sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Resumo da reunião do COPA-COGECA com o Director-geral da DG-AGRI

Novembro 26
09:31
2014

Uma delegação de alto nível do COPA-COGECA, chefiada pelo Secretário-geral Pekka Pesonen, reuniu com uma delegação da DG-AGRI, chefiada pelo Director-Geral J. Plewa, para discutir as implicações do embargo russo na agricultura europeia.

Conclusões gerais:

a) A DG-AGRI aprecia a colaboração dada pelo COPA-COGECA neste tema;

b) A DG-AGRI não quer usar as verbas do fundo de crise;

c) O prazo final para a discussão do orçamento é dia 17 de Dezembro;

d) A Comissão está a envidar todos os esforços para encontrar mercados alternativos aos produtos europeus, tendo já sido identificadas as barreiras e obstáculos à abertura desses mercados;

e) O novo programa de promoção dos produtos agrícolas euroepeus traz outras oportunidades;

f) Na situação e análise dos mercados, a Comissão usa os dados fornecidos pelos estados membros como base para as futuras aprovações políticas.

Carne de bovino:

a) A Comissão considera que o embargo russo não tem tido grande influência no mercado europeu. Os preços subiram ligeiramente em Setembro e o volume das exportações aumentou;

b) Vai continuar a manter a pressão sobre a Turquia para que retire as sanções sanitárias;

c) Acompanhamento do processo nos Estados Unidos para a abertura do mercado, depois das autoridades americanas terem levantado as restrições à BSE;

d) Não são da opinião das restrições à exportação, pois esse mecanismo pode levar a retaliações de alguns países e, assim, em vez de ajudar, prejudicam as exportações;

e) Vai ser feito um estudo do impacto do fim das quotas leiteiras no mercado da carne de bovino.

Leite:

a) Há leite a mais na Europa. A Rússia é só uma parte do problema;

b) Não está prevista uma actualização do preço de intervenção, uma vez que isso poderá levar a um aumento de stocks;

c) É possível prolongar as medidas de apoio, como as ajudas à stockagem privada e intervenção pública para a manteiga e leite em pó;

d) Não vai haver correcções do teor de gordura para cálculo das quantidades produzidas;

e) Os países Bálticos estão numa situação dramática, mas o caso da Finlândia é diferente e tem de ser analisado separadamente.

Porco:

a) A Comissão não quer implementar ajudas à stockagem privada, porque considera que os preços de mercado têm estado estabilizados e não se justifica estar a stockar produtos de pouco valor. O sector já sofre do embargo desde Janeiro e tem sabido reagir, sendo que 2013 foi um ano com um nível de exportação;

b) Restrições às exportações estão completamente fora de questão;

c) A utilização de gorduras para o bio diesel pode ser muito mal aceite pela opinião pública, pelo que também não apoiam.

Frutas e legumes:

a) Implementação do segundo pacote de ajudas;

b) O sector mais afectado é o das maçãs, pois o preço das pêras já começou a subir;

Em resumo, não vamos ter quaisquer medidas de apoio para o sector da carne de porco e de bovino, mantendo-se as ajudas para as frutas e legumes e para o sector leiteiro.

Veterinários querem maiores restrições à aquisição de antibióticos

Novembro 27
09:13
2014

O lobby veterinário quer que seja proibida a compra de alguns medicamentos directamente, por parte dos produtores, às suas cooperativas, como, por exemplo, as bisnagas para secar as vacas leiteiras.

Na mesma semana em que o European Consumer Organisation (BEUC) exigiu uma redução do uso de antibióticos na pecuária, o lobby dos veterinários exige maior controlo e exclusividade na passagem das receitas.

Segundo os veterinários, o produtor não deve poder fazer o diagnóstico aos seus animais, pois isto é das suas estritas competências.

É pedida também, uma tolerância zero para a venda de antibióticos que não tenham sido prescritos, mesmo que sejam só para o tratamento de  mastites. O BEUC, por seu lado, justifica as suas exigências, afirmando que testes realizados na Holanda à carne de frango mostraram que 98% das amostras estavam contaminadas pela bactéria resistente ESBL. Por sua vez, este valor oscilou entre os mais 2% e 82% nas análises realizadas em Espanha, em Portugal, em Itália e na Bélgica.

As autoridades reconhecem que apesar das prescrições de antibióticos serem da exclusiva responsabilidade dos médicos veterinários, grande parte da compra de milhões de bisnagas para secar as vacas leiteiras é vendida sem as respectivas receitas.

Tema central da Ovibeja 2015 vai homenagear o Cante Alentejano


POR SUL INFORMAÇÃO • 27 DE NOVEMBRO DE 2014 - 18:01
 
cante alentejanoA Comissão Organizadora da Ovibeja anuncia que o Cante Alentejano, que hoje foi classificado como Património Cultural Imaterial da Humanidade, vai ser um dos temas centrais da 32ª edição da Ovibeja, que se vai realizar de 29 de Abril a 3 de Maio.

Entre as iniciativas que estão a ser preparadas contam-se uma exposição interactiva sobre o tema, a intervenção de especialistas na matéria, o desfile e a actuação de vários grupos corais.

Classificado hoje pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) como Património Cultural Imaterial da Humanidade, o Cante Alentejano «assenta as suas raízes nos trabalhos do campo, marcando a identidade de uma região, os princípios das suas gentes, a sua coluna vertebral», salienta a organização da Ovibeja, em nota de imprensa.

«Em sintonia com o "canto da terra", a Ovibeja constrói-se e desenvolve-se em respeito à mais pura ruralidade a partir das sinergias geradas por todos os que nela participam. A grande feira do Sul é motor impulsionador das diferentes dinâmicas por que é composta a sociedade, uma feira que inova num apelo constante à participação ativa, ao exercício da cidadania, à construção de mais-valias resultantes de todos os setores de atividade», acrescenta.

«A Ovibeja é uma feira que nasce na terra e se desenvolve na cidade, afirmando as diferentes dinâmicas, sejam do setor agrícola e agro-pecuário, dos desenvolvimentos tecnológicos, da investigação científica, do saber fazer e do saber ser», conclui a organização do certame.

CANTE ALENTEJANO // OVIBEJA // PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE // PCI // UNESCO

Aplicação da reforma da PAC – Passos futuros

Novembro 26
09:30
2014

A Comissão não tem uma data limite para proceder à elaboração do documento final da nova Política Agrícola Comum (PAC), nem para fazer a avaliação da sua aplicabilidade até 2020. No entanto, algumas destas datas são referenciadas para que a nova PAC seja uma realidade para todos os agricultores. Assim, o primeiro ponto prende-se com o controverso "greening" e avaliação das áreas ecológicas.

Depois da aprovação dos actos delegados em Abril de 2014, a Comissão deve fazer uma avaliação nesta área um ano depois, ou seja, em 2015, que deve incluir:

a) Uma simplificação da aplicação das medidas;

b) Os níveis de pagamento destas áreas nos diferentes países;

c) A possibilidade de ter havido uma redução da produção europeia devido a esta medida;

Os resultados desta avaliação devem ser conhecidos em 2016.

O regulamento dos pagamentos directos obriga a Comissão a apresentar o impacto das medidas do "greening", que deve estar pronto até 31 de Março de 2017.

A aplicação da PAC deve ser monitorizada e avaliada devido, sobretudo, às novas restrições orçamentais, pelo que dois relatórios serão esperados, um para 31 de Dezembro de 2018 e outro para 31 de Dezembro de 2021.

O novo Comissário da Agricultura, Phil Hogan, tem instruções do Presidente Juncker para no primeiro ano de mandato simplificar os procedimentos de aplicação da PAC e contribuir, em 2016, para a avaliação dos resultados da aplicação, sobretudo no que diz respeito à criação de emprego e o aumento da competitividade da agricultura europeia.

Iremos ter uma revisão a meio tempo da PAC, que se espera comece a ser feita em 2016.

Gripe aviária – um problema real

Novembro 26
09:30
2014

No passado sábado foi declarado o terceiro caso de gripe aviária na Holanda, o que levou as autoridades a mandarem abater 8.000 patos por questões de precaução.

A situação da doença está a preocupar outros países, com a Suíça e a Bélgica a instalarem medidas de prevenção.

Na Bélgica, foram impostas medidas restritivas ao trânsito de aves e obrigatoriedade de ter todas as aves fechadas, para evitar qualquer contacto com os pássaros selvagens.

Outras medidas foram tomadas, como a desinfecção obrigatória de todos os camiões após um transporte, a água para as aves não pode ser captada superficialmente, todas as aves devem ser alimentadas no interior das construções.

A Suíça, por seu lado, decidiu impor um embargo à importação de aves da Holanda e do Reino Unido, que incide sobre toda a carne que não é sujeita a tratamento térmico.

A França também já enviou um alerta, apelando a uma maior vigilância do trânsito de aves, mas ainda não tomou medidas concretas.

Produtores de Alfândega da Fé doam excedentes contra desperdício alimentar

26-11-2014 
 

 
O município de Alfândega da Fé, no distrito de Bragança, está a incentivar os pequenos produtores agrícolas do concelho a doarem os excedentes para distribuir a família carenciadas, numa iniciativa que visa combater o desperdício alimentar.

A iniciativa contempla para já três famílias que recebem produtos doados por agricultores da freguesia de Vilar Chão, como contou à Lusa a presidente da Câmara de Alfândega da Fé, Berta Nunes.

O projecto está ainda numa fase inicial e envolve vários parceiros, desde os presidentes das freguesias, que falam com os produtores e recolhem os alimentos, à equipa da Liga dos Amigos do Centro de Saúde, responsável por ir biscar as doações e distribuí-las por famílias carenciadas já identificadas.

A iniciativa está a ser divulgada no âmbito da Semana Europeu de Prevenção de Resíduos, que está a decorrer, e dá atenção ao problema do desperdício alimentar, numa altura em que se estima que, a nível mundial, quase um terço dos alimentos sejam desperdiçados ao mesmo tempo que existem pessoas a passar fome nos países desenvolvidos.

Os pequenos produtores acabam sempre por produzir em excesso, seja por falta de oportunidade de comercialização ou por impossibilidade de conservar produtos perecíveis.

«O que nós estamos a fazer é junto dos presidentes das juntas de freguesia tentar encontrar uma bolsa de produtores que deem produtos que tenham em excesso, que não consigam comercializar e que possam dessa maneira ajudar famílias carenciadas», explicou a autarca. Os alimentos dependem da época do ano e vão desde a batata ao nabo, nabiças, maça, couves, grelos, aquilo que as pessoas vão tendo sazonalmente.

