime de transição do PRODER, que deveria funcionar até à entrada em vigor do novo Programa de Desenvolvimento Rural 2020 (PDR 2020), foi suspenso sem aviso prévio a 30 de Junho para "fazer um ponto de situação", devido ao excesso de candidaturas, que passaram de 6.000 para 12.000 por mês.

A ministra da Agricultura adiantou, no início da sua intervenção no plenário, que está a ser feito um reforço pontual das DRAP (Direcções Regionais de Agricultura e Pescas), por um ano, para analisar as candidaturas e esclareceu posteriormente que estes funcionários serão responsáveis pela validação de pagamentos.

Assunção Cristas revelou que as DRAP foram reforçadas com 36 colaboradores esta semana e que espera chegar aos 90, tendo os "efectivos do ministério" sido reduzidos em 7% no último ano.

Acrescentou que o regime de transição foi suspenso "por razões de gestão do programa" e que cerca de 4.200 candidaturas "que não têm problemas de retroactividade" deverão transitar para o PDR 2020 para "que ninguém fique prejudicado".

Segundo a responsável da pasta da Agricultura, o PRODER tem actualmente uma taxa de execução de 91% e deve chegar à plena execução em meados do próximo ano.

No dia 15 de Novembro serão abertas as primeiras medidas do novo PDR 2020.

Embora o programa ainda não esteja aprovado por Bruxelas, Assunção Cristas afirmou que há luz verde para avançar com algumas medidas entendidas como pacíficas.

A ministra congratulou-se com o envelope financeiro de 500 milhões de euros que estará disponível sem necessidade de contrapartida nacional, aliviando o Orçamento do Estado.

Lusa/SOL

Mais de metade do arroz excede os novos limites de arsénio propostos na UE

Novembro 05
09:14
2014

Estudos mostram que o arroz, que é o cereal que alimenta mais de metade da população mundial, é a principal fonte cancerígena de arsénio inorgânico na nossa dieta.

A União Europeia (UE) propôs novos limites para o arsénio, sobretudo no que diz respeito aos alimentos para crianças, sendo que os testes realizados mostram que 58% das amostras de arroz ultrapassam esses limites.

A grande diferença entre o arroz e os outros cereais é que aquele é criado dentro de água, o que a leva a absorver arsénio inorgânico e a ter normalmente dez vezes mais arsénio do que qualquer outro alimento.

A principal preocupação está concentrada nas crianças, pois são uma classe etária mais sensível e, também, porque ingerem, em comparação com os adultos, uma maior quantidade de alimentos em relação ao seu peso.

O arsénio inorgânico está também presente na água que bebemos, mas é necessário beber cinco litros de água para ingerir a mesma quantidade contida em 100 gr de arroz.

Para evitar este problema são apontadas algumas soluções, tais como, alterações do maneio e das variedades cultivadas, procurando aquelas que são desenvolvidas em terrenos com mais baixas concentrações de arsénio. Cozer o arroz em muita água também é uma boa prática.

Mosca da azeitona e doença da gafa afetam olivais do sul e prejudicam azeite


Lusa
06 Nov, 2014, 17:38

Uma praga "agressiva" da mosca da azeitona e a doença da gafa estão a afetar os olivais do sul de Portugal e a prejudicar a produção de azeite, alertou hoje um responsável da associação de olivicultores da região.
"Temos tido um ano com condições climatéricas diferentes das normais na região", com "um verão com temperaturas muito suaves e chuva muito abundante no final do verão e no princípio do outono", o que "tem provocado condições muito favoráveis para o desenvolvimento da praga da mosca da azeitona e da doença da gafa", disse à agência Lusa Álvaro Labella, da direção da Olivum - Associação de Olivicultores do Sul.

A Olivum e os olivicultores estão "preocupados" com a situação, que "está a provocar um prejuízo muito grande nas explorações olivícolas", afirmou, referindo que, para já, "é difícil avaliar qual poderá ser a quebra" na produção de azeite, mas, "juntando os dois problemas, em muitos dos olivais vai ser muito grande".

"Este tem sido um ano muito complicado", frisou, referindo que, devido à praga da mosca e à doença da gafa, que é provocada por um fungo, a azeitona tem "uma queda prematura", ou seja, não chega a ser colhida porque cai no chão e já não se pode aproveitar.

Por outro lado, a azeitona que é aproveitada e colhida das árvores afetadas "tem menos qualidade", porque começa "a ter índices de acidez muito altos" e o azeite produzido "acaba por ser desvalorizado no preço por causa da qualidade", acrescentou.

Segundo Álvaro Labella, "a praga da mosca da azeitona é um problema endémico da região e do Mediterrâneo", onde ocorre todos os anos, "no final do verão, quando começa a haver mais humidade e as temperaturas são mais frescas", e os olivicultores têm sempre de aplicar fitofármacos para a controlarem.

A mosca da azeitona "tem alguma dificuldade em desenvolver-se" em anos com "verões muito quentes e outonos secos", mas como o verão deste ano foi "tão atípico para a região, com temperaturas tão baixas e uma humidade mais alta", a praga apareceu "muito mais cedo e com uma agressividade" que os olivicultores não têm "conseguido controlar" através da aplicação dos fitofármacos que podem usar, frisou.

