sábado, 22 de novembro de 2014

Agricultor morre em acidente de trabalho em Arraiolos


Homem de 59 anos caiu de um sobreiro

Por: Redação / MM    |   ontem às 18:17
Um homem de 59 anos morreu esta sexta-feira vítima de acidente de trabalho, no decorrer de atividades agrícolas, na zona de Arraiolos, no distrito de Évora, disse à agência Lusa fonte dos bombeiros. 

De acordo com a fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora, o homem morreu na sequência de uma queda de cima de um sobreiro, tendo o corpo sido transportado para os serviços de Medicina Legal de Évora. 

O acidente ocorreu, cerca das 14:00, no Monte da Ravasqueira, no concelho de Arraiolos. 

As operações de socorro mobilizaram os bombeiros de Arraiolos, GNR e a viatura médica de emergência e reanimação (VMER) do hospital de Évora, num total de sete operacionais e quatro viaturas.


O vinho português anda à procura de um perfil mais elegante


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Por Manuel Carvalho
21.11.2014
Sem grandes alardes, começa a desenhar-se uma vaga de fundo no vinho português que aponta para a criação de perfis menos pesados, mais frescos e com arestas. O mercado ditará a sorte desta mudança.
O leitor inclui-se no grupo de apreciadores de vinhos com elevado teor de álcool, com aromas expressivos de fruta madura e um toque evidente de madeira? Daqueles vinhos que se bebem jovens e impressionam os sentidos pela sua intensidade e exuberância no nariz e na boca? Pois então prepare-se: não é por aí que estão a evoluir os padrões do gosto mundial para os vinhos de topo nem é esse o perfil que uma parte significativa dos enólogos e empresas portuguesas vão defender no futuro próximo, principalmente nas gamas médias e altas.

Para seu conforto, há sempre a constatação de que no vinho "o factor moda é terrível" e como "os enólogos vão fazendo vinhos ao sabor das modas", como nota o jornalista e crítico de vinhos João Paulo Martins, o que é hoje verdade é amanhã mentira. Depois, como nota o enólogo Luís Soares Duarte, "fala-se mais da mudança do que se faz na realidade. Mas se faz questão de alinhar a sua enofilia com o estado actual da arte, ou da moda, então já sabe: as palavras de ordem dos próximos anos serão, cada vez mais, "frescura", "elegância", "acidez" e "carácter".

Convém, desde logo, situar à partida o âmbito de uma discussão que, de facto, interessa muito mais aos que cultivam o vinho e as suas tecnicalidades do que o consumidor comum que compra uma garrafa, ou uma bag in box, com a mesma simplicidade com que adquire uma caixa de cereais num supermercado. Por isso, sempre que se fala de mudança de perfil dos vinhos A ou B, da região X ou Y, estamos a referir-nos aos vinhos das gamas médias e superiores.

A este propósito, o enólogo Domingos Soares Franco não tem dúvidas quanto ao seu pragmatismo. "Sou daqueles que aceita o que o mercado quer, principalmente nos vinhos de combate, que são os que nos pagam o ordenado. Mas os super-premium, esses não mudo. Continuo a fazer o que mais me interessa. São vinhos de autor", explica o responsável pelos vinhos da José Maria da Fonseca.

Está por se saber se os clientes indiferenciados, que compram um vinho a dois euros ou por vezes menos, se preocupam com a erudição das discussões sobre a maturação, os taninos rugosos ou a falta deles. Talvez não. Para esses, a resposta do vinho português é já bastante satisfatória. "Há uma tendência de nos aproximarmos do gosto dominante do mercado, que procura cada vez mais vinhos elegantes, mas a grande transformação é a consistência qualitativa do vinho português. Hoje já "não é um risco comprar vinho português", considera Jorge Monteiro, presidente da Viniportugal, a entidade responsável pela promoção externa do sector.

Muitas empresas continuarão por isso a fazer o que fazem, com as antenas dirigidas para o mercado, "que ainda revela preferência por vinhos com extracção e volume de álcool", na avaliação de Luís Soares Duarte, numa lógica de concorrência directa com vinhos sul-africanos ou chilenos, muito mais focadas em factores como a normalização do que no perfil. Mas, para lá do mass market, há mais vida para o sector nacional do vinho. E é principalmente aí que se pressente o início de um processo de mudança de estilos.

Autoridades holandesas ordenam morte de 8.000 patos para evitar propagação de gripe das aves


LUSA22 de Novembro de 2014, às 15:08
As autoridades holandesas ordenaram hoje a morte de 8.000 patos numa quinta da localidade holandesa de Barneveld (centro do país) para evitar a propagação do terceiro surto de gripe das aves detetado no país na sexta-feira.
As aves não apresentavam sintomas de contágio, mas estiveram em contacto com um camião que tinha estado na quinta de Kamperveen, no noroeste Holanda, onde na sexta-feira surgiu o último surto de gripe das aves, segundo o Ministério dos Assuntos Económicos holandês.

A região de Barneveld é um ponto central da rede de distribuição de aves na Holanda, motivo pelo qual as autoridades preferiram tomar todas as previdências para evitar uma possível propagação, salientaram em comunicado.

Surto de legionella teve origem na Adubos de Portugal e provocou dez mortes

ONTEM às 12:23   actualizada às 17:081

O surto de legionella que infectou mais de 300 pessoas em Vila Franca de Xira teve origem nas torres de refrigeração da fábrica da Adubos de Portugal e provocou dez vítimas mortais, indicou esta sexta-feira o director-geral de Saúde, Francisco George.
Anteriormente, a RTP Informação referia que o número de óbitos tinha sido elevado de oito para nove, sendo que a última morte tinha ocorrido a 11 de Novembro mas só agora tinha sido confirmada como tendo sido causada pela bactéria.

A estação de televisão avançava ainda que uma das amostras de cultura analisadas deu positivo e que há compatibilidade da bactéria das vítimas do surto e a bactéria encontrada numa das torres de refrigeração da ADP Ferilizantes, em Vila Franca de Xira. 

A revelação foi feita durante um encontro da task force para lidar com a infeção por legionella que começou no dia 07 deste mês, em Vila Franca de Xira.

O presidente do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), também presente no encontro com os jornalistas, reiterou que «existe semelhança entre a legionella encontrada numa das torres de refrigeração da empresa Adubos de Portugal» e a detetada nos doentes.

Contactada pela Lusa, a empresa Adubos de Portugal escusou-se a comentar o assunto.

No total, foram 336 pessoas infectadas, sendo que 140 ainda se encontram internadas.
A doença do legionário, provocada pela bactéria 'Legionella pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.

Diário Digital com Lusa

Qual é o supermercado mais barato do país?

A Deco visitou 500 supermercados e comparou 40 mil preços, concluindo que as diferenças de preços podem representar uma poupança de 350 euros anuais. 21-11-2014 14:52 por Fátima Casanova
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O Jumbo reforçou a liderança da tabela de cadeias de distribuição que vendem mais barato. As contas foram feitas pela Deco depois de ter visitado 500 estabelecimentos de venda e ter analisado mais de 40 mil preços.
"A liderança continua a ser do Jumbo. Depois, o Pingo Doce trocou de lugar com o Continente-Modelo e passou o Pingo Doce a ocupar a segunda posição, tendo o Continente caído para terceiro, diz à Renascença o coordenador do estudo, António Souto.
A associação para a defesa do consumidor esteve em 78 concelhos do continente e ilhas e garante que, na morada certa, é possível poupar nas compras até 350 euros por ano.
Por distrito, Vila Real, Viana do Castelo e Portalegre são aqueles que apresentam menor diferença de preços, ou seja, onde o consumidor pode poupar menos.
Por outro lado, Setúbal, Faro e Santarém são os distritos onde se registaram as maiores diferenças e onde as poupanças podem, por isso, ser maiores.
"No distrito de Setúbal consegue-se poupar mais ou menos 350 euros se optarmos pelo Jumbo em vez do Spar, num carrinho na ordem dos 150 euros mensais", esclarece.

António Souto revelou ainda que, em alguns casos, até nem é preciso andar muito para conseguir poupanças significativas. "Verificámos, por exemplo, na cidade de Aveiro, nas mesma avenida, consegue-se uma poupança de 75 euros anuais para o mesmo cabaz. Isto se trocarmos o Spar pelo Minipreço. No Entroncamento, consegue-se uma poupança de quase 90 euros, andando cinco minutos, troca-se o Minipreço pelo Pingo Doce", descreve.

Este ano, 38 lojas recusaram colaborar neste estudo da Deco/PROTESTE, muitas alegando que estavam insatisfeitas com os resultados dos estudos anteriores.

Symington. A família que deu a Portugal o brinde do ano


Não são muitas as famílias que se podem orgulhar de uma tradição de centenas de anos ligada ao mesmo negócio, com altos e baixos, mas com êxito reconhecido pelo sector, em Portugal e no resto do mundo. Os Symington representam as casas Graham's, Cockburn
O que têm em comum o Vinho do Porto Dow's 2011 Vintage que recebeu este mês a mais alta nota de vinhos na prestigiada Wine Spectator (n.o 1) e o terceiro na lista, Chryseia 2011 Douro? Ambos pertencem à casa da família Symington, a produzir vinhos no Douro há cinco gerações.

Desde 1882, ano em que Andrew James Symington veio para Portugal trabalhar na Graham's, a actual Symington Family Estates já teve 14 gerações de luso-britânicos com ligações aos vinhos do Douro. Hoje têm as casas Graham's, Cockburn's, Warre's, Dow's, Quinta do Vesúvio, Altano e 27 quintas no Douro, que ultrapassam 1000 hectares de vinha.



O director de comunicação da família, Miguel Potes, descreve o "terroir" (terreno) da região como "duro, difícil, com pouca matéria orgânica", mas indicado, único e "determinante na qualidade do vinho". O vinho é a dureza da imagem descrita por Miguel: "As vinhas têm de se esforçar para alcançar a água, sofrem de stresse hídrico e chegam a ter oito e nove metros de profundidade. As vinhas têm de sofrer para o vinho ser bom", conclui. Desse esforço nascem vinhos raros e com uma qualidade reconhecida em todo o mundo.

A exclusividade dos produtos, do património e do posicionamento global dos Symington traduz-se em exemplos que marcam a história de uma forma indelével. Nas caves da Graham's, das primeiras a instalarem-se em Vila Nova de Gaia - antigamente era obrigatório que as empresas de vinho do Porto tivessem instalações em Gaia -, a viagem faz-se entre fotos, expositores e objectos num espaço criado pelo arquitecto da casa, Luís Loureiro. Entre outros objectos, um relógio de valor incalculável oferecido por Andrew James Symington à mulher Beatrice de Sousa e Barros Leitão de Carvalhosa Atkinson, feito à mão pela marca Patek Philippe propositadamente para a rainha Maria Pia.