Para a autarca local, este «é um trabalho que tem de ser continuado e persistente e criar incentivos para que as pessoas percebam que são importantes estas acções para quem recebe e para quem dá» porque, de outra forma, os limentos acabam por estragar-se. Desta forma, pretende-se também «criar laços de solidariedade entre as pessoas».

O município tem durante esta semana também em curso outra iniciativa, resultado de um desafio lançado pela empresa Resíduos do Nordeste, que fornece recipientes recicláveis para que as pessoas possam levar dos restantes as sobras das suas refeições.

«Muitas vezes, nós temos vergonha de pedir o resto da comida e de facto deveríamos fazê-lo, isso não tem nada de mal», defende a autarca para quem «é quase uma espécie e novo-riquismo não aproveitar alimentos de qualidade e que podem ser consumidos na refeição seguinte».

A esta iniciativa aderiu um restaurante da vila e «se esta acção for avaliada de uma forma positiva, a intenção é continuar», adiantou. Uma associação de apoio à deficiência instalada na sede de concelho, a Leque, já faz este aproveitamento junto de alguns restaurantes que lhe entregam restos de alimentos em bom estado e que a mesma utiliza para apoiar famílias dos seus utentes.

Também contra o desperdício alimentar, um grupo de nutricionistas está a divulgar nas redes sociais receitas em que se reaproveitam alimentos que já foram cozinhados para poderem ser comidos com outra apresentação na refeição seguinte.

Fonte: Lusa

Lançado o primeiro «Guia do Enoturismo de Portugal»

Lançado o primeiro «Guia do Enoturismo de Portugal», da autoria de Maria João de Almeida
25 de Novembro de 2014, por Madalena Vidigal
 
 

 
 
A Zest – books for life vai lançar no dia 27 de Novembro, o primeiro Guia de Enoturismo de Portugal elaborado pela jornalista e crítica de vinhos Maria João de Almeida. Sendo o turismo uma das mais importantes actividades em Portugal, e sendo o cluster ligado à cultura do vinho e ao enoturismo o grande responsável pelo crescimento do turismo no nosso país, a Zest decidiu convidar Maria João de Almeida para publicar um guia em formato impresso, em vários idiomas - inicialmente em português e inglês e, até à Primavera de 2015, em francês e espanhol - com altíssimo valor percebido em termos de design e material.
 
«Este é o mais extenso, criterioso e actual guia de enoturismo de Portugal, onde daremos a conhecer o que visitar, onde dormir, onde comer. O facto de ser um guia impresso, e com o cuidado gráfico que este apresenta, extensamente ilustrado e em edição especial de capa dura, torna este livro único. Estamos muito satisfeitos com o resultado», afirma Nuno Seabra Lopes, um dos proprietários e responsável editorial da Zest – books for life
 
«Quando me convidaram para fazer este livro não hesitei, pois também já sentia que o mercado pedia um projecto assim. Há já alguns guias on-line, mas nenhum impresso e com a qualidade que apresenta» afirmou Maria João de Almeida, referindo ainda: «Esta é uma selecção não de todos, mas apenas daqueles que eu considerei serem os melhores enoturismos que temos no país. É por isso uma escolha puramente editorial, baseada nos espaços que conheci ao longo da minha carreira, mas também foram investigados novos locais e feitas muitas visitas. Todos os enoturismos que estão no livro foram visitados», remata a autora.
 
O guia está dividido por regiões, sendo que em cada uma delas se conta a história das propriedades e das actividades de enoturismo ali praticadas e ainda uma sugestão de vinhos realizada pela autora. No final de cada capítulo, há também sugestões de vários locais para pernoitar ou fazer uma refeição (que tratam bem o vinho) de forma a tornar o guia ainda mais abrangente.
 
A primeira edição de «Guia do Enoturismo de Portugal» tem uma primeira tiragem em português e inglês, já com distribuição garantida nos principais pontos de venda livreiros, aeroportos e todas as principais lojas de souvenirs, além de contar com uma rede de exportação para destinos como Reino Unido, França, Espanha, Itália e Brasil, entre outros. O livro terá o formato 140 x 210, com cerca de 350 páginas fortemente ilustradas, com uma aposta clara no design retro-vintage, e acabamentos de luxo, apresentado um preço máximo de19,90 euros.

Lisboa: Concurso para atribuição de talhões no Parque Hortícola da Quinta Conde D’Arcos


A Câmara de Lisboa informou, através de comunicado, que, de 27 de Novembro a 11 de Dezembro, decorre o concurso para atribuição de talhões de cultivo para a prática da agricultura urbana no novo Parque Hortícola da Quinta Conde D'Arcos, na freguesia dos Olivais.

Assim, estão em concurso 42 talhões de cultivo, entre 80 de 100 m2. Por se tratar de Hortas de Sociais, o valor a pagar por metro quadrado é de 1,6 euros, sobre o qual recai um desconto de 80%, não podendo, todavia, o valor apurado ser inferior a 58,60 euros.

Ao preço acima referido acresce o pagamento do montante estimado de 20 euros, a título de comparticipação pelos custos suportados pela CML com o funcionamento e manutenção das partes comuns do Parque Hortícola. Este montante será objecto de acerto no final de cada ano de ocupação, em função dos custos efectivamente suportados.

Além do talhão, os novos hortelãos terão ainda direito a abrigos colectivos para aprovisionamento de alfaias e materiais de apoio ao cultivo e acesso a água para rega.
A CML assegura também formação e acompanhamento técnico no sentido da promoção da agricultura biológica e das boas práticas de cultivo.

A apresentação da candidatura terá de ser efectuada até às 17:00 horas do dia 11 de Dezembro através da entrega, em formato papel, da respectiva ficha de candidatura e de fotocópias do Bilhete de Identidade e Cartão de Contribuinte ou Cartão de Cidadão e de documento comprovativo da residência.

Os interessados poderão consultar as normas do concurso, bem como as regras de utilização do Parque Hortícola, em www.cm-lisboa.pt ou nos serviços Balcão Único da CML:

- Balcão Único Municipal – Centro, Edifício Central do Município - Campo Grande, 25
- Balcão Único Municipal - Centro Histórico, R. Nova do Almada, 2-3.º
- Balcão Único Municipal - Oriental (Loja do Cidadão de Marvila), Av. do Santo Condestável, Lt 8- Loja 34
- Balcão Único Municipal - Oriental do Parque das Nações, Alameda dos Oceanos, Lote 04.48.01A – LOJA N
- Balcão Único Municipal – Ocidental, Rua da Cozinha Económica, N.º 36-A, LOJA E
- Balcão Único Municipal – Norte, Rua Manuel Marques, n.º 6-H - Edifício Odense

Cavaco Silva lamenta «com pesar» a morte de José Sousa Veloso


O Presidente da República, Cavaco Silva, lamentou com "pesar" a morte do engenheiro agrónomo José Sousa Veloso, apresentador do programa TV Rural transmitido pela RTP durante quase trinta anos.
"Foi com pesar que recebi a notícia do falecimento de José Sousa Veloso, um pioneiro na divulgação das boas práticas e na dignificação da agricultura", afirma Cavaco Silva numa nota difundida através da página oficial da Presidência da República.
Na mesma nota, Cavaco Silva informa que enviou uma mensagem de condolências à família e acrescenta que o autor do programa contribuiu para fomentar o "apreço" pela vida rural.
"Sousa Veloso praticou o que hoje designaríamos por uma formação contínua dos agricultores, despertando nos cidadãos o apreço pela vida rural. Uma ação que lhe fez granjear o reconhecimento e a simpatia dos agricultores e do público em geral", refere o Presidente da República.
O engenheiro agrónomo e apresentador do programa TV Rural tinha 88 anos.
O programa TV Rural, tal como o apresentador, fazem parte da história da televisão pública portuguesa, e, desde a primeira emissão, a 06 de dezembro de 1960, transmitiu aos portugueses notícias relacionadas com o mundo da agricultura e da lavoura.
O TV Rural deixou de ser emitido a 15 de setembro de 1990, ao fim de 1.500 horas de emissão, sendo o programa de maior longevidade da televisão portuguesa. Na última emissão, Sousa Veloso despediu-se com a frase: "até sempre".
Diário Digital com Lusa

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Morreu Sousa Veloso, o rosto da TV Rural


PÚBLICO 27/11/2014 - 10:33
Agrónomo apresentou durante 30 anos o programa.


 TV Rural - quando o campo se revia no ecrã
O engenheiro agrónomo José Sousa Veloso, que durante três décadas apresentou o programa TV Rural, na RTP, morreu esta quinta-feira, em Lisboa, aos 88 anos.

Licenciado pelo Instituto Superior de Agronomia em 1954, Sousa Veloso ingressou logo no Ministério da Agricultura. Em 1959 ofereceu-se para colaborar com a RTP, quando a emissora pública pediu auxílio ao ministério para um programa sobre temas rurais, inicialmente apresentado por Fialho Gouveia e Henrique Mendes.

Em pouco tempo, Sousa Veloso assumiu ele próprio a condução do programa e assim nasceu o TV Rural, que se fixou como uma rubrica obrigatória aos domingos na RTP. Abordou de tudo um pouco, dos avanços tecnológicos aos movimentos associativos, das medidas governamentais às feiras de agricultura. Filmou tanto em Portugal como no exterior, encerrando o programa sempre da mesma forma: "Despeço-me com amizade até ao próximo programa."

"Queria chegar a toda a gente e desejava que as actividades agrárias e o meio rural fossem compreendidos e amados pelo meio urbano, que estava a ter cada vez mais supremacia. Tentei ter em conta a diversidade de públicos que assistiam ao programa e falar para as pessoas todas: as do escritório, da fábrica, da enxada e da charrua. Quis entrar em casa de qualquer pessoa e ter aceitação", disse ao PÚBLICO em 2002.

Nessa altura, o programa já estava fora do ar há 12 anos, desde que fora extinto pela RTP em Setembro de 1990. Já tinha antes deixado o horário nobre das 20h de domingo. No final, era transmitido aos sábados de manhã. Na última emissão, Sousa Veloso despediu-se com um "até sempre", em vez do tradicional "até ao próximo programa".

Num comunicado, o conselho de administração da RTP "lamenta profundamente a perda do engenheiro Sousa Veloso, um dos mais ilustres e conhecidos rostos dos portugueses e da estação pública".

A RTP diz que o TV Rural "foi o programa de maior longevidade na televisão portuguesa", divulgando os temas da agricultura e "desempenhando um verdadeiro serviço público".