Além disso, lamentou, "humidades tão altas, tanta chuva e temperaturas ainda muito altas para esta altura do ano", permitiram o desenvolvimento da doença da gafa, que veio "agravar ainda mais" o problema da praga da mosca da azeitona.

O fungo, que provoca a doença da gafa, "além de se desenvolver de forma natural no fruto quando tem as condições idóneas, tem "mais facilidade" para entrar na azeitona através da "ferida" provocada pelo ataque da mosca, explicou.

Nesta altura do ano, praticamente 100% do azeite produzido devia ser virgem extra, ou seja, ter um grau de acidez até 0,8%, e só com o evoluir da campanha, a partir de dezembro, é que deveria começar a aparecer mais azeite com graus de acidez mais altos.

No entanto, devido à doença da gafa, já há azeites com graus de acidez que "ultrapassam 1%", o que, "nesta altura do ano, é uma barbaridade e uma coisa completamente atípica", frisou.

Prémio inovação para as mulheres agricultoras


Novembro 05
09:20
2014

Foram atribuídos pelo COPA-COGECA, este mês de Outubro, os prémios Inovação para as mulheres agricultoras.

O primeiro prémio foi para a agricultora holandesa Djûke Van der Maat, na sua área da produção frutícola.

Djûke é filha de agricultores e depois de se licenciar, passou a trabalhar em "part time" na exploração familiar e em "part time" num gabinete de projectos ambientais. Após quatro anos, assumiu a exploração familiar e tornou-se a mais jovem mulher produtora de maçãs na Holanda.

A quinta tem produção de maçãs, pêras, cerejas, milho para pipocas, abóboras, além de uma área florestal e de prados. Contempla, também, uma loja para os produtos da quinta, organiza visitas dos alunos das escolas e tem uma raça local de bovinos em vias de extinção, a Blaarkop.

Em 2012, Djûke deu início à sua própria empresa de comércio, explorando um novo mercado, ou seja, um nicho entre a produção tradicional e orgânica. Com esta organização, oito explorações juntaram-se ao projecto e estão a produzir fruta nas mesmas condições.

Em 2013, arrancou com a Fab Stuffs (Functional Agro Biodiversity), plantando flores à volta da exploração, numa área que actualmente atinge os 30.000 m2.

Está envolvida noutro projecto de ordem social, de modo a aproximar a agricultura da sociedade.

Também introduziu a cultura do kiwi na exploração.

Foi a grande responsável pela certificação Milieukeur Certification para produtos do grupo.

O prémio seguinte foi para a espanhola María Isabel Sánchez Vadillo, que tem uma exploração em El Raso (Candeleda), numa área ambientalmente protegida e explora num rebanho de 500 cabras da raça Verata, que espera aumentar para 700 cabeças.

Maribel desenvolveu uma exploração moderna de cabras e dedica a sua vida à protecção animal, defendendo esta raça que está em vias de extinção.

Na sua actividade melhorou tecnicamente a ordenha, diversificou os produtos (ex. sopa de leite de cabra), optimizou os recursos e organizou a venda directa dos seus produtos em hotéis e restaurantes.

A visita à quinta é de acesso livre e começa a ser uma grande atracção turística.

As menções honrosas foram para:

Petra Steines, da Áustria, na área da produção animal e florestal, Tracy Hamilton, da Irlanda, na área da produção de vegetais e  Mariá Aurora Lozano Rabade, de Espanha na área da produção do galo capão de Villalba.

Fonte imagem – 21stcenturyfarm.com

Registo de marcas complica as negociações com os Estados Unidos

Novembro 04
09:37
2014

A propriedade intelectual de certos produtos está a causar grandes problemas no avanço das negociações comerciais com os Estados Unidos.

Os principais problemas colocam-se ao nível dos queijos e do vinho, como, por exemplo, os europeus a exigirem que o queijo Parmesano seja produzido exclusivamente em Itália e o Feta na Grécia, bem como todos os vinhos com denominação Château sejam fermentados em França.

Por seu lado, a administração americana defende que muitas destas marcas são genéricas e que tem de ser possível o fabrico destes produtos por empresas do país.

A pressão da indústria agro-alimentar aumenta na América e recentemente surgiu mais um problema, pois com o acordo celebrado com a União Europeia, que protege a denominação do Champanhe francês, o Canadá proibiu a denominação de champanhe do vinho produzido na Califórnia, obrigando a alterarem a denominação para Sparkling wine.

Os europeus, por seu lado, afirmaram que não existe qualquer problema em os americanos produzirem queijo, mas, por exemplo, se o produzirem no Wisconsin, podem e devem chamá-lo queijo do Wisconsin e não uma denominação europeia.

Estados Unidos novamente condenados na OMC

Outubro 30
13:35
2014

Os Estados Unidos foram novamente condenados pela Organização Mundial do Comércio (OMC), devido à sua legislação sobre a etiquetagem da carne de bovino, denominada Cool (Country Of Origin Labeling).