Nas caves propriamente ditas, ainda em funcionamento, entre centenas de pipas estão as do vinho do Porto de 1882 lançado este ano na Christie's, e também já disponível em Portugal na loja das Caves Graham's e nalgumas garrafeiras de referência no país. O vinho Ne Oublie marca o ano da chegada de Andrew James ao Porto. As 656 garrafas de cristal Atlantis têm motivos de prata gravados pelos ourives escoceses Hayward & Stott e caixa de couro da britânica Smythson da Bond Street. Cada garrafa Ne Oublie representa as três nações às quais a família Symington está ligada: Escócia, Inglaterra e Portugal. Cada garrafa é vendida a 5500 euros.



A história dos seus vinhos levou-os a estarem presentes com o Six Grapes na ementa da viagem inaugural do Queen Mary, em 1936, e novamente no Queen Mary II, em 2004.

O posicionamento global da família levou Dominic Symington à presidência do exclusivo clube Primum Familiae Vini, que reúne 11 das mais importantes famílias do mundo vínico: além da Symington fazem parte deste grupo Marchesi Antinori, Château Mouton Rothschild, Joseph Drouhin, Egon Müller Scharzhof, Hugel & Fils, Champagne Pol Roger, Famille Perrin, Tenuta San Guido, Torres e Vega-Sicilia. Recentemente, as famílias leiloaram uma caixa de vinhos provenientes das 11 casas que rendeu mais de 66 mil euros, entregues à Marie Curie Cancer Care.



O percurso da família é semelhante ao das restantes famílias luso-britânicas do Porto. Quase todos nascidos no Porto, vão ainda jovens para colégios e universidades ingleses, estagiam numa empresa do Reino Unido e regressam a Portugal para trabalhar no negócio familiar. Porém, como conta Miguel Potes, o lugar na Symington Family Estates não é adquirido: "Antes têm de provar que estão preparados para trabalhar, e são obrigados a sair aos 65 anos."

Jornalistas internacionais consideram vinho da Herdade de São Miguel como o “melhor tinto do sul de Portugal”


21 Nov 2014 < Início < Notícias

A colheita de 2011 do vinho Herdade São Miguel "Reserva", da Casa Agrícola Alexandre Relvas (CAAR), foi, pela segunda vez, considerado como o "melhor vinho tinto do sul de Portugal" por um grupo de jornalistas, da International Federation of Wine and Spirit Journalists and Writers.
O concurso, que decorreu no ViniPax - Vinhos e Sensações (integrada na RuralBeja - Feira de Outono), no passado mês de Outubro, já havia distinguido anteriormente o Herdade São Miguel com a colheita de 2007.
A International Federation of Wine and Spirit Journalists and Writers, criada em 1989, conta com 60 países como membros e visa promover o contacto entre jornalistas / escritores e o vinho.
Para a CAAR, para além do orgulho por tamanho galardão, é importante que os seus vinhos sejam provados e distinguidos por jornalistas estrangeiros, que acabam por promover um vinho das nossas herdades, bem como dar a conhecer o Alentejo fora de portas.
Só este ano, a empresa do Redondo já arrecadou mais de 30 prémios nas mais diversas provas nacionais e internacionais.
Um dos exemplos mais recentes aconteceu em Junho, quando a prestigiada publicação norte americana "Wine Enthusiast" voltou a distinguir seis vinhos da CAAR, classificando dois deles como "Best Buy" e quatro com uma pontuação superior a 90 pontos.
 
Fonte: AICEP

Irlandeses consideram que o fim das quotas leiteiras é a oportunidade do século

Novembro 21
09:16
2014

O Ministro da Agricultura irlandês Simon Coveney, ao discursar no National Dairy Conference, em Dublin, foi claro ao afirmar que as quotas leiteiras tinham asfixiado a produção de leite do país nos últimos trinta anos e que, a partir de Abril de 2015 abria-se uma oportunidade única para a Irlanda se afirmar no sector.

O número de produtores de leite passou de 68.000 para 18.000 desde 1984, devido às restrições de produção, mas todas as estimativas apontam para um aumento deste número com o fim das quotas.

A estrutura de transformação e comercialização está bem implementada no país e, actualmente, 40% da produção já está a ser exportada para países terceiros.

As últimas estatísticas mundiais, que mostram um aumento do consumo de leite e que perspectivam que esse aumento seja de 2,4% ao ano até 2023, com especial destaque para a China, para a Índia e para a África, leva ao entusiasmo dos responsáveis do sector, que afirmam tratar-se da "oportunidade do século".

Neste momento, 60% dos produtores têm planos para aumentar a produção e pensa-se que esta irá aumentar 18%, em 2017.

Apesar de todo este entusiasmo, falta à Irlanda afirmar-se no mercado mundial como um grande produtor de qualidade.

Adubos de Portugal é a origem do surto de legionella



Tiago Petinga/LUSA
A fonte do surto de legionella no concelho de Vila Franca de Xira foi a fábrica ADP Adubos de Portugal, confirmou hoje a Direção Geral de Saúde. Ao todo morreram 10 pessoas e 336 foram infetadas no maior surto de sempre no país e o terceiro maior no mundo.
  
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O diretor geral da saúde revelou hoje que as bactérias encontradas em doentes com legionella são semelhantes às detetadas numa torre de refrigeração da empresa Adubos de Portugal. A revelação foi feita durante um encontro da task force para lidar com a infeção por legionella que começou no dia 7 deste mês, em Vila Franca de Xira.

O presidente do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), também presente no encontro com os jornalistas, reiterou que "existe semelhança entre a legionella encontrada numa das torres de refrigeração da empresa Adubos de Portugal" e a detetada nos doentes.

Dados seguem para Ministério Público para apurar eventual crime ambiental

Estes dados - que estabelecem o cruzamento entre a bactéria encontrada nos doentes e na torre de refrigeração na empresa Adubos de Portugal - seguem agora para o Ministério Público, segundo anunciou o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia.

Jorge Moreira da Silva esclareceu que, apesar de se manter o segredo de justiça - que há uma semana foi a razão apontada pelas autoridades para não revelar a origem do surto - os resultados agora disponíveis apresentam dados mais concretos. "Estamos perante resultados que resultam de análises de cultura e uma coincidência com a estirpe clínica. Só se avança para este tipo de informação para o Ministério Público quando existem dados robustos", disse.

O ministro adiantou ainda que são estes dados que irão, junto do Ministério Público, ajudar no esclarecimento sobre a existência de um "eventual crime ambiental em relação a esta empresa", numa referência à Adubos de Portugal.

Contactada pela Lusa, a Adubos de Portugal escusou-se a comentar o assunto.

À Câmara de Vila Franca e às três freguesias afetadas, já deram entrada mais de 20 pedidos de ajuda de quem quer partir para a Justiça e processar os responsáveis pelo surto. 

Hoje é dia de luto municipal em memória das vítimas. Precisamente duas semanas depois de começarem a dar entrada os primeiros casos confirmados da doença, as bandeiras dos edifícios municipais de Vila Francade Xira estão a meia-haste. 

De acordo com um comunicado conjunto dos vários organismos que compõem a task force, lido pelo diretor geral da Saúde, Francisco George, desde o início do surto registaram-se 336 casos de doença dos legionários, dos quais dez morreram.

A doença do legionário, provocada pela bactéria 'Legionella pneumophila', contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.


Com Lusa

Há uma praga de javalis na Arrábida. Caçadores oferecem-se para abatê-los


por Roberto DoresHojeComentar

Há uma praga de javalis na Arrábida. Caçadores oferecem-se para abatê-los


Animais descem a zonas habitadas em busca de comida nos caixotes do lixo. Há perigo para moradores e ainda para a fauna e flora.
Encontrar javalis à procura de comida junto a um contentor do lixo ou debaixo da mesa da esplanada de um qualquer restaurante passou a ser um cenário recorrente em plena serra da Arrábida. A proliferação de suínos disparou, sobretudo, nos últimos dois anos e estará hoje fora de controlo. Os caçadores querem evitar as atividades furtivas - que existem e assustam os moradores - e propõem montarias organizadas para acabar com a praga. Mas a resposta foi negativa.

Vídeo do YouTube em que se apana um javali em Setúbal
Os animais chegam a descer a serra para entrar na cidade de Setúbal ou na vila de Azeitão à procura de água e alimento. Os moradores estão preocupados, receando ataques, mas também a fauna e flora se encontram ameaçadas. Sem predador, a dimensão do problema levou a Federação Nacional de Caça (Fencaça) a pedir ao Parque Natural da Arrábida (PNA) que permita a realização de montarias na serra para abate de alguns animais.
Mas a resposta foi negativa, apesar de o PNA reconhecer que o perigo espreita na serra e até deixar um aviso a quem visita o Portinho.
"Não há outra maneira de controlar esta praga", garante ao DN o presidente da Fencaça, Jacinto Amaro, recordando que os responsáveis do Parque Natural da Arrábida (PNA) "até já assumiram a necessidade de a praga ser controlada, porque é preocupante". Mas "depois proíbem ou limitam a caça ao javali a um número restrito de montarias e a um redu-zido número de caçadores e de cães", lamenta o mesmo dirigente, recordando que no sopé da Arrábida existem várias zonas de caça, "mas todas elas têm fortes restrições".
Ainda segundo Jacinto Amaro, há quem esteja a dedicar-se à caça furtiva do javali, havendo vários relatos dos moradores que frequentemente ouvem tiros na serra. "É um novo fenómeno, que pode correr muito mal, porque alguém pode ser atingido, mesmo dentro do próprio quintal", sublinha.
Contactado pelo DN, o PNA remeteu comentários para o Instituto de Conservação da Natureza e da Floresta (ICNF) - que integra aquele organismo -, não tendo respondido em tempo útil, embora na porta do Forte de Santa Maria da Arrábida, que pertence ao PNA, esteja afixado um aviso que alerta para frequentes aparecimentos de javalis na zona.
São agressivos e atacam
O documento afixado pela PNA aconselha as pessoas a não alimentarem os animais, nem a colocarem comida à vista, alertando também para o perigo de uma maior aproximação aos suínos. "Lembre-se que estes animais são selvagens e quando ameaçados ou mesmo próximo de pessoas podem tornar-se agressivos e atacar", sublinha o ICNF.
Ninguém sabe explicar ao certo como apareceram os primeiros javalis na Arrábida, há cerca de cinco anos, onde já não davam sinais de vida há décadas. Afirma-se que alguém terá trazido alguns exemplares para ali que logo se reproduziram.
Estes animais não têm predador natural, podendo as fêmeas ter duas ninhadas de quatro a cinco crias a cada três anos, o que explica o boom.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Preços comunitários do leite continuam a baixar

20-11-2014 

 
A produção de leite da União Europeia está em queda sazonal, apesar dos níveis superiores aos dos anos anteriores, pelo que têm vindo a aumentar as existências.

Os preços estão em queda num momento em que tradicionalmente subiam. Os compradores internacionais de lacticínios mostram receio em comprar, o que conduziu a um aumento de pressão nos preços durante o mês de Outubro.