A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, também lamentou a morte de Sousa Veloso, dizendo que o seu programa "contribuiu para que a agricultura fosse compreendida e valorizada também pelo meio urbano", segundo uma nota enviada à agência Lusa.

"[Num momento em que a agricultura] vive um período de grande dinamismo e em que o sector se afirma como um importante motor da economia portuguesa, prestamos homenagem ao homem que, apaixonadamente, e à sua maneira, também contribuiu para que aqui chegássemos", referiu Assunção Cristas.

O vice-primeiro-ministro e líder do CDS-PP, Paulo Portas, recordou o apresentador do TV Rural como um "técnico competente e um comunicador didáctico" que "lutou antes do tempo contra o esquecimento do mundo rural".

Partiu precisamente do CDS-PP, com o apoio do PSD, uma tentativa recente de reeditar o TV Rural. No início de 2013, o os dois partidos apresentaram um projecto de resolução para que o programa fosse recuperado e regressasse à RTP, como forma de cumprir o serviço público. O projecto recomendava ao Governo que promovesse a "realização e a emissão em canal aberto de serviço público de um programa televisivo semanal sobre agricultura e mar". Na altura, a oposição condenou o que considerava ser uma "ingerência" na programação da televisão do Estado.

Em Fevereiro de 2013, o projecto de resolução foi a votos na Assembleia da República. Apesar de alguma confusão no momento da votação, a proposta foi aprovada pela maioria. O PS reconheceu que faltava um programa sobre esta temática no serviço público de televisão, mas sublinhou dúvidas sobre a forma como se deve colmatar essa falha – nomeadamente se deve ser o Parlamento e o Governo a fazerem esse reparo ao operador de serviço público.

Ministra da Agricultura lembra "capacidade de comunicação única" de Sousa Veloso


por LusaHojeComentar

Ministra da Agricultura lembra "capacidade de comunicação única" de Sousa Veloso
Fotografia © LUÍS FORRA/ LUSA
Assunção Cristas prestou homenagem ao apresentador do programa TV Rural, que morreu hoje.
A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, prestou homenagem a Sousa Veloso, apresentador do programa TV Rural, que morreu hoje, dizendo que contribuiu para que a agricultura fosse compreendida e valorizada pelo meio urbano.
"O engenheiro Sousa Veloso, através do seu TV Rural, que chegava a toda a gente, contribuiu para que a agricultura fosse compreendida e valorizada também pelo meio urbano", refere uma nota do Ministério da Agricultura e do Mar, assinada por Assunção Cristas.
Além de apresentar à família enlutada os sentimentos do seu "mais profundo pesar", a ministra refere que Sousa veloso será recordado como "o homem que deu voz à agricultura, com uma capacidade de comunicação única, que era simultaneamente simpática e didática".
Quando a agricultura "vive um período de grande dinamismo e em que o setor se afirma como um importante motor da economia portuguesa, prestamos homenagem ao homem que, apaixonadamente, e à sua maneira, também contribuiu para que aqui chegássemos", acrescenta a nota.
Sousa Veloso, apresentador do programa TV Rural, que durante três décadas deu notícias na RTP sobre a agricultura em Portugal, morreu hoje, informou fonte próxima da família.
O programa TV Rural, tal como o apresentador, fazem parte da história da televisão pública portuguesa, e, desde a primeira emissão, a 06 de dezembro de 1960, transmitiu aos portugueses notícias relacionadas com o mundo da agricultura e da lavoura.

Portas recorda engenheiro Sousa Veloso

27.11.2014  12:45 

"Lutou antes do tempo contra o esquecimento do mundo rural", afirmou o presidente do CDS-PP. O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, recordou o apresentador do 'TV Rural', engenheiro agrónomo Sousa Veloso, falecido esta quinta-feira, como um "técnico competente e um comunicador didático" que "lutou antes do tempo contra o esquecimento do mundo rural". "O engenheiro Sousa Veloso manteve na televisão o mais duradouro programa de sempre e era visto pelos portugueses com muita simpatia. Lutou antes do tempo contra o esquecimento do mundo rural mas ainda pode ver a sua extraordinária recuperação", declarou Paulo Portas, numa mensagem enviada à Lusa. Para o também vice-primeiro-ministro, Sousa Veloso ficará na memória "como alguém que soube valorizar o mundo rural, divulgar a agricultura e estabelecer uma ponte afetiva e racional entre uma sociedade em acelerada urbanização e uma necessária reestruturação do pais agrícola". RTP "lamenta profundamente" O Conselho de Administração da RTP "lamenta profundamente a perda do engenheiro Sousa Veloso", apresentador do programa 'TV Rural' durante três décadas e que faleceu esta quinta-feira. O programa 'TV Rural', tal como o apresentador, fazem parte da história da televisão pública portuguesa, e, desde a primeira emissão, a 6 de dezembro de 1960, transmitiu aos portugueses notícias relacionadas com o mundo da agricultura e da lavoura. "O Conselho de Administração da RTP lamenta profundamente a perda do engenheiro Sousa Veloso, um dos mais ilustres e conhecidos rostos dos portugueses e da estação pública", afirma a estação pública em comunicado, sublinhando que "a sua história na televisão e o programa - 'TV Rural' - confunde-se com a própria história da Rádio Televisão de Portugal". Assunção Cristas presta homenagem A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, prestou homenagem a Sousa Veloso, apresentador do programa TV Rural, que morreu esta quinta-feora, dizendo que contribuiu para que a agricultura fosse compreendida e valorizada pelo meio urbano. "O engenheiro Sousa Veloso, através do seu TV Rural, que chegava a toda a gente, contribuiu para que a agricultura fosse compreendida e valorizada também pelo meio urbano", refere uma nota do Ministério da Agricultura e do Mar, assinada por Assunção Cristas.

Governo Cristas incentiva aposta no setor agrícola


A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, disse hoje, na Guarda, que o país deve continuar a apostar na agricultura, setor que "dá os sinais mais positivos" da economia nacional.

ECONOMIA Cristas incentiva aposta no setor agrícola Lusa
16:15 - 26 de Novembro de 2014 | Por Lusa

Segundo Assunção Cristas, o país deve manter a aposta na agricultura, onde todos são necessários, "dos mais novos aos mais experientes, das pequenas explorações às grandes explorações".

"Todos têm um papel a desempenhar no nosso país, na nossa economia, na nossa sociedade", afirmou hoje, na Guarda, durante o congresso "Política Agrícola Horizonte 2020 - Estratégia Nacional", realizado pela Acriguarda - Associação de Criadores de Ruminantes do Concelho da Guarda.

Na sua intervenção, escutada por cerca de 600 agricultores e dirigentes associativos, a ministra fez, ainda, "um apelo transversal para que se organizem e se juntem", acrescentem valor às produções e para que ajudem o país a, em 2020, atingir a "eliminação do défice agroalimentar.

Assunção Cristas disse também que a agricultura "dá os sinais mais positivos" da economia nacional: "Quando todos regrediam nós estávamos a crescer, quando não havia oásis este era um oásis".

"Os últimos números do ano passado dizem que a nossa produção aumentou em valor em 12%, no ano anterior tinha sido de 9%. É uma tendência que vem, no final de dez anos em que estávamos sempre a perder valor acrescentado, isso é extraordinariamente positivo", disse.

Referiu também que as exportações continuam a crescer e apelou à internacionalização, à continuação do investimento e à inovação "o mais possível".

Na passagem pela Beira Interior, a ministra da Agricultura tinha ainda como destino Castelo Branco, para presidir à cerimónia de assinatura do protocolo do Centro de Competências da Apicultura e da Biodiversidade, que terá sede no edifício do Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar daquela cidade.

Aquela unidade tem como missão "promover o desenvolvimento sustentável e competitivo da fileira apícola nacional, nas vertentes socioeconómica, formativa, técnica e ambiental, a nível nacional", segundo os seus promotores.

Surge num momento "em que se observa elevado dinamismo no setor, e antevendo-se que a apicultura desempenhe um papel de relevo e tenha uma importância crescente na sustentabilidade e desenvolvimento das áreas rurais", acrescentam.

São parceiros do projeto o Ministério da Agricultura e do Mar, a Câmara Municipal de Castelo Branco, a Federação Nacional dos Apicultores de Portugal, o Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar de Castelo Branco e a InovCluster - Associação do Cluster Agroindustrial do Centro.

Estão ainda envolvidos os institutos politécnicos de Castelo Branco e de Bragança, as universidades de Coimbra, do Algarve, de Trás-os-Montes e Alto Douro, o Instituto Nacional de Investigação Agronómica e Veterinária, a Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares e a Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas.

Assembleia das Regiões Europeias Vitícolas



AREV interpela Comissão Europeia sobre os domínios «.vin» e «.wine» e sobre a flavescência dourada

A Assembleia das Regiões Europeias Vitícolas (AREV) reuniu os seus membros na cidade da Horta (Açores, Portugal)nos dias 20 e 21 de Novembro, tendo aprovado por unanimidade duas resoluções que interpelam a Comissão Europeia, em nome dos eleitos das regiões e dos profissionais que representam os territórios vitícolas europeus, desde os Açores à Georgia.

A Resolução sobre a ICANN, «.vin» e «.wine» pede à Comissão Europeia, na sua qualidade de guardiã dos Tratados, que mostre a sua determinação total na defesa do conceito das DOP e IGP exigindo que sejam aplicadas «online» as mesmas regras de protecção das indicações geográficas como as que se aplicam na economia real.

A Resolução sobre a flavescência dourada pede à Comissão Europeia que tome medidas concretas e rápidas que melhorem a investigação, a vigilância e a luta contra a flavescência, bem como as indemnizações aos viticultores victimas desta doença da vinha.

Avança a bolsa de terras

Novembro 27
09:17
2014

A Ministra da Agricultura Assunção Cristas fez um balanço muito positivo dos dois anos de existência da bolsa de terras, durante uma intervenção que proferiu em Faro.

Mesmo considerando que a maioria das terras colocadas na bolsa são do Estado, afirmou que os particulares já começaram a aderir.

A vantagem da bolsa é  permitir que os terrenos do Estado, que não são explorados, passem a ser e que ao nível dos particulares se possam, não só patrocinar transacções, como agrupar pequenas parcelas, de modo a constituir unidades de exploração rentável.

Neste momento, existem 13.000 hectares e os terrenos do Estado, nesta altura, são para alugar, estando já lançado um concurso para adjudicação de 700 hectares.