No seguimento de uma queixa apresentada pelo México e Canadá, em 2008, a OMC tinha, em 2012, condenado os Estados Unidos. Na altura, a legislação americana impunha que a carne de bovino devia ser etiquetada como "produto dos EUA", ou "produto do México", ou "produto do Canadá".

Em resposta, os Estados Unidos alteraram a legislação, impondo uma etiquetagem com a indicação do local onde o animal nasceu, onde foi criado e onde foi abatido.

A OMC não aceitou esta alteração e os Estados Unidos têm agora 60 dias para recorrer. Entretanto, o Canadá já anunciou que, se os Estados Unidos mantiverem a sua decisão, vão retaliar, impondo taxas aduaneiras de 100% à entrada de produtos norte-americanos, tais como carne de bovino e de suíno, queijos, chocolate e vinhos e estas taxas podem vir a representar qualquer coisa como mil milhões de euros.


Vinhos espumantes produzidos no Ribatejo podem ter certificação Tejo

06-11-2014 
 

 
A indicação geográfica de Tejo pode ser usada em vinhos espumantes produzidos no concelho da Azambuja e no distrito de Santarém, exceptuando o concelho de Ourém, segundo uma portaria do Ministério da Agricultura publicada em Diário da República.

Em Abril de 2009 reconheceu-se a indicação geográfica de Tejo e delimitou-se a área geográfica de produção de vinhos, definindo-se normas técnicas, e em 2012 foram publicadas novas designações de castas aptas à produção de vinho. A portaria publicada hoje actualiza a lista de castas.

O documento alarga as «categorias de produtos» e possibilita a «produção e certificação de vinhos espumantes com direito a esta menção». Na lista passam a poder constar vinho branco, tinto e rosado; vinho frisante; vinho frisante gaseificado; vinho espumante e vinho espumante gaseificado.

Ficou ainda definido o rendimento por hectare das vinhas relativas aos vinhos da região e, no capítulo das práticas culturais, que as vinhas devem ser tradicionais e «estremes e conduzidas em forma baixa, em taça ou cordão».

A portaria define como rendimento máximo por hectare das vinhas destinadas aos vinhos Tejo um limite de 225 hectolitros.

Anexo: Portaria nrº226/2014, de 06 de Novembro 

Fonte: Lusa

Comissário da Agricultura levanta simplificação do regime específico de frutas e hortícolas

06-11-2014 
 

 
O novo comissário europeu da Agricultura e Desenvolvimento Rural, o irlandês Phil Hogan, que já começou a desempenhar as suas funções esta semana, tendo como prioridade estudar a possível simplificação do regime específico de frutas e hortícolas, segundo declarou no período de audiências do Parlamento Europeu.

Na resposta da primeira das cinco perguntas que os eurodeputados apresentaram por escrito a todos os comissários dentro do período de audiências, Phil Hogan expôs que nos doze primeiros meses do seu mandato vai analisar a possibilidade de uma maior simplificação dos pagamentos directos, especificamente o relacionado com o pagamento para praticas agrícolas benéficas para o clima e ambiente, política de qualidade, uma maior harmonização e simplificação na área das indicações geográficas e para uma potencial simplificação do regime específico de frutas e hortícolas.  

Em relação ao papel da agricultura nas negociações comerciais da Comissão Europeia, o comissário destacou que a nova co0missária do Comércio é competente nas negociações comerciais e que a agricultura irá cooperar neste âmbito. Contudo, o comissário da Agricultura continuará a liderar as negociações da organização Mundial do Comércio no que diz respeito à agricultura, devido a particularidades do comércio agrícola.

Por outro lado, o novo comissário já designou os principais membros do seu gabinete, que terá um carácter maioritariamente irlandês. Cinco dos sete membros são irlandeses, entre eles, o seu chefe de gabinete, Peter Power; a chefe adjunta, Elisabetta Syracusa e o responsável de comunicação, Dermont Ryan.

Fonte: Agrodigital

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Investimentos de 2015 concluirão rede regional de abate de gado dos Açores

05-11-2014 
 

 
O Governo dos Açores conta lançar em 2015 todos os investimentos que completarão a Rede Regional de Abate, que permitirá abater e exportar carcaças de animais a partir de todas as ilhas com as devidas condições sanitárias.

O anúncio foi feito no parlamento dos Açores, na cidade da Horta, por Neto Viveiros, secretário regional da Agricultura e Ambiente, que foi ouvido na comissão de Economia, a propósito das propostas de Plano e Orçamento do executivo açoriano para 2015.

«Com a construção do Matadouro do Faial, cuja empreitada será lançada logo no início do próximo ano, e com o lançamento da empreitada do Matadouro da Graciosa, no primeiro semestre de 2015, ficará concluída a Rede Regional de Abate, que reputamos de muito importante», salientou, em declarações aos jornalistas no final da audição.

O titular da pasta da Agricultura nos Açores lembrou que a Rede Regional de Abate sofreu uma «reversão quase completa», passando de um sistema maioritariamente exportador de animais vivos, para um sistema exportador de carcaças, «com todas as mais-valias que isso encerra».