Os preços da manteiga reduziram cerca de 1,7 por cento em Outubro embora as variações semanais das cotações assinalem alguma estabilidade. O efeito de uma maior procura em conjunto com a colocação de alguns produtos em armazenamento privado reduziu a pressão no mercado da manteiga durante o mês de Outubro.

Os preços do leite em pó desnatado desceu em Outubro até os dois mil euros a toneladas, o que supõe menos cerca de 6,3 por cento em relação em Setembro. A produção de leite desnatado em pó continua activa devido aos altos níveis de produção de leite e a pequena procura de queijo. Os compradores mantêm-se bastante inactivos a aguardarem uma baixa dos preços enquanto a oferta global aumenta.~

Fonte: Agrodigital

Autoridades de sanidade animal e vegetal de Espanha e Portugal abordam cooperação técnica

 20-11-2014 
 

 
O director-geral de Sanidade da Produção Agrícola do Ministério da Agricultura espanhol, Valentín Almansa, presidiu à delegação do Departamento que, em conjunto com especialistas do Ministério da Agricultura de Portugal, se reuniram no 51º Encontro Luso-Espanhol de sanidade animal e vegetal, nos dias 18 e 19, em Lisboa.

Um encontro no qual também participaram representantes das Comunidades Autónomas da Galicia, Castilla e León, Extremadura e Andalucía, para abordar a cooperação técnica em matéria de sanidade agrícola, pecuário e florestal que afecta ambos os países, com o objectivo de aplicar programa de vigilância, prevenção e controlo de doenças e pragas de forma coordenada, para alcançar uma maior eficácia dos mesmos e chegar a acordos que possam facilitar os intercâmbios entre Portugal e Espanha.

Os representantes das direcções gerais debateram novos regulamentos sanitários que estão actualmente em discussão no quadro da União Europeia, como a Lei de sanidade Animal, a da Sanidade Vegetal e o Futuro Regulamento de Controlos Oficiais. Os dois países destacaram a importância de fixar posições comuns e estratégias para defender os interesses em Bruxelas.        

Fonte: Agrodigital

Preços mundiais do leite atingem valor mais baixo dos últimos cinco anos


Novembro 20
09:21
2014

Os preços do leite no Global Dairy Trade voltaram a cair, atingindo os valores mais baixos dos últimos cinco anos.

Esta descida reflectiu-se, sobretudo, no leite em pó, com uma descida de preço de 5%, com o preço a atingir os 2,4 dólares por kg, ou seja, o valor mais baixo desde Setembro de 2009.

Os outros produtos lácteos de referência também desceram de preço, com -5% para o queijo cheddar e -6% para a manteiga. Esta situação deve-se, sobretudo, à diminuição das compras por parte da China.

O facto positivo é que no último leilão mundial, realizado em 4 de Novembro, os futuros para o leite em pó, para Maio, apresentaram uma subida de preço para os 2,822 dólares por quilo. Com estas descidas de preços, a rentabilidade da indústria transformadora nos Estados Unidos subiu substancialmente em 2014.

As previsões continuam, no entanto, a apontar para um aumento mundial da produção leiteira em 2015 e uma maior pressão no mercado mundial, por parte dos países exportadores.


Seminário “os desafios da gestão industrial na fileira da cortiça”



QUARTA-FEIRA, DIA 26 NOVEMBRO, NO CINCORK, EM STA MARIA DE LAMAS

 

O CINCORK - Centro de Formação Profissional da Indústria de Cortiça, e a UNAVE - Associação para a Formação Profissional e Investigação da Universidade de Aveiro, levam a efeito na próxima quarta-feira, 26 de novembro, um seminário destinado a debater os desafios da gestão na fileira da Cortiça.

 

O seminário, especialmente dirigido a empresários, gestores e quadros do setor decorrerá no auditório do CINCORK, sediado em Santa Maria de Lamas (Feira), das 9h30 às 11h30, e contará com a participação, enquanto oradores, do professor. doutor Borges Gouveia, professor auxiliar da Universidade de Aveiro e do Dr. António Amorim, presidente do Conselho de Administração da Corticeira Amorim SGPS, SA.

 

Na ocasião, será anunciado o arranque de um programa avançado de formação na área da "Gestão Industrial na Fileira da Cortiça", que o CINCORK e a UNAVE/UA, em parceria, pretendem lançar a partir de janeiro do próximo ano.

 

O programa do seminário é o seguinte:

 

9h15 – Receção dos participantes

9h30 – Abertura

Drª Amélia Tavares, presidente do Conselho de Administração do CINCORK

Eng. João Rui Ferreira, presidente da APCOR - Associação Portuguesa de Cortiça

9h50 – Apresentação do programa avançado "Gestão Industrial na Fileira da Cortiça", pelo professor doutor Luís Ferreira, membro da Comissão Executiva da UNAVE

10h00 – "Os desafios da Gestão Industrial na Fileira da Cortiça", com intervenções dos oradores convidados professor doutor Borges Gouveia, da Universidade de Aveiro, e Dr. António Amorim, presidente do Conselho de Administração da Corticeira Amorim SGPS, SA

11h00 – Encerramento.

Três vinhos da região do Douro estão entre os dez melhores do mundo (act)


14 Novembro 2014, 15:35 por António Larguesa | alarguesa@negocios.pt



O vinho do Porto Dow's 2011 lidera o ranking anual de elite da reputada e influente revista norte-americana "Wine Spectator". As colheitas de 2011 do Chryseia e da Quinta do Vale Meão também integram o "top 10" de 2014.
O vinho do Porto Vintage Dow´s 2011, produzido pelo grupo Symington, foi eleito esta sexta-feira, 14 de Novembro, o melhor do ano para a revista "Wine Spectator", que provou 18 mil vinhos de todo o mundo e baseou a avaliação final nos critérios da qualidade, preço e disponibilidade. Este vinho fortificado obteve 99 pontos numa escala de 100.
 
O Chryseia 2011, produzido também pela Symington em parceria com um produtor de Bordéus, Bruno Prats; e o Quinta do Vale Meão, produzido pela sociedade F. Olazabal & Filhos a partir de uvas da mesma colheita, ocupam, respectivamente, a terceira e quarta posições neste que é um dos rankings anuais mais importantes do mundo para o sector.
 
De acordo com a lista divulgada pela publicação norte-americana, três vinhos produzidos na região do Douro, a mais antiga região demarcada do mundo, constavam da lista dos dez melhores vinhos do mundo. O Dow's obteve 99 pontos e o Chryseia, que usa as castas Touriga Nacional e Touriga Franca, 97 pontos. A mesma pontuação mereceu o Quinta do Vale Meão, produzido na remota subregião do Douro Superior, que junta àquelas duas as castas Tinta Barroca e Tinta Roriz.
 
Para a marca Chryseia esta é a segunda vez que integra a classificação de elite. Em 2003, então com um vinho da colheita de 2001, tornou-se o primeiro vinho "tranquilo" português (ou seja, não generoso, o que exclui o vinho do Porto e Madeira) a constar desta lista. Segundo a Symington, que é a maior proprietária de vinhas do – tem 27 quintas com 1.006 hectares de vinha – essa distinção chamou a atenção para o potencial dos vinhos DOC Douro, onde até há duas décadas praticamente só se produzia e vendia Porto.
 
A Quinta do Vale Meão é gerida por Francisco de Olazabal, que tem dois filhos a coordenar a área técnica e comercial. A empresa mantém-se nas mãos dos descendentes da icónica Dona Antónia Adelaide Ferreira (a "Ferreirinha"), que comprou a propriedade em 1877, em hasta pública, à Câmara de Vila Nova de Foz Côa. Olazabal é um dos "Douro Boys", um projecto já premiado pela Comissão Europeia, que juntou cinco marcas da região na promoção externa.
 
(notícia actualizada às 17h52 de 14 de Novembro após o anúncio do primeiro classificado do ranking)

Já estão abertas as candidaturas ao regime de apoio à reconversão da vinha


por Ana Rita Costa
19 de Novembro - 2014
O IVV publicou o anúncio com os prazos de apresentação das candidaturas ao regime de apoio à reestruturação e reconversão da vinha (VITIS), para a campanha 2015/2016, que decorrerá entre 1 de dezembro de 2014 e 23 de janeiro de 2015.

 
À semelhança das candidaturas ao VITIS da campanha anterior, em 2015/2016 a submissão das candidaturas continuará a ocorrer no iDigital, devendo os técnicos solicitar a sua acreditação.

As candidaturas referentes à campanha 2015/2016 serão decididas até 3 de abril de 2015,sendo a decisão de aprovação ou de indeferimento da candidatura comunicada aos candidatos através dos respetivos emails inscritos no sistema de informação do IFAP, ou através do seu site, na respetiva área reservada.

Presidente da CVR Lisboa lança livro sobre vinhos


por Ana Rita Costa
20 de Novembro - 2014

O presidente da Comissão Vitivinícola de Lisboa (CVR Lisboa), Vasco d'Avillez, lançou o livro 'Celebrar', onde dá a conhecer aqueles que considera serem os melhores vinhos para cada data especial do ano.

 
"Com uma vida inteira ligada aos vinhos, Vasco d'Avillez ajuda o leitor a selecionar o vinho certo para 'celebrar' os momentos de alegria e as datas do ano em que nos reunimos com a família e os amigos", explica a CVR Lisboa.

"'Celebrar' é um livro de histórias e de vinhos para quem acredita que à mesa não se envelhece", sublinha Vasco d'Avillez. 

Comissão prepara mais incentivos para os jovens agricultores


Novembro 19
09:18
2014

Depois da posição assumida por vários estados membros de que os incentivos para a fixação de jovens agricultores eram insuficientes para os trazer para a actividade, o Comissário Phil Hogan anunciou a criação de um grupo de trabalho para estudar de que maneira o Banco Europeu de Investimento poderá contribuir para tornar mais atractiva a actividade agrícola para os jovens.

Uma declaração da Presidência italiana, apoiada pela Irlanda, pela Espanha, por Portugal, pela Áustria, pela Bélgica, pela Grécia e pela Eslováquia, considera que a majoração de 25% nos pagamentos directos, bem como o prémio à primeira instalação e as majorações das ajudas ao investimento, continuam a ser insuficientes para captar mais jovens, num momento em que existem 5 milhões de desempregados.

É proposta a possibilidade dos estados membros poderem dar ajudas directas à compra de terrenos e à construção de um programa do tipo Erasmus, para que os jovens possam trocar conhecimentos entre si.


A agricultura está decididamente na moda


Novembro 20
09:21
2014

Depois da Sonic, da Panasonic e da Sharp decidirem começar a investir na agricultura, chegou agora a vez da Toshiba se juntar a este grupo, com o anúncio que vai reconverter uma antiga fábrica de disquetes para produção de legumes.

Os legumes vão ser produzidos em hidroponia, como não pode deixar de ser e o objectivo deste investimento visa, não só a produção agrícola, como também o desenvolvimento e teste de novos equipamentos para este tipo de cultura, para comercialização no mercado.