Em relação aos particulares, podem colocar os seus terrenos na bolsa sem quaisquer custos e caso hajam transacções, essas são feitas directamente entre os potenciais compradores e vendedores e a bolsa de terras não cobra qualquer comissão.

Estes dois anos serviram, segundo a Ministra, para divulgar o projecto, que é de médio e longo prazo, estando neste momento a ser feito o levantamento de outras propriedades rústicas de outros Ministérios, que não da Agricultura, que não estão a ser explorados, para passarem a estar à disposição de potenciais interessados.

 Fonte LUSA

As vinhas extraordinárias das encostas de Portalegre


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Por Rui Falcão
21.11.2014

A existência de vinhas velhas plantadas em encostas de altitude ou a variedade de castas combinadas com o exclusivismo de apostas em variedades raras e exóticas como a Grand Noir são apenas duas das muitas condições que tornam Portalegre um caso raro. No Alentejo e no país. Passado um tempo de procura de novidades, as vinhas de Portalegre voltam a ser procuradas. Com justa causa.
A vida do vinho é feita de ciclos e mudanças, evoluções e revoluções. Os juízos e os valores vão-se adaptando às novas realidades, os conceitos e as prioridades vão mudando com o passar das colheitas e as tendências dos mercados, as causas e os princípios renovam-se a cada ano de acordo com os novos ditames e os novos costumes.

A realidade e o elogio de hoje podem ser o passado e o pecado do amanhã. Os exemplos destas mudanças de fé e de paradigma, por vezes provocadas ou aceleradas por constrangimentos económicos, abundam neste mundo tão peculiar do vinho.

As modas mudam ciclicamente e tudo se transforma. Se num passado muito recente se procurava realçar a madeira nos vinhos com a utilização abusiva de tostas e madeira nova, hoje foge-se desses excessos com uma aposta radical nas subtilezas e na evidência dos vinhos feitos com barricas usadas; se num passado recente se começou a valorizar e promover as castas internacionais, hoje volta-se a sentir orgulho sentido pelas variedades nacionais, apostando na afirmação da originalidade e da diferenciação em relação aos restantes países e regiões produtoras.

No Alentejo assistimos a um movimento relativamente semelhante no princípio, uma transição pacífica entre os lugares de eleição, uma mudança perceptível de destino e de estilo dos vinhos mais valorizados. Num passado muito recente, o sul do Alentejo tinha-se convertido num dos principais destinos do investimento de novos e velhos produtores. Investimento quase sempre bem pensado e bem executado, com grande sucesso factual e empresarial. Investimento que levou à nascença de novos territórios para o vinho alentejano, avançando por terras que até ao momento não contavam com qualquer tradição histórica na produção de vinho.

Foi assim que as terras quentes a sul de Beja, onde a vinha nunca antes tinha sido plantada, ganharam uma relevância e disponibilidade de que nunca antes tinham gozado. Não fora a ventura da rega e o investimento pesado em barragens e captações de água e o sul do Alentejo continuaria ainda hoje a ser terra fechada ao cultivo da vinha.

Mas o homem conseguiu conquistar esse pedaço mais quente, seco e árido do Alentejo e os resultados estão à vista, visíveis nos vinhos de sucesso que um par de produtores visionários colocou no mercado, transformando terras inóspitas em oásis de viticultura que o mercado aceitou com agrado. Muitos outros produtores rumaram ao sul e muitos outros projectos emergiram na região. Mas não é difícil perceber uma mudança na atitude e na filosofia; não é difícil perceber que as inclinações estão a mudar e que hoje já quase só se fala do norte do Alentejo, das terras de Portalegre e da Serra de São Mamede, convertidas na nova Meca do vinho alentejano.

Eventualmente a reboque das tendências internacionais que reclamam por vinhos mais frescos e ligeiros, com mais acidez e menos doçura, com mais personalidade e de espírito mais irrequieto, Portalegre transformou-se no local onde todos querem estar e onde todos procuram ter uma vinha.


Preço do leite vai baixar. A culpa é dos russos


     
27/11/2014 16:01:39 1385 Visitas   
O preço do leite tinha subido mais de 20% durante o segundo semestre de 2013
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Preço do leite vai baixar. A culpa é dos russos
O excesso de oferta forçou uma descida de 15% no preço do leite e os industriais de lacticínios temem impactos ainda mais negativos devido ao embargo russo e à estagnação do consumo de produtos lácteos.

Paulo Costa Leite admite que "a pressão da oferta interna, num espaço em que o preço do leite varia cerca de 50% entre Estados-membros, condicionará a evolução dos preços em 2015"
"2015 será o ano de todas as incógnitas", declarou o director-geral da Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios, Paulo Costa Leite.

Numa resposta escrita enviada à Agência Lusa, o responsável destacou "alguns factos relevantes" que ocorreram no segundo semestre deste ano e que "não deixarão de afectar profundamente o sector a nível comunitário e mesmo mundial", entre os quais o embargo da Federação Russa aos produtos lácteos, o arrefecimento da procura por parte do mercado chinês e o excesso de oferta por parte dos países maiores produtores de leite (Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia).

Além disso, "o consumo interno de produtos lácteos está estagnado e nalguns segmentos mesmo a decrescer", sublinhou, acrescentando que a indústria não conseguiu reflectir "o impacto destas oscilações da matéria-prima nas suas condições de venda à distribuição".

Paulo Costa Leite admite que "a pressão da oferta interna, num espaço em que o preço do leite varia cerca de 50% entre Estados-membros, condicionará a evolução dos preços em 2015" e considera que "será dramático (...) se estes condicionalismos vierem a resultar num nivelamento por baixo".

Em causa está toda a indústria, mas sobretudo a produtora de queijo, que ainda não conseguiu recuperar as margens que perdeu nos últimos anos. 

O preço do leite, que tinha subido mais de 20% durante o segundo semestre de 2013 comparado com o período homólogo de 2012, devido ao défice de oferta, manteve a tendência de alta até ao final da campanha 2013/2014 (Março), sofrendo um ajustamento a partir dessa altura.

Com os "indícios de excesso de oferta no espaço comunitário, o preço do leite sofreu um ajustamento em meados de 2014 (decréscimo de cerca de 15% relativamente a Dezembro de 2013), tendo-se mantido inalterado até este final de ano", adiantou o director-geral da ANIL.

Lusa/SOL

A última aparição televisiva do engenheiro Sousa Veloso


Petição britânica apela ao boicote ao turismo em Portugal (Cavalos mal-tratados em Portugal)


     
27/11/2014 10:44:45 67374 Visitas   

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Petição britânica apela ao boicote ao turismo em Portugal
Uma advogada britânica iniciou uma petição de apelo ao boicote ao turismo em Portugal que já recolheu mais de 3.000 assinaturas para pressionar as autoridades portuguesas a proteger os cavalos de maus tratos que considera terem atingido "níveis epidémicos".

Britânica lançou petição eletrónica intitulada "Parem com a Crueldade aos Cavalos em Portugal"
"Comecei esta petição por causa do meu desgosto ao ver o estado dos cavalos no Algarve, que visito regularmente. O cenário é tão angustiante que não consigo visitar mais [Portugal], o que é uma grande pena porque antes eu adorava ir a Portugal", justificou Susan Clark à agência Lusa.

Lançou a petição eletrónica intitulada "Stop the Cruelty to Horses in Portugal [Parem com a Crueldade aos Cavalos em Portugal] para tentar dar visibilidade ao problema e apelar ao boicote de outras pessoas.

A petição [http://www.thepetitionsite.com/228/269/622/stop-the-cruelty-to-horses-in-portugal/] é ilustrada com a fotografia de um cavalo com um aspeto malnutrido abandonado na berma de uma estrada, situação que a britânica diz ter acontecido recentemente na estrada N125, no Algarve.

Em poucas semanas angariou mais de 3.000 assinaturas de pessoas não só do Reino Unido mas também da Alemanha, França, Holanda, ou EUA, bem como de Portugal, o que espera que angariar mais apoio.

O boicote das milhares de pessoas que assinaram a petição pode privar Portugal de um rendimento substancial para o país: o Reino Unido foi o principal mercado emissor de turistas nos primeiros nove meses do ano.

A advogada responsabiliza as autoridades nacionais por não fazer respeitar as normas europeias de proteção aos animais, mesmo se compreende que o país atravessa uma crise financeira.

"Se as pessoas não têm dinheiro para manter os seus cavalos, então deveria ser criada uma organização social (ou programa de abate) devidamente financiada. E a polícia ou autoridades precisam de ser capazes de apreender os animais se estes não são bem tratados", sugeriu.

Susan Clark diz ter trocado correspondência por email com o deputado eleito pelo Algarve Cristóvão Norte, que lhe disse estar a tentar que a legislação de defesa de animais domésticos seja também aplicada aos cavalos, mas receia que o processo demore.

"Isto precisa de acontecer mais cedo porque o sofrimento é horrendo. Os cavalos são muito mais sensíveis do que outros animais de quinta e merecem ser tratados de forma adequada", argumentou.

Em último recurso, afirmou acreditar que "seria melhor abater os animais do que deixá-los morrer de forma, desidratação e excesso de trabalho".

Contactado pela agência Lusa, o Turismo de Portugal afirmou não ter intervenção nesta matéria, remetendo essa responsabilidade para a Direção de Serviços de Proteção Animal (DSPA), da Direcção Geral de Alimentação e Veterinária, e para o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da Guarda Nacional Republicana (SEPNA).

Um responsável afirmou ter informação de "dois ou três episódios de cavalos abandonados, mas que não refletem de forma alguma a relação que os portugueses têm com os cavalos e a maneira como os mesmos são tratados em Portugal". 

Lusa/SOL


Morreu Sousa Veloso


Morreu hoje, em Lisboa, o engenheiro Sousa Veloso. Licenciado em agronomia, tornou-se conhecido quando começou a apresentar na RTP, nos anos 60, o programa TV Rural. 
  

Durante 31 anos, impreterivelmente ao domingo, o engenheiro Sousa Veloso entrou pelas casas portuguesas divulgado os avanços da agricultura portuguesa.

"Despeço-me com amizade até ao próximo programa" era a frase com que terminava o TV Rural, todos os domingos na RTP, onde entrou em 1959 quando a estação pediu ajuda ao Ministério da Agricultura para um programa especializado.

Em 1960, a TV Rural tornou-se um programa autónomo e acabou por dominar o percurso profissional de Sousa Veloso, engenheiro agrónomo que acabou por se dedicar quase em exclusivo à televisão. 