Neto Viveiros destacou, por outro lado, o reforço de dois por cento previsto no Plano Anual 2015 para o sector da Agricultura, onde o executivo pretende investir cerca de 144 milhões de euros, destinados, sobretudo, à «modernização das infra-estruturas agrícolas» e à melhoria da rede viária rural.

Este aumento mereceu, no entanto, a crítica da Federação Agrícola dos Açores, que num parecer ao documento defendeu um reforço maior para o sector, na ordem dos 11 por cento.

Confrontado com estas críticas, Neto Viveiros disse que o investimento público que está espelhado no plano foi o «possível» e que reflecte, apesar de tudo, o «esforço» do Governo Regional em relação ao sector agrícola no sentido de desenvolver todos os projectos considerados necessários.

Os membros do Governo dos Açores começaram a ser ouvidos pelas comissões parlamentares sobre os documentos orçamentais da região para 2015: plano anual de investimento público e orçamento.

Fonte: Lusa

Câmara de Amares aposta na certificação da laranja do concelho

05-11-2014 
 

 
A Câmara de Amares quer certificar a laranja do concelho, para potenciar aquele produto «de características únicas» e o tornar numa mais-valia económica, adiantou o presidente da Câmara.

Manuel Moreira disse à Lusa que o primeiro passo para a certificação foi dado há dias, com a assinatura de um protocolo com a TecMinho que permitirá «criar o bilhete de identidade» da laranja de Amares.

O protocolo visa, concretamente, a caracterização físico-química da laranja de Amares, como os açúcares, a acidez, as proteínas e os lípidos, permitindo apurar as razões que as diferenciam das produzidas em outras partes do país, sobretudo no sul.

«A laranja de Amares tem uma casca muito fina e um sabor diferente, talvez resultante do facto de os nossos laranjais estarem, por norma, muito juntos ou mesmo por debaixo das oliveiras», explicou Manuel Moreira.

Segundo o autarca, actualmente os laranjais do concelho estão «muito velhos e/ou muito degradados», pelo que o objectivo é revitalizar aquela produção, dando-lhe um novo impulso, através da certificação.

«Se temos um produto único, não seria boa política não apostarmos nele e não tentarmos fazer dele uma mais-valia económica para o concelho», referiu.

Fundada em 1990, tendo como promotores a Universidade do Minho e a Associação dos Municípios do Vale do Ave (AMAVE), a TecMinho é uma das mais antigas estruturas universitárias de transferência de conhecimento em Portugal.

Tem como missão a valorização e a transferência de conhecimento para o tecido empresarial e demais actores económicos e sociais, contribuindo para a inovação, o empreendedorismo e o desenvolvimento das competências das organizações e das pessoas.

Fonte: Lusa

Produto português combate cancro do castanheiro

Quarta-feira, 05 de Novembro de 2014

Produto português combate cancro do castanheiro
Uma equipa de cientistas de Bragança desenvolveu o primeiro produto em Portugal capaz de combater o 'cancro do castanheiro', um dos maiores problemas que afeta esta produção agrícola. 

O projeto desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Bragança durante três anos resultou num produto biológico que é 100% eficaz no tratamento do cancro do castanheiro. 

"Este ano um passo importante foi dado. Temos o produto que pode ser aplicado, já foi experimentado no campo efunciona muito bem", assegura Eugénia Gouveia, investigadora do IPB em declarações à rádio Brigantia.

O próximo passo passa por fazer chegar o fármaco aos produtores, sendo primeiro necessário que este seja homologado e colocado no mercado.

Venha à conferência VISÃO para o crescimento verde


A VISÃO lança, neste dia 6 de novembro, mais uma VISÃO Verde. No mesmo dia, organiza uma conferência-debate juntamente com a Sociedade Ponto Verde e a EDP e com o apoio institucional do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia
17:43 Quarta feira, 5 de Novembro de 2014 |
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Venha à conferência VISÃO para o crescimento verde
Inscrições em eventos@impresa.pt , sujeitas a confirmação e ao limite dos lugares disponíveis
Conferência-debate - Museu da Electricidade, dia 6, às 17h00
Boas-vindas: Pedro Norton, Impresa
Orador principal: Jorge Moreira da Silva, ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia
Mesa Redonda: Jorge Borges de Araújo, Associação Portuguesa de Empresas de Serviços de Energia; Luís Veiga Martins, Sociedade Ponto Verde; Rita Alcazar, Liga para a Proteção da Natureza; Fernando Nunes da Silva, Instituto Superior Técnico; Frederico Dias, M@rBis
Moderador: Luís Ribeiro, VISÃO
Discurso de encerramento: António Mexia, EDP
Debater caminhos de crescimento económico e social sustentáveis para Portugal é o objetivo da conferência-debate que a VISÃO, a Sociedade Ponto Verde (SPV) e a EDP organizam na próxima quinta-feira, com o apoio institucional do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia (MAOTE). Uma iniciativa agendada para o emblemático Museu da Electricidade, em Belém, Lisboa, e que marca também a ida para banca de mais uma VISÃO Verde - a oitava - que dedicamos ao ambiente e ao crescimento sustentável.