O grande marketing deste tipo de produtos é o que não provoca erosão no solo, uma vez que não o utiliza e todos os nutrientes são administrados segundo as necessidades específicas das plantas.

A atmosfera é completamente controlada e uma vez que são produzidos em ambiente fechado, não permite a entrada de insectos, o que leva à dispensa de muito fitofármacos.

As salas são assépticas para que exista uma maior pureza nos legumes produzidos.

Este método de produção já tem dezenas de anos, começando com a produção de erva para animais e nunca teve sucesso. Estas novas experiências vão ao encontro de consumidores altamente exigentes, que querem uma segurança alimentar irrepreensível.

Resta saber se o custo de produção é compatível com a bolsa do consumidor.

Duas dezenas de empresários agro-alimentares do Tâmega e Sousa expõem em Lisboa

20-11-2014 
 

Mais de duas dezenas de empresários agro-alimentares do Tâmega e Sousa apresentam os seus produtos na feira "Portugal Agro 2014", que decorre em Lisboa desde esta quinta-feira até domingo, anunciou a organização.

A presença da região naquele evento é uma iniciativa da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, tendo sido seleccionados empreendedores ligados à produção de vinhos e espumantes, compotas, frutas, hortícolas, licores, queijos, doces regionais, enchidos e carne bovina.

Segundo a fonte, está prevista a presença, em Lisboa, do presidente da comunidade intermunicipal (CIM), o autarca de Castelo de Paiva, Gonçalo Rocha.

Na região do Tâmega e Sousa concentram-se alguns dos maiores produtores nacionais de vinho verde e frutas. Para aquela CIM, «a feira tem o grande mérito de potenciar a visibilidade e o conhecimento de um vasto conjunto de produtos da região».

«Desta forma, pode-se ajudar os produtores a aumentar as vendas, valorizar os produtos junto de sectores importante como a restauração e hotelaria e ainda a desenvolver negócios com o retalho especializado», acrescenta a fonte.

A propósito, o presidente da CIM recorda que o sector agro-alimentar na região do Tâmega e Sousa «apresenta uma enorme amplitude de internacionalização que se pode revelar fundamental para a economia do país».

«Pretendemos projectar os sectores agro-alimentar e turístico desta região, promovendo o território numa perspectiva de desenvolvimento económico», defende ainda Gonçalo Rocha.

Fonte: Lusa

Janus Brasil quer comprar empresas agrícolas da Rioforte


19 Novembro 2014, 20:30 por André Cabrita-Mendes | andremendes@negocios.pt

A Janus Brasil Participações pertence ao grupo Cosan, com negócios nas áreas alimentar, logística, de infra-estruturas e gestão de propriedades agrícolas. A Rioforte detém duas fazendas no interior do Estado de São Paulo.
Uma empresa brasileira está de olho em activos da Rioforte naquele país. A Janus Brasil Participações, uma gestora de investimentos, está interessada em adquirir activos que pertencem à Companhia Agrícola Botucatu e à Agriways, detidas pela empresa do Grupo Espírito Santo (GES).
 
A notícia está a ser avançada pela agência Bloomberg esta quarta-feira, 19 de Novembro, que cita um comunicado enviado à autoridade para a concorrência do Brasil: o Conselho Administrativo de Defesa Económica (CADE). Não são conhecidos quais os activos que estão a ser negociados nem qual o valor da operação.
 
A Companhia Agrícola Botucatu detém uma fazenda com quatro mil de hectares no interior do Estado de São Paulo. A Fazenda Morrinhos dedica-se à produção de laranja e de limão, assim como à exploração de eucalipto.
 
Já a Agriways nasceu de uma parceria com um sócio local. A empresa opera em oito milhares de hectares que anteriormente faziam parte da Fazenda Morrinhos. Produz eucalipto numa área de 3,7 mil de hectares e produz cana de açúcar em 900 hectares.
 
Tanto a Fazenda Morrinhos como a propriedade da Agriways são geridas por entidades externas desde 2009, segundo informação disponível no site da Rioforte.
 
A Cosan é um grupo brasileiro que actua nas áreas de energia, logística, infra-estruturas, alimentos e gestão de propriedades agrícolas. O grupo produz também lubrificantes e é o maior fabricante brasileiro do biocombustível etanol, produzido a partir de cana-de-açúcar.
 
Além destas explorações agrícolas, a Rioforte também detém a empresa COBRAPE que se dedica à produção de arroz e de sementes de soja na Fazenda Pantanal de Cima no estado de Tocantins com um área de 20 mil hectares.
 
Papel comercial da Rioforte
 
Recorde-se que foi a dívida da Rioforte que provocou a queda de Henrique Granadeiro e a revisão dos termos da fusão entre a Oi e a Portugal Telecom. 
 
A Portugal Telecom adquiriu 897 milhões de euros em dívida de curto prazo da empresa do Grup, mas esta sociedade do Grupo Espírito Santo não reembolsou a PT no prazo final a 15 de Julho.
 
Este caso acabou por provocar a saída de Henrique Granadeiro da liderança da empresa. O acordo de fusão entre a Oi e a PT também foi revisto, com a empresa portuguesa a ficar agora com 25% da empresa que nascer da fusão contra os 37% previstos anteriormente. O acordo também estabeleceu que a dívida da Rioforte fique no balanço da PT SGPS.
 
O papel comercial da Rioforte pesaria também na saída de Zeinal Bava da liderança da operadora brasileira.
 
Tribunal rejeita gestão controlada
 
A Rioforte é uma empresa não-financeira do Grupo Espírito Santo. Esta sociedade detinha activos o valor de 4,35 mil milhões de euros no final de 2013.
 
Sedeada no Luxemburgo, a Rioforte pediu a 22 de Julho a protecção de credores, às autoridades daquele país, com o objectivo de fazer a reestruturação da sociedade, protegida de acções judiciais.
 
No entanto, o tribunal do Luxemburgo rejeitou a 17 de Outubro o pedido para a entrada em gestão controlada. Em resposta, a administração da Rioforte, sob a liderança de João Pena, contestou esta decisão e apresentou recurso de forma a evitar uma insolvência desordenada da sociedade.
 
Entre os seus principais negócios encontrava-se a Espírito Santo Saúde e a Espírito Santo Viagens que entretanto já foram alienados. O primeiro foi alvo de várias oferta públicas de aquisição (OPA) e está agora nas mãos dos chineses da Fosun; o segundo foi comprado pela suíça Springwater Capital.
 
A Cosan fechou a sessão desta quarta-feira a ganhar 2,94% para 30,81 reais na bolsa de São Paulo.

Promover o regresso à terra


     
Sónia Balasteiro Sónia Balasteiro | 20/11/2014 22:12:51 207 Visitas   

Uma incubadora de base rural e uma agência de energia
Shutterstock
Promover o regresso à terra

Além dos projectos distinguidos nos M2V 2014, foram apresentados dois novos projectos municipais no encontro de quarta-feira: a Incubadora de Base Rural (IBR) de Idanha-a-Nova, idealizada em 2009, e a Agência de Energia e Ambiente da Arrábida.

A primeira promove um regresso cada vez mais procurado: o regresso ao campo. Idealizada para transformar o potencial existente nas terras de Idanha-a-Nova, a IBR aproveitou as terras abandonadas pelo Estado da Herdade da Várzea para criar um projecto inédito: proporcionar o acesso à terra, fornecendo aos jovens (ter até 30 anos é um dos critérios), parcelas destinadas a promover o desenvolvimento de projectos agrícolas sustentáveis.

Em Maio de 2011,  o município assinou com o Estado um contrato de arrendamento de 1.600 hectares de terra cultivável, com o objectivo de fixar jovens no seu território. E promover, simultaneamente, "o empreendedorismo, o desenvolvimento económico, a criação de emprego, de valor e o incremento da inovação e da competitividade na actividade agrícola e agro-industrial" - explica o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto. 

No caminho para a agricultura sustentável, foram promovidas a produção biológica e a ligação entre o mundo rural e o meio científico, através da ligação a instituições universitárias, sobretudo a Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco. 

Os resultados desta aposta já são visíveis. Ainda em fase de instalação, a IBR, celebrou contrato com 50 empresários e, já este ano, criou 95 empregos directos e centenas de empregos indirectos. Mais: os projectos viabilizados pela incubadora, com prazos entre 10 e 20 anos, tiveram um volume de meio milhão de euros ao nível da produção colocada no mercado (a estimativa é que gerem 10 milhões em receita bruta dentro de quatro anos), sobretudo o externo. E o entusiasmo extravasou as fronteiras do concelho: os serviços de Idanha-a-Nova são hoje procurados por pessoas de todo o país, que pretendem instalar-se não apenas na Herdade da Várzea mas noutras zonas do concelho. 

Eficiência energética

No domínio ambiental, a Agência de Energia e Ambiente da Arrábida (ENA) foi outra das novidades dos M2V deste ano. 

Especializada em apoio técnico aos municípios para promover a eficiência energética, a ENA trabalha com três concelhos da zona da Arrábida: Palmela, Setúbal e Sesimbra. "Ajudamos os vários municípios a fazer o seu planeamento energético, através de planos de sustentabilidade das várias fontes de energia disponíveis em cada um", explica o responsável da empresa, Orlando Paraíba. O objectivo é ajudar os municípios a encontrar formas de energia renováveis e sustentáveis, de modo a cumprir os objectivos do Pacto de Autarcas, que implica a redução das emissões de CO2 para a atmosfera em 20%, até 2020.

Para o conseguir, a ENA mantém uma grande proximidade  com os técnicos municipais - aos quais dá formação - e com as empresas.

Um dos principais projectos em que a agência está envolvida é o Recoil (www.recoilproject.eu), a nível europeu, que ensina a reutilizar óleos alimentares. "Deitados no esgoto os óleos são um resíduo, mas nos colectores adequados são um recurso", sintetiza o responsável.


USDA registra alta de 80% nas exportações semanais de milho


Já os embarques de soja registraram queda

POR REDAÇÃO GLOBO RURAL
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milho_grão (Foto: Ernesto de Souza/ Editora Globo)
Exportações semenais de milho aumentaram 80%, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Foto: Ernesto de Souza/ Editora Globo)
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), registrou uma alta de 80% nas exportações de milho do país na semana entre 7 e 13 de novembro em comparação com o período anterior. O relatório de embarques foi divulgado nesta quinta-feira (20/11).

Foram registradas vendas líquidas de 908,7 milhões de toneladas do cereal, um volume 45% maior que a média das últimas quatro semanas. Os principais destinos foram o Japão (447,5 mil toneladas), México (159,6 mil) e Peru (149,4 mil).

Na soja, os embarques foram 55% menores no período, em comparação com a semana anterior, e 68% abaixo do registrado na média das últimas quatro semanas.  A China (532,9 mil toneladas) foi o principal destino. Depois aparecem Espanha (131,5 mil) e México (109,1 mil).