No TV Rural chegou mesmo a fazer produção, edição e realização, para além da apresentação. Sousa Veloso foi ainda o primeiro apresentador português de televisão a citar os técnicos com quem tinha trabalhado, no final de cada reportagem.


Abertura das candidaturas à reestruturação da vinha para a campanha vitivinícola 2015-2016

COMUNICADO

A partir de 1 de dezembro de 2014 

O Ministério da Agricultura e do Mar (MAM), através do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I.P. (IFAP) e do Instituto da Vinha e do Vinho, I.P. (IVV) irá proceder à abertura de um novo período de candidaturas a projetos de reestruturação da vinha (VITIS) para a campanha vitivinícola de 2015-2016, já a partir do dia 1 de dezembro deste ano.

Segundo o Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque: "Temos vindo a antecipar o período de submissão destas candidaturas nos últimos 3 anos, de forma a criar estabilidade em todo o processo. Para a campanha de 2015/2016 os viticultores podem já, a partir de 1 de dezembro deste ano, efetuar esta submissão. Esta antecipação irá permitir aos viticultores uma preparação mais atempada da campanha, um melhor planeamento da mesma e consequentemente receberem os seus apoios mais cedo. Outra vantagem deste processo é permitir que os viticultores façam as encomendas de plantas aos viveiros atempadamente, dando assim mais tempo para que eles programem a quantidade em função das castas previstas nos projetos, evitando eventuais ruturas de stocks".

A recepção de candidaturas, para a campanha vitivinícola de 2015-2016 decorrerá a partir do dia 1 de dezembro de 2014 e terminará a 23 de janeiro de 2015. As candidaturas ao VITIS serão submetidas online no site do IFAP (www.ifap.pt) e para esta submissão é condição indispensável que os beneficiários:

Providenciem a atualização do Registo Central Vitícola, o pedido de emissão de direitos de plantação e a georreferenciação das parcelas (nos casos de relocalização de vinhas);

Procedam à sua inscrição como beneficiários IFAP para obtenção de NIFAP, ou atualização dos dados, nomeadamente do NIB e endereço electrónico;

Procedam à sua inscrição, ou atualização dos dados da exploração, no Sistema de Identificação do Parcelário (iSIP) do IFAP, para identificação dos novos locais de investimento e comprovação da posse de terra.

26 de novembro de 2014

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Governo fecha com Bruxelas novas medidas para instalação de jovens agricultores


LUSA26 de Novembro de 2014, às 14:26
A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, disse hoje que o Governo fechou com Bruxelas medidas para a instalação de jovens agricultores, no âmbito do novo Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020.
"Temos tido uma grande afluência de jovens a instalarem-se no setor, queremos que ela se mantenha e se possível até que se intensifique, com os pés assentes na terra, com um bom apoio das organizações de agricultores", disse Assunção Cristas à agência Lusa, na Guarda, onde participou no congresso 'Política Agrícola Horizonte 2020 - Estratégia Nacional'.

A ministra referiu que o Governo fechou "ainda ontem [terça-feira], com Bruxelas, a negociação, precisamente do ponto dos jovens agricultores, para garantir que o prémio que eles têm à instalação, no início é para todos igual, mas depois vai crescendo à medida que o próprio investimento cresce, no fundo, dando mais apoio àqueles que, de facto, investem mais".

Bruxelas devolve 13 milhões de euros a agricultores portugueses


LUSA26 de Novembro de 2014, às 11:47
A Comissão Europeia vai devolver aos agricultores um total de 868 milhões de euros, 13 milhões dos quais a Portugal, de dotações orçamentais que não foram utilizadas em 2013.
Segundo Bruxelas, a reserva para crises não foi mobilizada até 15 de outubro de 2014, o que significa que transita um montante de 868,2 milhões de euros da disciplina financeira aplicada no exercício financeiro de 2014, no âmbito do Fundo Europeu Agrícola de Garantia (Feaga), dos quais, 13.001.479 se destinam a ajudas diretas a agricultores portugueses.

O reembolso terá que ser feito o mais tardar até outubro de 2015.

Tribunal ordena reintegração de funcionário em mobilidade especial e devolução de cortes salariais

MOBILIDADE ESPECIAL

26/11/2014, 9:06
Ministério da Agricultura está a reintegrar funcionários e a devolver cortes salariais depois de o Tribunal ter decretado que um processo de mobilidade especial de 2007 não estava bem fundamentado.


Tribunal diz que decisão de mobilidade especial estava mal fundamentada
AFP/Getty Images

A Direção-Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo reintegrou um funcionário que tinha sido posto em mobilidade especial há sete anos e está a devolver os cortes salariais aplicados desde 2007 a mais de uma dezena de trabalhadores, noticia o Jornal de Negócios. Isto porque o Tribunal Administrativo de Lisboa considerou que a decisão da mobilidade e dos cortes salariais tinha sido mal fundamentada. Segundo o mesmo jornal, este não é caso único.

A decisão do Tribunal Administrativo de Lisboa, que chegou em abril deste ano, deu razão ao Sindicato de Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores, anulando o despacho do diretor regional de Agricultura e Pescas do Alentejo, com data de 2007, sobre a lista de funcionários que ficariam em situação de mobilidade especial – hoje chamada de requalificação. Segundo o Tribunal, o despacho carecia de fundamentação.

"Não tendo sido explicitados os critérios com base nos quais se fixaram os postos de trabalho necessários nas 'Listas de Postos de Trabalho' submetidas para aprovação ao ministro" terá sido violada uma norma da lei que regulava a mobilidade especial, explica o Jornal de Negócios, remetendo para um despacho publicado esta terça-feira em Diário da República.

Baseando-se desse despacho, o diretor regional determinou agora a reintegração de um dos funcionários e a reposição salarial de outros 13. Isto é, pagando-lhes as diferenças remuneratórias desde 2007 "em função das diferenças entre o que aufeririam enquanto estiveram em situação de mobilidade especial e aquilo que teriam auferido se tivessem estado ao serviço".

Outros processos paralelos também têm tido o mesmo desfecho, pelo mesmo motivo – falta de fundamentação, diz o mesmo jornal. Num dos casos, o valor da devolução salarial ronda os 10 mil euros.

A mobilidade especial foi lançada pelo anterior governo e previa inicialmente que os funcionários colocados neste regime recebessem 5/6 do seu salário a partir do segundo mês e 4/6 a partir do 12º mês.

Despesas ilegais no combate a incêndios já ultrapassam os seis milhões só este ano

ANA HENRIQUES 26/11/2014 - 07:18
Aluguer de meios aéreos viola princípios básicos da contratação pública, nomeadamente o princípio da concorrência, diz Tribunal de Contas.


As despesas ilegais no aluguer de meios aéreos para combate a incêndios já ultrapassam os seis milhões de euros só este ano. O Tribunal de Contas chumbou mais um ajuste directo da Autoridade Nacional de Protecção Civil a um consórcio privado, autorizado por despacho do até há pouco tempo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo.

"As ilegalidades evidenciadas, traduzidas na preterição de concurso público em favor de ajuste directo sem obediência aos requisitos legais, configuram uma nulidade" do contrato celebrado com a Inaer, dizem os juízes que recusaram visto ao aluguer, em Junho passado, de dois aviões Canadair por 3,9 milhões de euros mais IVA. Já em Setembro o mesmo tribunal tinha chumbado outro negócio idêntico, no valor de mais de dois milhões e igualmente autorizado por Miguel Macedo.

Uma vez mais, os juízes recusam as justificações da Protecção Civil, segundo as quais, apesar de o combate a incêndios florestais por via aérea "ser uma necessidade previsível do Ministério da Administração Interna, não foi possível dotar inicialmente o orçamento" desta entidade com verbas para o efeito. Resultado: só a um escasso mês do início da época de incêndios de 2014 o ministro autorizou a despesa, "com carácter de urgência imperiosa" - apesar de pelo menos desde o Verão de 2013 se saber que o Estado não tinha à sua disposição meios aéreos suficientes para enfrentar os fogos.

O caso é considerado tanto mais grave quanto podiam ter sido auscultadas várias empresas, mesmo usando a modalidade de ajuste directo, o que não foi feito. "Tendo em conta os valores financeiros elevados em causa e o facto de contratos semelhantes terem sido anteriormente celebrados com outras entidades, o interesse público impunha um mínimo de concorrência, nomeadamente o convite a uma outra entidade com disponibilidade para apresentar propostas", refere o acórdão do Tribunal de Contas, que percebeu que uma das desculpas da Protecção Civil para enveredar por esta solução não correspondia à realidade: que nenhuma outra empresa no mercado tinha Canadairs dos pretendidos. Os juízes descobriram que um concorrente da Inaer, a Heliportugal, manifestou interesse junto da Protecção Civil para apresentar propostas de fornecimento do serviço. Sem sucesso. O acórdão do Tribunal de Contas fala na violação de princípios básicos da contratação pública, nomeadamente o princípio da concorrência, e recorda como, numa recente auditoria que fez à Empresa de Meios Aéreos do Estado, recomendou ao Ministério da Administração Interna que se organizasse de forma a conseguir lançar concursos de aluguer de meios aéreos de combate a incêndios.

Afinal, "todo o processo de combate a incêndios florestais é por demais conhecido e previsível pelas entidades com responsabilidades na matéria", referem os juízes. E todos sabiam há muito que dois dos helicópteros Kamov usados pelo Estado nestas missões estavam há muito inoperacionais – um desde Setembro de 2012 e o outro desde Agosto do ano passado. "Já em 2013 a Protecção Civil havia recorrido à contratação de meios aéreos com recurso a ajuste directo com fundamento em urgência imperiosa, invocando a inoperacionalidade da frota Kamov", lembra ainda o Tribunal de Contas, para o qual a alegada inexistência de meios financeiros atempadamente disponíveis "não pode justificar a ilegalidade dos procedimentos" adoptados. Por estas razões, o contrato celebrado com o consórcio Inaer é considerado nulo.

A decisão dos juízes ainda não transitou em julgado, o que significa que a Protecção Civil pode ainda recorrer dela – o que já fez, aliás, relativamente ao primeiro ajuste directo para alugar meios aéreos que viu chumbado este ano, pelo qual se comprometeu a entregar mais de dois milhões a uma sociedade unipessoal sediada em Tondela, no distrito de Viseu. "Ainda não foi paga qualquer verba. Aguarda-se decisão sobre o recurso", disse no final de Setembro ao PÚBLICO uma porta-voz daquele organismo sobre esses dois milhões. Já sobre os mais de quatro milhões que há-de custar o aluguer dos Canadair, nem o Ministério da Adminstração Interna nem a Protecção Civil deram quaisquer explicações ao PÚBLICO.