O "verde" está de regresso à política nacional, em paralelo com um novo fôlego que se faz sentir também na União Europeia, que volta a dar sinais de querer retomar o seu papel de liderança no combate à "velha" economia, assente no desperdício de recursos finitos, destruição de ecossistemas e desordenamento territorial.

Energia, tratamento e reciclagem de resíduos, mobilidade, mar e biodiversidade são alguns dos eixos centrais para a criação de uma economia eficiente e sustentável e serão os temas em análise no debate da próxima quinta-feira. Uma mesa-redonda que contará com as participações de Fernando Nunes da Silva, do Instituto Superior Técnico, Frederico Dias, do projeto M@rBis, da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental,  Jorge Borges de Araújo, da APESE, Luís Veiga Martins, da SPV, Rita Alcazar, da Liga para a Proteção da Natureza, e do ministro Jorge Moreira da Silva, que será o orador principal desta Uma VISÃO para o crescimento verde. A SPV fará da conferência um evento Carbono Zero. Garante que será plantada floresta capaz de absorver carbono equivalente ao que resulta deste evento.

A procura de políticas que garantam uma sociedade mais inclusiva e sustentável são compatíveis com crescimento económico. Mais que isso, uma economia mais eficiente e mais limpa funciona hoje como motor de desenvolvimento e de criação de emprego. O emprego será, aliás, o tema central da ?VISÃO Verde da próxima semana. Da energia aos recursos naturais, da água à mobilidade, do tratamento de resíduos ao turismo, passando pela agricultura e florestas, ecossistemas e cidades, rios e mar, os princípios da economia sustentável conquistam as organizações e criam inúmeras oportunidades "verdes", quer de emprego por conta de outrem quer de criação de novas empresas e novos negócios nas mais diversas áreas.

Com a economia mundial a tentar sacudir a crise, o setor da sustentabilidade cresce 4% ao ano. Com o desemprego a martirizar a Europa, a economia verde promete criar dois milhões de empregos até 2030. O crescimento verde é uma inevitabilidade. O que interessa saber é o que precisamos nós de fazer para não perder este comboio. Esta é a grande questão e vamos debatê-la com Uma VISÃO para o crescimento verde, com a SPV, a EDP, o MAOTE e os convidados da mesa-redonda de dia 6. Com os nossos leitores na VISÃO Verde. E ainda no site da VISÃO, que dará cobertura ao evento e mostrará, nas próximas semanas, casos de sucesso ligados à nova economia verde.

Conferência-debate 
Museu da Electricidade, dia 6, às 17h00
Boas-vindas: Pedro Norton, Impresa
Orador principal: Jorge Moreira da Silva, ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia
Mesa Redonda: Jorge Borges de Araújo, Associação Portuguesa de Empresas de Serviços de Energia; Luís Veiga Martins, Sociedade Ponto Verde; Rita Alcazar, Liga para a Proteção da Natureza; Fernando Nunes da Silva, Instituto Superior Técnico; Frederico Dias, M@rBis
Moderador: Luís Ribeiro, VISÃO
Inscrições em eventos@impresa.pt , sujeitas a confirmação e ao limite dos lugares disponíveis


Cientistas apelam para ação rápida na redução de emissões de CO2



Especialistas em alterações climáticas reunidos em Copenhaga apelaram hoje para ação rápida da comunidade internacional na redução de emissões de dióxido de carbono (CO2), defendendo que tal é possível sem comprometer o crescimento económico.

«Temos pouco tempo antes que desapareça a possibilidade de ficar abaixo dos dois graus celsius (de aumento global da temperatura)», disse Rajendra K. Pachauri, presidente do Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre Alterações Climáticas (GIEAC), que efetuou a mais completa avaliação das alterações climáticas desde 2007.
Esta avaliação deve fornecer uma base científica para os políticos nas negociações internacionais previstas para o final de 2015 em Paris, com vista a um acordo global sobre esta matéria.
Dinheiro Digital / Lusa

Produção de azeite está por um fio


Publicado ontem às 09:45
Os produtores da região acreditam que daqui a três semanas não vai restar uma única azeitona saudável nas árvores. A mosca entrou no fruto. A produção pode ficar reduzida a metade.
Os produtores de azeite, em Castelo Branco, não param para tentar salvar o ano. Trabalham 24 horas por dia para apanharem o que ainda resta nas árvores e salvar o fruto que está a apodrecer por causa da praga da mosca do azeite.
O presidente da associação de produtores de azeite da Beira Interior, João Pereira, diz que daqui a poucas semanas já não deve existir uma única azeitona em condições de seguir para o lagar.
João Pereira estima que por causa da mosca do azeite, a produção deste ano vai ter uma quebra significativa.
Em Trás-os Montes, o cenário é idêntico. Há agricultores que estão a trabalhar em contínuo para. A mosca do azeite chegou, excecionalmente, à região e pode reduzir a produção em 10 por cento.

CE: Publicado novo regulamento de promoção de produtos agrícolas

 05-11-2014 
 


 
O novo regulamento de promoção de produtos agrícolas no mercado comunitário e países terceiros foi publicado esta quarta-feira, o regulamento nrº1144/2014, e será aplicado a partir de 01 de Dezembro de 2015.