Bienal de Design destaca cortiça portuguesa


     
Patrícia Cintra Patrícia Cintra | 13/11/2014 12:14:39 461 Visitas   
Portugal é representado por um projecto do estúdio de arquitectura internacional Superpool, uma parceria com a Corticeira Amorim, que se tornou o patrocinador exclusivo de cortiça para o evento
D.R.
Bienal de Design destaca cortiça portuguesa
'The Future is not what it used to be' é o mote da Bienal de Design da Turquia que, sob a curadoria da britânica Zöe Ryan, inclui 53 trabalhos de criativos de mais de 20 países. Segundo a organização, "em comum os projectos têm uma perspectiva muito pragmática da realidade contemporânea, dos desafios que se colocam e uma área de exposição que é amplamente dinamizada pela presença de cortiça, um material que se desdobra nos diferentes espaços em inúmeros objectos, assumindo particular destaque nos candeeiros e no mobiliário da Bienal".

Portugal é representado por um projecto do estúdio de arquitectura internacional Superpool, uma parceria com a Corticeira Amorim, que se tornou o patrocinador exclusivo de cortiça para o evento. Segundo Carlos de Jesus, Director de Comunicação e Marketing da corticeira nacional, "a Bienal de Design de Istambul é a mais importante iniciativa de design e arquitectura a decorrer na Turquia. É um privilégio ter a presença da cortiça num evento que não só gera grande visibilidade internacional, como também é apoiado por grandes nomes da economia turca, um mercado emergente e relevante para as exportações nacionais".

Por seu turno, Deniz Ova, Diretora da Bienal, destacou a relevância da selecção do material, já que é a primeira vez que a cortiça é apresentada na Turquia como material de design. "A parceria com a portuguesa Corticeira Amorim possibilitou a criação de uma exposição única em torno de uma inovadora solução de design. A atmosfera quente e acolhedora criada pela cortiça é vivenciada por todos os visitantes, transmitindo-lhes imediatamente uma sensação de conforto", destacou.

Organizada pela Fundação para a Arte e Cultura de Istambul (iKSV), a segunda edição da Bienal abriu as portas ao público no passado 1 de Novembro e, durante seis semanas, assume-se como uma plataforma privilegiada para repensar o papel do design na sociedade contemporânea. 


FAO e OMS lançam campanha contra obesidade e por uma nutrição sustentável



AFP - Agence France-Presse
Publicação: 20/11/2014 20:31 Atualização:

As agências das Nações Unidas especializadas em alimentação, agricultura e saúde, FAO e OMS, lançaram nesta quinta-feira, em Roma, uma campanha mundial para combater a obesidade e conscientizar para uma nutrição mais saudável e sustentável. 

"Parte de nosso desequilibrado mundo ainda morre de fome, e a outra parte come até a obesidade, a ponto de a expectativa de vida ter voltado a retroceder", alertou Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), ao inaugurar a segunda conferência internacional sobre nutrição, depois da que foi realizada em 1992.

Diante de ministros e representantes de cerca de 190 países, empresas privadas e membros da sociedade civil, os diretores das duas entidades reconheceram que o estado nutricional da população no mundo todo mudou significativamente nas últimas duas décadas.

"O sistema alimentar não funciona mais devido à dependência que existe da produção industrial, que é cada vez mais barata e pior para a saúde", denunciou Chan.

Nas grandes cidades da África, da Ásia e da América Latina ficou mais barato importar alimentos processados por grandes indústrias, com especificações pouco claras, do que fazer chegar produtos frescos cultivados a poucos quilômetros.

Um pedido à indústria 

"É necessário pedir que sejam preparados pratos menos gordurosos, menos doces, menos salgados, mais equilibrados", disse Chan durante uma coletiva de imprensa.

"Não sabemos exatamente o que está contido na garrafa ou na lata que compramos. Os rótulos são um setor que deve ser regulamentado. É preciso educar as pessoas para lê-los. Antigamente, as avós ensinavam a comer bem, diziam que se deve comer verduras e tomar leite. Agora, ninguém mais diz isso. Seguramente não será a publicidade da televisão que o fará", comentou o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o brasileiro José Graziano da Silva

A introdução de uma regulamentação mais rígida para as indústrias de alimentos é um dos temores do setor, segundo reconheceu John Connelly, representante da indústria pesqueira presente na conferência.

Frente ao problema da "má nutrição", -que afeta 2 bilhões de pessoas, aproximadamente um terço da população do mundo em desenvolvimento- e da obesidade -com 500 milhões de adultos e 42 milhões de crianças obesas-, as duas organizações defenderam "um projeto comum de ação mundial" através de uma colaboração entre os governos, o setor privado, a sociedade civil e as comunidades.

Essa ação coletiva deve passar por políticas de nutrição que promovam "uma alimentação diversificada, equilibrada e saudável em todas as etapas da vida".

Os países signatários se comprometeram também a apresentar e a responder com resultados, um requisito que nunca havia sido exigido e que insta os Estados a "elaborar ou revisar seus planos nacionais de nutrição".

"Os países têm a criatividade para trabalhar junto com a sociedade civil, com a comunidade científica e com o setor privado a fim de encontrar boas soluções", assegurou Chan.

"Temos a responsabilidade de transformar esses compromissos em resultados concretos", reconheceu Graziano.

"Há alimentos suficientes para que todo mundo possa comer corretamente. Podemos nos transformar na geração que erradicou a fome e a desnutrição da história", afirmou. 

Os debates continuarão até sexta-feira na sede da FAO em Roma. 

Papa alerta contra «ganância» que sujeita alimentos à especulação financeira


O Papa Francisco afirmou hoje em Roma que a «proeminência da ganância» do mercado capitalista está a reduzir os alimentos a simples mercadorias, sujeitas à especulação financeira.
Discursando na segunda Conferência Internacional sobre Nutrição organizada pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, em inglês) e OMS (Organização Mundial de Saúde), que decorre em Roma até dia 21 novembro, Francisco defendeu o reforço dos apoios aos mais pobres, retirando o peso da especulação ao comércio dos alimentos.
«Dói constatar que a luta contra a fome e a desnutrição é dificultada pela prioridade do mercado e pela proeminência da ganância, que reduziram os alimentos a uma mercadoria qualquer, sujeita à especulação, inclusive financeira», afirmou o líder da Igreja Católica.
Diário Digital / Lusa

Farm2050: Google patrocina iniciativa agrícola «para alimentar 10 mil milhões de pessoas»


A norte-americana Google anunciou o lançamento de uma iniciativa que visa aumentar a produção agrícola global de modo a asseguar a alimentação de 10 mil milhões de almas, ou seja, a população mundial previsto para 2050.

O projecto, batizado 'Farm2050' tem o patrocínio de Eric Schmidt, presidente da tecnológica, e vai ser desenvolvido pela Innovation Endeavors e a Flextronics Lab IX, em parceria com outras empresas. «No ano 2050 vai ser preciso assegurar comida para mais de 10 000 milhões de pesssoas, precisaremos de aumentar em 70% a produção global de bens alimentares», afirma o projeto.

De acordo com os promotores da iniciativa, muitas start-ups dedicadas à tecnologia agrícola (AgTech) encontram dificuldades de financiamento, produção e instalações para testar produtos  soluções que poderiam impulsionar a produção de bens  alimentares. A missão da Farm2050 é preencher essa lacuna.

Com este objetivo amplo e declarado de assegurar uma 'agricultura tecnológica' (AgTech) para o futuro, a iniciativa já tem o apoio de outras empresas como a Sensitech, a DuPont, AGCO, 3D Robotics e a Google Developers.

 A implementação do programa passa ainda pelo desafio (e apoio) a empreendedores e start-ups que se mostrem capazes de revolucionar a agricultura.

Assunção Cristas agenda visita oficial ao Festival da Batata Doce de Aljezur

A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, vai visitar, oficialmente, no próximo dia 29 de novembro, mais uma edição do Festival da Batata Doce de Aljezur, que se realiza neste concelho algarvio. 

O programa inicia-se pelas 11:30 horas, no salão nobre dos paços do concelho, onde a governante e outros convidados serão recebidos pelo presidente da Câmara Municipal de Aljezur, José Amarelinho, e restante executivo. 

Na ocasião, a ministra assinará o livro de honra da autarquia e ser-lhe-á entregue o primeiro exemplar do «Livro de Prestigio do Município – Aljezur, O Coração da Costa Vicentina», obra com apresentação pública prevista para dezembro do ano em curso. 

A comitiva desloca-se posteriormente para o Espaço Multiusos de Aljezur, onde publicamente se realizará a sessão de boas-vindas a Assunção Cristas, seguindo-se a tradicional visita ao certame. 

O festival gastronómico e de atividades económicas locais e regionais, que "celebra a melhor batata-doce", é organizado pela autarquia local, em parceria com a Associação de Produtores de Batata Doce de Aljezur e a Direção Regional de Agricultura do Algarve. 

Um dos seus principais objetivos passa pelo "reforço do associativismo agrícola em torno desta variedade, a genuína, com Indicação Geográfica Protegida", bem como da Associação de Produtores de Batata Doce de Aljezur. 

"Trata-se de um modo de produção sustentável que contribui para o incremento da economia local e que é fator de diferenciação", acentua a câmara de Aljezur.

.diariOnline RS
18:52 quarta-feira, 19 novembro 2014

Desaparecimento de abelhas não se deve a um único fator


por Ana Rita Costa
19 de Novembro - 2014
Um estudo realizado pelo Ministério da Agricultura francês e por vários especialistas em apicultura do país chegou à conclusão que o desaparecimento de abelhas não se deve a apenas um fator, mas sim a um conjunto de fatores.

 
O estudo, que se realizou na última primavera em 52 explorações apícolas de França, tinha como objetivo perceber quais as causas do desaparecimento de colmeias. Os resultados demonstraram que a administração de produtos químicos nas explorações é a principal causa da morte das abelhas, no entanto, esta não é responsável pelo desaparecimento de todas as abelhas. De acordo com a investigação, "não existe uma origem comum ou um único fator que justifique as perdas".

O Ministério da Agricultura de França irá agora aplicar um protocolo de vigilância nas zonas dos Alpes e dos Pirenéus para tentar determinar as causas para o desaparecimento das abelhas.

Comissão insiste na proposta de legislação sobre o bio

Novembro 19
09:17
2014

A Comissão Europeia insiste em manter a sua proposta de legislação sobre a agricultura biológica, mesmo depois das fortes críticas de vários estados membros, no último Conselho de Ministros da Agricultura. A Alemanha, a Holanda e a República Checa chegaram, mesmo, a pedir a revogação do texto.

O Comissário Hogan não pretende retirar a proposta e propõe que ela seja amplamente debatida no próximo Conselho de Ministros de Dezembro e mostra-se aberto a introduzir, depois, as modificações que vierem a ser propostas.

A grande discussão continua centrada sobre a suspensão de derrogações que existem e, especialmente, na possibilidade de usar 5% de matérias-primas convencionais na ração dos animais bio.