Serra do Caldeirão vítima dos incêndios e da burocracia no acesso aos apoios do Estado


IDÁLIO REVEZ 26/11/2014 - 10:18
Ministra da Agricultura visitou zonas ardidas, dois anos depois do incêndio que queimou 21 mil hectares nos concelhos de Tavira e São Brás de Alportel.

 
Produtores de cortiça dizem que os sobreiros estão a morrer
 
A morte prematura dos sobreiros, na serra do Caldeirão, continua a acelerar o despovoamento das zona do interior.

O vice-presidente da Associação de Produtroes Florestais do Barranco Velho, Gilberto Pereira, aproveitou a visita da ministra da Agricultura e Pescas, Assunção Cristas, para deixar o alerta: "As árvores que não arderam com o incêndio de há dois anos estão a morrer. Basta circular pela estrada [antiga EN 2] para verificar que não é um caso nem dois são às centenas".

A  ministra visitou, nesta segunda-feira, as zonas ardidas nos grandes incêndios  do Verão de 2012 nos concelhos de Tavira e São Brás de Alportel, altura em desapareceram 21 mil  hectares de floresta e mato. A recuperação do território queimado ficou-se, até agora, por mil dos cinco mil hectares que estavam destinados à reflorestação.

O restante território foi considerado de interesse para a conservação da natureza, pelos serviços oficiais do ministério da Agricultura e Pescas, mas não com potencial produtivo. Entretanto, a chuva trouxe o mato de regresso, de forma espontânea. Apesar do descontentamento de alguns produtores, os oito milhões de euros investidos na recuperação de parte das áreas destruídas foram motivo de elogios ao Governo, feitos pelo autarca de Tavira, o socialista Jorge Botelho.

"Habituei-me, nos últimos anos a elogiar a senhora ministra Cristas, e desta vez não vai fugir à regra", afirmou o autarca, também presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve – Amal, na câmara de São Brás de Alportel, no final da digressão pela serra, destacando a "boa articulação" existente entre o poder central e os municípios.   

Gilberto Pereira, em representação dos produtores florestais lembrou que, naquele concelho, encerraram nas últimas décadas mais de duas dezenas de fábricas de cortiça. A produção, disse, está a diminuir e as novas árvores que foram plantadas demoram quase uma geração até chegar à idade adulta e poderem dar cortiça.

Por seu lado, Assunção  Cristas afirmou que existe um grupo de trabalho para estudar a doença que está dizimar esta espécie, classificada de património nacional, mas não deixou grandes esperanças quanto aos resultados e ao tempo necessário para os obter. Já o presidente do Munícipio de São Brás de Alportel,  Vítor Guerreiro, PS, lembrou que apesar dos projectos de reflorestação terem sido  financiados a 100 por cento, desde que fossem elegíveis  nas medidas de emergência, o beneficio não chegou aos mais desfavorecidos.

"A burocracia impede o acesso aos apoios pelos pequenos agricultores que vivem de uma agricultura de subsistência", afirmou. Por isso, uma das sugestão que deixou à governante foi para conferir  "mais poder de decisão e capacidade económica às direcções regionais" para  que possam reforçar a sua relação de proximidade com as comunidades locais.


UNAVE-UA /CINCORK - programa de formação avançado em Gestão Industrial da Fileira da Cortiça arranca em janeiro

Formação avançada em gestão industrial na fileira da cortiça
Arranca em janeiro numa parceia entre a UNAVE/UA e o CINCORK
 
O CINCORK - Centro de Formação Profissional da Indústria de Cortiça, sediado em Santa Maria de Lamas (Feira), e a UNAVE-Associação para a Formação Profissional e Investigação da Universidade de Aveiro, vão dar inicio, no próximo mês de janeiro, um programa de formação avançada em Gestão Industrial na Fileira da Cortiça, destinado a quadros e empresários do setor.
 
O programa é fruto de um acordo de parceria para a formação de quadros do sector, estabelecido entre a UNAVE - Associação para a Formação Profissional e Investigação da Universidade de Aveiro, e o Centro de Formação Profissional da Industria da Cortiça, e pretende aliar o conhecimento privilegiado da realidade e das necessidades da fileira industrial da cortiça, que o CINCORK detém, com a excelência e a qualidade do ensino da Universidade de Aveiro, por forma a dar resposta às necessidades e desafios que se colocam ao setor.
 
O programa avançado de Gestão Industrial na Fileira da Cortiça, que vai decorrer de janeiro a abril do próximo ano, nas instalações do CINCORK, em Santa Maria de Lamas (Santa Maria da Feira), foi apresentado hoje (26 de novembro), no decorrer de um seminário, precisamente sobre o mesmo tema, que reuniu, naquele centro de formação, dezenas de quadros e dirigentes de empresas do setor corticeiro.
 
Para informação mais detalhada e inscrições, os interessados deverão contactar o CINCORK, através dos telefones 227 471 200 / 918 640 211 ou do endereço eletrónico geral@cincork.com, ou a UNAVE, por telefone, para o 234 370 885, ou, por correio eletrónico, para unave.formacao@ua.pt
 
As inscrições estão abertas até 9 de janeiro.
 

Workshop: “Vinho de Baixo Carbono”, dia 27 nov, no Instituto Superior de Agronomia

Workshop: "Vinho de Baixo Carbono", dia 27 nov, no Instituto Superior de Agronomia
LOCAL: Instituto Superior de Agronomia, 
DATA: dia 27 de novembro, pelas 9h00.

"Vinho de Baixo Carbono" é o título de um projeto financiado pelo PRODER, medida 4.1 Cooperação para a Inovação, levado a cabo na Herdade da Mingorra em pleno Alentejo, cujo responsável pela equipa do ISA é o Prof. Carlos Lopes.

Este projecto, iniciado em 2012, resulta de uma parceria entre várias entidades e tem por objectivo a produção de um vinho com uma menor pegada de carbono comparativamente à produção convencional, enquadrando-se no âmbito da designada Viticultura e Enologia Sustentáveis, que visam a produção de uvas e vinho de forma sustentável ao nível ambiental e económico.

Mais informações encontram-se disponíveis no site do ISA

3º Simpósio nacional de fruticultura na UTAD


25 DE NOVEMBRO DE 2014 AGROTEC PUBLICAR UM COMENTÁRIO
simposio_nacional_fruticultura_2014_bannerIrá realizar-se na Aula Magna da UTAD, nos dias 4 e 5 de dezembro de 2014, o 3º Simpósio de Fruticultura, que conta com a organização da Associação Portuguesa de Horticultura (APH), da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), do Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB) e do Centro Operativo e Tecnológico de Hortofrutícola Nacional (COTHN)

Os novos desafios que hoje se colocam à fruticultura – num mundo sem fronteiras onde a eficiência da estrutura produtiva terá que assentar na gestão sustentável dos recursos, apoiada em novas tecnologias que garantam uma produção segura de fruta, ajustada aos gostos e exigências do consumidor, e que não comprometa o equilíbrio do ecossistema da exploração frutícola e dos ecossistemas envolventes – são pressupostos que estarão sempre presentes nas abordagens trazidas ao simpósio. O ritmo constante de mudança que define as sociedades atuais e a aposta dos consumidores em produtos diferentes e originais, com efeitos benéficos na saúde, aumenta a complexidade e diversidade que caracterizam este setor.

Embora o nosso país seja deficitário na produção de fruta, é de consenso geral a existência de condições naturais únicas para a sua produção que têm permitido aumentar o nosso grau de autossuficiência e, simultaneamente, o crescimento das exportações. Os últimos dados do ProDeR 2010 – 2013 mostram que a Fruticultura é a principal atividade produtiva em termos de medidas de apoio ao investimento, com mais de ¼ de aprovações (4 250 projetos) e a segunda relativamente ao investimento apoia­do (563 milhões de euros).

Assim, pretende-se facultar a todos os interessados um contato mais próximo com a investigação científica e com a experimentação existente neste setor, fomentando a divulgação e intercâmbio de novos conhecimentos entre os fruticultores, técnicos e consumidores. É ainda uma oportunidade para sensibilizar os que têm gosto pela fruticultura, da necessidade de encararem a formação contínua ao longo da sua vida como ferramenta essencial que lhes permita adaptar-se às modernas tecnologias e às novas necessidades da comunidade.

Mais informações aqui.

UE deixa de exportar 170 mil toneladas de carne de porco devido a veto russo

25-11-2014 
 

 
As exportações de carne de porco nos primeiros nove meses do ano atingiram 2,12 milhões de toneladas, o que supõe uma descida de 7,3 por cento frente ao mesmo período do ano anterior.

Contudo, apesar da redução das exportações a situação melhorou, tendo em conta que nos primeiros sete meses caíram 9,4 por cento. A causa desta melhoria foi um mês de Setembro satisfatório, no qual as exportações aumentaram cerca de 7,5 por cento em relação ao período homólogo de 2013.

O embargo russo continua a ser o problema do sector e das duas exportações. A proibição russa levou a União Europeia a deixar de exportar nestes nove meses 569 mil toneladas, um valor dividido em 485 mil para a Rússia; 62 mil toneladas para a Bielorrússia e 22 mil para a Ucrânia. Estes três mercados representaram cerca de 31 por cento das exportações comunitárias em 2013.

As exportações para o mercado asiático cresceram entre Janeiro e Setembro de 2014, com mais 50 por cento para o Japão, com 254 mil toneladas; 94 por cento para as Filipinas, com um total de 147 mil toneladas; 92 por cento para a Coreia do Sul, com 134 mil toneladas; um por cento para a China, com 501 mil toneladas e quatro por cento para Hong Kong, com um total de 295 mil toneladas.

Para a Ucrânia, e mesmo perante este cenário, a actividade das exportações comunitárias ganharam vigor, registando um aumento de 56 por cento em Setembro até as 17 mil toneladas, apesar de uma descida de 22 por cento nos primeiros nove meses do ano.

A verdade, é que estes aumentos não foram suficientes para compensarem totalmente o efeito do veto russo, pelo que a União Europeia viu-se obrigada a deixar de exportar 170 mil toneladas em comparação ao ano passado.

Fonte: Agrodigital

Ajudas ao milho e soja nos EUA em 2014

 25-11-2014 
 

 
Nos Estados Unidos da América, os produtores de cereais e de soja podem optar entre dois programas de ajuda, que protegem o agricultor em caso de baixa de preços no mercado, ou seja, são ajudas que nem sempre são cobradas, apenas quando os preços descem a um certo valor.