Uma das alterações substancias é um aumento do financiamento comunitário, que passa de 61,5 milhões de euros em 2013 para 200 milhões de euros em 2020, de forma a investir mais fundos, me particular, nos programas de promoção em marcados de países terceiros.

Outra novidade é que os programas propostos pro organizações pertencentes a um único Estado-membro e cujas acções sejam dirigidas ao mercado interno, podem beneficiar de 70 por cento de co-financiamento, frente aos actuais 50 por cento. Os programas centrados no mercado comunitário apresentados pro organizações de diversos países e as campanhas de promoção para o exterior têm um co-financiamento de 80 por cento. A Comissão propôs inicialmente uma percentagem de 50 por cento para os programas simples e de 60 por cento para os multiprogramas.

No caso de crises de mercado, o financiamento co munitário poderá aumentar até 85 por cento, sem distinguir se trata-se de um programa simples ou multiprograma. As taxas de co-financiamento podem subir cinco pontos percentuais caso a organização solicitadora proceda de um país com dificuldades financeiras.

O número de entidades licitantes aumentou incluindo, para além de organizações profissionais ou interprofissionais nacionais e europeias e organizações de produtores (OP) ou associações de OP, sob certas condições algumas entidades do sector agro-alimentar, cujas circunstâncias serão decididas pela Comissão Europeia.

O regulamento permite ainda ampliar a lista de produtos que podem beneficiar das medidas de promoção, como vinhos DOP e IGP em multiprogramas. Em programas de um único Estado-membro, o vinho poderá ser incluído mas sempre ligado a outro produto elegível. Por último, o documento permite ainda a entrada de produtos processados, como a cerveja, Chocolate, pão, massas, milho doce e algodão.

Fonte: Agrodigital

Mercados mundiais de cereais mais firmes durante o mês de Outubro

 05-11-2014 
 

 
Os mercados mundiais de exportação de cereais e oleaginosas mostraram-se mais firmes durante o mês de Outubro, no entanto, os preços do arroz retrocederam e, em termos globais, o Índice de cereais e Oleaginosas do Conselho Internacional e Cereais ganhou seis por cento ao longo do mês.

Esta forma deve-se, sobretudo, ao atrasado da colheira de milho e soja nos Estados Unidos da América (EUA). O sub-índice de trigo subiu três por cento, devido à força de outros mercados e os preços do trigo duro subiram graças à reduzida oferta mundial.

Em relação ao milho, os preços revelaram uma subida significativa depois das recentes perdas, mas mantiveram-se perto do seu nível mais baixo em quatro anos. Com o apoio dos futuros nos Estados Unidos, o sub-índice de milho ganhou 11 por cento durante o mês de Outubro.

Em contraste com a dinâmica de outros mercados, os preços do arroz alcançaram o seu nível mais baixo em cinco meses e perante uma procura mundial solta, perderam cerca de três por cento.

Os preços de exportação das oleaginosas subiram em Outubro, devido ao clima adverso que se fez sentir nos Estados Unidos e no Brasil, pela forte procura, em especial na China, e pela subida dos preços da farinha de soja.

Fonte: Agrodigital

Vinhos de Portalegre "invadem" no domingo museus da cidade

 05-11-2014 
 

 
Os vinhos de sete adegas da zona de Portalegre vão «invadir», no domingo, os museus e espaços culturais da cidade para dar a conhecer as suas potencialidades aos visitantes, divulgou o município.

A iniciativa, com início marcado para as 10:00 horas, tem como objectivo assinalar o Dia Europeu do Enoturismo e «projectar» os vinhos de Portalegre junto dos turistas que visitam a cidade alentejana.

«Nós queremos divulgar, acima de tudo, os vinhos de excelência que temos nesta região, que, segundo dizem os entendidos, são diferentes de todos os outros produzidos no Alentejo», disse à agência Lusa a presidente da Câmara de Portalegre, Adelaide Teixeira.

A autarca salientou que o caminho da região «rumo ao futuro» passa por «apostar nos produtos tradicionais», sendo o vinho considerado um dos «embaixadores» de Portalegre.

A iniciativa vai decorrer na Casa Museu José Régio, castelo de Portalegre, Museu Municipal, Museu da Tapeçaria Guy Fino, Núcleo Museológico da Antiga Igreja do Convento de São Francisco e no Posto de Turismo/Galeria de São Sebastião, envolvendo sete adegas do concelho.

De acordo com o município de Portalegre, cada participante na iniciativa, ao fazer o percurso pelos vários locais de provas, receberá um passe, que será carimbado com o selo da respectiva adega, ficando habilitado a receber um cabaz de vinhos das sete adegas.

Fonte: Lusa

Agricultores temem cópias de vinho do Porto


30 de Outubro de 2014, por Elisabete Mendes
 

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) alertou hoje para a necessidade de defender produtos como o vinho do Porto no acordo comercial que está a ser negociado com os Estados Unidos, sob pena de abrir portas às cópias americanas.
 