Outra situação polémica prende-se com as explorações mistas que a Comissão quer proibir, sendo que os estados membros consideram que tal medida vai bloquear o desenvolvimento do bio na Europa.

Os ministros menos críticos defendem que se deve procurar um equilíbrio entre o rigor da produção, dos controlos e do desenvolvimento da actividade.

Finalmente a pecuária tem o apoio que merece


Novembro 19
09:17
2014

Foi com grande alegria que os produtores pecuários, sobretudo os de pecuária intensiva, viram a sua actividade incluída de uma forma positiva nos apoios ao investimento no sector agrícola.

Desde o programa 797 de 1986, que em condições muito especiais apoiava a pecuária intensiva, este sector, apesar de nunca ter deixado de ser apoiado, passou para um plano perfeitamente secundário.

No novo Plano de Desenvolvimento Rural (PDR), a pecuária aparece como um sector claramente a apoiar, como mostra a rubrica em que estão incluídos os investimentos para fazer face às restrições da última legislação de bem-estar animal, bem como de todos os investimentos que sejam obrigatórios face a futuras legislações.

Também para as explorações que aumentem os seus efectivos temos ajudas para a retenção de efluentes, bem como material de transporte, tratamento e valorização agrícola.

Estes projectos, como têm muito pouco valor acrescentado, têm sempre dificuldade em justificar a sua rentabilidade económica, pelo que, no novo PDR, os investimentos nestas áreas só são considerados a 30% para o cálculo do valor acrescentado líquido do projecto, o que é uma ajuda considerável.

O facto de também não haver sectores prioritários no novo PDR é, igualmente, uma mais-valia para a pecuária.

Cresce a preocupação em Bruxelas com a gripe aviária na Europa


Novembro 19
09:16
2014

Os três casos detectados de gripe aviária, em três países europeus diferentes, está a começar a preocupar, não só as autoridades de Bruxelas, como também, a opinião pública.

O primeiro caso apareceu na Alemanha, no dia 4 de Outubro, no Land of Mecklenburg-Western Pomerania, atingido uma exploração de 31.000 perus, que tinham 15 semanas de idade.

O segundo caso detectado ocorreu no dia 16 de Novembro, em Hekendorp, na Holanda e atingiu uma exploração de 150.000 frangos.

O terceiro caso, cuja estirpe do vírus ainda está por confirmar, foi declarado também no dia 16 de Novembro, no norte de Yorkshire, no Reino Unido, atingindo uma exploração de 6.000 patos.

O vírus que atingiu as explorações na Alemanha e na Holanda é o mesmo, o H5N8, o que faz aumentar a preocupação das autoridades sanitárias.

Os dois países tomaram imediatamente medidas de contenção, isolando um raio de 3 km das explorações, onde não é permitido o trânsito de animais, destruindo todos os animais das explorações afectadas e procedendo a análises rigorosas a todas as aves da zona.

A primeira teoria é que a propagação se deveu à movimentação migratória de aves selvagens.

A estirpe deste vírus é muito activa para as aves, mas de difícil contaminação aos humanos, o que não evita grandes preocupações, depois do que aconteceu no passado recente.

ASAE apreendeu 21 toneladas de sementes


     
20/11/2014 15:39:29 1944 Visitas   
As sementes foram apreendidas em três empresas portuguesas
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ASAE apreendeu 21 toneladas de sementes
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu 21 toneladas de sementes de forragem (azevém) por suspeita de certificação falsificada, foi hoje anunciado. 

"Foram apreendidos ainda os rótulos suspeitos de falsificação"
A ASAE adianta que a apreensão ocorreu na semana passada nas localidades de Vaiamonte e Elvas, no distrito de Portalegre, e na Malveira, distrito de Lisboa, tendo sido instaurados dois processos-crime por suspeita de falsificação da certificação obrigatória, no valor 21 mil euros.

"Foram apreendidos ainda os rótulos suspeitos de falsificação e colhidas amostras das sementes para efeitos de análise laboratorial", adiantou a ASAE em comunicado.

Segundo o ASAE, as sementes foram apreendidas em três empresas portuguesas e eram produzidas na Polónia e expedidas posteriormente de Itália para o mercado nacional.

Na operação participaram também a Direcção Geral de Alimentação e Veterinária e a Direcção Regional de Agricultura e Pescas.

Lusa/SOL

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O futuro das Associações Agrícolas da Região Norte esteve em debate da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro


A Organização institucional supramunicipal, a mudança participativa do tecido associativo e um PDR 2020 que inclua as Organizações Agrícolas que estão no terreno foram algumas das conclusões.

O IDARN - Instituto para o Desenvolvimento Agrário da Região Norte organizou ontem, 19 de novembro de 2014 o seminário Organizações Agrícolas da Região Norte – Cenários: Evolução e Viabilização, que reuniu em Vila Real mais de 150 participantes.

O evento teve como objetivo apresentar os resultados do Estudo sobre o associativismo agrícola na Região Norte, realizado no âmbito do projeto ORIAN – Otimização da Rede Institucional Agrária da Região Norte.

José Miguel Silva, autor do estudo, e experiente especialista do setor agrícola, apresentou os vários Cenários analisados sendo que o que reuniu maior consenso foi o cenário de "Mudança Participada", assente em três premissas:

1. A referência espacial da rede Rede Institucional Agrária do Norte deve ser supramunicipal, havendo a oportunidade de se ajustar aos territórios das Comunidades Intermunicipais (CIM), que se apresentam como as novas figuras de planeamento e governo ao nível intermunicipal;

2. Considera-se pertinente, avaliar a criação de Conselhos Agro-Rurais Intermunicipais, em que todas as entidades com responsabilidades e competências no desenvolvimento agro-rural, devem ser envolvidas nomeadamente, organizações agrícolas, associações de desenvolvimento, autarquias, estabelecimentos de ensino e investigação, serviços do Ministério da Agricultura e empresas do setor;

3. O centro da atenção das Organizações Agrícolas deve estar no apoio ao agricultor em duas áreas fundamentais, a transmissão de conhecimento e a concentração e comercialização da oferta de produtos.

Neste sentido, concluiu-se que o PDR – Plano de Desenvolvimento Rural 2020 que vai financiar as Organizações de Produtores deve também apoiar a evolução organizativa, das cooperativas, em que os agricultores têm menos volume de produção, para processos de fusão, integração parcial ou criação de empresas comerciais de base cooperativa.

Só assim se conjugará a competitividade com a coesão territorial tão importante nas zonas deprimidas.

Sublinhou-se também que no PDR existe uma abordagem para as organizações empresariais mas não há uma para o Cooperativismo e Associativismo Agrícola.

Ainda neste debate, salienta-se a intervenção de Arlindo Cunha, antigo ministro da agricultura que alertou para o facto de a "Competitividade não é um conceito que depende da existência ou não de fundos, mas, sim da maximização de todos os recursos existentes com vista à sustentabilidade da atividade agrícola, onde a coesão territorial deve ter em conta a dimensão económica, social, ambiental do território. Sendo que, apesar de existir uma distribuição desigual dos meios financeiros no país, verifica-se em algumas áreas de atividade uma dinâmica interessante entre entidades da Região Norte."

Concluiu afirmando a necessidade "de se trabalhar com as instituições que estão no terreno e não inventarmos outras."

O presidente da CCDRN, Emídio Gomes, a respeito do modelo de governança dos Fundos Públicos para o período até 2020 afirmou que "A aplicação dos fundos regionais deve assentar no princípio do impacto real que terá nas pessoas, nas atividades e nos territórios, e não numa distribuição equitativa que não diferencie a qualidade dos projetos".

No final, o Presidente do IDARN, Francisco Carvalho Guerra, e o Reitor da UTAD António Fontainhas Fernandes, enalteceram o debate que se gerou na sessão, realçando a importância do diálogo e da junção dos esforços de todos para a prossecução do desenvolvimento da agricultura regional.

Porto, 20 de novembro de 2014

Portugal Agro junta a agro-indústria na capital

20-11-2014



Caminhar pela Portugal Agro pode ser um suplício para quem não pretende aumentar alguns quilos. A cada corredor, esquina ou praça, somos confrontados com o melhor da gastronomia nacional. Enchidos, queijos, azeites, doces…há de tudo, e o (bom) problema é esse.

Gulodices à parte, esta é a primeira edição da Portugal Agro. Teve o seu inicio hoje e estende-se até domingo, dia 23 de novembro, na Feira Internacional de Lisboa (FIL). As expetativas, essas, são boas, segundo alguns expositores ouvidos pela abolsamia.

"A nossa presença é, sobretudo, institucional. Fazemos parte deste mercado e, como é óbvio, queremos estar presentes e junto de alguns dos nossos parceiros que também aqui estão. Não temos grandes expetativas nas vendas de máquinas, mas é muito importante fazer parte da primeira edição da Portugal Agro", afirmou João Rosa da Galucho.
Mais ao lado, na Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas (CONFAGRI), a abolsamia falou com Miguel Martins, membro do departamento técnico. "As expetativas são muito boas. Sabemos que o público presente nesta feira será, essencialmente, citadino, mas isso também poderá ter as suas vantagens. Queremos mostrar os nossos serviços e divulgar o Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2014-2020", adiantou.

Também a Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) acederam a trocar algumas palavras com a abolsamia. Segundo a associação, "este evento é bastante relevante pois dá-nos a oportunidade aconselhar, da melhor forma, os jovens que pretendem abraçar esta área", refere Francisca Severino. Ainda no mesmo discurso, a responsável enumerou os principais temas desenvolvidos pela AJAP, de forma a auxiliar os jovens agricultores. "Gestão de Marca, Análise de Investimentos, Inspeção e Calibração de Pulverizadores, Segurança no Trabalho Agrícola, Eficiência Energética, Tecnologias Pós-Colheita, Agricultura de Conservação, Construção de Presença Web, Comércio Eletrónico de Produtos Agrícolas e um Plano de Negócios são as temáticas em que podemos dar vastos aconselhamentos a quem nos procurar".

Motivada com a realização do certame estava Fátima Vila Maior, diretora de Área de Feiras da FIL e responsável pelo Portugal Agro. "Pretendemos ser uma grande mostra agregadora da produção nacional, dos produtos e recursos nacionais, visando estimular a capacidade produtiva das várias regiões, promovendo para os profissionais e grande público a excelência dos nossos produtos e da nossa tradição aliada à inovação". 
Ainda segundo Fátima Vila Maior, a primeira edição do Portugal Agro receberá "cerca de 600 empresas e entidades, além da parceria de mais de 50 instituições, entre federações, associações e entidades regionais, além do apoio do Ministério da Agricultura e do Mar e o patrocínio da Caixa de Crédito Agrícola", adiantou.

Embargo russo continua a causar graves problemas à agricultura europeia


Novembro 18
09:22
2014

Segundo as últimas estimativas, o embargo russo é responsável por prejuízos anuais, na agricultura europeia, no montante de 5,2 mil milhões de euros. Esta situação tem vindo a causar uma forte discussão sobre como financiar os programas de ajudas aos sectores afectados.