Um dos programa é o de cobertura de riscos agrícolas por zonas, que de pode eleger na modalidade de cultura por cultura, o qual estabelece um pagamento se os rendimentos na zona da exploração ficarem abaixo dos 86 por cento de um certo limite calculado me função de rendimentos históricos.

O segundo programa é de cobertura por baixa de preços, que faz pagamentos aos agricultores quando o preço médio é inferior a um de referências estabelecido pela Farm Bill 2014. Nos dois programas, os pagamentos são feitos sobre 85 por cento de superfície de base.

Cada agricultor tem que eleger entre um ou outro programa e a eleição tem que manter-se no período 2014-2018. Analistas da Universidade de Ohio e da Universidade de Illinois calculou a possibilidade de importantes ajudas em 2014 para cereais e soja em ambos os programas e em função dos preços dos grãos estimados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), na sua última informação de previsões de colheita.

No caso do milho, considerando um preço médio de 105,74 euros a tonelada, corresponderia um apoio de 154,1 euros por hectare (ha), segundo o programa ARC-CO e de 76 euros por ha. No caso da soja, o preço médio estimado em 290 euros a tonelada, correspondendo uma ajuda de 15,6 euros por ha, de acordo com o programa ARC-CO.

Fonte: Agrodigital

Gripe aviária: Comissão apoia medidas urgentes de salvaguarda

25-11-2014 
 

 
A Comissão adoptou duas decisões de salvaguarda de emergência dirigida aos Países Baixos e Reino Unido, definindo áreas colocadas sob severas restrições veterinárias pelos Estados-membros e nas quais serão aplicadas medidas de acordo com a legislação da União Europeu.

As medidas visam rapidamente controlar e evitar a propagação da gripe aviária (vírus H5N8 alta patogenicidade) dentro de Estados-membros afectados, para outros países membros e países terceiros, minimizando as perturbações ao comércio.

As medidas incluem o abate das aves de capoeira na exploração afectada, o estabelecimento de zonas de protecção e vigilância, a introdução de medidas sanitárias, como limpeza e desinfecção, a proibição dos movimentos de vender aves vivas, ovos, carne de aves e de outros produtos avícolas para outros países da União Europeia (UE) e países não pertencentes à UE e abate nas zonas restritas.

A Comissão está igualmente informar os outros Estados-membros da UE e países terceiros, bem como organizações internacionais sobre a situação da doença e sobre as medidas tomadas.

Fonte: Flash Bruxelas

Conferência “Compromisso para o crescimento verde - Agricultura e Florestas”


por Ana Rita Costa
25 de Novembro - 2014
A Confagri, a CAP e o Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia vão promover no próximo dia 28 de novembro, no CNEMA, em Santarém, a Conferência "Compromisso para o crescimento verde – Agricultura e Florestas".

 
Esta conferência faz parte de um ciclo de dez conferências que se irão realizar por todo o país e que têm como objetivo tornar o processo de discussão pública deste documento "mais amplo, transparente e participativo".

O programa desta iniciativa inclui a discussão de temas como "O Compromisso para o Crescimento Verde, a Agricultura e Florestas" e "Agricultura e Florestas" e conta com oradores como Armando Sevinate Pinto, Engenheiro Agrónomo, Leonardo Costa, da Universidade Católica Portuguesa, Antónia Figueiredo, Secretária-Geral Adjunta da Confagri e Luís Mira, Secretário-Geral da CAP.

Ministra acredita que Zonas de Intervenção Florestal vão permitir obter fundos comunitários


por Ana Rita Costa
25 de Novembro - 2014
A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, garantiu esta semana que a criação de Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) e de associações de produtores é a melhor forma de obter fundos comunitários para a floresta.

 
Assunção Cristas fez estas declarações durante uma visita a uma zona que foi intervencionada de emergência devido a um incêndio."Estamos aqui a assistir a um trabalho digno de realce, porque foi um trabalho célere, apoiado pelos fundos do Proder, em que logo após o incêndio de 2012, com apoio das câmaras, das ZIF e as organizações de produtores, foi possível termos aqui ações de emergência, que são as adequadas à primeira fase pós incêndio", explicou Assunção Cristas a ministra, de acordo com a Lusa.

Sobre os trabalhos das ZIF, a governante responsável pela pasta da agricultura explicou que é "feito de forma coletiva, agregada" e está já a constituir-se nas zonas afetadas uma terceira organização que agrega produtores, "portanto haverá mais uma aqui na região e esse é o caminho que devemos prosseguir, porque se conseguirmos gerir em conjunto as propriedades que normalmente são muito pequenas, então seremos mais eficazes."

Segundo a ministra da Agricultura o investimento na floresta "passa por um bom aproveitamento dos fundos comunitários."

Toshiba vai produzir alfaces e outros hortícolas


por Ana Rita Costa
25 de Novembro - 2014
A tecnológica japonesa Toshiba anunciou que vai apostar na agricultura, começando a produzir alfaces e outras verduras numa das suas fábricas em Yokosuka, a sul de Tóquio, onde anteriormente eram produzidas disquetes.

 
A empresa irá produzir coentros, espinafres, alfaces e rúcula e espera conseguir obter um total de 8,4 mil unidades de verduras por dia, obtendo receitas de 2,15 milhões de euros. "O objetivo é não só manter esta fábrica em funcionamento, mas também vender estes sistemas para outros locais, incluindo sítios como a Rússia ou o Médio Oriente, onde a agricultura ao ar livre é um processo muito complicado", explicou ao site Quartz a empresa.

As plantas serão produzidas em condições assépticas, em salas cuja pressão e temperatura são reguladas, equipadas com luzes artificiais e sistemas de irrigação otimizados com purificadores de água.

Segundo a Toshiba, " o resultado é plantas livres de microrganismos indesejáveis, sem quaisquer pesticidas, e que se mantêm em condições ótimas para consumo durante muito mais tempo."

Reguengos de Monsaraz eleita Cidade Europeia do Vinho 2015



A candidatura do município de Reguengos de Monsaraz foi a grande vencedora do Programa da RECEVIN "Cidade Europeia do Vinho 2015", onde concorreram, igualmente, as candidaturas do município de Cantanhede, para a região da Bairrada, e a dos municípios de Melgaço e de Monção, com a região dos Vinhos Verdes Alvarinho.

Reunidos em Jerez de la Frontera, Cidade Europeia do Vinho de 2014 (Espanha) no dia 24 de novembro, o Conselho de Administração da Rede Europeia das Cidades do Vinho (RECEVIN) analisou as 3 candidaturas apresentadas, cuja deliberação do júri aconteceu só à segunda volta, após o empate de duas candidaturas na primeira volta.

Cada candidatura apresentou um leque muito forte de parceiros regionais, parcerias inclusive com outros municípios e entidades de turismo (o município de Reguengos de Monsaraz teve a parceria dos municípios de Évora e de Elvas, o município de Cantanhede teve a parceria dos municípios de Mealhada, Águeda, Anadia e Oliveira do Bairro), o que demonstrou o grande empenho de todas as cidades neste projecto, mas também a sua qualidade.

Os critérios de avaliação tidos em conta para esta eleição foram, para além da condição de associado da RECEVIN, o facto de ser apresentado um conjunto de actividades em que os critérios qualitativos e quantitativos, bem como o número de parceiros envolvidos e a sua distribuição ao longo do ano, espelhassem um projeto catalisador para o desenvolvimento da cidade a médio e longo prazo, e que o mesmo seja uma oportunidade para o crescimento de parcerias duradouras.

A candidatura de Reguengos de Monsaraz apresentou como pontos mais relevantes a realização de eventos como a Gala anual da Cidade Europeia do Vinho, o Congresso Internacional da Vinha e do Vinho, o Congresso Internacional das Polifonias, o Encontro Europeu de Confrarias Enogastronómicas, Mercado Esporão Slow Food Alentejo, estágio para jovens viticultores europeus com seminários dirigidos por especialistas e visitas a produtores de vinho da região, presença na loja da ANA – Aeroportos de Portugal e ações de promoção nos aeroportos nacionais, participação na Bolsa de Turismo de Lisboa e a instalação do espaço "Vinho com Arte" no Palácio Rojão, para exposição, promoção, venda e provas de vinhos do concelho.

 No âmbito da Cidade Europeia do Vinho 2015 vão, também ser organizadas observações astronómicas com provas de vinhos, colheita noturna de uvas para a criação de um vinho comemorativo, provas temáticas de vinhos e jantares enogastronómicos, entre outras. Na área da promoção internacional, Reguengos de Monsaraz pretende estar presente na ExpoVinis Brasil, ForumVini Munique, London Wine Fair, Congresso Europeu de Confrarias Enogastronómicas (Bélgica), Assembleia Geral da Retecork (Itália) e no Parlamento Europeu. O Município vai ainda colocar nova sinalização turística para os enoturismos e produtores de vinho do seu concelho.

Secretário de Estado da Agricultura preside, esta quarta-feira, ao encerramento do Fórum Vinhos de Portugal 2014

O Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque preside, esta quarta-feira pelas 17h30, ao encerramento do Fórum Vinhos de Portugal 2014 no Curia Palace Hotel - Anadia, organizado pela ViniPortugal.

Neste Fórum, além da já habitual apresentação dos dados mais recentes relativos ao sector, será apresentado o Plano Estratégico para os Vinhos de Portugal 2015/2017. Também a importância da relação entre o Turismo e o Vinho será tema das intervenções, nomeadamente do Presidente do Turismo de Portugal.

Como novidade nesta edição, será entregue a todos os participantes a Agenda das Acções de Promoção a realizar em 2015, elaborada pelas Comissões Vitivinícolas Regionais em conjunto com a ViniPortugal e que calendariza as acções de promoção externa planeadas para 2015.

Esta agenda é o resultado da consciência de que a crescente actividade promocional, da iniciativa dos diferentes actores colectivos portugueses, exige uma maior coordenação, evitando-se sobreposições de eventos, e permitindo um atempado planeamento por parte das empresas. Desta forma a Agenda Comum apresenta os Planos de Promoção da marca Wines of Portugal e das Denominações de Origem, a primeira sob responsabilidade da ViniPortugal e as segundas das Comissões Vitivinícolas Regionais ou do IVDP e IVBAM.

Fonte:  MAM

Resíduos industriais são aplicados em floresta certificada em Portugal

ACRESCIMO

A Acréscimo tem manifestado publicamente as suas preocupações sobre a aplicação de resíduos industriais em ecossistemas florestais nacionais, e em particular em áreas florestais certificadas.