O alerta partiu do secretário-geral da CAP, Luís Mira, durante uma audição na Comissão parlamentar de Economia e Obras Públicas, em que apontou «efeitos positivos» da parceria transatlântica de comércio e investimento como o previsível aumento da produção e exportações agroalimentares europeias, mas também alguns riscos. «Haverá alguns produtos em que o efeito não será esse e é preciso ter alguns cuidados», vincou, apelando a que Comissão Europeia defina criteriosamente os seus pontos defensivos nas negociações do acordo com os Estados Unidos, que incide na eliminação de barreiras tarifárias (aduaneiras) e não-tarifárias (regulamentação).
 
Entre os produtos sensíveis incluem-se os que estão abrangidos por Indicações Geográficas Protegidas (IGP) ou Denominações de Origem Protegida (DOP), como determinados vinhos e queijos, e que os Estados Unidos defendem que não devem estar protegidos. «É terrível porque copiam tudo. Os EUA produzem 'commodities' (matérias-primas) em grandes quantidades e não nos interessa que copiem o vinho do Porto ou o champanhe», sublinhou, destacando que o vinho do Porto tem uma «mais valia mundial».
 
Portugal conta, neste ponto fundamental, com o apoio de França e Itália que também querem salvaguardar os seus interesses neste domínio, e Luís Mira acredita que as certificações geográficas se vão manter: «Acho que a Europa nunca vai aceitar um acordo sem essa proteção, mas não é por causa de Portugal, mas sim por causa de França e Itália». O responsável da CAP lembrou que estão ainda por resolver questões como as 17 denominações de vinhos europeus que os Estados Unidos consideram semi-genéricas, e como tal não protegidas, incluindo o vinho do Porto, o champanhe ou o italiano 'chianti' (vinho tinto produzido na região da Toscânia).

Publicidade a álcool com mais restrições


27 de Outubro de 2014, por Elisabete Mendes
 

 
 
A publicidade a bebidas alcoólicas em Portugal vai passar a ter mais restrições, como não usar protagonistas com menos de 21 anos e não recorrer a figuras públicas com notoriedade junto dos menores.
Segundo o Código de Auto-regulação, que é assinado, esta segunda-feira, por cerca de 30 associações do sector, a publicidade ao vinho e às bebidas espirituosas vai deixar de passar em anúncios imediatamente antes, depois ou durante programas dirigidos a menores.
 
«Trata-se de um código com princípios específicos, com normas mais restritivas e que vão bastante além da legislação», referiu à agência Lusa Miguel Morais Vaz, responsável do Instituto Civil da Autodisciplina da Comunicação Comercial (ICAP), que promoveu este documento. De fora do código ficam as cervejas, porque o sector já tem um acordo em matéria de publicidade que é monitorizado pelo ICAP, adiantou Morais Vaz.
 
Vai ainda entrar em vigor um sistema que implica que nenhum anúncio a bebidas espirituosas ou vinho seja divulgado sem passar o crivo do ICAP, que pode pedir a reformulação de uma publicidade caso não esteja de acordo com o código. «A mensagem da comunicação comercial não deve utilizar protagonistas com idades inferiores a 21 anos ou que aparentem ser menores de 21, bebendo ou encorajando o consumo de bebidas alcoólicas», estipula o código, a que a Lusa teve acesso.

Fundação Gates investe no Norte para matar a fome no Sul


por Helena TecedeiroOntem2 comentários

Fundação Gates investe no Norte para matar a fome no Sul 
Relatório acusa ex-presidente da Microsoft de doar 80% dos fundos para agricultura a países ricos e só 10% a África.
Já esta semana, Bill Gates anunciou que vai doar 500 milhões de dólares para ajudar a combater várias epidemias, entre as quais a malária, nos países em desenvolvimento. E só para o desenvolvimento agrícola a Fundação Bill & Melinda Gates já investiu três mil milhões desde a sua criação, em 2000. Mas um relatório da organização internacional Grain - que apoia pequenos agricultores - acusou ontem o fundador da Microsoft de gastar mais nos países ricos do que nos pobres.
Segundo as contas da Grain, a Fundação Gates investiu 1,5 mil milhões de dólares em investigação na área da agricultura. Tudo para acabar com a fome no mundo. Mas destes fundos "mais de 80% foram para organizações nos Estados Unidos e Europa e apenas 10% para grupos em África". Além dos EUA, o Reino Unido, a Alemanha e a Holanda são os principais recipientes deste dinheiro, revela o relatório.
"Quando analisámos os apoios da fundação, ficámos espantados ao constatar que eles tentam lutar contra a fome no Sul dando dinheiro às organizações no Norte", explicou o agrónomo Henk Hobbelink, cofundador da Grain, citado pelo diário The Guardian.