A Política Agrícola Comum tem um envelope de 447,9 milhões de euros, do fundo de crise agrícola. O problema é que a utilização desse fundo implica um corte de 1,3% no montante das ajudas directas pagas aos produtores.

Com todos os programas já aprovados, esta verba está reduzida a 88 milhões de euros, se bem que temos de considerar que as verbas para o sector das frutas e legumes não vão ser todas utilizadas.

A ajuda especial no sector leiteiro dos países Bálticos e Finlândia continua a esperar luz verde.

Por fim, para cúmulo da situação, vão existir multas pesadas para os produtores de leite, devido a terem ultrapassado as quotas leiteiras e estas verbas não serão atribuídas ao sector agrícola, mas usadas noutros programas humanitários, como a luta contra o Ébola ou o apoio aos refugiados sírios.

A oposição a esta proposta da Comissão vem de todos os sectores, incluindo o Parlamento Europeu, pelo que se esperam reacções da Comissão Juncker.

Preço do azeite vai subir mais de 30%



Queda de produção no sector vai fazer disparar os preços e descer a qualidade do azeite. 19-11-2014 17:21


Mosca da azeitona pode ter os dias contados
Na sequência das quebras de produção deste ano, o preço do litro do azeite deve subir mais de 30% no início de 2015, segundo a Federação Nacional das Cooperativas de Olivicultores (Fenazeites).

"O mercado do azeite, neste momento, já está 35% acima do mercado da campanha anterior. O mercado já subiu, se bem que isso não se note ainda nas grandes superfícies. [Em 2015] o preço vai subir", diz à Renascença o presidente da Fenazeites, Aníbal Martins.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o ano agrícola de 2014 vai ficar marcado por quebras significativas em vários produtos, incluindo a castanha, o vinho e o azeite. 

Segundo Aníbal Martins, no sector do azeite essa queda ronda os 20% e os 30%, em relação ao ano passado. 

Também a qualidade do azeite vai ser inferior à de 2013. "Quando digo inferior não quero dizer que não se produza azeite de qualidade. Mas na campanha anterior produzimos 90% de azeite de qualidade e este ano vamos ficar provavelmente nos 50% de qualidade óptima", diz o presidente da Fenazeites. 

Em 2013, Portugal exportou cerca de 103,8 mil toneladas de azeite.

Maria da Guarda investe 1,2 milhões em nova linha de produção de azeite

Nova linha de lagar duplica capacidade de produção para 160 mil quilos/dia


Empresa de João Cortez de Lobão exporta 95% da produção de azeite
D.R.
18/11/2014 | 11:34 |  Dinheiro Vivo
A Herdade Maria da Guarda anunciou o investimento de 1,2 milhões de euros na criação de uma nova linha de produção de azeite, no lagar que a empresa tem em Serpa, Alentejo.
A empresa, com cerca de 600 hectares de terra e mais de 1,1 milhões de oliveiras plantadas, conta com cerca de cinco milhões de quilos de azeitona colhidos na herdade anualmente e cerca de dois milhões de quilos de azeite a produzir este ano. Com um lagar próprio, duplica a capacidade de produção diária, que fica nos 160 mil quilos.
Leia a reportagem completa e veja o vídeo aqui.
O investimento na nova linha de produção, a terceira do lagar, junta-se aos já 14 milhões de euros investidos ao longo dos últimos anos, desde que a empresa decidiu dedicar-se à produção e venda de azeite, sobretudo a granel e para exportação (95% da produção). Os principais mercados da Herdade Maria da Guarda são o italiano e o espanhol. A empresa tem ainda uma marca própria de azeite, a Lagaretta, produzida e vendida em pequenas quantidades.
Com o aumento do lagar para três linhas de produção e com os cerca de 10 milhões de quilos de azeitona produzidos na campanha de 2014, a empresa passa a representar entre 2,5 e 3% de toda a produção nacional de azeite e entra no grupo dos cinco maiores de Portugal e dos maiores lagares do mundo que não são cooperativas.

Estado abre candidaturas a fundos de 140 milhões para investimentos agrícolas


14 Novembro 2014, 18:46 por Miguel Prado | miguelprado@negocios.pt


A gestão do Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020 acaba de abrir o período de apresentação de candidaturas para dois concursos com 140 milhões de euros de fundos disponíveis para apoiar o investimento agrícola.
A autoridade de gestão do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para o período 2014-2020, no âmbito do programa Portugal 2020, anunciou a abertura de candidaturas a dois concursos para apoiar investimentos agrícolas. Um dos avisos diz respeito a investimentos na exploração agrícola, com uma dotação orçamental de 100 milhões de euros. O outro aviso é para investimento na transformação e comercialização de produtos agrícolas e o limite dos apoios é de 40 milhões de euros.
 
No caso da exploração agrícola, são elegíveis investimentos superiores a 25 mil euros, sendo que os apoios são concedidos sob a forma de subsídio não reembolsável até ao limite de 2 milhões de euros por beneficiário e subvenção reembolsável no valor que exceder esses 2 milhões, até um limite de 2 milhões (ou seja, cada beneficiário poderá conseguir um máximo de 4 milhões de euros de apoio, sendo que só os primeiros dois milhões não são reembolsáveis).
 
Já a linha para a transformação e comercialização de produtos agrícolas contempla investimentos entre os 200 mil euros e os 4 milhões de euros. Aqui os apoios são subsídios não reembolsáveis até 3 milhões de euros por beneficiário e uma subvenção reembolsável no valor que exceda aquele limite.
 
A submissão de candidaturas a estas duas linhas de fundos pode ser feita a partir deste sábado, 15 de Novembro, e até 31 de Dezembro no Balcão 2020, podendo os interessados esclarecer as suas dúvidas a partir da linha de apoio PDR 2020, que já este sábado estará operacional entre as 9h e as 19h, no número telefónico 800500064.
 
Uma nota publicada no site Portugal 2020 revela ainda que "a medida de apoio aos jovens agricultores deverá ser aberta até ao final do mês de Dezembro, em função da estabilização da medida decorrente do processo de aprovação do Programa de Desenvolvimento Rural".
 
"Durante o próximo mês de Dezembro será publicitado o cronograma de abertura de medidas a decorrer durante o próximo ano de 2015", refere a mesma nota.

A partir de dezembro, os rótulos dos alimentos vão mudar


por LusaHojeComentar

A partir de dezembro, os rótulos dos alimentos vão mudar
Fotografia © D.R.
Todos os rótulos vão passar a ter informação nutricional e lista de ingredientes completa do alimento. Bastonária dos nutricionistas aplaude a medida.
A partir de dezembro, todos os rótulos dos alimentos têm de ter a informação nutricional e a lista de ingredientes completas, uma medida que, a prazo, deverá ter impacto positivo na saúde dos consumidores, segundo a bastonária dos nutricionistas.
Estas novas regras de rotulagem nutricional, que entram em vigor em dezembro, emanam de uma orientação europeia e serão tema de debate no seminário "Qualidade e Segurança Alimentar/Implicações da Legislação Alimentar", promovido pela Ordem dos Nutricionistas e que decorre na sexta-feira.
Na opinião de Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas, esta nova legislação poderá trazer benefícios para o consumidor, porque passa a ser obrigatória a rotulagem nutricional.
"Esperamos um impacto positivo na saúde dos consumidores, com informação mais clara, precisa e objetiva. Acreditamos que os consumidores possam fazer escolhas mais acertadas e, eventualmente, a longo prazo e mais esclarecidos, possam fazer a substituição de alimentos menos saudáveis para mais saudáveis", disse à Lusa.
A responsável sublinhou, a propósito, que "a maior parte das doenças de que padecemos resulta da alimentação".
Um dos exemplos referidos por Alexandra Bento é a descrição da quantidade de sal presente nos alimentos, que atualmente aparecem sob a forma de sódio,
"Sódio é sal, mas nem toda a gente sabe disso. Não devemos exceder cinco gramas de sal por dia. Ao passar a estar descrito sal, o consumidor pode ter um olhar mais atento e perceber se é muito ou pouco", explicou.
Toda a outra informação - valor energético, lípidos, ácidos gordos saturados, hidratos de carbono, açúcares, proteínas e sal -- terá de estar obrigatoriamente indicada nos rótulos de todos os alimentos.
Outra questão "muito relevante" é que os produtos alergénios passam a constar, especificados, na listagem de ingredientes, e não apenas sob a forma genérica de "pode conter vestígios", como acontece atualmente, acrescentou.
Outra obrigatoriedade é a da indicação da data de congelação da carne, produtos à base de carne e produtos de pesca congelados.
A Ordem dos Nutricionistas está a considerar a possibilidade de aproveitar a saída do regulamento para promover ações de formação e elaboração de guias de orientação para operadores -- indústria, distribuição e restauração -- e público em geral.
Alexandra Bento reconhece que os operadores já têm mais informação e conhecimento sobre o assunto, mas em relação aos consumidores acredita que será importante "aumentar a literacia" em relação às rotulagens.
A dimensão dos caracteres também foi alvo de correção, passando a ser obrigatória uma dimensão mínima para facilitar a leitura dos rótulos.
A nova legislação contém ainda normas para a venda à distância, as vendas on-line, para "estar adequada aos dias de hoje".
O seminário de sexta-feira será presidido pela bastonária da Ordem dos Nutricionistas e contará com a presença do secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, com o Diretor-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e vários técnicos da DGAV, da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e de empresas e universidades.

UE: Comissão vai apoiar com 28 M€ produtores de leite do báltico


A Comissão Europeia confirmou ontem a intenção de aprovar um pacote de 28 milhões de euros para apoio aos produtores de leite na Estónia, Letónia e Lituânia. Este novo pacote foi o último de uma série adoptada pela Comissão Europeia em resposta ao embargo russo sobre a importação de certos produtos agrícolas da UE.

O novo Comissário responsável pela Agricultura e Desenvolvimento Rural, Phil Hogan, disse: "Estou muito consciente do impacto que o embargo russo teve sobre os produtores de leite nos três países bálticos, dada a sua exposição ao mercado russo e da queda dos preços. Quando olhamos para a parte da produção nacional anteriormente exportada para a Rússia e a queda dos preços desde o início da crise, vemos que os sectores de lácteos na Letónia, Lituânia e Estónia foram particularmente afectados. Estou satisfeito, portanto, que a Comissão tenha a intenção de fornecer apoio sob a forma de um envelope financeiro para cada um dos três países que apoiarão esses produtores de leite que, como resultado do embargo russo, estão a encontrar problemas de liquidez em circunstâncias excepcionais."

O montante do apoio a ser prestado a cada um dos três países é de € 6,9 milhões para a Estónia, € 7.7 milhões para a Letónia e € 14.1 milhões para a Lituânia, com base em seus respectivos níveis de produção de leite de 2013/2014, no âmbito de contingentes nacionais.