Embora existam resíduos que se podem enquadrar em ações identificadas como de valorização agronómica ou silvícola, conforme o disposto na Diretiva Lamas, o facto é que não existem estudos científicos independentes sobre os impactos da sua aplicação nos solos com culturas florestais em Portugal, seja sobre a fauna e flora, sobre o próprio solo, os recursos hídricos ou, principalmente, na saúde pública.

O Ministério da Agricultura dispõe de um manual de fertilização das culturas, onde as cargas a aplicar nos solos destes resíduos são aconselhadas, mas não comtempla ensaios específicos para as culturas florestais.

A existência de produtores de resíduos industriais, que são simultaneamente gestores de grandes áreas florestais certificadas, deveria suscitar cuidados especiais, quer por parte das entidades fiscalizadoras, afetas aos Ministérios da Agricultura e do Ambiente, quer por parte dos sistemas de certificação florestais, em particular os integrados nos mecanismos internacionais do FSC (Forest Stewardship Council) e do PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certificartion).

O aumento da capacidade industrial instalada, o reforço da sua participação nas exportações, aumentam a pressão para aplicação de resíduos industriais em programas de valorização agronómica ou silvícola, evitando os encargos do seu envio para aterro.

A Acréscimo tem tentado, até agora em vão, realizar visitas técnicas a áreas florestais certificadas onde tais resíduos tenham sido aplicados. Mais do que verificar operações de espalhamento e de incorporação destes materiais nos solos, importa evidenciar se nos locais estão disponíveis sistemas de monitorização, que permitam, no tempo, evidenciar a inexistência de danos ambientais ou para a saúde pública.

Os espaços florestais situam-se sobretudo em áreas de encosta, de declive mais ou menos acentuado, onde por escoamento ou infiltração em aquíferos, componente perigosos ou em carga excessiva podem causar danos dificilmente irreversíveis, sobretudo se atingirem as populações rurais.

Dando manifesto das suas preocupações, a Acréscimo sugeriu em 2013 a visita, por auditores externos, envolvidos no sistema de certificação FSC, a duas áreas florestais específicas, situadas no concelho da Pampilhosa da Serra e geridas por um grupo empresarial. Tal não veio a ter acolhimento. No passado mês de Setembro, a associação voltou a sugerir a visita, por tais auditores, já que não permitem a deslocação de equipas da Acréscimo, agora a seis locais devidamente identificados. Até ao momento não há notícia se tais locais fizeram parte do programa dos auditores, bem como quais as verificações que aí foram desenvolvidas.

A Acréscimo, em setembro passado, transmitiu as suas preocupações à Secretaria de Estado do Ambiente, a qual requereu a apreciação da questão e a pronúncia por parte da Inspeção Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território. Aguardam-se desenvolvimentos.

A Acréscimo não identificou o envolvimento de entidades independentes em ações de investigação sobre os impactos destes resíduos nos ecossistemas florestais nacionais.

Em causa pode estar ainda o esforço sério de famílias e empresas familiares na certificação florestal das suas explorações.

Lisboa, 25 de novembro de 2014

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Produtores queixam-se à UE de discriminação na rotulagem de Alvarinho

  24-11-2014 
  
Produtores, engarrafadores e adegas cooperativas da Região dos Vinhos Verdes escreveram à União Europeia a declarar que estão a ser discriminados por não poderem usar a «rotulagem vinho verde alvarinho» fora de Monção e de Melgaço.

Na carta dirigida à Direcção-Geral da Agricultura da União Europeia (UE), alegam estar a ser vítimas de uma «norma que discrimina os produtores meramente em função da sua localização geográfica».

A carta resultou de uma reunião de 23 produtores, engarrafadores, viticultores e adegas cooperativas da Região dos Vinhos Verde, que decorreu quarta-feira na Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes.

«Não há motivo para que seja possível fazer Alvarinho DOC (Denominação de Origem Controlada) em todo o país, excepto em 90 por cento da região dos vinhos verdes», sustentam, há algum tempo, produtores que defendem que a denominação Alvarinho deve ser alargada e não ser um exclusivo da sub-região de Monção e de Melgaço.

Os produtores dessa sub-região têm-se oposto a tal pretensão. No mês passado, aliás, produtores, viticultores e munícipes locais anunciaram até um abaixo-assinado pela manutenção da exclusividade da designação vinho verde Alvarinho em Monção e em Melgaço.

Já este mês, representantes das duas partes estiveram reunidos na CVRVV em busca de uma saída para o diferendo. A Comissão entregou-lhes um documento contendo «uma proposta de abertura gradual» num prazo de seis anos, disse à Lusa do seu presidente, Manuel Pinheiro.

Ficou também marcada uma nova reunião para o dia 10 de Dezembro. Na carta enviada à UE, os produtores que estão contra o exclusivo detido por Monção Melgaço realçam que há regiões vinícolas portuguesas onde o «plantio e a rotulagem de vinhos com a catas alvarinho é livre». O Douro e o Alentejo são as regiões mencionadas.

Estranham, por outro lado, «que a União Europeia esteja a financiar tão fortemente a promoção da DO nos mercados de exportação, nomeadamente nos Estados Unidos», sem que eles possam também beneficiar disso, a menos que aceitem omitir a designação da casta ou optem pela fórmula "Regional Minho" em vez de "Vinho Verde".

Luís Cameira, um desses produtores, referiu que a designação Regional Minho «é uma desclassificação», que tem reflexos negativos no preço final. O produtor considera que «isto é mera rotulagem», acrescentando que a questão «não tem nada a ver com política».

«O alargamento da produção ia confundir o consumidor e destruir um valor construído por nós e que distribui riqueza na região». Nesta questão, a palavra final é da secretaria de Estado da Agricultura, à frente da qual está Diogo Albuquerque.

No final de uma reunião com o secretário de Estado da Agricultura, Diogo Albuquerque em 10 de Outubro, o presidente da Associação de Produtores de Alvarinho, Miguel Queimado disse ter sido informado que «a exclusividade da produção de Alvarinho é para manter em Monção e Melgaço». «O alargamento da produção ia confundir o consumidor e destruir um valor construído por nós e que distribui riqueza na região», acrescentou.

Fonte: Lusa


Açores contra "tentativa" europeia de «liberalização dos direitos de plantação» de vinha

 24-11-2014 
 

 
O secretário regional da Agricultura dos Açores, Neto Viveiros, criticou as opções europeias a nível das vinhas, condenando aquilo que considera ser uma «tentativa de liberalização dos direitos de plantação».

«O Governo dos Açores defende a protecção intransigente dos vinhos e vinhedos europeus, os seus "terroirs" e simultaneamente as paisagens características e os empregos», afirmou Neto Viveiros, que discorda da intenção de permitir que anualmente seja autorizado um por cento de área de vinha para novas plantações, quando só na campanha de 2011/2012 foram arrancados 165 mil hectares, com o apoio financeiro da União Europeia. Pelo que «entendemos que não faz sentido a Comissão, por um lado, estar a pagar o arranque e, por outro, a permitir a plantação de novas áreas», advertiu.

Neto Viveiros falava na Horta, ilha do Faial, na sessão de abertura da reunião do Bureau Internacional da Assembleia das Regiões Europeias Vitícolas (AREV), que pela primeira vez se realiza nos Açores.

O governante manifestou também o seu desacordo relativamente às alterações previstas em matéria de Denominações de Origem dos vinhos europeus, que até agora têm sido utilizadas para «proteger» os vinhos e as regiões de produção, como «factor de identidade e valorização».

«A rotulagem dos vinhos não pode desvirtuar as informações a que o consumidor está habituado e, portanto, é de toda a importância que os vinhos continuem a usar as menções habituais, sob pena de, imperando algumas propostas, estarmos a vender vinhos sem rosto e sem identidade», sublinhou Neto Viveiros.

O secretário regional da Agricultura referiu-se também às negociações com vista a um acordo de comércio livre entre a União Europeia e os Estados Unidos, para dizer que as «normas europeias devem ser acauteladas» no que diz respeito ao sector vitivinícola.

«Pretendemos garantir o respeito pelas práticas enológicas reconhecidas pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), para o conjunto dos vinhos exportados para o mercado europeu e a isenção do certificado de aprovação do rótulo (COLA) para os vinhos europeus», insistiu.

Nos Açores, produz-se anualmente cerca de 250 mil litros de vinhos certificados, apenas em três ilhas, nomeadamente, Pico, Graciosa e Terceira, onde estão concentrados 14 produtores de um total de 27 marcas diferentes.

Neto Viveiros lembrou que «não é fácil» produzir vinho nos Açores, devido à pequena dimensão e dispersão das parcelas de vinha, bem como à dificuldade de acesso às mesmas, e o seu sistema artesanal da cultura, mas entende que, ainda assim, será possível alargar a produção de vinho às ilhas São Miguel e Santa Maria.

Fonte: Lusa

Evolução da produção de leite com diferentes tendências na UE e EUA

24-11-2014 
 

 
As perspectivas de produção de leite em 2015 variam entre a União Europeia e os Estados Unidos, de acordo com as informações avançadas pela Comissão Europeia e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, apesar da estimativa de preços em baixa nas duas zonas.

Na União Europeia prevê-se uma desaceleração do crescimento na produção registada nos últimos anos. Estima-se que aumente cerca de 1,6 por cento em 2015 em comparação com 2014. Pelo contrário, a produção nos Estados Unidos poderá aumentar cerca de 3,3 por cento no mesmo período.

Ao longo de 2014, a produção de leite na União Europeia aumentou devido aos bons preços no início do ano, a expectativa do fim das quotas a partir de 01 de Abril de 2015, a boa oferta de forragens e o menor preço dos cereais. Actualmente, alguns destes factores variaram, no entanto, espera-se que a tendência no preço dos cereais continue em baixa, os preços do leite não permaneceram altos, mas sim em queda, o que em conjunto com a imposição suplementar do leite em vários países levou a uma redução da produção que poderá manter-se até o final da campanha. A partir de 01 de Abril, já sem quotas, a produção pode aumentar mas de forma contida, devido aos preços baixos previstos para o leite.

Nos Estados Unidos, em 2014 observou-se um aumento da produção de leite devido à forte procura interna, bons preços e menores custos das rações. Esta situação parece que poderá continuar até finais do ano, mantendo-se assim o nível da produção, que pode subir em 2015 apesar dos menores preços do leite, como consequência de redução de custos da produção e melhores rendimentos por animal.  

Fonte: Agrodigital