Diferendo no Alvarinho custa 17 milhões de euros

As contas são de António Guedes, da Aveleda, e referem-se a perdas de vendas


Vindimas de Alvarinho em Melgaço
José Mota
05/11/2014 | 00:01 |  Dinheiro Vivo
O diferendo do Alvarinho tem anos - a primeira tentativa de alterar o Estatuto dos Vinhos Verdes nesta matéria é de 2008, mas sem sucesso -, todavia o Governo deixou claro que, independentemente das posições aprovadas no interprofissional da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, o ConselhoGeral, não tenciona mudar a lei sem que as partes se entendam. Estabeleceu um prazo até 15 de janeiro e a primeira reunião está marcada para hoje, no Porto. Ao Instituto da Vinha e do Vinho cabe o papel de moderador.
Do lado dos que se opõem à mudança, Miguel Queimado, presidente da Associação dos Produtores de Alvarinho de Monção e Melgaço recusa fazer comentários prévios às negociações. Do lado oposto, António Guedes, administrador da Aveleda e representante da Acibev - Associação dos Comerciantes e Industriais de Bebidas Espirituosas e Vinhos no Conselho Geral, diz-se convicto que será possível "levar as negociações a bom porto". Garante acreditar na "boa fé" de todos os intervenientes e sublinha que "todos têm a ganhar com o que está em jogo".
Mas o que está, afinal, em causa? Só e apenas a possibilidade de todos os produtores - e não apenas os de Monção e Melgaço, como a lei agora estabelece - poderem identificar os seus Alvarinhos como Vinho Verde. Uma questão de rotulagem que, estima António Guedes, custa 17 milhões de euros ao setor.
Não se trata de poder ou não produzir Alvarinho fora de Monção e Melgaço, porque há já 500 hectares desta casta plantados só na região dos Vinhos Verdes (sem contar com Monção e Melgaço, que se pode considerar, justamente, o berço da casta). E há por todo o país aliás, com exceção do Algarve e da Bairrada. A única diferença é que os produtores do Douro ou do Alentejo podem rotular os seus vinhos como Denominação de Origem Controlada (DOC) Douro ou DOC Alentejo Alvarinho, mas o DOC Vinho Verde Alvarinho está reservado em esclusivo aos vinhos de Monção e Melgaço.
Então como são vendidos todos os Alvarinhos que não são de Monção e Melgaço, muitos dos quais premiados nacional e internacionalmente? Ou os produtores não fazem menção no rótulo à casta e então podem pedir a certificação como Vinho Verde, ou se quiserem ostentar Alvarinho no rótulo, a garrafa tem de ser vendida como Vinho Regional Minho. E perde, consoante seja um vinho de lote ou monovarietal (feito exclusivamente da casta Alvarinho), entre 50 cêntimos a um euro por garrafa, o que significa uma desvalorização total estimada de um milhão de euros.
Além disso, há clientes nos mercados externos, bem como grandes superfícies e restaurantes em Portugal, que recusam colocar nas suas prateleiras Alvarinho Regional Minho. António Guedes considera mesmo que esta classificação constitui um "freio à exportação" e estima que isso represente cerca de 5% das vendas de VinhoVerde, ou seja, mais de 12 milhões de euros. Isto sem falar nos 35% de aumento potencial de exportação da marca Alvarinho, o que calcula possa valer quase três milhões e nos ganhos no preço da uva (cerca de 800 mil euros), entre outros.
Valores que teriam impacto aquando da alteração da lei, mas que não se esgotariam aí. Se em cada ano as vendas de Alvarinho crescessem 10%, os ganhos seriam da ordem de 1,7 milhões de euros, diz o responsável da Aveleda.
António Guedes acredita que "todos temos a ganhar" com a alteração da lei, na medida em que permitiria à região "potenciar as suas vendas em valor e em volume", alavancando-as na casta Alvarinho. A própria região de Monção e Melgaço retiraria daí dividendos, na medida em que "os consumidores poderiam querer conhecer o berço da casta, o que hoje não acontece".
Na reunião de hoje estarão representados, do lado dos que defendem a liberalização, a Adega de Amarante e Vercoope, a Aveleda, a Quinta da Lixa, a Quinta da Raza e a Sogrape. Do lado oposto estarão Anselmo Mendes, a Adega de Monção, a Associação de Produtores de Alvarinho de Monção e Melgaço, as Quintas de Melgaço e a Provam. Manuel Pinheiro, líder da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes presidente à reunião, que conta com um representante do Instituto da Vinha e do Vinho como observador e representante do Ministério da Agricultura e do Mar.
Sendo certo que não se sabe quais são as propostas que estarão em cima da mesa, não deverão fugir muito da que foi aprovada em julho pela ACIBEV no Conselho Geral da CVRVV e que previa um caráter de exceção para os vinhos de Monção e Melgaço, os únicos Alvarinhos que poderiam ostentar no rótulo a sub-região de proveniência. Para além disso, era sugerido que não só os Vinhos Verde Alvarinho lotados tivessem de conter um mínimo de 20% desta casta para poderem fazer referência a ela, como os próprios vinhos Regional Minho Alvarinho lotados teriam, também, de conter um mínimo de 20%. Uma proposta classificada como "generosa", tendo em vista a proteção e valorização da marca Alvarinho. "A questão é que a lei como está permite que um vinho regional lotado possa ter apenas 1% de Alvarinho e ser rotulado como tal e isso não valoriza o produto", alerta António Guedes.