Antecedentes

A medida de apoio para os países bálticos seguem anteriores medidas específicas de apoio ao mercado para os pêssegos e nectarinas, frutas e hortícolas perecíveis e o sector do leite, bem como um adicional de € 30 milhões para programas de promoção.

Esta medida terá um Regulamento Delegado ao abrigo da autoridade da própria Comissão. Os peritos serão consultados sobre a medida a 20 de Novembro e a Comissão aprovará a medida pouco depois.

Fonte:  Europa

Apresentação da plataforma de gestão de sistemas de certificação florestal - AGRICERTIFICA



A empresa Agri-Ciência – Consultores de Engenharia, Lda. em parceria com a APFC – Associação de Produtores Florestais de Coruche vai apresentar a Plataforma de Gestão de Sistemas de Gestão Florestal – AGRICERTIFICA.

A plataforma AGRICERTIFICA tem por objectivo dar resposta às dificuldades de gestão da informação em processos de certificação florestal sentidas pelas entidades certificadoras e certificadas.

Trata-se de uma aplicação Web que permite gerir todo o processo de certificação por intermédio de um simples navegador de Internet permitindo uma enorme poupança de recursos.

Todos os procedimentos de gestão e grupo podem ser controlados, com destaque por exemplo para a realização de auditorias, emissão de relatórios automáticos, controlo de acções correctivas, controlo documental e emissão de etiquetas e certificados.

A plataforma garante uma interacção em tempo real entre a entidade certificadora e os membros com base em avisos automáticos, nomeadamente ao nível da gestão das acções correctivas.

É a primeira ferramenta deste género desenvolvida em Portugal.

A sua apresentação terá lugar no dia 27 de Novembro às 10h no Observatório do Sobreiro e da Cortiça em Coruche.

Fonte:  Agri-Ciência

Minha Terra apresenta livro “Receitas e Sabores dos Territórios Rurais” na Portugal Agro


A Minha Terra – Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local apresentará publicamente o livro "Receitas e Sabores dos Territórios Rurais", amanhã, dia 20 de novembro, durante a Portugal Agro, que decorre na FIL – Parque das Nações, em Lisboa.

O livro "Receitas e Sabores dos Territórios Rurais" compila e ilustra receitas de 40 territórios rurais, e foi produzido pela parceria de 40 Grupos de Ação Local (GAL), no âmbito de um projeto de Cooperação Interterritorial, na Abordagem LEADER do PRODER. A iniciativa resulta ainda da associação da Federação Minha Terra à iniciativa "7 Maravilhas da Gastronomia", que divulgou receitas da gastronomia tradicional, dando visibilidade a este importante ativo económico e património cultural.

A gastronomia portuguesa tem-se constituído como um importante fator de desenvolvimento, através da valorização dos produtos locais na confeção dos pratos e, também, pela dinamização de modelos de exploração turística. Participantes ativas nestes processos, a maioria das associações de desenvolvimento local associadas da Minha Terra, envolveu-se ativamente na candidatura, promovendo receitas dos seus territórios e difundindo roteiros gastronómicos, festivais e concursos, que animaram as comunidades e dinamizaram a economia local, num processo que implicou o envolvimento das suas redes locais de associados, de restaurantes, escolas e cozinheiros profissionais.

A parceria com a Associação para o Estudo e Promoção das Artes Culinárias As Idades dos Sabores veio permitir aprofundar o trabalho de investigação, integrando as receitas e o conhecimento gastronómico nos contextos socioeconómicos e culturais dos diferentes territórios.

A sessão está agendada para as 16h30, no Stand da Minha Terra.

Com a nova Lei dos Baldios a propriedade comunitária está ameaçada!



A Direcção do Secretariado dos Baldios de Trás-os-Montes e Alto Douro - SBTMAD perante o novo quadro da republicação da nova lei dos Baldios, entendeu promover um conjunto de reuniões em toda a região, para discutir com as várias entidades gestoras dos baldios os aspectos fundamentais deste novo diploma e reclamar dos Órgãos de Soberania e Entidades Oficiais medidas concretas que satisfaçam as principais aspirações dos compartes Transmontanas e Durienses.

Assim, das 7 reuniões Concelhias já realizadas com as entidades gestoras dos baldios do Distrito de Vila Real, Amarante e Baião, com a participação de 118 Conselhos Directivos e Juntas de Freguesia, no fundamental foi unânime a ideia de que esta lei aprovada com os votos favoráveis do PSD e CDS, com os votos contra de toda a oposição, está ferida de várias inconstitucionalidades, vai gerar instabilidade na gestão dos baldios. É um frete aos grandes interesses das indústrias de celulose e tem como principais eixos:

a) Descaracterizar a natureza jurídica dos baldios, hoje sufragada constitucionalmente como património comunitário cuja doutrina dominante designa por "posse útil" que vale propriedade dos Povos e não de Autarquias nem de Organismos da Administração directa ou indirecta do Estado;

b) Alterar conceitos ancestrais de uso, fruição e posse dos baldios, ao tratá-los como se fossem propriedade pública ou privada, ou um misto das duas, ao enxertar-lhe o regime de património autónomo;

c) Propor o desapossamento dos primitivos compartes, ao alargar o conceito tradicional destes, retirando-lhe o vínculo e a ligação histórica ao (s) lugar (es), ou à Freguesia que estão associados quanto ao uso fruição e posse destes bens;

d) A obrigatoriedade da inscrição do baldio na matriz predial, sendo esta incompatível com a própria natureza dos baldios, razão pelo qual estes não são registáveis. A matriz inscreve prédios, não inscreve posse útil. Uma coisa é a existência, outra é a necessidade do cadastro. O baldio não é um imóvel para efeitos de IMI, não é um prédio rústico, são espaços utilizáveis pelos compartes, mas não apossáveis, nem tangíveis como qualquer propriedade;

e) A introdução da figura de arrendamento no regime dos baldios é inconstitucional. O arrendamento é uma figura reservada a todo o tipo de propriedades, mas não aos baldios, estes apenas são possuídos pelos compartes, não os podem alienar, penhorar ou hipotecar;

f) Eleger os Órgãos Sociais dos Baldios à responsabilidade contra-ordenacional como se estes fossem titulares de cargos públicos ou privados e não meros gestores de bens comunitários;

g) Alargar o conceito de expropriação do baldio utilizando grosseiramente normas jurídicas, como a figura do não uso, não tendo em conta a imprescritibilidade e a inapropriabilidade dos baldios.

Por merecer uma forte e acesa crítica, a republicação da lei 68/93 (lei dos baldios), a BALADI – Federação Nacional dos Baldios e suas Associadas solicitaram aos Partidos que votaram contra esta lei – PS, PCP, PEV e B.E. para que estes requeiram ao Tribunal Constitucional e este aprecie a constitucionalidade sucessiva da lei já promulgada pelo Presidente da República.

Nestas reuniões o SBTMAD ouviu o descontentamento crescente das entidades gestoras dos baldios na forma como o Estado trata os Baldios, que generaliza as críticas ao Universo, mas que impede aqueles que querem assumir atitudes proactivas de gestão. Muitas das críticas dos baldios são direccionadas claramente ao co-gestor ICNF que vai saltando de co-gestor a entidade fiscalizadora consoante a conveniência. Isto é, ser juiz em causa própria. De entre elas gostaríamos de realçar cinco:

a) A completa falta de investimento por parte do co-gestor, que se limita a cortar árvores e a retirar mais-valias do seu espaço sem reinvestir, mas que o pretende exigir dos compartes mantendo a mesma repartição das receitas (veja-se os "acordos-tipo" passados pelo ICNF para investimentos no ProDer);

b) A falta de apoio para a resolução de situações de litígio com baldios limítrofes ou com particulares;

c) A falta de clareza e esclarecimento oficial no processo de passagem para autogestão colocando elementos de desconfiança e medo aos Conselhos Directivos. Se por um lado ICNF afirma que o baldio tem agora a possibilidade de passagem para a gestão autónoma não clarifica a forma e metodologia do processo, dizendo apenas ao baldio que terá de ressarcir o Estado pelos investimentos efetuados, não explicando de antemão a metodologia e forma de concretizar tão difícil tarefa;

d) A forma inaceitável como o ICNF tem abordado a aprovação de Planos de Gestão Florestal aos baldios que cansados de esperar decidiram assumir a sua elaboração, condição necessária para permitir rearborizar as suas áreas. De referir que há um baldio que afirmou ter o seu PGF à espera de aprovação há cerca de 3 anos, à revelia da Lei e de qualquer bom senso, baldio este que confiou no Estado para co-gestor.

e) O pagamento do gasóleo para as máquinas do ICNF como condição para a limpeza dos caminhos, mas também a pagamento de gasóleo para realizar Faixas de Rede Primária, quando existe financiamento a 100% para a execução da mesma.

Foi manifestada também alguma apreensão quanto ao novo PDR 2014/20 pela continuada ausência de medidas específicas sobre a multifuncionalidade dos territórios comunitários, à previsão da não contemplação do aconselhamento florestal para os baldios, passando pela brutal diminuição em cerca de 50% dos 170 mil ha de áreas forrageiras existentes em baldios para efeitos de encabeçamentos de animais, castigando brutalmente este importante sector económico da agricultura familiar.

Mereceu ainda critica as diferentes interpretações sobre o regime do IVA para efeitos de investimento florestal por parte do ProDer e serviços de finanças, ou ainda a dificuldades no enquadramento fiscal dos baldios sempre que iniciem a actividade. Ou seja, verificou-se existirem repartições de finanças que entendem a obrigatoriedade dos Conselhos Directivos iniciarem a sua actividade em regime normal de IVA, apesar de estes estarem isentos ao abrigo dos artigos 53º ou o 9º do código do IVA, consoante, os rendimentos previstos (vendas e prestação de serviços) sejam inferiores a 10.000 € anuais, ou porque as suas "prestações de serviços (…) são efectuadas no interesse dos seus associados por organismos sem finalidade lucrativa, desde que esses organismos prossigam objectivos de natureza (…), cívica ou de representação de interesses económicos (…)".

Por seu lado, o ProDer perante o mesmo enquadramento em IVA e o mesmo CAE, e exercendo estes efectivamente o mesmo tipo de actividade, considerou o IVA elegível a alguns Baldios e não a outros. Uns são filhos, outros enteados.

Nestas reuniões abordou-se ainda a realização e participação de cerca de 200 compartes da região no VII Congresso da CNA que se realiza no próximo fim-de-semana na cidade de Penafiel, com a participação de mais de mil delegados e dezenas de convidados nacionais e estrangeiros, estes últimos em representação de mais de 30 Países. É um grande encontro institucional entre a CNA, Órgãos de Soberania, outras organizações, é um momento de debate e confraternização entre os agricultores delegados, Dirigentes e técnicos do Movimento Associativo nacional e Europeu. Haverá uma secção específica para discutir as questões florestais e baldios, nomeadamente a anulação da recém aprovada Lei dos Baldios.

Vila Real, 18 de Novembro de 2014

A Direcção do SBTMAD
Armando Carvalho